Novidades

06 SET
Impressões: Mercedes-Benz EQC, um elétrico com alma de SUV a combustão

Impressões: Mercedes-Benz EQC, um elétrico com alma de SUV a combustão

Dianteira tem desenho futurista e é parte mais ousada no visual do EQC (Divulgação/Mercedes-Benz)

Esse é o novo Mercedes-Benz EQC, primeiro SUV totalmente elétrico da marca e primeiro fruto de um novo projeto de mobilidade – que inclui, além de produtos, serviços e tecnologias.

Se o modelo ainda está longe do Brasil, outras opções eletrificadas parecem mais viáveis para o país: dos híbridos EQ Power aos híbridos parciais EQ Boost, como o Classe C já à venda.

De volta ao SUV, esqueça aquele visual nerd que carros ecologicamente corretos costumavam ter. Se antes a regra era se destacar no trânsito, agora a tendência é ficar mais integrado.

Mas é claro que alguns detalhes ainda chamam atenção, como a grade frontal, que já não está em função da refrigeração e, por isso, permitiu mais liberdade de expressão aos projetistas.

Em tamanho, o SUV está posicionado entre os modelos GLC e GLE (Divulgação/Mercedes-Benz)

Talvez por isso os alemães tenham decidido colocar um filete de led entre logotipo e capô, unindo as luzes diurnas nos faróis. Mais convencionais, as lanternas traseiras também estão unidas.

Para favorecer a aerodinâmica, o EQC perdeu os trilhos no teto e, de quebra, ele parece ainda mais comprido que realmente é – e olha que, com 4,76 m, o novato está entre GLC e GLE.

O problema é que, apesar de o fabricante jurar ter criado o SUV do zero, a base é do GLC. Para baixar a linha de cintura, o jeito foi improvisar (basta ver os vidros laterais para perceber).

Além de deixar à mostra uma faixa preta na parte de baixo das janelas, que prova a diferença em relação ao acabamento interno das portas, a gambiarra reduz a luminosidade interna.

Também há outros sintomas de adaptação, como o console central que outrora serviu para acomodar a caixa de câmbio, mas agora só ocupa espaço, e o túnel central elevado atrás.

Para favorecer aerodinâmica, o modelo perdeu até trilho no teto (Divulgação/Mercedes-Benz)

Mas é claro que há pontos positivos na cabine. As duas telas com 10,25 polegadas cada, dão ar de modernidade, assim como os materiais de acabamento internos na cor rosa-dourada.

O sistema de entretenimento MBUX, com diferentes tipos de visualização (Modern, Classic, Sport e Electric Art) também destaca informações como estado da carga e fluxo de energia.

Mas apesar de todos os detalhes exclusivos, é impossível não reparar nas semelhanças com o Classe C, por exemplo. E esse é o tipo de economia de escala que uma Tesla não alcança.

No fim, essas misturas estéticas entre “high-tech” e tradicional cria um ambiente interessante. São dois tipos de acabamento: Electric Art, mais elegante, e AMG Line, bem mais esportivo.

Painel reúne detalhes futurista e outros tradicionais (Divulgação/Mercedes-Benz)

Em ambos os casos o conjunto é exatamente igual, com dois módulos de propulsão, um para cada eixo, com motor elétrico e transmissão de desmultiplicação fixa, além do diferencial.

Esses conjuntos permitem melhorar a dinâmica do SUV, além de poupar consumo de energia. O módulo dianteiro é focado na eficiência, enquanto o traseiro tem foco no comportamento.

No total, o modelo tem à disposição 408 cv e 78 mkgf, que podem ser direcionados às rodas de acordo com a necessidade. Em situações de baixa exigência, só atua o módulo dianteiro.

As baterias são compostas por dois conjuntos de 48 células cada e outros dois conjuntos com 72 células – são 384 células no total. Com isso, o EQC tem à disposição até 408 V de corrente.

Esse “pacote” está montado entre os dois eixos e tem capacidade de 80 kWh, mas acrescenta 650 kg à balança. O resultado é a autonomia de até 416 km no ciclo WLTP (mais otimista).

É claro que esse número varia de acordo com o estilo de condução do motorista, que também pode ser definido por cinco diferentes modos: Comfort, Eco, Max Range, Sport e Individual.

Há espaço para cinco passageiros no SUV (Divulgação/Mercedes-Benz)

Para quem quiser economizar o máximo de energia, o pedal de acelerador pode até indicar a partir de qual determinada pressão o consumo das baterias aumentará consideravelmente.

O motorista pode determinar até mesmo o nível de recuperação de energia por comandos no volante, algo que o VW Golf elétrico estreou, mas que se tornou cada vez mais raro nos carros.

Além disso, o sistema de navegação também é pensado para aumentar a eficiência: ele avisa se é melhor soltar o acelerador porque há uma rotatória ou semáforo vermelho à frente.

Nos testes pelas estradas do sul da Espanha, bem mais permissivas que essas vigiladas e nada tolerantes da Noruega, a boa dinâmica foi um dos aspectos que mais impressionou no EQC.

Considerando que as 2,5 toneladas do SUV, surpreende a capacidade para contornar curvas sem perder estabilidade. Ainda assim, ele absorve buracos e ondulações sem dificuldades.

O principal destaque é a capacidade de apontar em trechos sinuosos, manter a trajetória sem perder desempenho e depois sentir a facilidade para despejar todo o torque às rodas de novo.

“Queremos que o EQC seja confortável como o Classe E e desportivo como o CLS. E é um dos SUVs mais estáveis que já lançamos”, diz Martin Hermsen, engenheiro-chefe da marca.

Nas estradas sinuosas, deu para alternar entre diferentes modos de condução e recuperação. Deu até para dirigir apenas com o pedal do acelerador, que atua como freio quando solto.

Central multimídia MBUX é comandada por controle no console (Divulgação/Mercedes-Benz)

Logo após os primeiros metros, a surpresa é o silencio a bordo, sem qualquer aquele som de nave espacial de alguns elétricos. No máximo dá para ouvir o ruído de rolagem dos pneus.

“A ideia é que o carro seja o mais silencioso possível”, assegura Hermsen, enquanto sai do carro para abrir o capô e revelar para do segredo que garante esse “som do silêncio”.

Todo o conjunto de propulsão está isolado sobre uma estrutura de suporte reforçada que, por sua vez, está presa aos pontos de fixação que seriam utilizados por motores a combustão.

Essa dupla proteção contra ruídos e vibrações é, na verdade, consequência da plataforma do GLC: toda a linha de montagem é a mesma do SUV convencional, exceto para baterias.

Vale lembrar que as células responsáveis por armazenar energia têm origem sul-coreana, mas a gestão da bateria, arrefecimento e integração geral são de responsabilidade da Mercedes.

A máxima de 180 km/h para favorecer a autonomia não deverá incomodar muitos clientes. Só Audi e-Tron e Jaguar I-Pace atingem 200 km/h, enquanto o Tesla Model X chega a 210 km/h.

Em contrapartida, o EQC é mais barato que os rivais na Europa (onde parte de 77.450 euros) e já tem um carregador integrado de 7,4 kW arrefecido a água para tomadas domésticas.

Nesse caso, a carga leva 40 horas, que baixa para 11 horas em postos públicos. A alternativa é apelar para carregadores de alta potência, que garantem 80% de carga em 40 minutos.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

03 JAN
Ranking de vendas 2019: Chevrolet Onix é líder pelo quinto ano

Ranking de vendas 2019: Chevrolet Onix é líder pelo quinto ano

Chevrolet manteve a liderança pelo quinto ano consecutivo sem ser ameaçado pelos rivais (Christian Castanho/Quatro Rodas)Sem novidade dizer que o Chevrolet Onix se sagrou líder do mercado em 2019. Só que, nas posições abaixo, a tabela de vendas teve mudanças importantes. Segundo o levantamento da Fenabrave, entidade que reúne os distribuidores de veículos, o Ford Ka escalou até a segunda posição, enquanto o vice-líder de 2018, Hyundai HB20, caiu para terceiro colocado.Em relação... Leia mais
03 JAN
Jeep terá nova identificação para a linha de elétricos

Jeep terá nova identificação para a linha de elétricos

Novo símbolo troca numeral da tração 4×4 por letra E em forma de tomada (Internet/Reprodução)A Jeep vai apresentar sua nova identificação para modelos eletrificados. O anúncio oficial será feito durante a feira de tecnologia CES 2020, que acontece entre os dias 7 e 10 de janeiro, em Las Vegas, no estado de Nevada, nos Estados Unidos.Como se vê na imagem acima, o emblema traz uma nova interpretação da inscrição 4×4 substituindo o quatro da direita (da traseira?) por uma letra é... Leia mais
03 JAN
CRLV digital já está valendo em todo Brasil

CRLV digital já está valendo em todo Brasil

CRLV-e já está valendo em todo território nacional (Divulgação/Internet)Passou a valer no último dia 1º de janeiro a deliberação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) nº180/19, que estabelece a substituição do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) físico pela via eletrônica, CRLV-e.A deliberação determinou um prazo até o dia 30 de junho de 2020 para os Departamentos de Trânsito dos Estados e Distrito Federal (Detran) se adequarem ao novo formato do... Leia mais
03 JAN
Quer ter um Corvette? Rifa sorteará modelos de todas as gerações até 1989

Quer ter um Corvette? Rifa sorteará modelos de todas as gerações até 1989

Corvette usado por Jerry Seinfeld também será sorteado (Corvette Heroes/Reprodução)Já pensou como seria ter a sorte grande de arrematar, de uma só vez, todas as gerações do Corvette? Isso que aconteceu em 1989, quando o canal de televisão VH1 sorteou toda a linhagem do esportivo feita até então. Só que agora a coleção será vendida separadamente.Mas como isso aconteceu? O primeiro ganhador, um carpinteiro do estado norte-americano de Long Island, vendeu todos os carros ao artista... Leia mais
03 JAN
Segredo: novo SUV popular da VW ameaça matar Gol, Fox e Up! de uma vez

Segredo: novo SUV popular da VW ameaça matar Gol, Fox e Up! de uma vez

– (Divulgação/Volkswagen)“O SUV dos compactos”. Com este slogan muito bem engendrado – apesar de um tanto forçoso para as características do carro -, a Renault lançou o Kwid no Brasil com um destaque notório.É mais ou menos isto que a Volkswagen pretende fazer com o projeto A0 SUV em 2022, quando o ainda misterioso modelo começará a ser produzido em Taubaté (SP).O modelo, cujas informações vêm sendo antecipadas em primeira mão por QUATRO RODAS desde março do ano passado,... Leia mais
03 JAN
Ford Ranger Raptor deverá ganhar motor V8 de Mustang com 466 cv em 2021

Ford Ranger Raptor deverá ganhar motor V8 de Mustang com 466 cv em 2021

Versão Raptor deverá ganhar motor V8 5.0 do Mustang em 2021– (Joaquim Oliveira/Quatro Rodas)A Ford Ranger Raptor é a versão mais brutal da picape, com direito a suspensão elevada (e reforçada), além de proteções sob a carroceria. Mas há quem considere o motor turbodiesel de quatro cilindros um tanto fraco. E, por isso, o modelo deverá ganhar o V8 do Mustang.A mudança dará vantagem 253 cv de potência em relação ao modelo atual, que tem só 213 cv – bem menos que a VW Amarok... Leia mais