Novidades

17 SET
Dono de loja de extintores no ES diz que vendeu carro para equipar firma

Dono de loja de extintores no ES diz que vendeu carro para equipar firma

O estoque cheio anuncia o prejuízo do proprietário de uma loja de extintores da Grande Vitória. Após o fim da obrigatoriedade do extintor de incêndio em carros, anunciado nesta quinta-feira (17) pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), consumidores, fabricantes e distribuidores disseram ter se sentido lesados com a mudança. “Me desfiz de bens pessoais para comprar extintores, vendi meu carro que valia R$ 80 mil”, desabafou Jorge Washington, dono da Delta Extintores.

O fim da obrigatoriedade do extintor para carros começará a valer a partir da publicação da resolução, o que deverá ocorrer nos próximos dias, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

A medida foi anunciada pouco antes de começar a valer a obrigatoriedade dos extintores do tipo ABC, que estava prevista para 1º de outubro. O Contran havia decidido pelo uso desse tipo de equipamento porque ele combate o fogo em mais tipos de materiais do que o do tipo BC, que equipava carros até alguns anos atrás.

Agora, com a decisão da não-obrigatoriedade de qualquer tipo de extintor em carros, consumidores, fabricantes e distribuidores relatam prejuízos.

“Acho que isso tudo foi uma forma de o governo ganhar dinheiro em cima da gente. Nos obrigaram a ter, pois seria obrigatório. Me sinto como se eu tivesse sido roubado, lesado. Tive que pagar R$ 110 em um extintor, porque estava em falta no mercado”, disse o contador Fábio da Silva Barbosa.

E se a notícia causou insatisfação nos consumidores, os distribuidores e comerciantes calculam prejuízos exorbitantes com o investimento feito para atender à demanda que viria.

“Me desfiz de bens pessoais para comprar extintores, para equipar a empresa com os materiais. Vendi meu carro que valia R$ 80 mil. Comprei mais de três mil peças. Estou com um cômodo em casa que está do teto ao chão com caixas de extintor fechadas.  Agora eu não tenho a menor ideia do que fazer com esse estoque. Isso é uma falta de respeito e de consideração”, disse o proprietário da Delta Extintores, Jorge Washington.

O diretor comercial da Extinbras, distribuidora que atua no Espírito Santo, disse que a empresa fez investimentos altos tendo como base a demanda pelo produto, que seria crescente por causa da lei.

“De início fomos receosos, mas o Contran nos colocou na parede e exigiu que atendêssemos à demanda. Investimos em nova área, contratação de pessoal, fabricação de equipamentos...Cadê o dinheiro que eu investi? E os clientes que pagaram R$ 150 em um extintor para ficar dentro da lei? Estão tratando o cidadão de bem, que se preocupou em estar dentro da lei, como se ele fosse moleque”, desabafou.

O que diz o Contran
"A mudança na legislação ocorre após 90 dias de avaliação técnica e consulta aos setores envolvidos", diz a nota do Contran.

Segundo o órgão, o uso do extintor sem preparo representa mais risco ao motorista do que o incêndio em si. E o Contran citou a baixa incidência de incêndios entre o volume total de acidentes com veículos, e um número menor ainda de pessoas que dizem ter usado o extintor.

De acordo com o Contran, a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) informou que dos 2 milhões de sinistros em veículos cobertos por seguros, 800 tiveram incêndio como causa. Desse total, apenas 24 informaram que usaram o extintor, equivalente a 3%.

Estudos e pesquisas realizadas pelo Denatran constataram que as inovações tecnológicas introduzidas nos veículos resultaram em maior segurança contra incêndio, afirma a nota.

Entre as quais, o corte automático de combustível em caso de colisão, localização do tanque de combustível fora do habitáculo dos passageiros, flamabilidade de materiais e revestimentos, entre outras.

Segundo o próprio conselho, as autoridades consideram que falta de treinamento e despreparo dos motoristas para o manuseio do extintor geram mais risco de danos à pessoa do que o próprio incêndio. "Além disso, nos 'test crash' realizados na Europa e acompanhados por técnicos do Denatran, ficou comprovado que tanto o extintor como o seu suporte provocam fraturas nos passageiros e condutores”, explica o presidente do conselho.

Fonte: G1

Mais Novidades

21 FEV

Ford e governo de SP tentam vender fábrica da montadora em São Bernardo do Campo

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quinta-feira (21) que o governo e a Ford tentam vender a unidade fabril da montadora em São Bernardo do Campo. Nesta manhã, o tucano se reuniu com representantes da empresa e o prefeito da cidade do ABC, Orlando Morando (PSDB). Na terça, a montadora anunciou o fechamento da fábrica na cidade em comunicado global. Morando disse ao G1 que o município vai perder R$ 18,5 milhões em arrecadação, sendo R$ 14,5 milhões em... Leia mais
21 FEV

Hyundai Creta ganha pulseira de R$ 1 mil para abrir portas e ligar o motor

“Hyundai Key Brand” também conta passos e notifica quando há chamadas de voz no celular (Divulgação/Hyundai)Diga adeus às chaves do Hyundai Creta, pelo menos na versão de topo Prestige e se você topar pagar R$ 1 mil pelo acessório “Hyundai Key Brand”.Trata-se de uma chave com sensor presencial em forma de pulseira, que permite destravar as portas, o porta-malas e dar partida no motor sem usar a chave. Ou seja: ela desempenha as principais funções de uma chave inteligente... Leia mais
21 FEV

Lançamento do VW T-Cross sela o fim da perua Golf Variant no Brasil

Últimas Golf Variant Highline partem dos R$ 113.490 (Divulgação/Volkswagen)Não é apenas o consumidor quem está trocando peruas por SUVs. Com o lançamento do T-Cross, a Volkswagen deixa de importar a perua Golf Variant do México.A versão esticada do Golf era a última perua da marca no Brasil. O SpaceFox já teve sua produção encerrada na Argentina para ceder sua linha de produção ao Tarek, SUV que chega até 2020 para ocupar o espaço entre o T-Cross e o Tiguan.Perua Variant é... Leia mais
21 FEV

Ford Fiesta dá adeus: em 24 anos, hatch foi espanhol, chorão e gatinho

– (Montagem/Marco de Bari/Divulgação/Ford)O fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo vitimou, de uma só vez, toda a sua linha de caminhões — a única em todo o mundo — e o Fiesta hatch, que era produzido somente naquela unidade.A saída do Fiesta é reflexo de suas vendas tímidas nos últimos anos: foram vendidas 14.505 unidades ano passado, enquanto o Ka emplacou 103.286. Vale lembrar que o sedã, que vinha importado do México, já havia sido descontinuado em... Leia mais
21 FEV

Por lucros maiores, Volkswagen diz abrir mão de buscar liderança do mercado

Em um momento em que a General Motors ameaçou sair do país e a Ford anuncia o fechamento de uma fábrica e a saída do mercado de caminhões, a Volkswagen afirmou que abre mão de liderança em detrimento a uma maior rentabilidade da operação brasileira. A declaração foi o presidente da marca no Brasil, Pablo Di Si. “Se o mercado tiver 60% de vendas diretas [menos rentáveis], posso ser 2º, 3º, 4º, até 5º colocado. Queremos a liderança com carros que as pessoas desejam e... Leia mais
21 FEV

Prefeito de São Bernardo estima queda de R$ 18,5 milhões em arrecadação com fechamento da Ford

O fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, anunciado pela empresa na terça-feira (19), vai reduzir em R$ 18,5 milhões por ano a arrecadação municipal, segundo estimativa do prefeito Orlando Morando (PSDB). Ao G1, Morando afirmou que o município vai perder R$ 14,5 milhões em ICMS (1,7% do total arrecadado com o imposto) e R$ 4 milhões de ISS (0,8% do total). Segundo o prefeito de São Bernardo, o maior impacto não é fiscal, mas na mão de obra. De acordo... Leia mais