Novidades

27 FEV
Teste: Hyundai HB20X tem visual de conceito, mas esqueceu o motor turbo

Teste: Hyundai HB20X tem visual de conceito, mas esqueceu o motor turbo

Aventureiro é vendido em quatro opções de acabamento (Divulgação/Hyundai)

O Hyundai HB20X ainda vive no passado. E não digo isso só pelo visual aventureiro que era moda em 2005 – assim como calças cargo. Mas porque ele custa exatamente o mesmo que o primo “urbano” com motor turbo (só que sem o motor turbo).

Como assim? É, meu amigo… para levar o pacote com suspensão elevada e decoração de plástico fosco a casa, você terá que se contentar com o 1.6 16V flex aspirado que já está há oito anos na família. Os preços variam de R$ 62.990 a R$ R$ 77.990.

Após reestilização profunda, entre-eixos cresceu 3 cm (Divulgação/Hyundai)

Se você já está habituado às novidades que o (quase) sul-coreano ganhou desde que foi reestilizado, saiba que tudo continua igual: na opção topo de linha, há frenagem de emergência, alerta de mudança de faixa e quatro airbags, com dois laterais.

Sem olhar para os lados – ou seja, rivais –, as comodidades até parecem ser suficientes, com chave presencial, partida por botão e central multimídia.

Mas cadê alerta de pontos cegos e assistente de estacionamento automático? Só no rival Chevrolet Onix.

Suspensão foi elevada 5 cm em relação ao HB20 (Divulgação/Hyundai)

Talvez você já tenha se decepcionado com esse carro. Mas nem tudo está perdido. Se antes a direção com assistência elétrica só existia no HB20X, agora está disponível em toda a linha. Ainda bem, porque ela merece elogios.

As respostas a qualquer movimento do volante são rápidas e precisas. E você sente exatamente as condições do asfalto, sem a sensação artificial de videogame. Além disso, o ajuste de altura do assento agora é de verdade e não só para inclinação.

Acabamento interno melhorou na última atualização do modelo (Divulgação/Hyundai)

Na verdade, o banho de loja apresentado há poucos meses fez bem aos compactos da Hyundai – ao menos na cabine: o painel ficou mais moderno, sem perder o bom nível de acabamento, os bons materiais ou a montagem impecável das peças.

Como não houve mudanças profundas na estrutura – o modelo ganhou reforços e cresceu 3 cm no entre-eixos –, o espaço interno não aumentou tanto em relação ao anterior. Só que, atrás, não há apertos para os joelhos e o túnel central é baixo.

Quadro de instrumentos lembra a última geração do Chevrolet Onix (Divulgação/Hyundai)

Mas lá vamos nós de novo.

Com 5 cm a mais de altura do solo em relação ao HB20, esse aventureiro encara lombadas com mais valentia. Só que os 21,1 cm de vão livre comprometem a estabilidade e o conforto.

Primeiro, porque deixam o carro menos firme em curvas. Segundo, porque as suspensões ficam com curso limitado, gerando batidas secas quando se passa por ondulações ou buracos.

Ar-condicionado parece digital, mas perdeu função automática (Divulgação/Hyundai)

Já o motor tem respostas suficientemente boas. Só que, outra vez, essa boa sensação existe até você perceber que seria ainda melhor caso tivesse o 1.0 turbo (vendido ao mesmo preço nas versões convencionais), mais rápido e também mais eficiente.

E olha que, na ficha técnica, a vantagem até parece do conjunto mais antigo: são 130 cv de potência, contra 120 cv do novato. Mas o 1.6 16V tem 1 kgfm de torque a menos (16,5 ante 17,5 kgfm) e seu pico só aparece a 4.500 rpm, diante dos 1.500 rpm do 1.0 turbo.

O resultado não poderia ser outro: na pista de testes, o HB20X levou 11,3 segundos para ir de 0 a 100 km/h. Péssimo? Com certeza não. Mas distante dos excelentes 9,7 s do irmão sobrealimentado, também com câmbio automático de seis marchas.

Câmbio automático só tem trocas manuais na alavanca (Divulgação/Hyundai)

No consumo, ambos têm médias parecidas na estrada, com empate técnico de 16,9 km/l alcançados pelo HB20X.

Só que, na cidade, o fôlego extra do compressor e da injeção direta de combustível fez a diferença: são 13,2 km/l do HB20 1.0 turbo contra 12,4 km/l do HB20X 1.6.

Não há nenhum argumento, além do apelo visual e da carroceria mais alta, que justifique a escolha da versão aventureira.

Achou os apliques irresistíveis? Então não há o que dizer. Mas se você só gosta do HB20, é melhor comprar a opção convencional com motor 1.0 turbo.

Aceleração
0 a 100 km/h: 11,3 s
0 a 1.000 m: 32,8 s – 157,6 km/h
Velocidade máxima: 182 km/h*
*Dado de fábrica.

Retomada (em D)
40 a 80 km/h: 4,8 s
60 a 100 km/h: 6,0 s
80 a 120 km/h: 8,0 s

Frenagens
60/80/120 km/h – 0 m: 14,5/25,2/59,5 m

Consumo
Urbano: 12,4 km/l
Rodoviário: 16,9 km/l

Preço: R$ 77.990
Motor: flex, dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 1.591 cm³; 16V, 77 x 85,4 mm, 11:1, 130 cv a 6.000 rpm, 16,5 mkgf a 4.500 rpm
Câmbio: automático, seis marchas, tração dianteira
Suspensão: McPherson (dianteiro), eixo de torção (traseiro)
Freios: disco ventilado (dianteiro), tambor (traseiro)
Direção: elétrica
Rodas e pneus: liga leve, 195/60 R16
Dimensões: comprimento, 397,0 cm; largura 174,0 cm; altura, 154,0 cm; entre-eixos, 253,0 cm; peso, 1.098 kg; tanque, 50 l; porta-malas, 300 l

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

12 ABR

Tesla começa a vender versão mais barata do Model 3 na China

A Tesla disse nesta sexta-feira que começou a receber pedidos na China por uma versão mais barata do Model 3, o carro elétrico mais barato da marca. A configuração básica deu a fama ao modelo, considerado um elétrico "popular" por ter sido promovido pelo preço de US$ 35 mil (o equivalente a R$ 136 mil), mas ela só começou a ser vendida nos Estados Unidos neste ano - o Model 3 foi lançado naquele país m 2017, em versões mais caras. Na China, ela custará 377 mil iuanes... Leia mais
12 ABR

Europeus rejeitam Ford Ka, mesmo sendo melhor que o brasileiro

Ford Ka+ sairá de linha da Europa ainda neste ano (Divulgação/Ford)O Ford Ka brasileiro é bem mais pelado que o europeu. Só que isso está prestes a mudar, e não porque nosso carro ficará melhor: na verdade, o hatch não será mais vendido no Velho Continente.Segundo a revista L’Automobile, a aposentadoria do Ka está prevista para setembro. Com isso, o modelo continuará à venda na América Latina e na Índia (que hoje exporta para a Europa).Além das baixas vendas, o modelo tem... Leia mais
12 ABR

BMW X7: SUV grandalhão de luxo chega ao Brasil no 2º semestre

BMW X7 chegará ao mercado para batalhar com principal função? Batalhar com outros grandes: Mercedes-Benz GLS e o Audi Q7 (Divulgação/BMW)Uma das grandes – literalmente – novidades da BMW para 2019 chegou. O BMW X7 estreia nas ruas americanas em março deste ano e se mostra pronto para disputar (muito) espaço com Mercedes-Benz GLS e Audi Q7.Inspirado no conceito X7 iPerformance, divulgado no Salão de Los Angeles do ano passado, o SUV grandalhão será lançado no Brasil no segundo... Leia mais
12 ABR

Fiat vai lançar Grand Siena movido a GNV; é a volta do Tetrafuel?

Lançado em 2012, é basicamente o mesmo até hoje (Marco de Bari/Quatro Rodas)A Fiat vai relançar no mercado brasileiro o sedã Grand Siena movido a gás natural veicular (GNV). A informação é do jornal mineiro O Tempo. QUATRO APUROU que a marca fará o anúncio da chegada do modelo no início da semana que vem.De acordo com outra mídia de Minas Gerais, o site Auto Papo, o Grand Siena GNV utilizará motor quatro-cilindros 1.4 Fire Evo, 8V e flexível, tal qual acontecia com o antigo... Leia mais
12 ABR

Peugeot e Citroën dobrarão número de lojas no Brasil; DS pode voltar, mas Opel está descartada

Peugeot e Citroën divulgaram um plano de expansão para o Brasil. De acordo com o grupo, a principal ação será dobrar o número de concessionárias no país nos próximos quatro anos. As marcas, porém, mantêm em segredo futuros lançamentos. A empresa promete que serão 364 lojas ao final do prazo, mas que até o final de 2019 o número já passará de 189 para 245. O conceito dos novos pontos permanecerá como o dos atuais: Peugeot e Citroën dividirão a mesma estrutura... Leia mais
12 ABR

Produção de motos deve chegar a 1,1 milhão de unidades em 2019, diz Abraciclo

A produção de motos no Brasil deve fechar 2019 com o total de 1,1 milhão de motos produzidas, estima a associação das fabricantes de motos, a Abraciclo. Após alta de 6,6% no primeiro trimestre do ano, a entidade elevou a estimativa de crescimento no ano para 6,1% sobre o resultado de 2018, quando o setor chegou a 1.036.846 unidades produzidas. Honda anuncia investimento de R$ 500 milhões para fábrica de motos em Manaus A expectativa anterior, apresentada em dezembro do... Leia mais