Friso sob a grade agora se liga aos faróis de leds (Divulgação/Volkswagen) Para os fabricantes de automóveis, dependendo da conveniência, qualquer retoque nos para-choques pode ser o suficiente para encaixar o adjetivo “novo” à frente do nome do modelo. As leis do marketing (e do bom senso) dizem que tudo o que tem esse rótulo vende mais. Mas a próxima geração do Golf, que chegou às lojas da Europa em março e que desembarca no Brasil no segundo semestre, poderá contrapor essa regra. A VW evitou tratar do “novo” Golf como uma “nova geração”. Para a empresa, é um “update”. Faz sentido, já que as atualizações foram discretas na maioria dos seus itens. À primeira vista, o design sinaliza atualizações. Há uma nova opção de motor (na Europa) e um quadro de instrumentos remodelado. No Brasil, permaneceremos com os já conhecidos 1.0 e 1.4 TSI e 1.6 MSI. Para-choques redesenhados e lanternas de leds de série (Divulgação/Volkswagen) Historicamente, o Golf sempre teve evoluções conservadoras nas suas mudanças – e não é diferente com o modelo das fotos, a geração 7.1. Começando pela dianteira: agora há uma friso cromado na grade que se liga visualmente aos novos DRLs dentro dos faróis principais. O radar frontal, antes visível por entre a grade, foi escondido atrás do emblema da VW. Na parte traseira, as lanternas são de led em todas as versões. Por dentro, as mudanças são mais nítidas. A começar pelo quadro de instrumentos, todo digital. A adoção da tela de TFT permite várias possibilidades de configuração – dá para visualizar informações técnicas do carro ou de entretenimento. Com exceção das telas digitais, está tudo igual no interior (Divulgação/Quatro Rodas) Por padrão, essa tela de 12,3 polegadas exibe o velocímetro e o conta-giros, mas pode alternar para a agenda de contatos do dono, álbuns de músicas e até os perfis de rodagem selecionados pelo motorista. Entre cinco opções (Clássico, Consumo e Autonomia, Eficiência, Performance e Assistência à Condução e Navegação), o motorista pode selecionar as configurações que favorecem a economia de combustível ou a esportividade. O quadro de instrumentos não tem relógios analógicos: é uma tela configurável de 12,3 polegadas (Divulgação/Quatro Rodas) No centro do painel, o destaque vai para o monitor touch chamado de Matriz Modular de Infoentretenimento, com três medidas (6,5, 8,0 e 9,2 polegadas). A maior versão, batizada de Discover Pro (foto à direita), aceita controles por gestos – o Golf é o pioneiro no segmento – e conta com um menu inicial configurável, no qual o usuário pode especificar as suas funções/informações preferidas. A central multimídia Discover Pro (9,2 polegadas) responde a gestos das mãos (Divulgação/Quatro Rodas) Se por um lado o aspecto do painel ganhou em modernidade, por outro desagrada o fato de as impressões digitais ficarem bem visíveis mesmo com pouco uso.Mas os grafismos modernos, a complexidade de dados e a possibilidade de realizar comandos por gestos coloca a central do Golf em um patamar superior. Em alguns mercados, a linha Golf é bem ampla (hatch de três ou cinco portas, Variant, Alltrack e Sportsvan), sem contar o Cabrio, já descontinuado. E os europeus também passarão a conviver com o Golf 1.0 TSI de três cilindros, com variantes de 85 e 110 cv – porém, ambos com turbo e com injeção direta a gasolina. – (Volkswagen/Quatro Rodas) Ainda incerto para o mercado brasileiro, o novo 1.5 turbo a gasolina de 150 cv substitui o 1.4 na Europa e ganha desativação de cilindros, combinado ao câmbio automatizado DSG de sete marchas, com duas embreagens a óleo. A Volks também prepara por lá o 1.5 Bluemotion, de 130 cv, previsto para o segundo semestre. Terá motor com taxa de compressão mais alta e ciclo de funcionamento Miller (não Otto), dotado de turbo de geometria variável. Segundo a marca, essa versão poderá rodar 21,7 km com apenas 1 litro de gasolina. Assim como as gerações anteriores, o Golf 7.1 preserva o louvável equilíbrio entre estabilidade e conforto, com direção precisa e comunicativa e elevado nível de qualidade de construção – uma referência no segmento dos hatches médios. – (Volkswagen/Divulgação) O VW Golf tem tradição em disponibilizar equipamentos e tecnologias de segurança pouco comuns na sua classe. A nova linha do hatch médio estreia a direção semiautônoma em situações específicas, como o congestionamento de tráfego a até 60 km/h. Sem a intervenção do motorista, o carro mantém-se na faixa, acelera e freia sozinho, acompanhando o trânsito. Há também um monitor de pedestres capaz de frear o veículo se o sistema não identificar ação do condutor. Porém, a disponibilidade desses recursos não está confirmada para o Brasil. – (Volkswagen/Divulgação) Veredicto As qualidades do Golf têm sido preservadas ao longo de algumas décadas. O hatch evolui a cada geração e está em dia com as últimas tendências tecnológicas.
Fonte:
Quatro Rodas
As mãos também falam
Ficha Técnica: VW Golf 1.5 TSI
Impressões: Novo Volkswagen Golf 1.5 TSI – você disse… novo?
Mais Novidades
28 FEV
Jeremy Clarkson: Renault Duster é um carro do passado vendido como novo
Pode pisar fundo que não adianta: ele só acelera na descida (Divulgação/Renault)Há muitas coisas que eu não compraria usadas. Cuecas, um colchão, uma escova de dentes, cotonetes… A lista é interminável.E um carro? Claro, você pode achar que se conseguir um time de albaneses para lavar, escovar e lustrar até não poder mais, todos os vestígios do proprietário anterior e seus hábitos nojentos podem ser removidos. Mas infelizmente não é assim.Há alguns anos, fiz um teste estilo...
Leia mais
28 FEV
Advogados de Carlos Ghosn apresentam novo pedido de habeas corpus
Os advogados de Carlos Ghosn anunciaram nesta quinta-feira (28) que apresentaram um novo pedido de habeas corpus sob fiança para o ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Ghosn, de 64 anos, está detido em Tóquio desde 19 de novembro por suspeita de fraude fiscal. Este é o terceiro pedido de liberdade do brasileiro, e o primeiro desde que ele mudou sua equipe de defesa. Prisão de Carlos Ghosn: o que se sabe até agora Motonari Otsuru, um ex-promotor japonês que...
Leia mais
28 FEV
Teste do especialista: qual desses tira-cheiros deixa carro mais cheiroso?
Os três podem ser uma saída para disfarçar o odor do cigarro (Paulo Blau/Quatro Rodas)Ao entrar no carro, o aroma é um cartão de visita para causar uma boa primeira impressão. Nessa hora, o neutralizador de odores pode salvá-lo de um sufoco olfativo, ainda mais em caso de forte cheiro de cigarro. Para avaliar a eficiência das marcas mais conhecidas, pedimos a ajuda da Marbor Locadora, que emprestou seis veículos para nosso teste. “Os três são agradáveis, mas o Centralsul se...
Leia mais
28 FEV
Ferrari revela inédita F8 Tributo, de 720 cavalos, para substituir a 488 GTB
A Ferrari revelou nesta quinta-feira (28), na Itália, a inédita F8 Tributo, modelo que vai substituir a 488 GTB. Com 720 cavalos de potência, o esportivo possui motor V8 de 3.902 cc e fará sua estreia mundial no próximo Salão de Genebra, em março, na Suíça. Números da F8 Tributo: 720 cavalos0 a 100 km/h em 2,9 segundos0 a 200 km/h em 7,8 segundosVelocidade máxima de 340 km/h A Tributo F8 chega para entrar no lugar da 488 GTB apenas 4 anos depois de sua estreia, que...
Leia mais
28 FEV
Audi RS 4 Avant, a perua de R$ 546.990 que nos salva da ditadura dos SUVs
Porta-malas com abertura elétrica é padrão na RS 4 (Christian Castanho/Quatro Rodas)Especialistas afirmam que a tolerância é um dos segredos dos casais bem-sucedidos. Se você é muito fã da Audi RS 4 Avant, é bom praticar isso e não deixar que a troca do motor V8 4.2 aspirado pelo V6 2.9 biturbo estrague sua relação.Os argumentos são bons: além de voltar às origens (o primeiro RS4, de 1999, tinha motor V6 2.7 biturbo de 380 cv), o novo 2.9 entrega os mesmos 450 cv, mas...
Leia mais
28 FEV
Audi lança perua que acelera como Porsche e custa R$ 546 mil
Um dos modelos mais emblemáticos da Audi acaba de chegar ao Brasil em nova geração. A perua esportiva RS 4 Avant desembarca em versão única, por R$ 546.990. O modelo está no país há quase 20 anos, e é sucessor da lendária RS 2. Na quarta geração, a RS 4 Avant traz um motor V6 de 2.9 litros, que entrega 450 cavalos e 61,2 kgfm. O câmbio é automático de 8 marchas, com tração integral. O V6 fornece a mesma potência do antigo V8 4.2 que equipava a geração anterior...
Leia mais