Novidades

05 NOV
Impressões: Volkswagen Golf GTE é um GTI que virou vegetariano

Impressões: Volkswagen Golf GTE é um GTI que virou vegetariano

Faróis de leds têm facho alto automático (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)

Hambúrgueres vegetarianos podem parecer um contrassenso.

Afinal, são o resultado de um trabalho hercúleo para que a indústria tente mudar hábitos dos carnívoros sem enfiar chicória na dieta da população preocupada com o impacto ambiental do consumo exagerado de carne.

O Volkswagen Golf GTE, que chega ao Brasil em clima de despedida, não é muito diferente.

O esportivo híbrido plug-in foi a forma encontrada pela marca para oferecer aos entusiastas o desempenho de um GTI ao mesmo tempo em que se preocupa com os pandas e o degelo do permafrost.

Escapamento duplo tem som variável conforme o modo de condução (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)

Se você quiser, dá para rodar até 50 km (no ciclo NEDC) sem gastar gasolina, e ainda recarregar o carro em casa em um tempo relativamente rápido: até 3h45.

Mas os números mais legais são aqueles para quem até reduz o uso de plástico, mas não abre mão do prazer ao dirigir.

O motor 1.4 TSI de 150 cv é o mesmo usado no T-Cross e Jetta (Divulgação/Volkswagen)

Segundo a VW, o GTE acelera de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos, pouco mais do que os 6,7 s registrados em nosso teste com o GTI.

Mas, para saber na prática se o último Golf de sétima geração do Brasil tem potencial para agradar a gregos e troianos, QUATRO RODAS testou o esportivo em um percurso misto durante a apresentação do GTE à imprensa.

O interior manteve o bom acabamento que marcou a geração atual do Golf (Divulgação/Volkswagen)

Visualmente o GTE se difere das outras versões por conta da chamativa luz diurna em led em formato de “C”, item característico de outros modelos eletrificados da Volkswagen, como e-Up e e-Golf.

Os faróis em leds e as lanternas com piscas sequenciais são os mesmos encontrados no último Golf reestilizado, mas as rodas de 16? com pneus de baixa resistência o rolamento 205/55 são exclusivos.

O GTE pode ser recarregado por meio de um conector Tipo 2 (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)

O interior é igual ao do antigo GTI, com painel digital, sistema multimídia com sensor de aproximação e bancos com a icônica estampa xadrez.

A curiosidade aqui é que as costuras vermelhas deram lugar às azuis, uma forma de reforçar a proposta “ecológica” do GTE.

As luzes diurnas em formato de C estão presentes em outros modelos elétricos da VW (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)

Mais estranhamento é o gerado pela chave convencional, já que o pacote de equipamentos dele não contempla o sistema presencial Kessy.

A ausência de botão de partida contrasta com o freio de estacionamento eletrônico, item exclusivo do Golf alemão e aposentado nas variantes mexicana e brasileira do hatch.

As rodas de 16? são exclusivas do GTE (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)

Pelo mesmo motivo, é possível controlar o sistema multimídia por gestos com as mãos. Apesar do equipamento do GTI ser similar, esse recurso era oferecido no Brasil apenas no Passat.

O sistema multimídia controlado por gestos não chegou a vir para o Golf nacional (Divulgação/Quatro Rodas)

Os modos de condução do GTE são, de forma simplificada, três. O e-Mode mantém só o motor elétrico funcionando, a até 130 km/h, até a autonomia acabar ou o motorista pisar fundo no acelerador.

Já o Hybrid é o modo tradicional, acionando o motor a combustão, o elétrico ou ambos conforme a necessidade.

Por último está o GTE, que prioriza o desempenho alterando parâmetros do trem de força, dureza da direção, amortecedores e até a assistência do servofreio: o pedal do freio fica mais duro.

E o ronco do motor fica encorpado, dando um vigor sonoro quase de 2.0 ao motor 1.4 de 150 cv.

Apesar de ter ACC e teto-solar elétrico, o GTE no Brasil não oferece chave presencial e partida por botão (Divulgação/Volkswagen)

Dentro dessas três configurações é possível bloquear o nível de carga da bateria, quando o sistema eletrônico repõe a energia gasta pelo motor elétrico e acessórios, ou recarregar o acumulador usando o 1.4 TSI ou recuperando parte da energia cinética nas frenagens.

Nos modos mais eficientes o GTE quase une o melhor dos dois mundos, com a dinâmica primorosa que marcou esta geração do Golf com o silêncio (absoluto no modo elétrico) inerente aos modelos híbridos.

O equilíbrio do hatch surpreende até quando levamos em conta que, ao contrário do GTI, ele eixo de torção na suspensão traseira.

As estampas dos bancos repetem a padronização do GTI, mas com cores diferentes (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)

A escolha do sistema mais simples foi técnica: se fosse mantido o conjunto independente, não haveria espaço suficiente para a a bateria de 8,8 kW.

Pelo mesmo motivo, o porta-malas e o tanque de combustível também foram reduzidos em, respectivamente, 66 e 10 litros.

Mas se seu objetivo é apenas andar sem poluir, economize R$ 25.000 e vá de Chevrolet Bolt. Porque no GTE o mais divertido é dirigir no modo que repete o nome do carro.

O carro pode ser recarregado em até 3h45 em uma tomada doméstica (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)

Nele, o sistema eletrônico faz de tudo para entregar os 204 cv e 35,7 mkgf.

O vigor do conjunto (só o motor elétrico gera 102 cv e 33,6 mkgf) é tanto que o GTE precisou receber um câmbio específico, chamado de DQ400E, projetado para aguentar a força dos dois motores de tração.

Como o motor elétrico é capaz de entregar toda a sua força desde o início, o GTE acelera com intensidade próxima à do GTI, de forma que nem a transição entre os propulsores é perceptível.

Vale reforçar que, por conta do conjunto híbrido, o esportivo plug-in pesa 204 kg mais que o esportivo “convencional”.

Além do GTE, a Volkswagen também lançou no Brasil um patinete e uma bicicleta elétricas (Divulgação/Quatro Rodas)

A mudança sonora funciona de certa forma, ainda que o ronco não seja grave e acompanhado dos mesmos estampidos típicos dos 2.0 turbo da família EA888 que equipa o GTI.

Por outro lado, o tempo de resposta do carro em retomadas é superior ao do Golf convencional, mérito do motor elétrico que entra em ação de maneira instantânea.

Prazeroso e econômico (estima-se uma média urbana de até 22 km/l, apesar dos números do PBE/Conpet não terem sido divulgados), o maior problema do GTE é que ele foi rápido nas ruas, mas não para chegar às lojas.

Às vésperas do fim de produção, o esportivo chega ao mercado com o peso, igualmente importante e amargo, de ser o último Golf no Brasil pelos próximos anos.

Com o declínio dos hatches médios, a chance de produção da oitava geração por aqui é próxima de zero, e uma possível importação da versão GTI não deve acontecer antes de 2021.

Até lá, restará aos entusiastas correrem pelos últimos 99 Golf, que podem não ser legítimos esportivos aos olhos de entusiastas tradicionais, mas que divertem tanto quanto sem poluir (tanto) o meio ambiente.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

02 SET
Melhor Compra 2019: picapes usadas a partir de R$ 25.000

Melhor Compra 2019: picapes usadas a partir de R$ 25.000

– (Arte/Quatro Rodas)Todos os anos, QUATRO RODAS seleciona as melhores compras de cada segmento para você levar para casa o carro ideal. É o Melhor Compra.A seguir, as melhores picapes usadas entre R$ 25.000 e R$ 135.000. Eles estão separados em categorias: leves até R$ 25.000; leves acima de R$ 25.000; médias cabine simples até R$ 50.000; médias cabine simples acima de R$ 50.000; médias cabine dupla até R$ 80.000; médias cabine dupla acima de R$ 80.000.Consideramos custos de... Leia mais
02 SET
Longa Duração: a primeira prova de fogo do Caoa Chery Tiggo 5X na estrada

Longa Duração: a primeira prova de fogo do Caoa Chery Tiggo 5X na estrada

Tiggo: com velocidade média de 110 km/h, autonomia comprovada de 600 km (Péricles Malheiros/Quatro Rodas)Tanque cheio e lá se foi o Tiggo 5X para a sua primeira grande incursão, atravessando os estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, além do Distrito Federal.Ao volante, o editor de Longa Duração, Péricles Malheiros: “Dirigi sozinho, mas na volta trouxe cerca de 150 kg de bagagem. E foi no retorno que dei mais atenção ao consumo”, comentou.Tiggo 5X posa diante da Torre de TV... Leia mais
02 SET
Correio Técnico: a medição de consumo para o Inmetro usa qual gasolina?

Correio Técnico: a medição de consumo para o Inmetro usa qual gasolina?

A medição de consumo é feita em um dinamômetro de chassi (Divulgação/Chevrolet)Os números de consumo do Inmetro/Conpet do Honda Civic Touring são obtidos com gasolina premium?, Francisco Mendes, por e-mailNão, são feitos com gasolina comum, assim como todos os outros veículos. A norma técnica 6601 define todos os padrões que os combustíveis usados nas aferições devem atender. É verdade que alguns fabricantes recomendam o uso de combustível com maior número de octanas (como a... Leia mais
30 AGO
Nova geração do Chevrolet Prisma se chama Onix Plus e tem motor de 116 cv

Nova geração do Chevrolet Prisma se chama Onix Plus e tem motor de 116 cv

Versão brasileira será idêntica a fabricada na China (Divulgação/Chevrolet)Em abril, QUATRO RODAS adiantou que a nova geração do Chevrolet Prisma passaria a se chamar Onix. Agora, conseguimos esclarecer como será feita a diferenciação entre hatch e sedã: o três-volumes será chamado Onix Plus, e não Onix Sedan.Naquela ocasião, a Chevrolet justificou a nova estratégia pela força do nome Onix. O nome Prisma deverá sobreviver apenas na versão Joy. Resta confirmar, apenas, se... Leia mais
30 AGO
Google pede remoção de barreiras regulatórias para carros autônomos nos EUA

Google pede remoção de barreiras regulatórias para carros autônomos nos EUA

A Waymo, unidade de automóveis autônomos Alphabet, empresa que controla o Google, pediu na quinta-feira (29) para a Administração Nacional de Segurança no Trânsito nas Rodovias (NHTSA) dos Estados Unidos a remoção das barreiras regulatórias para carros sem volantes e pedais de freio. Atualmente, as montadoras devem atender a quase 75 padrões de segurança para carros autônomos, muitos deles escritos sob a premissa de que um motorista está no comando do veículo usando os... Leia mais
30 AGO
Aceleramos buggy de R$ 90.000 feito todo com mecânica de Chevrolet Onix

Aceleramos buggy de R$ 90.000 feito todo com mecânica de Chevrolet Onix

Jay Jay é um Onix encurtado com chassi tubular e chassi de fibra de vidro (Felipe Bitu/Quatro Rodas)Inaugurado há 50 anos, o segmento dos buggies nacionais viveu seu auge nas décadas de 70 e 80, pegando carona na popularidade do VW Fusca.A ideia se repete no Jay Jay, veículo recreacional desenvolvido pela K2 Concept sobre a mecânica do Chevrolet Onix.Nossa reportagem teve a oportunidade de colher as primeiras impressões do modelo, que é definido pela empresa paulistana como um “fun... Leia mais