Novidades

11 NOV
Entenda o Seguro DPVAT, que deverá ser extinto a partir de 2020

Entenda o Seguro DPVAT, que deverá ser extinto a partir de 2020

O presidente da República, Jair Bolsonaro, anunciou nesta segunda-feira (11) a extinção do seguro obrigatório DPVAT a partir de 2020. Veja perguntas e respostas sobre a medida.

O que é o Seguro DPVAT?

Também conhecido como "seguro obrigatório", o Seguro DPVAT (Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) cobre casos de morte, invalidez permanente ou despesas com assistências médica e suplementares por lesões de menor gravidade causadas por acidentes de trânsito em todo o país.

Ele foi instituído por lei em 1974. Até agora, o pagamento era anual e obrigatório para todos os proprietários de veículos e era feito junto com o IPVA. O seguro era um requisito para o motorista conseguir renovar o licenciamento do veículo.

Quando o Seguro DPVAT vai acabar?

A partir de 2020, de acordo com a medida provisória editada pelo presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (11). Porém, a MP precisa ser aprovada pelo Congresso em até 6 meses, a partir da publicação no "Diário Oficial da União", ou então perderá a validade.

Por que ele vai acabar?

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) disse ter sido questionada pelo Ministério da Economia sobre fraudes, problemas com órgãos de controle e alto índice de reclamações em relação ao seguro, e que apresentou dados que apontam a baixa eficiência do DPVAT.

De acordo com a Susep, o volume de reclamações do DPVAT é um dos maiores do mercado, sendo a empresa administradora do seguro, a Seguradora Líder, a 2ª colocada no ranking de reclamações da Susep. E, atualmente, o DPVAT é alvo de processos movidos pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e milhares de ações judiciais.

A Susep também destacou que o DPVAT consome 19% dos recursos de fiscalização da superintendência, enquanto a operação representa apenas 1,9% do volume de receitas.

Ainda segundo a Susep, "espera-se que o próprio mercado ofereça coberturas adequadas para proteção dos proprietários de veículos, passageiros e pedestres".

Hoje, de acordo com o órgão, cerca de 30% da frota circulante de veículos no Brasil já conta com essas e outras coberturas.

De acordo com o governo, a extinção do DPVAT não vai desamparar os cidadãos em caso de acidentes, já que o Sistema Único de Saúde (SUS) presta atendimento gratuito e universal na rede pública.

Até quando serão pagas indenizações por acidentes pelo DPVAT?

Sinistros ocorridos até 31 de dezembro de 2019 serão cobertos pelo seguro. Assim, a atual gestora, Seguradora Líder, continuará responsável pelos procedimentos de cobertura até 31 de dezembro de 2025.

Depois disso, a União sucederá a Seguradora Líder nos direitos e obrigações envolvendo o DPVAT.

"Para os segurados do INSS, também há a cobertura do auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, auxílio-acidente e de pensão por morte. E, mesmo para aqueles que não são segurados do INSS, o Governo Federal também já oferece o Benefício de Prestação Continuada – BPC, que garante o pagamento de um salário mínimo mensal para pessoas que não possuam meios de prover sua subsistência ou de tê-la provida por sua família, nos termos da legislação respectiva", afirma o governo.

Qual o valor do Seguro DPVAT?

Ele era reavaliado a cada ano e era mais caro para motos, que são o tipo de veículo que mais demanda indenizações por acidentes.

Em 2019, essa queda chegou a 71% para automóveis, que pagaram R$ 12, e a 56% para motos, para as quais foram cobrados R$ 180,65.

Segundo o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que definiu os valores em 2019, o valor do seguro baixou porque o volume de recursos acumulado em reservas era maior do que as necessidades de atuação do Seguro DPVAT, como o pagamento de indenizações.

De acordo com o governo, o Consórcio do DPVAT contabiliza atualmente um total de R$ 8,9 bilhões; sendo que o valor estimado para cobrir as obrigações efetivas do seguro até o fim de 2025 é de aproximadamente R$ 4,2 bilhões.

Quanto o governo arrecada com o Seguro DPVAT? Para onde vai o dinheiro?

No ano passado, foram R$ 4,669 bilhões, distribuídos da seguinte forma:

  • 45% (R$ 2,101 bilhões) foram usados para o financiamento do SUS: ;
  • 5% (R$ 233,5 milhões) foram destinados ao Denatran para financiamento de programas de educação no trânsito;
  • 50% (R$ 2,334 bilhões) foram usados para pagamentos de indenizações do DPVAT.

Com a extinção, quem fica com o valor acumulado pelo DPVAT?

De acordo com o governo, o Consórcio do DPVAT contabiliza atualmente um total de R$ 8,9 bilhões; sendo que o valor estimado para cobrir as obrigações efetivas do seguro até o fim de 2025 é de aproximadamente R$ 4,2 bilhões.

O valor restante, cerca de R$ 4,7 bilhões, será destinado, em um primeiro momento, à Conta Única do Tesouro Nacional, sob a supervisão da Superintendência de Seguros Privados (Susep), em 3 parcelas anuais de 2020 a 2022.

Essas parcelas, segundo o governo, são suficientes para compensar as estimativas de repasse ao SUS e ao Denatran.

Quem pode pedir indenizações pelo DPVAT?

Vítimas e seus herdeiros (no caso de morte) têm um prazo de 3 anos após o acidente para dar entrada no seguro. No caso de invalidez permanente, o prazo começa a contar a partir da ciência desse diagnóstico.

Mais informações de como receber o DPVAT podem ser obtidas pelos telefones 4020-1596 (regiões metropolitanas) ou 0800-0221204 (outras regiões).

O que é DPEM, que também será extinto?

O Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Embarcações ou por suas Cargas (DPEM) é para vítimas de danos causados por embarcações. De acordo com o governo, ele está inoperante desde 2016 porque não há seguradora que o oferte.

E o IPVA?

O Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA) é estadual e não está incluído na medida provisória que extingue o DPVAT. Seu pagamento continua sendo obrigatório para a maioria dos veículos.

Fonte: G1

Mais Novidades

18 ABR

Renault lança compartilhamento de carros para funcionários em SP

A Renault anunciou nesta quinta-feira (18) a ampliação do programa de compartilhamento de carros ("car sharing") para seus funcionários. O elétrico Zoe, que começou a ser vendido no início deste ano em algumas lojas da marca, agora será disponibilizado aos seus trabalhadores em São Paulo. Renault quer aprender com Zoe para vender Kwid elétrico no Brasil Também poderão utilizar o serviço os profissionais que trabalham no Cubo Itaú, espaço também na capital paulista que... Leia mais
18 ABR

Renault vai compartilhar uso do elétrico Zoe no Brasil: 15 minutos, R$ 6

Renault vai oferecer 10 Zoe para 1.300 colaboradores compartilharem (Divulgação/Renault)O compartilhamento de meios alternativos de mobilidade é algo que vem se tornando comum nos dias de hoje, especialmente nas grandes cidades. E as opções são muitas: patinetes, bicicletas e por aí vai.Fabricantes automotivas estão de olho nesse mercado, inclusive no Brasil. Por isso a Renault divulgou nesta quinta-feira (18), uma iniciativa de uso compartilhado do compacto elétrico Zoe, apresentado... Leia mais
18 ABR

VW antecipa na China SUV de R$ 150.000 e outro de R$ 300.000 para o Brasil

Teramont X é a versão de produção do Atlas Cross Sport e ocupará o topo da gama de SUVs da marca no país (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)A Volkswagen estava falando sério quando prometeu iniciar uma ofensiva de SUVs para o mercado brasileiro. Além dos recém-lançados Tiguan e T-Cross, a marca prepara mais quatro novidades para o país.Duas delas ficarão abaixo do T-Cross, como QUATRO RODAS antecipou.Na faixa de R$ 120.000 a R$ 150.000, porém, sobra espaço abaixo do Tiguan, assim como... Leia mais
18 ABR

Mercedes GLS: ultratecnológico, SUV gigante tem até “modo lava a jato”

Nova geração do GLS está maior – e mais parecida com o GLE (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)O Mercedes GLS passou por sua primeira grande revolução desde seu lançamento, como Classe GL, em 2006.Com carroceria maior, novas opções de motorização, sistema de entretenimento atualizado e funcionalidades surpreendentes, agora o modelo volta a poder ser chamado de Classe S dos SUVs. Ou quase isso.Lanternas estreitas são regra na nova identidade de design da Mercedes (Henrique... Leia mais
18 ABR

Hyundai Venue, o 'irmão' menor do Creta, é apresentado no Salão de Nova York

Enquanto apresenta o novo Creta no Salão de Xangai, a Hyundai também revela o inédito Venue no Salão de Nova York. Com chegada às lojas dos Estados Unidos prevista para o final de 2019, o menor SUV da marca ainda é incerto para o Brasil - mas é, certamente, um forte candidato. O Venue mistura identidades no visual. Enquanto a dianteira é polêmica e herda elementos de outros modelos da marca, como a grade de formato irregular e os faróis divididos, a traseira aposta em linhas... Leia mais
18 ABR

Marcas chinesas exibem 'cópias' de carros famosos no Salão de Xangai

Maior mercado automotivo do mundo, a China possui diversas fabricantes desconhecidas para a maior parte das pessoas que não vivem no país. Algumas, no entanto, acabam se tornando conhecidas basicamente por criarem cópias de modelos já consagrados mundialmente. As reproduções têm se tornado mais raras recentemente, com um trabalho de criação de identidade própria de design. Mas ainda é possível encontrar cópias. Mercedes-Benz, Porsche, Jaguar, Land Rover e até a Tesla... Leia mais