Novidades

19 SET
Vale a pena comprar carro seminovo de locadora? Veja prós e contras

Vale a pena comprar carro seminovo de locadora? Veja prós e contras

Locadoras de carros investem pesado no mercado de venda de seminovos. Conheça os riscos e as vantagens de comprar esse tipo de usado (Ilustração/ Índio San/Quatro Rodas)

Já reparou na quantidade de carros com placa de Belo Horizonte (MG) circulando pelos grandes centros? Não, não são os mineiros passeando pelo país.

Pode apostar que quase todos são de locadoras, que costumam emplacar seus veículos lá devido ao IPVA menor.

Segundo a Abla (Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis), a frota de carros de aluguel alcançou 826.000 unidades em 2018, 16% mais que no ano anterior e deve crescer mais 15% neste ano, em boa parte estimulada pelo boom dos motoristas de aplicativos.

Com esse aumento, cresceu o mercado de usados de locadora.

Um bom exemplo é a Unidas Seminovos, que possui 100 lojas no Brasil e viu suas vendas subirem 153% em 2018, assim como a Seminovos Localiza (111 lojas em 72 cidades), que cresceu 43% no primeiro semestre de 2019.

Como o consumidor tem demorado mais tempo para trocar de carro, faltam seminovos no mercado.

Se você procura um modelo com um ou dois anos de uso, baixa quilometragem e preço abaixo da tabela, o veículo de locadora é uma opção interessante. No entanto, o consumidor ainda tem bastante preconceito.

Afinal, carro de locadora é um bom negócio?

Com o mercado de locação aquecido, as empresas do setor passaram a renovar suas frotas constantemente e acabaram inundando suas lojas de seminovos com veículos de baixa quilometragem.

Como compram direto da montadora com desconto e lucram com a locação, conseguem vender o seminovo por preços menores.

Exemplo: um Nissan Sentra SV 2018 com 35.000 km era oferecido numa loja de locadora de São Paulo por R$ 69.790 contra R$ 94.700 do modelo novo – redução de 26,3%. A diferença é ainda maior num Duster Expression 1.6 X-Tronic.

Enquanto a locadora oferecia o modelo 2018 com 29.000 km por R$ 54.300, a Renault pedia R$ 76.190 pelo mesmo carro em seu site, ou quase 30% a mais.

Outra vantagem desses carros é a garantia de que o hodômetro não foi adulterado, pois é um risco que as grandes locadoras não querem correr.

O maior medo de quem vai comprar esse tipo de usado é o estado geral. Afinal, ele foi utilizado por diferentes pessoas ao longo da sua vida e nenhuma delas cuidou do automóvel como se fosse seu.

Isso é verdade, mas a boa notícia é que o veículo maltratado dá sinais claros, mesmo pouco rodado.

Como interior e porta-malas muito sujos e riscados, faróis e lanternas com sinais de poeira e protetor de cárter e braços de suspensão cheios de riscos.

A embreagem com acionamento duro também indica que encarou trabalho pesado em estradas ruins.

“Em geral, veículos de locadora são bem cuidados, mas às vezes eu conserto carros maltratados, que sofreram pancadas na parte inferior ou receberam retoques malfeitos na pintura”, explica Henrique Macchi Jorge, dono de uma oficina de Campinas (SP).

Mas as locadoras garantem que só veículos em perfeito estado vão para a venda.

“Nossos carros seguem à risca a manutenção recomendada pelo manual do proprietário durante o período de locação e passam por uma revisão completa antes de seguirem para a venda”, diz Heros Di Jorge, diretor executivo da Seminovos Localiza.

Veículos de locadora se tornam boa opção de compra entre usados (Ilustração/ Índio San/Quatro Rodas)

Se você faz questão de um usado com o aval da fábrica, olho aberto: revisão nas concessionárias é raro.

Para reduzir os custos, as locadoras costumam fazer a manutenção indicada no manual do proprietário em oficinas independentes, o que invalida a garantia. Entretanto, é possível achar carros com manual carimbado.

É o caso do educador físico Fernando Dias da Silva Júnior, de Monte Mor (SP), que comprou um Renault Logan de locadora ainda dentro da garantia de três anos e precisou usá-la quando a caixa de direção apresentou defeito.

“Fui atendido normalmente na concessionária, que instalou uma peça nova e ainda me disponibilizou um carro reserva durante o reparo”, afirma Silva.

Ao contrário do que se pensa, há grande variedade de marcas e modelos nas lojas de locadoras.

É verdade que a maior parte é de compactos de entrada, porém há sedãs médios, SUVs, minivans, picapes, furgões e até modelos de luxo de Audi, BMW, Jaguar e Mercedes, em geral usados por diretores de grandes empresas.

Outra vantagem é encontrar modelos recentes no mercado, que ainda têm pouca oferta nas lojas multimarcas.

Se há consumidor que tem preconceito, o mesmo não ocorre com a maioria dos lojistas independentes, que compram e vendem usados de locadora sem problemas.

Para manter o estoque alto e ter variedade de modelos, muitos recorrem às locadoras e compram grandes lotes para revendê-los.

“Se depender só de clientes que chegam à porta da loja, meu negócio não gira. Preciso captar carros no mercado e as locadoras oferecem boas oportunidades”, explica o diretor de uma rede de lojas de usados de São Paulo, que pediu para não ser identificado.

“O mesmo vale para o cliente que possui um carro que já foi de locadora. Se for bem cuidado e um bom negócio, coloco para dentro da loja como qualquer outro e pago o mesmo”, concluiu.

A compra de um seminovo deve seguir o mesmo ritual de um usado qualquer. É preciso analisar o interior à procura de riscos em plásticos e de manchas e rasgos nos bancos, verificar se todos os equipamentos funcionam e exigir manual do proprietário e chave reserva.

A carroceria não deve ter riscos profundos e peças com cor ou textura da tinta diferente. Veja se os vãos estão uniformes e se os parafusos de fixação não estão descascados, o que significa que a peça foi retirada.

É comum as locadoras trocarem pneus e rodas entre carros do mesmo modelo na sua frota. Confira se são da mesma marca e medida, inclusive estepe.

Se levar o carro ao mecânico, observe no elevador se há vestígios de terra e marcas no assoalho, o que significa uso em estradas de terra.

Na parte de documentos, solicite o número do Renavam e a placa do veículo escolhido e consulte o Detran em busca de multas ou restrições.

Também é interessante passar os dados do veículo a um corretor de seguros para ver se o valor da apólice não é muito alto e se o modelo tem aceitação pelas seguradoras.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

30 NOV

Placa do Mercosul entrará em vigor em dezembro, mas Contran dá prazos diferentes para cada estado

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) anunciou nesta sexta-feira (30) que as placas padrão Mercosul para veículos começarão a valer agora em dezembro, mas não a partir do dia 1º, como dizia o prazo anterior. Agora, cada estado terá um prazo especifico. O Rio de Janeiro é o único estado que já estava emplacando, por isso passa a ter a obrigatoriedade de usar o novo padrão a partir desta segunda-feira (3). São Paulo, dono da maior frota do Brasil, deverá começar com... Leia mais
30 NOV

IPVA 2019: RJ divulga o calendário para o pagamento

A Secretaria de Fazenda e Planejamento (Sefaz) do RJ divulgou nesta sexta-feira (30) as datas de pagamento do IPVA de 2019 para os veículos do Estado. De acordo com o calendário, o vencimento da cota única e da primeira parcela será no mesmo dia, a partir do dia 21 de janeiro, de acordo com o número do final da placa do automóvel. A resolução Sefaz n° 354, que estabelece os prazos, está publicada no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (30). As tabelas de valores... Leia mais
30 NOV

Novo Kia Soul é lançado com opções turbo e elétrica com mais de 200 cv

Versão esportiva traz motor 1.6 turbo de 204 cv (Divulgação/Kia)A Kia revelou a terceira geração do Soul no Salão de Los Angeles. O visual, que já era uma caraterística marcante do modelo, ficou ainda mais ousado.A dianteira perdeu o famoso formato “nariz de tigre”, que era comum a todos os carros da marca, para ganhar uma grade avantajada e conjunto óptico dividido em duas partes.Traseira ganhou grandes lanternas em formato de bumerangue (Divulgação/Kia)Atrás as enormes... Leia mais
30 NOV

Yamaha Ténéré 250 sai de linha no Brasil

A Yamaha Ténéré 250 vai sair de linha no Brasil depois do lançamento da nova geração da Lander 250. O modelo ainda está disponível nas lojas da marca, ao preço de R$ 16.490, mas seu adeus será em breve. De acordo com a montadora, algumas características da moto foram levadas para a nova Lander, como o assento mais largo. Além disso, haverá um kit com acessórios, formado por báu, bolha e protetor de motor para quem queira deixar a Lander mais apta a longas viagens. ... Leia mais
30 NOV

Yamaha Lander 250 ABS 2019: primeiras impressões

A Lander 250 é uma das motos de maior sucesso da história da Yamaha no Brasil com mais de 103 mil motos vendidas. Criada em 2006 especificamente para o mercado brasileiro, com uma proposta de rodar na terra e no asfalto, o modelo surgiu como uma opção para rivalizar com a Honda Tornado 250 e mais tarde com a XRE 300. Sentindo o peso do tempo, o modelo acaba de passar pelas maiores mudanças de sua vida, chegando a 2º geração – como aconteceu com sua “irmã” urbana, a... Leia mais