Novidades

30 OUT
Clássicos: 968, o conversível que fez Porsche ser mais Porsche e menos VW

Clássicos: 968, o conversível que fez Porsche ser mais Porsche e menos VW

O estilo do Porsche 968 serviu como base ao icônico 911 da geração 993 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Primeiro Porsche refrigerado a água, o modelo 924 foi um dos carros mais importantes criados pelo engenheiro Ernst Fuhrmann à frente da marca de Stuttgart.

O equilíbrio dinâmico proporcionado pelo motor dianteiro e câmbio traseiro foi mantido nos sucessores 944 em 1982 e, dez anos depois, no Porsche 968.

O 968 foi a maior evolução do conceito apresentado em 1976. Produzidos na antiga fábrica da NSU em Neckarsulm, tanto o modelo 924 quanto o 944 abusavam de itens compartilhados com a linha Audi/VW.

Cerca de 80% das peças do 968 eram inteiramente novas, motivo pelo qual passou a ser produzido na fábrica da Porsche em Zuffenhausen.

O cabriolet respondeu por mais de um terço da produção (Christian Castanho/Quatro Rodas)

As linhas do 968 foram atualizadas pelo designer original do 924, o holandês Harm Lagaay, incorporando elementos de estilo de outros modelos da marca.

Os para-lamas dianteiros mais altos que o capô foram inspirados no 911 e os faróis escamoteáveis aparentes eram semelhantes aos do 928. Redimensionadas, as lanternas traseiras eram totalmente vermelhas.

O maior avanço tecnológico do motor de quatro cilindros e 3 litros foi o comando de válvulas variável VarioCam: o torque subiu de 28,6 mkgf para 31,1 mkgf a 4.100 rpm e a potência foi de 211 cv para 237 cv a 6.200 rpm.

As vibrações resultantes da alta cilindrada unitária eram suavizadas por eixos de balanceamento contrarrotantes.

O motor 4-cilindros de 3 litros é um dos maiores já criados (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O câmbio manual de seis marchas o fazia acelerar de 0 a 100 km/h em 6 segundos, com máxima de respeitáveis 250 km/h.

Enormes discos de freio eram acondicionados em rodas de 16 polegadas, com pneus 205/55 no eixo dianteiro e 225/50 no traseiro. Opcional, o câmbio automático Tiptronic permitia a troca sequencial de suas quatro marchas.

O maior obstáculo ao sucesso do 968 era seu preço inicial de quase US$ 40.000 em 1992 (o conversível custava cerca de 10% a mais).

As rodas do Porsche Cup 2 marcaram a década de 90 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Pensando nisso, o modelo 1993 trouxe a versão Club Sport, que eliminou diversos componentes para que o cupê ficasse 50 kg mais leve e 13% mais barato. Vidros, espelhos, bancos e tampa do porta-malas perdiam o acionamento elétrico.

O sistema de som contava com apenas dois alto-falantes e o banco traseiro era eliminado. A suspensão 2 cm mais baixa era evidenciada por rodas de 17 polegadas pintadas na cor da carroceria e montadas com pneus 225/45 na frente e 255/40 atrás.

Rara ignição à direita do volante (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O Club Sport serviu de base para o 968 TurboS, versão civilizada do Turbo RS que disputou a copa alemã ADAC GT.

Custando quase o dobro do 968 comum, o Turbo S recebia um cabeçote com duas válvulas por cilindro e um turbocompressor KKK que gerava 305 cv e generosos 51 mkgf de torque. Ia de 0 a 100 km/h em 5 segundos e superava os 280 km/h.

Caracterizadas pelas rodas de 18 polegadas, apêndices aerodinâmicos e entradas de ar NACA sobre o capô, menos de 15 unidades foram produzidas: os entusiastas da marca pareciam ter olhos apenas para o 911 Carrera RS 3.8 (conhecido entre os puristas como Porsche 964).

Faróis semelhantes aos do irmão maior 928 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O mais raro de todos os 968 foi o Turbo RS, com apenas quatro unidades produzidas para competições. Extremamente aliviado, era obrigado a carregar lastro para se adequar ao limite mínimo regulamentar de 4 kg/cv.

A cavalaria variava de 337 cv a 350 cv, dependendo da configuração definida para cada prova.

Pouco mais de 11 mil unidades foram vendidas em cinco anos de produção (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A produção do 968 foi encerrada em 1995, abrindo caminho para o sucessor de motor central Boxster.

Foram produzidas pouco mais de 11.000 unidades em cinco anos: a baixa oferta, aliada ao elevado padrão de qualidade e desempenho, fez seu valor disparar nos últimos anos.

A Porsche só voltaria a ter um modelo com motor dianteiro em 2003 com o Cayenne. Os motores de quatro cilindros retornaram apenas em 2016 com o 718 Boxster.

 

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

15 SET
Com motor três cilindros, versão 1.0 do Argo alia potência e economia

Com motor três cilindros, versão 1.0 do Argo alia potência e economia

Um hatch moderno precisa ser econômico, e o Fiat Argo 1.0 é um dos mais econômicos da categoria. Ele vem com o motor Firefly 1.0 de três cilindros, com 77 cavalos de potência e 10,9 kgfm de torque. A família dos motores Firefly oferece o melhor e mais bem distribuído torque do segmento, proporcionando agilidade nas acelerações e retomadas de velocidade, sem a necessidade de espremer o pedal do acelerador a todo momento, como mostrou o piloto do Auto Esporte Luiz Razia. O motor,... Leia mais
15 SET
Sete segmentos de carros que as montadoras inventaram para vender

Sete segmentos de carros que as montadoras inventaram para vender

– (reprodução/Divulgação) Ao chamar o Renault Kwid de “SUV dos compactos”, a marca francesa utilizou um velho artifício mercadológico das montadoras: vender seus produtos como se pertencessem a uma categoria distinta, geralmente superior – isso quando não há a tentativa de simplesmente cria um novo segmento. Ela não foi a primeira – e nem será a única. Quase todos os fabricantes, sejam chiques ou populares, já forçaram... Leia mais
15 SET
Volkswagen lança caminhão que qualquer um pode dirigir

Volkswagen lança caminhão que qualquer um pode dirigir

Peso do Delivery Express não ultrapassa as 3,5 toneladas, para ampliar o público condutor (Divulgação/Volkswagen) Pense numa antiga Ford F-250 Cabine Dupla. Ou na mastodôntica RAM 2500 . São picapes tão grandes que precisam de habilitação de categoria C, para veículos acima dos 3.500 quilos. Agora olhe para o novo VW Delivery Express aí em cima. É um caminhão, mas por incrível que pareça, pode ser dirigido por pessoas com... Leia mais
13 SET
Ford Mustang GT V8 chega ao Brasil ainda este ano com 450 cv

Ford Mustang GT V8 chega ao Brasil ainda este ano com 450 cv

Esportivo tem capô mais baixo e faróis mais estreitos (Ulisses Cavalcante/Quatro Rodas) Europeus podem comprar o Ford Mustang desde 2015. E fazem isso com gosto: foi o esportivo mais vendido na grande maioria dos países europeus em 2016. Agora ele aparece no Salão de Frankfurt reestilizado, com o mesmo design que estreará no Brasil no fim deste ano. Leia-se por estreia o início da pré-venda do esportivo por aqui. As entregas só... Leia mais
13 SET
Ford EcoSport ST-Line: visual esportivo – sem estepe na traseira

Ford EcoSport ST-Line: visual esportivo – sem estepe na traseira

Versão inédita dá apelo ao EcoSport remodelado; por lá, o modelo tem motores 1.0 turbo a gasolina e 1.5 a diesel (Ulisses Cavalcante/Quatro Rodas) O EcoSport é brasileiro, mas tem uma existência um pouco diferente no hemisfério norte. Após fazer sua primeira aparição pública durante o Salão de Detroit, em janeiro deste ano, o SUV foi revelado no Salão de Frankfurt com uma inédita configuração esportiva. Principal... Leia mais
13 SET
SsangYong Tivoli: a nova aposta dos coreanos para o Brasil

SsangYong Tivoli: a nova aposta dos coreanos para o Brasil

Com design mais sóbrio em relação aos antigos SsangYong, o Tivoli deverá ser a grande aposta para o Brasil (Ulisses Cavalcante/Quatro Rodas) Com retorno ao Brasil confirmado, a SsangYong atraiu olhares brasileiros para seu estande em Frankfurt. Dos três modelos que já foram vistos rodando em terras brasileiras, um desperta mais interesse por aqui: o Tivoli. Recentemente flagrado por QUATRO RODAS em sua versão alongada, pudemos ver de... Leia mais