Novidades

08 NOV
Relembre carros que, como o Onix, tiveram falhas graves após lançamento

Relembre carros que, como o Onix, tiveram falhas graves após lançamento

Os problemas envolvendo o Chevrolet Onix Plus, que está sendo recolhido pela GM enquanto a marca faz um recall para evitar o risco de quebra do motor e consequente incêndio, chamaram a atenção por se tratar de um carro que acaba de chegar às lojas.

Mas não é a primeira vez que a indústria automotiva vê veículos recém-chegados se tornarem alvos de correções pouco após seu lançamento.

Essa situação, aliás, é quase tão antiga quando o próprio automóvel. Relembre alguns casos famosos envolvendo modelos que tiveram falhas com pouco tempo de mercado.

O Classe A precisou de ajuda eletrônica para não capotar (Divulgação/Mercedes-Benz)

O monovolume foi um marco para a marca alemã, com uma proposta mais familiar e apelo “popular”. Em muitos países, incluindo o Brasil, ele chegou a ser anunciado como “o seu primeiro Mercedes”.

A empolgação da marca era tanta que foi erguida uma fábrica em Juiz de Fora (MG), atualmente com alto índice de ociosidade, apenas para construir o Classe A.

Mas um teste da revista Teknikens Värld virou os planos da marca de cabeça para baixo.

A publicação revelou que o modelo apresentava um grave problema de estabilidade no teste do alce, que promove duas mudanças repentinas de direção para simular o desvio de um obstáculo em uma estrada.

Na prova, registrada em fotos, o Classe A capotou, ainda que sem ferir gravemente seus ocupantes.

A pressão incorreta dos pneus foi a primeira suspeita, mas a própria Mercedes descobriu em testes internos que o comportamento perigoso era resultado de uma falha de desenvolvimento do carro, que tinha suspensão macia e centro de gravidade elevado.

Além do atraso no lançamento, a Mercedes respondeu à crise equipando o carro com o que havia de mais moderno em sistemas de segurança, incluindo ESP de série em todas as versões do Classe A.

As medidas resolveram o problema, mas o estrago já havia sido feito. Além do mancha na reputação da marca, a adição de equipamentos deixou o Classe A mais caro, prejudicando seu apelo mais popular.

Entre outras coisas, o TT precisou ganhar um pequeno aerofólio traseiro (acima) (Montagem/Divulgação/Quatro Rodas)

O primeiro TT é, para muitos, um ícone do design automotivo. Suas formas circulares foram um divisor de águas dentro da marca, e seu conjunto mecânico, herdado do Golf, oferecia um desempenho primoroso.

O visual do esportivo era tão limpo que acabou gerando um problema. Como não havia aerofólio traseiro, foi descoberto que o TT tinha uma tendência a levantar a traseira e perder o equilíbrio em mudanças mais intensas de direção.

Algo imperceptível no dia a dia, mas perigoso a velocidades acima dos 200 km/h, legalmente possíveis nos trechos sem limite das estradas alemãs.

Esse comportamento resultou até em acidentes fatais na Europa. A Audi rapidamente iniciou uma série de modificações no TT, incluindo atualização do ESC, alteração da suspensão e a inclusão de um aerofólio no porta-malas, penalizando o visual.

A solução definitiva para isso veio só na segunda geração, com a inclusão de uma asa móvel retrátil.

O Pinto podia pegar fogo quando batiam atrás dele (Divulgação/Ford)

A polêmica em torno do hatch nada tem a ver com seu nome — que, nos Estados Unidos, onde era vendido, era nada mais do que uma raça de cavalo.

O problema envolvia o posicionamento do tanque de combustível, colocado logo atrás do para-choque traseiro.

Isso fazia com que o compartimento se rompesse facilmente na maioria das colisões traseiras, ocasionando chamas severas que resultaram até em mortes.

O pior veio depois, com a descoberta pelo jornalista Mark Dowie de um memorando interno da Ford analisando o custo-benefício de um recall do Pinto.

Pela conta de alguns executivos da Ford, seria mais barato arcar com as indenizações de eventuais processos por conta dos ferimentos e mortes provocados pela falha de projeto do carro do que fazer um reparo em todas as unidades já vendidas.

O escândalo tomou proporção mundial, e a Ford se viu obrigada a fazer uma série de modificações no Pinto para sanar a grave tendência de incêndios em colisões traseiras.

Os bancos do primeiro Fox tinham um mecanismo perigoso de rebatimento (Divulgação/Volkswagen)

O hatch derivado do Polo surpreendeu o mercado ao entregar mais espaço interno e versatilidade que seus concorrentes.

Uma de suas inovações era o banco traseiro corrediço, que permitia ampliar o porta-malas sem que fosse necessário rebater os encostos.

Só que foi justamente esse recurso que prejudicou o Fox em seus primeiros anos de vida. Para rebater os bancos era preciso puxar uma alça flexível ligada a uma argola.

O desenho do mecanismo, porém, induzia muitos proprietários a puxar o sistema direto pela argola, que se recolhia rapidamente ao ser destravada.

Por conta disso, quase uma dezena de motoristas perderam parte dos dedos, esmagados pela argola metálica. A crise incluiu uma entrevista de Thomas Schmall, então presidente da VW, no Jornal Nacional, da TV Globo.

A solução envolveu a colocação de um grosso anel de borracha ao redor da argola, a inclusão de uma grande fita vermelha para facilitar o destravamento e a colocação de um adesivo no encosto reforçando a forma correta de rebater o banco.

Os freios do Kwid de Longa Duração geraram reclamações durante todo o teste (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)

O compacto indiano foi desenvolvido desde o início para ser barato. Seu projeto era tão simples que o primeiro alerta veio com um teste de impacto feito pelo Global NCAP com uma unidade indiana, sem airbags.

Além da ausência do item de segurança, o Kwid teve sua estrutura colapsada, resultando na reprovação imediata do carro.

A Renault prontamente anunciou que a versão brasileira não só teria estrutura reforçada, como viria com quatro airbags de série — uma exclusividade até hoje no segmento.

Entretanto, uma série de recalls envolvendo o Kwid após seu lançamento promoveram correções no modelo ao longo de seus primeiros meses de vida.

Uma das falhas mais críticas envolvia o sistema de freios, único entre os compactos mais vendidos dotado de discos sólidos no eixo dianteiro.

Essa característica gerou bloqueio na entrega das primeiras unidades vendidas, um recall, constantes reclamações por parte de consumidores e três trocas de pastilhas em nosso Kwid de Longa Duração.

A solução definitiva veio na linha 2020 do hatch, com uso de disco ventilado em todas as versões.

Os pneus Firestone do Explorer podiam explodir subitamente (Divulgação/Ford)

Mais de 200 acidentes envolvendo o Ford Explorer acenderam um alerta nos órgãos governamentais dos Estados Unidos.

Chamou a atenção que todos eles envolviam a súbita explosão dos pneus, produzidos pela Firestone, parceira de longa data da Ford.

Cada empresa culpou a outra pelas falhas em um jogo de empurra-empurra, citando erro de projeto da suspensão e falha dos compostos.

As brigas provocaram recalls gigantescos para troca dos pneus, mas o dano maior envolveu a dupla norte-americana. Abaladas pela crise, nunca mais Ford e Firestone trabalharam juntas em grandes projetos.

Problemas com incêndios queimaram a imagem do Tipo no mercado (Acervo/Quatro Rodas)

O hatch médio importado chegou ao Brasil explodindo nas vendas, oferecendo bom pacote de equipamentos — que podia incluir até um inédito airbag para o motorista — e desempenho atraente de seu motor 1.6 16V.

Mas foi justamente as versões com esse propulsor que passaram a sofrer incêndios inexplicáveis, muitos com o carro desligado na garagem.

O motivo era uma mangueira da direção hidráulica que se rompia caso o motorista segurasse a direção até o fim do curso por muito tempo. Isso fazia com que o fluido do sistema caísse sobre partes quentes do conjunto provocando o incêndio.

A falha foi corrigida após um recall, mas diversos proprietários processaram a Fiat pedindo por indenizações após prejuízos materiais.

Os casos se arrastaram na justiça e só foram concluídos 23 anos após a primeira ação civil pública. Em abril deste ano a FCA foi condenada a indenizar os clientes que enfrentaram fogo em seu Fiat Tipo.

A Pantanal teve vida curta e polêmica (Marco de Bari/Quatro Rodas)

O caso da primeira e única picape feita pela marca, então 100% nacional, é cercado de polêmica. O modelo foi apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo em 2004, e chamou a atenção dos entusiastas.

Ela começou a ser fabricada em 2006, um ano antes da Ford comprar a empresa de Horizonte (CE). Um ano depois, em 2008, a gigante norte-americana promoveu uma ação inédita até hoje: a recompra e destruição das 77 unidades produzidas do modelo.

Segundo a Ford, o motivo é que a Pantanal tinha problemas irreversíveis, e que a melhor solução era ressarcir os donos e inutilizar os modelos. Os proprietários que preferiram ficar com o carro tiveram que assinar um documento isentando a Ford de qualquer problema que pudesse ocorrer com a Pantanal.

Diversas teorias surgiram a respeito após a convocação, que incluíam uma suposta tática da marca para impedir que a picape concorresse com a Ranger.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

10 JAN

Como os carros são transportados em navios de exportação?

O procedimento de embarque ocorre por uma entrada e envolve dezenas de funcionários (Divulgação/Volkswagen)A resposta curta é: com muito cuidado e doses enormes de logística.Boa parte do transporte de automóveis (e de quase toda mercadoria) por longas distâncias é feito por um navio. A diferença, no caso dos veículos, é que boa parte deles é levado de um país para outro em barcos que são, basicamente, estacionamentos gigantes.O desembarque, porém, pode usar duas saídas para ser... Leia mais
10 JAN

Alagoas vai aumentar ICMS de automóveis para 14%

O governo de Alagoas vai aumentar para 14% o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado na compra de automóveis novos. A informação foi confirmada ao G1 nesta quinta-feira (10) pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz). Atualmente, o ICMS no estado é de 12%. O reajuste será a partir de 1º de abril, o que pode deixar mais caro o preço dos veículos para o consumidor final. A Sefaz explica que Alagoas regulamentou a matéria da mesma maneira que... Leia mais
10 JAN

Honda Pop 110i 2019 com CBS é lançada por R$ 5.790

A Honda anunciou nesta quinta-feira (10) a chegada da Pop 110i 2019 às concessionárias da empresa por R$ 5.790. Como principal novidade, o modelo mais barato da marca ganha sistema de frenagem combinada de série. Com a renovação, o modelo ficou cerca de R$ 200 mais caro - antes, sem CBS, era vendido por R$ 5.598. Motos 2019: veja 25 lançamentos esperados A Pop atualizada foi o primeiro de uma série de lançamentos aguardados para marca para 2019, que já prometeu a nova... Leia mais
10 JAN

Produção de motos volta a crescer depois de 7 anos e ultrapassa 1 milhão de unidades

A produção de motos no Brasil voltou a crescer em 2018 depois de 7 anos, informou a associação das fabricantes de motos, a Abraciclo, nesta quinta-feira (10). O setor encerrou um período seguido de quedas que vinha desde 2012. CG, R 1200 GS e MT-03: as motos mais vendidas por categoria em 2018Venda de motos no Brasil volta a crescer em 2018 depois de 7 anos Com o total de 1.036.846 motos produzidas em 2018, a indústria teve alta de 17,4% e superou as 882.876 unidades de 2017. ... Leia mais
10 JAN

Novo Ford Explorer: um SUV do jeito que seu carro deveria ser

Design do Explorer sofreu evolução discreta (Divulgação/Ford)A Ford está dando um novo rumo aos seus negócios nos Estados Unidos. Com exceção do Mustang, todos os outros carros da marca serão picapes, SUVs e crossovers em um futuro não muito distante.O objetivo é seguir uma tendência que os números de venda da marca já revelam: a picape F-150 é seu modelo mais vendido, seguido pelo SUV médio Escape. Em terceiro lugar aparece o Explorer, um SUV grande que acaba de ter sua sexta... Leia mais
10 JAN

Veja todos os recalls de veículos anunciados em 2019

Confira todos os recalls de veículos anunciados em 2019, em ordem alfabética de marcas: CARROS E COMERCIAIS LEVES (marca / versão / mês do chamado / parte afetada) Mercedes-Benz GLC 250 Sport Coupé, GLC 43 AMG, GLC 43 AMG Coupé e GLC 63 S AMG Coupé (janeiro): sistema multimídia/airbag lateral 757 unidades. Um defeito no software do módulo do sistema multimídia pode levar à falha do detector de passageiro, levando ao acendimento de um alerta no painel e ao não... Leia mais