Novidades

06 JAN
Clássicos: Chevrolet Chevette foi ápice da indústria nacional dos anos 60

Clássicos: Chevrolet Chevette foi ápice da indústria nacional dos anos 60

A primeira fase do Chevette (de 1973 a 1977 ) foi apelidada de Tubarão (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A GM não poderia ter sido mais feliz quando anunciou o Opala como “o carro certo”: estrela do Salão do Automóvel de 1968, o Chevrolet consolidou-se na preferência do público com sua variedade de versões, carrocerias e motores.

Essa boa impressão pavimentou o sucesso do Chevette, primeiro compacto do fabricante norte-americano no Brasil.

O pequeno Chevrolet era o resultado do projeto 909, desenvolvido em conjunto com a alemã Opel, com a japonesa Isuzu e com a colaboração de engenheiros brasileiros.

Apresentado em abril de 1973, o Chevette chegou ao nosso mercado quatro meses antes do Opel Kadett C alemão e um ano e meio antes do Isuzu Gemini.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

“Os protótipos do Chevette foram testados em estradas sem pavimentação para submetê-lo a uma severidade maior”, conta Pedro Manuchakian, engenheiro com 41 anos dedicados à General Motors.

“Superconfidenciais, os testes eram realizados na inóspita localidade de São Simão, em Goiás, onde não fomos visitados pelos caçadores de segredos de QUATRO RODAS.”

Produzido na fábrica de São José dos Campos (SP), o Chevette era o que havia de mais moderno no mercado nacional.

A preocupação com a segurança era evidente: o pequeno sedã de duas portas inovou com zonas de deformação programada na carroceria, coluna de direção retrátil e tanque de combustível isolado logo atrás do encosto do banco de trás.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Sua concepção era clássica, com tração traseira e motor dianteiro de quatro cilindros, 1,4 litro e 68 cv. Ainda em ferro fundido, o cabeçote tinha fluxo cruzado de gases e comando de válvulas acionado por correia dentada, primazia na época.

A direção era rápida e precisa e o câmbio manual de quatro marchas tornou-se referência pelos engates curtos e secos.

“Quem tem prazer em dirigir vai gostar do Chevette”, escreveu na época o jornalista Expedito Marazzi, cativado pelas arrancadas violentas e pela facilidade com que o motor chegava aos 6.000 rpm.

O já bicampeão de F-1 Emerson Fittipaldi elogiou os freios a disco e a estabilidade: “Pode-se entrar forte nas curvas que ele se mantém equilibrado”.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O desempenho era muito bom para a época: 0 a 100 km/h em cerca de 19 segundos e máxima em torno dos 140 km/h.

Nenhum concorrente tinha uma dirigibilidade tão apurada: o Ford Corcel era totalmente voltado ao conforto, enquanto a Volkswagen Brasília não escondia as limitações do Fusca, projeto com mais de 40 anos.

Mas o Chevette tinha seus defeitos: a suspensão era considerada dura demais para nosso piso e o largo túnel da transmissão deslocava os pedais e a direção para a esquerda, comprometendo a ergonomia.

O banco traseiro era adequado apenas para crianças e o isolamento precário de ruído e vibrações do motor dificultavam qualquer conversa a bordo.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A versão esportiva GP surgiu em 1975 em comemoração ao Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1. Recebeu faróis de neblina, enormes faixas pretas, rodas com 6 polegadas de largura e sobrearos de aço inox.

O volante esportivo aumentava e a empolgação frente ao inexpressivo acréscimo na performance: a taxa de compressão aumentada de 7,8:1 para 8,5:1 fez o motor chegar a 72 cv.

As mesmas rodas de tala larga seriam usadas na série especial País Tropical, vendida apenas em 1976. O exemplar das fotos é um dos raros remanescentes e integra o acervo do colecionador Luiz Martins.

“Era o único automóvel nacional a oferecer rádio/toca-fitas como item de série, um caríssimo Nissei. Trazia até uma fita cassete com o hit de Jorge Ben Jor”, diz Martins.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A primeira reestilização do Chevette ocorreu em 1978, adotando as mesmas linhas básicas do Chevette americano de 1976. A família logo cresceu com a versão quatro portas e com o hatch no modelo 1980.

A primeira geração despediu-se em 1982, pouco depois da chegada da perua Marajó e da versão esportiva S/R.

O Chevette ainda viveria mais dez anos de sucesso: tornou-se campeão de vendas em 1983, deu origem à picape Chevy 500, recebeu câmbio manual de cinco marchas, ar-condicionado e até um câmbio automático de três marchas.

As versões populares Júnior (motor 1 litro) e “L” (motor 1.6 litro) encerraram uma história de 20 anos e 1,6 milhão de unidades vendidas.

 

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

05 AGO
Carro voador: veja projetos em desenvolvimento

Carro voador: veja projetos em desenvolvimento

Notícias de carros voadores estão se tornando mais frequentes a cada dia. Essa corrida para ver quem domina primeiro esta tecnologia, e a coloca no mercado, envolve gigantes como Boeing, Airbus e Uber, mas também tem projetos nas mãos de várias startups pelo mundo. A mais recente vem do Japão com o modelo da Nec Corp, que fez um voo de 1 minuto a 3 metros de altura. Alguns se parecem mais com um carro de verdade, enquanto outros utilizam tecnologia mais similar a de drones.... Leia mais
05 AGO
Mercedes mais caro, AMG GT R Pro chega ao Brasil por R$ 1,7 milhão

Mercedes mais caro, AMG GT R Pro chega ao Brasil por R$ 1,7 milhão

A Mercedes-Benz anunciou nesta segunda-feira (5) a chegada ao Brasil de seu carro mais caro. O AMG GT R Pro custa R$ 1.699.900. Ele faz parte de uma edição limitada a 750 unidades. Ficou interessado? Tarde demais. A Mercedes disse que todos os 4 exemplares destinados ao país já foram vendidos. O AMG GT R Pro é a opção mais extrema do esportivo alemão. Ela é mais potente do que as demais, além de trazer melhorias na suspensão, aerodinâmica e alívio de peso. Seu... Leia mais
05 AGO
BMW i3 ganha nova versão totalmente elétrica por R$ 237.950

BMW i3 ganha nova versão totalmente elétrica por R$ 237.950

O BMW i3 passa a ter uma nova versão na linha 2020. Nesta segunda-feira (5), a fabricante alemã lançou a configuração BEV Full, por R$ 237.950. Ela traz motor elétrico de 170 cavalos e 25,5 kgfm, e tem autonomia de até 335 km, de acordo com o ciclo europeu. Segundo a BMW, o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos, com velocidade máxima de 150 km/h. O i3 BEV Full é a quarta versão disponível para o modelo, e é a mais completa entre aquelas que não possuem o... Leia mais
05 AGO
Com vendas baixas, Ford EcoSport 2020 fica quase R$ 11.000 mais barato

Com vendas baixas, Ford EcoSport 2020 fica quase R$ 11.000 mais barato

Ford EcoSport (Divulgação/Ford)A vida realmente não anda fácil para a Ford no Brasil. Após descontinuar Fiesta e Focus, a fabricante promoveu uma queda brusca nos preços da linha 2020 do EcoSport.Reflexo das vendas baixas do SUV compacto, que entre janeiro e julho de 2019 emplacou pouco mais de 17 mil unidades.Nos dois últimos meses, por exemplo, o modelo foi responsável por vender menos de 5 mil exemplares, ficando abaixo de rivais como VW T-Cross e Renault Captur no período. Veja... Leia mais
05 AGO
Land Rover convoca recall de apenas uma unidade do Range Rover Velar

Land Rover convoca recall de apenas uma unidade do Range Rover Velar

A Land Rover anunciou um recall envolvendo uma unidade do Range Rover Velar de ano/modelo 2019, fabricada entre outubro e novembro de 2018, de chassi SALYA2BV9KA202359. Há risco de quebra da ponta do virabrequim, com possíveis danos ao motor. De acordo com a marca, o parafuso da polia do virabrequim principal central pode ter sido fabricado fora das especificações corretas. Com isso, ele pode se quebrar, levando à oscilação na polia e, por fim, à quebra da ponta do virabrequim... Leia mais
05 AGO
Correio Técnico: Qual a diferença entre a gasolina comum e a de aviação?

Correio Técnico: Qual a diferença entre a gasolina comum e a de aviação?

O combustível que entra no avião é bem diferente do usado nos carros (Shell/Divulgação)Qual a diferença entre a gasolina comum, a de aviação e o querosene de aviação? – Wagner Morine, São Paulo (SP)Basicamente tudo: número de octanas, percentual de chumbo e até volatilidade. A principal diferença está no quanto o combustível aguenta ser comprimido antes de detonar, índice popularmente conhecido como octanagem.“A gasolina de aviação, que é usada em aeronaves com motores... Leia mais