Novidades

29 JAN
Fake news do hodômetro: como escapar de carro com quilometragem adulterada

Fake news do hodômetro: como escapar de carro com quilometragem adulterada

 (Mauro Souza/Quatro Rodas)

A desconfiança é comum no mercado de usados. E costuma recair naqueles seis dígitos no quadro de instrumentos. Então vem a dúvida: a quilometragem exibida no hodômetro é real ou fake news?

Para ter certeza do crime (está previsto no Artigo 171 do Código Penal), precisaríamos de um equipamento que se conectasse à central eletrônica, como as concessionárias têm.

Mas você pode ter uma ideia só com a inspeção visual. Afinal, com os hodômetros digitais ficou mais fácil burlar esses números – no analógico, era preciso desmontar a peça.

Estima-se que três em cada dez usados à venda tenham quilometragem falsa. Veja, então, como fugir desses seminovos “pouco rodados”.

O brasileiro roda em média 15.000 km por ano. Na nota fiscal, confira a data da compra do carro quando zero-km e faça a conta. Se estiver muito abaixo dessa média, investigue. 

Mas lembre que motoristas de aplicativos rodam cerca de 10.000 km por mês.

“É uma média nacional e, claro, há casos em que se roda mais ou menos. Mas tudo que foge muito disso já é passível de desconfiança”, explica Bruno Daibert, dono da Peritos Automotivos, que faz avaliação e vistoria de compra e venda de carros em diferentes estados.

É quase praxe os fabricantes indicarem as revisões obrigatórias a cada 10.000 km ou um ano. Então, confira o registro das manutenções que vêm com o Manual do Proprietário.

Se ele já fez três revisões e o hodômetro aponta 15.000 km, há algo errado.

Se o vendedor alegar que perdeu o registro das revisões, faça amizade com alguém da concessionária da mesma marca.

Isso porque a rede autorizada é interligada e, pelo número do chassi, é possível checar o histórico de manutenção: data, qual loja, o que foi trocado etc.

“O concessionário acessa quantas revisões foram feitas, pois os dados são integrados. Pelo chassi, ele checa as revisões e faz uma média de quanto o modelo rodou”, diz o engenheiro Erwin Franieck, da SAE Brasil.

 (Silvio Goia/Quatro Rodas)

É um termômetro do usado. Bateu o olho no pneu, é fácil avaliar o tempo de rodagem do automóvel. Pneus originais duram em média até 30.000 km. Importante descobrir quais eram os pneus que equipavam o modelo quando zero-km.

“Olhe a data dos pneus e cheque se são os originais ou  se foram trocados. Se um carro registrar 20.000 km, mas já trocou pneu, é motivo de questionamento”, diz Daibert.

Dê aquela conferida em partes muito gastas no interior. Carros com 20.000 ou 30.000 km rodados não podem apresentar desgaste em certas peças.

Volante e alavanca descascados, bancos com tecido puído e soleiras e pedais surrados podem ser indícios de que o veículo é muito rodado.

Pergunte sobre o cotidiano do dono do carro. Se for solteiro ou casado com um só filho e falar que roda sozinho, fique atento ao estado dos apoiadores de braço e assentos do carona e ao banco traseiro.

Se estiverem desgastados como o do motorista, podem indicar carro utilizado para o trabalho ou que roda por aplicativo, que costuma ter um entra e sai constante.

No motor, verifique as mangueiras e borrachas aparentes. Caso estejam esbranquiçadas, com fissuras e muito desgastadas, abra o olho: são sinais de que o automóvel já rodou bastante.

 (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Se tiver um mecânico de confiança, peça para pôr o carro no elevador. O bom profissional vai lhe dar os alertas, mas até você pode fazer a inspeção visual.

Bucha da suspensão, correia, pastilha de freios e parte do escapamento devem ter desgaste compatível com o que o carro rodou.

“O escapamento como um todo não apresenta uma mudança muito grande. Mas as conexões da peça, com o tempo, acumulam muito mais detrito e sujeira. E ninguém consegue lavar bem essas partes do veículo”, sugere Franieck.

Portas

O simples abrir e fechar das portas indica desgaste acentuado. Veja se há folga de portas e maçanetas, e se é preciso força para fechar bem a porta.

“Na dobradiça, com a porta aberta, veja o ferro onde o dente da trava encaixa. A cada abertura e fechamento, a peça vai ficando marcada. Dá para ver se o metal está desgastado demais, o que pode indicar veículo muito usado”, observa Franieck.

Verifique você mesmo os principais comandos elétricos: travas das portas, vidros e retrovisores. São itens que começam a apresentar falhas de funcionamento após os 60.000 km.

Ao volante, veja se a direção e o câmbio apresentam folgas. Passe por trechos de paralelepípedos e lombadas para ver se a suspensão faz barulhos ou dá fim de curso. Verifique também se os pedais estão baixos demais. São sintomas de veículos com quilometragem alta e falta de manutenção.

Há vários sites que levantam a procedência do usado. Com a nota fiscal de compra do veículo, dá para saber o histórico do modelo. Inclusive se já sofreu sinistro ou pertenceu a locadora ou frota.

Existem também empresas especializadas em vistoria cautelar. É um serviço feito por peritos treinados que custam de R$ 200 a R$ 500. Eles fazem uma pesquisa detalhada e emitem um laudo.

Verificam não só o estado de conservação e se a quilometragem confere como informam procedência, histórico, registro de sinistros, se é carro de leilão e até se foi adulterado ou clonado.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

05 JUN

Bugatti Chiron ganha versão em Lego com 3.599 peças

A Bugatti está vendendo uma versão mais barata do Chiron. Por cerca de US$ 350 (cerca de R$ 1,3 mil), é possível adquirir 3.599 peças para você montar seu próprio esportivo... de Lego. A réplica na escala 1:8 já está à venda nos Estados Unidos e na Europa. Se você conseguir montar tudo certinho, terá um belo modelo de 56 cm de comprimento e 25 cm de largura. O conjunto da linha Lego Technic tem detalhes como pneus de baixo perfil e movimento no aerofólio traseiro, no... Leia mais
05 JUN

Uso de álcool antes de dirigir aumenta 16% quase dez anos após lei seca, diz pesquisa 

O número de adultos que dirige após ingestão de bebida álcoolica aumentou 16% em todo o país entre 2011 e 2017. Aqueles entre 25 e 34 anos (10,8%) e com maior escolaridade (11,2%) são os que mais bebem antes de pegar o carro, diz levantamento do Ministério da Saúde. No geral, 6,7% da população adulta no Brasil admite a prática. Homens também se arriscam mais que mulheres (11,7% admitem a infração, contra 2,5%), segundo o levantamento. Os dados são da pesquisa Vigitel... Leia mais
05 JUN

Veja quais itens checar na hora de comprar um carro usado de 9 e 12 anos de idade

O mercado de usados é dinâmico. Segundo a associação das revendedoras (Fenauto), a venda de seminovos (aqueles carros com até 3 anos de uso) caiu, enquanto a venda dos carros entre 9 e 12 anos de idade subiu. Porém, a aquisição de carros mais rodados exige cuidado redobrado. São veículos com a quilometragem entre 100 mil e 150 mil km. Aqui não há dúvidas de que o estado deste carro dependerá dos antigos proprietários, tanto em relação ao cumprimento das manutenções... Leia mais
04 JUN

Jeremy Clarkson: Citroën C3 Aircross é um presente de grego

Aircross europeu: uma geração à frente da versão nacional (Divulgação/Citroën)Quando a tempestade Beast from the East (Fera do Leste) chegou ao Reino Unido, eu estava curtindo um fim de semana nas colinas de Cotswolds, bem no centro da Inglaterra.Eu deveria ter ido para Londres na noite anterior ao meu voo para as Ilhas Seychelles, já que as pessoas explicaram que meu chalé, no topo de uma daquelas montanhas, estaria entre as primeiras vítimas do “inferno das nevascas... Leia mais
04 JUN

Preço do diesel termina a semana em alta, aponta pesquisa da ANP

Levantamento semanal divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP) nesta segunda-feira (4) mostra que o preço médio do diesel subiu 1% nos postos, enquanto que o da gasolina também avançou, na comparação com a semana encerrada no dia 26 maio, quando os caminhoneiros ainda estavam em greve. Segundo o levantamento, o preço médio do diesel nas bombas subiu de R$ 3,788 para R$ 3,828. Mas, na mesma semana a ANP chegou a registrar a... Leia mais
04 JUN

Volkswagen Delivery Express, um caminhão disfarçado de picape

Os degraus de acesso ficam escondidos pelas portas, o que dificulta assaltos (Christian Castanho/Quatro Rodas)Se a Volkswagen Amarok é um carro de passeio disfarçado de picape, o novo Volkswagen Delivery Express é um caminhão disfarçado de picape. O preço, por sinal, é igual: por R$ 141.000 leva-se o Express Trend ou uma Amarok 2.0 SE.Menor integrante da nova geração dos Delivery, o Express é o primeiro caminhão Volkswagen que pode ser dirigido por motoristas comuns, com... Leia mais