Novidades

20 OUT
Citroën Grand C4 Picasso: primeiras impressões

Citroën Grand C4 Picasso: primeiras impressões

No começo do terceiro milênio, quando rádios automotivos não contavam com conexões Bluetooth e USB e sequer possuíam telas coloridas, o conceito de carros espaçosos e familiares era materializado nas minivans, modelos altos, com o mesmo apelo visual de uma embalagem de pão de forma e que despertavam as mesmas emoções ao motorista que uma porta.

Por outro lado, não havia opções mais confortáveis para levar cinco ou até sete pessoas do que as minivans. Nesta época, modelos como Renault Scenic, Chevrolet Zafira e Citroën Xsara Picasso fizeram sucesso. O tempo passou, os rádios se modernizaram, e o consumidor brasileiro começou a esquecer as minivans e dar preferência a outro tipo de veículo “altinho”, os SUVs.

Tanto que, dos três modelos citados acima, apenas o da Citroën sobreviveu por algum tempo – se não com o nome Xsara, mas com o sobrenome Picasso, caso da linha C4 Picasso. Agora, a Citroën, que não tem SUVs na gama brasileira, começou a importar a nova geração da C4 Picasso, de cinco lugares, e da Grand C4 Picasso, de sete lugares.

Resumindo, a montadora que não tem representantes no segmento “da moda”, começa a vender no Brasil dois modelos de uma categoria que já foi “da moda” 15 anos atrás. Se, até aqui, tudo indica que a Citroën está fazendo uma aposta arriscada, saiba como os franceses podem convencer o possível comprador de um SUV a mudar de ideia rapidinho.

Rapidinho, neste caso, pode ser no sentido literal. Os modelos contam com o prestigiado motor turbo 1.6 THP, que na versão movida a gasolina, desenvolve 165 cavalos. De acordo com a marca, C4 Picasso acelera de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos, enquanto a Grand C4 Picasso, maior e mais pesada, cumpre a tarefa em 8,7 segundos. A máxima, nos dois casos, é de 210 km/h.

Bem equipadas
Ambas chegam em duas versões. A Seduction custa R$ 110.900 na C4 Picasso e R$ 120.900 na Grand C4. Já na opção mais completa, Intensive, os preços saltam para R$ 117.900 e R$ 127.900, respectivamente.

A diferença entre elas, é basicamente nos equipamentos. Mas, desde o pacote básico, a lista é generosa. São 6 airbags (frontais, obrigatórios, laterais e de cortina), cintos de segurança de três pontos para todos os passageiros, sensores de luz, chuva e ré, controles de tração e estabilidade, ar-condicionado de duas zonas, para-brisa panorâmico, controle de cruzeiro, central multimídia com tela sensível ao toque de 7 polegadas, com conexão Bluetooth, entrada USB, HD interno e comandos no volante e luzes diurnas de LED.

As versões Intensive ainda incluem abertura das portas sem a necessidade de chave, alarme volumétrico, câmera de ré, painel de instrumentos configurável com tela de 12 polegadas e volante com mais comandos.

Ainda há alguns opcionais, como teto solar panorâmico, bancos de couro com regulagens elétricas, aquecimento e massagem e, para o passageiro, apoio de pernas escamoteável, faróis bi-xênon, abertura e fechamento elétricos do porta-malas e um pacote, com sistema de estacionamento automático, monitoramento de pontos cegos com alertas nos retrovisores, sensores de obstáculos dianteiro e 4 câmeras, que dão visão em 360° do veículo.

A marca, porém, afirmou que ainda não há valores, e disse apenas que eles serão vendidos separadamente, o que pode elevar a conta final em alguns bons milhares de reais.

Poltrona de avião
Na apresentação da linha C4 Picasso, o G1 avaliou a versão Grand, de sete lugares, na versão Intensive e equipada com todos os opcionais. Foram 50 km ao volante e outros 150 km nos demais bancos.

Normalmente, os trechos nos assentos dos passageiros não são relevantes. Neste caso, porém, vale a menção. Sobretudo quando a marca faz alarde de que viajar ao lado do motorista é ter experiência semelhante à de viajar de classe na executiva de um avião.

Exageros da Citroën à parte, o banco com regulagens elétricas, massageador e apoio para as penas acionado eletricamente é bastante confortável. Além disso, há encosto de cabeça ativo, com apoio inclusive para a lateral da cabeça, o que reforça a seção de relaxamento do passageiro.

Já a fileira do meio tem assentos individuais, que ficam sobre trilhos, e podem ser arrastados, aumentando assim a capacidade do porta-malas para até 704 litros. Na posição com mais espaço para os ocupantes, o compartimento de cargas fica com 575 litros. Por fim, quando todos os bancos estão armados, o espaço para bagagens é de apenas 130 litros.

Além da possibilidade de ajustar a posição dos bancos, ainda há saídas de ar dedicadas, uma em cada batente das portas dianteiras. É possível regular a intensidade do vento e o direcionamento, mas não a temperatura.

Espaço para (quase) todos
O acesso a terceira fileira é feito pelas portas traseiras. O processo de montagem dos dois bancos individuais é simples. Basta puxar uma tira de tecido no encosto dos bancos até que os assentos sejam travados. Para desarmá-los, basta puxar uma outra tira, vermelha, que fica na base dos bancos.

Por outro lado, embarcar é um processo mais complicado. Os bancos do meio possuem quatro alças ou alavancas, e até descobrir a função de cada uma, os passageiros terão de fazer diversas tentativas.

A resposta é puxar a alavanca que fica na ponta do assento para levantá-lo. Em seguida, basta puxar a alavanca no topo do encosto e arrastar o banco para frente. Feito isso, o espaço para embarcar é bom. O que não é razoável é o espaço para as pernas na turma do “fundão”.

Com 1,75 m, este repórter ficou com os joelhos em posição muito mais alta do que o quadril, o que, em uma viagem mais longa, resultaria em muito desconforto. Lembrando que esta posição só pode ser alcançada com os bancos do meio arrastados para frente. Com eles na posição mais estendida possível, apenas crianças conseguem ocupar a parte traseira da cabine.

Nova plataforma
O espaço para (cinco) ocupantes e suas bagagens pôde ser aprimorado graças à adoção da nova plataforma do grupo PSA. A EMP2 fez com que o C4 Picasso ficasse 4 cm mais curto, porém com entre-eixos 5,7 cm maior.

Já na Grand C4, o entre-eixos aumentou em bons 11 cm – o comprimento foi mantido. Tudo isso, com redução de peso de aproximadamente 140 kg. Na ponta da trena, são 4,60 m de comprimento e 2,84 m de entre-eixos.

No visual, as minivans não deixam dúvidas de que são autênticas Citroën. Com um design ousado, elas levam como principal característica o conjunto ótico dividido em três peças. Na parte mais alta, rente à seção final da grade superior, ficam as luzes diurnas de LED. No meio, em posição mais baixa e recuada fica o bloco principal, enquanto os faróis de neblina foram posicionados bem abaixo, quase na base do para-choque.

Outro elemento marcante é a coluna A (aquela que sai do capô) dividida em duas partes separadas. Entre elas, uma área envidraçada que ajuda na visibilidade do motorista. Na traseira, a Grand C4 Picasso é mais ousada, com uma lanterna em formato de C.

Nem parece minivan
Se minivan era sinônimo de condução pacata, os tempos mudaram, e a Grand C4 Picasso apresenta uma dirigibilidade surpreendente para o porte. Mesmo com 1.430 kg e 1,64 m de altura, o veículo se sai bem ao acelerar, graças ao eficiente motor 1.6 THP.

Casada com ele, a transmissão automática de seis marchas produzida pela Aisin traz trocas suaves. Há opção de o motorista realizar as trocas, por meio de aletas atrás do volante. A alavanca, seguindo a geração anterior, fica posicionada também atrás do volante, mas em uma posição elevada. Não é difícil de operar, mas é pouco usual. Ao menos, poupa espaço no console central.

Parece (muito) minivan
Há diversos porta-objetos espalhados pela cabine. No entanto, o número é menor do que na geração anterior. Se não é tão versátil, por outro lado, a cabine ganhou requinte no acabamento, tanto no desenho, como nos materiais.

É muito difícil encontrar plástico rígido nas principais superfícies, tomada pelo material emborrachado de ótima aparência, na cor cinza. Os painéis das portas acompanham o bom gosto na escolha dos compostos.

Os assentos, na unidade avaliada, em couro, pareciam gastos demais para um modelo zero quilômetro. Aliás, os bancos, como em toda minivan, proporcionam uma sensação de anfiteatro, com as fileiras duas fileiras de trás mais altas do que a primeira.

Conclusão
Em um mercado tão escasso de opções, como o das minivans, e um tão vasto, quanto o dos SUVs, parece difícil encontrar rivais diretos para sua dupla C4 Picasso. Para o modelo de 5 lugares, os mais próximos são o Peugeot 3008, que compartilha motor e câmbio, e custa R$ 113.990, e a Mercedes Classe B, que leva motor 1.6 turbo, mas com 156 cv. Mais cara, ela sai por R$ 128.900.

Já a opção de sete lugares tem como rivais diretos os “primos” Fiat Freemont e Dodge Journey, maiores no comprimento, porém, com proposta equivalente. Na hora de comprar preços e equipamentos, o Fiat, que tem motor 2.4 de 172 cv sai por R$ 119.900, enquanto o Dodge, que é movido tem motor V6, parte de R$ 124.900.

A Citroën espera vender 850 unidades dos dois modelos em 2016, sendo que 70% devem ser da versão menor, e apenas 30% da carroceria de sete lugares. A marca francesa só não pode colocar preços exorbitantes nos opcionais.

Outro desafio será convencer ao público de que, neste caso, a minivan é bem mais interessante do que o SUV. Virtudes para isso a linha C4 Picasso tem.

Fonte: G1

Mais Novidades

24 OUT
Tesla volta a lucrar, ações disparam e empresa se torna fabricante de veículos mais valiosa dos EUA

Tesla volta a lucrar, ações disparam e empresa se torna fabricante de veículos mais valiosa dos EUA

As ações da Tesla dispararam mais de 17% nesta quinta-feira (24), depois que a fabricante de carros elétricos surpreendeu com resultado positivo e lucro no terceiro trimestre, cumprindo uma promessa feita pelo presidente Elon Musk. Mesmo assim ainda há dúvidas sobre as perspectivas de longo prazo da empresa. Com a alta das ações, o valor de mercado da Tesla alcançou US$ 53 bilhões, superando o valor da General Motors, dona da Chevrolet, de US$ 51 bilhões e tornando-a a... Leia mais
24 OUT
Novo Jaguar XE chega ao Brasil em versão única e itens do F-Type

Novo Jaguar XE chega ao Brasil em versão única e itens do F-Type

Configuração com teto solar, pintura metálica, carregador de celular por indução e design exclusivo das rodas 18? sai por R$ 267.750 (Divulgação/Jaguar)O novo Jaguar XE, sedã de entrada da marca alemã, já chegou ao Brasil. O sedã reestilizado passou a ser vendido em uma única versão, R-Dynamic S, a R$ 245.900, valor que pode chegar a R$ 267.750 com todos os opcionais.Rodas 18 polegadas são de série (Divulgação/Quatro Rodas)O XE agora conta com alguns elementos presentes no... Leia mais
24 OUT
Novo Volkswagen Golf foi feito para a geração que só pensa em smartphone

Novo Volkswagen Golf foi feito para a geração que só pensa em smartphone

Frente está mais baixa e tem faróis ainda mais estreitos (Divulgação/Volkswagen)“Sim, sim, também tem”, me respondeu em tom de brincadeira Juergen Wimmz, responsável pelo Volkswagen Golf de oitava geração, quando lhe questionei sobre suspensão, motores e outros detalhes técnicos. Até aquele momento havíamos falado apenas sobre os novos sistemas multimídia que, assim como o carro, têm plataforma modular.Vivemos tempos onde a possibilidade de permanecer conectado enquanto no... Leia mais
24 OUT

Vídeo: aceleramos o Porsche Taycan, o novo o esportivo elétrico de 761 cv

O novo Porsche Taycan só chegará ao Brasil na segunda metade de 2020. Mas QUATRO RODAS viajou até a Alemanha para descobrir como é acelerar o esportivo.Assim como na Europa, por aqui, o modelo ficará posicionado abaixo do Panamera. De acordo com o fabricante, bastam 2,8 segundos para chegar aos 100 km/h.Conheça todos os detalhes do modelo mais futurista que a Porsche já criou. Afinal, esse é o primeiro modelo totalmente elétrico produzido pelo fabricante alemão.Não esqueça de ativar... Leia mais
24 OUT
Suzuki Jimny Sierra parte de R$ 103.990 e estreia câmbio automático

Suzuki Jimny Sierra parte de R$ 103.990 e estreia câmbio automático

A nova geração do Suzuki Jimny estreia no Brasil um ano após ter sido apresentada no Salão de São Paulo. Agora com o sobrenome Sierra para se diferenciar da antiga geração, que continua em linha, o jipinho chega às lojas em novembro em 3 versões, a partir de R$ 103.990. Veja os preços do Jimny Sierra: 4You MT: R$ 103.9904You AT: R$ 111.9904Style AT: R$ 122.990 Uma das grandes novidades do Jimny Sierra é a estreia do câmbio automático de 4 marchas para as versões 4You... Leia mais
24 OUT
Correio Técnico: qual a melhor forma de arrancar com o carro?

Correio Técnico: qual a melhor forma de arrancar com o carro?

Ficar queimando pneu só serve pra esquentar a borracha (Acervo/Quatro Rodas)Deixar o carro destracionar um pouco melhora a arrancada? – Adriano Nunes, Joinville (SC)Depende. Geralmente, derrapar sempre fará com que o carro perca tempo.E quem diz isso é o piloto de teste Eduardo Campilongo, que há 11 anos é um dos responsáveis pela medição de desempenho dos carros testados por QUATRO RODAS. “O ideal é que os pneus estejam no limite da aderência ao fazer o 0 a 100 km/h”, explica... Leia mais