Novidades

18 OUT
Clássicos: quando até o Ford Mustang teve que ceder às pressões do mercado

Clássicos: quando até o Ford Mustang teve que ceder às pressões do mercado

Rodas aro 13: performance em segundo plano (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Falecido em julho, o executivo Lido Anthony “Lee” Iacocca será para sempre lembrado como o criador do Ford Mustang.

Desenvolvido a partir do compacto Falcon, o cupê surgiu como um automóvel simples e barato, mas foi desvirtuado em 1971 ao tornar-se um enorme muscle car com 1.600 kg e enormes motores V8 de até 7 litros.

O conceito original do pony car só seria resgatado em 1974 com o Mustang II.

Engenheiro com especialização em marketing, Iacocca assumiu a presidência da Ford em 1970 e notou que muitos compradores do Mustang migraram para modelos menores como o Maverick e o Pinto.

O interior trazia apliques imitando madeira e bancos que mais pareciam poltronas. Câmbio automático era a regra (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Concebida para enfrentar subcompactos da Toyota, Datsun, Chevrolet e American Motors, a plataforma do Pinto foi a base para o desenvolvimento da segunda geração do Mustang.

Apresentado em setembro de 1973, o Mustang II era cerca de 220 kg mais leve e quase 50 cm menor que o anterior.

O conversível deixava de ser oferecido: as carrocerias se limitavam ao cupê com três volumes definidos e o hatch com três portas, única opção da versão esportiva, Mach 1.

A distância entre os eixos foi drasticamente reduzida de 2,74 para 2,44 metros.

Entre os principais avanços técnicos estavam a caixa de direção com o preciso sistema de pinhão e cremalheira e a adoção de um subchassi dianteiro para reduzir o nível de ruído e vibrações.

O motor V6 alemão vendeu bem nos EUA (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Voltado para a eficiência, o modelo 1974 foi o único na história do Mustang a não contar com a opção de um V8.

Também foi o primeiro Mustang a oferecer um motor de quatro cilindros, com 2,3 litros, 16 mkgf a 2.600 rpm e 89 cv a 5.000 rpm, similar ao que seria adotado no Maverick brasileiro.

Robusto e econômico, permaneceu como motor de entrada do Mustang até 1993. A única opção além dele era o lendário V6 Cologne de 2,8 litros, desenvolvido pela filial alemã da Ford, com 19,37 mkgf a 3.200 rpm e 106 cv a 4.600 rpm.

Apesar das críticas ao desempenho, a escolha dos motores estava alinhada à crise energética que abalou o mundo em 1973.

Racionalizado, o Mustang II totalizou 385.000 unidades comercializadas em 1974, quase três vezes mais que o paquidérmico modelo anterior. A economia de combustível era prioridade absoluta.

Ar-condicionado, rádio toca-fitas, teto solar e rodas de liga leve estavam entre os opcionais mais populares. A luxuosa versão Ghia respondeu por quase 25% da produção e foi muito elogiada pelo conforto de rodagem, comparável ao de automóveis muito superiores em preço.

Atendendo a pedidos, o motor V8 retornou em 1975. Amansado por normas de emissões, o bom e velho Windsor de 5 litros oferecia 29,46 mkgf a 1.800 rpm e 129 cv a 4.000 rpm.

O desempenho era razoável: 0 a 96 km/h em 10,5 segundos e velocidade máxima de 171 km/h. As maiores novidades do modelo 1976 foram os pacotes estéticos Stallion e Cobra II.

A segunda geração durou de 1974 a 1978 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Enquanto o primeiro adotava uma decoração mais discreta, o segundo resgatava elementos de estilo dos muscle cars como faixas pintadas e a falsa entrada de ar no capô.

Popularíssimo, o teto removível do tipo targa foi oferecido na carroceria hatch em 1977, mas não conseguiu reverter o declínio nas vendas, que só reagiram no ano seguinte.

O ano de despedida do Mustang II foi marcado pela espalhafatosa edição limitada King Cobra, impulsionada apenas pelo motor V8 de 5 litros.

Mas o objetivo de Iacocca havia sido alcançado: o Mustang II vendeu mais de 1,1 milhão de unidades e garantiu a sobrevida do modelo numa época em que concorrentes como AMC Javelin e Dodge Challenger foram eliminados.

Mesmo considerado o menos desejado dos Mustangs, é inegável que foi o carro certo no momento certo.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

26 JUN

Chevrolet Onix Sedan: como ele será posicionado diante dos rivais

Chevrolet Onix Sedan na China (Reprodução/Internet)A Chevrolet do Brasil ainda faz mistério sobre o Onix Sedan, que chega no final do ano para substituir gradualmente as versões mais caras do Prisma e ficar no lugar do Cobalt.O modelo, porém, já é vendido na China, e como as versões feitas nos diferentes continentes serão idênticas, já é possível comparar a novidade com seus futuros e atuais rivais.Onix Sedan promove a estreia da plataforma GEM (Reprodução/Internet)QUATRO RODAS... Leia mais
26 JUN

Ford Puma usa base de EcoSport, mas é um SUV muito mais moderno

Visual do SUV lembra o Jaguar E-Pace (Divulgação/Ford)Enquanto a Ford tem apenas dois SUVs no Brasil – EcoSport e Edge ST –, o mercado europeu terá mais um representante no segmento: o Puma (que, por lá, chegará em 2020).Talvez você tenha achado o visual meio familiar. Parecido com o Jaguar E-Pace, talvez? Só que a marca diz ser um novo capítulo na filosofia de desenho inspirada no ser humano.Plataforma é de EcoSport, mas dimensões não foram reveladas (Divulgação/Ford)E não... Leia mais
26 JUN

Em oficina de supercarros, até uma simples troca de óleo passa de R$ 2.000

Poderia ser um salão do automóvel, mas é a Kalú Import, oficina especializada em supercarros (Christian Castanho/Quatro Rodas)A troca de óleo é uma das manutenções mais simples a ser feita em um carro. Basta levantar o veículo em um elevador, soltar o parafuso de dreno do cárter, deixar o fluido escorrer, fechar novamente o parafuso e colocar óleo novo por cima do cabeçote antes de dar a partida. Mas faça isso em um Audi R8 e você terá um prejuízo proporcional ao preço do... Leia mais
25 JUN

Mortes de crianças em estradas caíram quase 20% desde início de multas por falta de cadeirinha, diz estudo

As mortes de crianças em acidentes nas estradas diminuíram quase 20% desde que a obrigatoriedade do uso de cadeirinhas nos carros passou a ser fiscalizada, em 2010. É o que aponta um estudo do Conselho Federal de Medicina, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), com base em dados do Ministério da Saúde. Em 2010, quando as multas pela falta do uso do dispositivo de retenção começaram a ser aplicadas no Brasil, 346... Leia mais
25 JUN

Novo Renault Sandero mostra traseira inédita em versão quase aventureira

Agora as lanternas invadem a tampa traseira do Sandero (Reprodução/WhatsApp)Com lançamento marcado para o final de julho, os novos Renault Sandero e Logan começaram a perder o pudor e aparecer sem camuflagem.O Logan já havia se despido parcialmente em sua inédita versão aventureira. Agora o novo Sandero mostra sua traseira nunca antes vista em configuração aventureira que, aparentemente, não é a Stepway.Versão tem molduras nas caixas de roda, mas mantém para-choque das versões... Leia mais
25 JUN

Chevrolet S10 terá nova geração em 2023 e será global

Picape terá nova geração, mas só depois do segundo facelift (Motor.es/Internet)A Chevrolet definiu um investimento de R$ 5 bilhões na fábrica de São José dos Campos (SP) no início deste ano.Esse montante, de acordo com o Automotive Business, será usado para adaptar a unidade à produção das novas gerações da S10 e o SUV baseado em seu chassi – substituto do Chevrolet Trailblazer – até 2024 . Antes disso, porém, os dois modelos passarão por uma nova atualização visual.A... Leia mais