Novidades

24 JUL

Teste: Renault Sandero ganha câmbio CVT e visual exclusivo para o Brasil

Lanternas na tampa traseira são funcionais, com luzes de led (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Esse é o novo Renault Sandero, que está de costas na primeira foto porque você dificilmente perceberia as novidades da dianteira – já falarei dela daqui a pouco.

Por R$ 46.990 já dá para levar o modelo na versão de entrada Life 1.0, mas para quem não é frotista, melhor já cogitar a partir da Zen (R$ 49.990). Confira aqui os preços de todas as versões, incluindo o sedã Logan e o aventureiro Stepway.

Já esse Intense 1.6 CVT que testamos custa R$ 65.490 e é a opção mais próxima que teremos do Megane por aqui.

Sim, a traseira das fotos é exclusiva do Brasil e foi criada por brasileiros. Essa foi a solução para dar sobrevida ao modelo durante alguns anos, lembrando que a nova geração segue em testes lá fora.

Mudanças foram discretas no para-choque e faróis são novos (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O projeto começou em 2015 e deveria chegar às concessionárias dois anos depois. Só que, pelas condições do nosso mercado, a marca decidiu atrasar a reestilização.

Se nas fotos as lanternas já parecem exageradas, espere só até você encontrar o primeiro carro pelas ruas.

Por uma questão de custos, os projetistas tiveram que manter os recortes originais da carroceria – e adaptar um puxadinho na nova tampa traseira.

Novo volante é a principal mudança da cabine, que agora está mais escura (Fernando Pires/Quatro Rodas)

E pensou que seria apenas um enfeite? Que nada! Realmente existe um filete de led funcional ali atrás.

Eu não falei da dianteira até agora porque não há muitas surpresas – ao menos para leitores da QUATRO RODAS. Isso porque nosso modelo finalmente recebeu a atualização que já existia em outros países desde 2016.

Quem for mais observador perceberá que os faróis têm formato invertido próximo à grade do motor e até luzes de condução diurna integradas.

Não conseguiu enxergar? Fique tranquilo: é só visitar uma concessionária Renault para comparar a novidade em relação ao Sandero RS, que manteve a mesma frente de antes para não enxugar as economias da empresa.

Bancos têm novos materiais de revestimento (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Além disso, toda a linha ganhou opção de câmbio automático CVT, que também inclui nova fantasia (quase) aventureira com altura elevada e alguns plásticos.

Se você está meio desconfiado com a promessa de aposentar o pedal da embreagem, posso garantir que agora a Renault acertou – afinal, é a terceira tentativa, após o automático de quatro marchas (em 2011) e o automatizado Easy’R (2015).

Entre-eixos de 2,59 m é digno de modelos de segmentos mais caros (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Nada daquela sensação de ligar um liquidificador, típica dos câmbios CVT: graças às seis marchas simuladas, o hatch é bem menos irritante.

Para quem procura conforto e vida mansa, pouco importam os 12,3s que o Sandero, sempre com o motor 1.6 16V de 118 cv e 16 mkgf, precisou para chegar aos 100 km/h na nossa pista de testes.

Mesmo assim, bem melhores que os 13,3 s do Toyota Etios 1.5, rival mais próximo em preço e proposta (com um defasado câmbio aposentada do Corolla).

Falta velocímetro digital no computador de bordo (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Já o consumo, com médias de 10 km/l na cidade e 13,4 km/l na estrada, só é razoável.

Pena que os engenheiros da marca tenham se esquecido de atualizar algumas outras pendências do Sandero, como a direção com assistência eletro-hidráulica, pesada para manobras e imprecisa a velocidades mais altas.

Já a suspensão, emprestada do Stepway, deixa a carroceria rolar nas curvas e basta alguma ondulação no asfalto para balançar como barco.

Pensando nisso, talvez seja até bom que o motorista não consiga desligar o controle eletrônico de estabilidade, que será oferecido só nas configurações automáticas e na versão RS.

Agora há cinto de três pontos e apoio de cabeça para todos os ocupantes (Fernando Pires/Quatro Rodas)

No começo até pensei que essa babá eletrônica fosse daquelas bem intrometidas, mas bastaram algumas voltas para notar que o hatch tem tendência a sair de frente e traseira razoavelmente solta em trechos sinuosos.

Talvez esses problemas passaram despercebidos porque a Renault estava preocupada em consertar outros defeitos: agora dá para acionar todos os vidros pela porta do motorista e a central multimídia tem Android Auto e Apple CarPlay.

Ótima notícia: todas as versões ganharam airbags laterais, cinto de três pontos e apoios de cabeça para quinto ocupante de série.

Todos os vidros podem ser acionados pela porta do motorista (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Não há muitas novidades no acabamento, que continua simples como antes, mas agora tem superfície macia onde os cotovelos ficam apoiados.

Além disso, o volante é igual ao utilizado pelo modelo reestilizado na Europa – e também pelo novo Duster que chegará ao nosso mercado em breve –, enquanto revestimento de colunas e teto são da cor preta.

Se você pensava em colocar um Sandero na garagem, agora terá motivos de sobra, já que ele manteve o bom espaço interno e ainda melhorou alguns pontos fracos.

Caso esteja com o dinheiro contado, não tenha dúvidas: compre o hatch e seja feliz. Claro que há opções mais modernas, como Toyota Yaris e VW Polo, só que elas são bem mais caras.

Conjunto mecânico é igual a Captur e Duster (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Veredicto

Com novos itens de segurança, o Sandero é uma das melhores opções para quem busca um automático
de entrada.

Porta-malas manteve a mesma capacidade de 320 litros (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Teste

Aceleração
0 a 100 km/h: 12,3 s
0 a 1.000 m:
34,5 s – 147,1 km/h

Velocidade máxima
177 km/h (dado de fábrica)

Retomada
D 40 a 80 km/h: 5,3 s
D 60 a 100 km/h: 7,3 s
D 80 a 120 km/h: 9,8 s

Frenagens
60/80/120 km/h – 0 m: 15/24,6/55,1 m

Consumo
Urbano: 10 km/l
Rodoviário: 13,4 km/l

Ficha técnica

Preço: R$ 65.490
Motor: flex, dianteiro, transversal, 4 cil. em linha, 16V, 1.597 cm3; 118 cv a 5.500 rpm, 16 mkgf a 4.000 rpm
Câmbio: automático, CVT, 6 marchas simuladas, tração dianteira
Suspensão: McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira)
Freios: disco ventilado (dianteiro) e tambor (traseiro)
Direção: eletro-hidráulica, 10,6 (diâmetro giro)
Rodas e pneus: liga leve, 205/55 R16
Dimensões: comprimento, 407 cm; altura, 157 cm; largura, 173 cm; entre–eixos, 259 cm; peso, 1.140 kg; tanque, 50 l; porta-malas, 320 l

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

30 MAI

Volkswagen confirma Jetta GLI para junho com motor de 230 cavalos do Golf GTI

A Volkswagen divulgou nesta quinta-feira (30) os primeiros detalhes do Jetta GLI, configuração esportiva do sedã, que chega às lojas no próximo mês de junho com o mesmo conjunto do Golf GTI. Os preços, porém, permanecem em segredo. Novidade para o Brasil, a nomenclatura GLI é utilizada nos Estados Unidos desde os anos 80 para batizar as versões mais esportivas dos sedãs da marca, com o mesmo peso do nome GTI, que os hatches recebem. Não por acaso, ele terá o mesmo... Leia mais
30 MAI

Correio Técnico: o consumo dos carros de Longa Duração é diferente?

É natural o consumo variar entre os carros de teste e os de Longa (Christian Castanho/Quatro Rodas)Por que o consumo médio dos carros de Longa Duração é inferior ao dos mesmos modelos avaliados em outros testes? – João Neri Locatelli, São Borja (RS)Primeiro é importante destacar que os testes convencionais e os feitos no Longa Duração têm propostas e metodologias diferentes entre si. Na pista, os números são obtidos por meio de testes instrumentados que priorizam a... Leia mais
30 MAI

Como fica a manutenção de carros cada vez mais tecnológicos

Não é segredo que a tecnologia embarcada nos nossos carros está andando a passos largos. Contudo, é impossível que tanta evolução não gere uma dúvida: como fica a manutenção desses carros tão tecnológicos que rodam dentro de um país de dimensões continentais como o Brasil? Para se ter uma ideia, até dentro das grandes cidades algumas oficinas ainda não possuem as ferramentas necessárias para reparar determinados modelos de carro. Isto ocorre porque elas não... Leia mais
30 MAI

Jeep Renegade tem recall de 37.723 unidades; airbags podem não funcionar corretamente

A Jeep anunciou nesta quinta-feira (30) um recall para 37.723 unidades 2018 e 2019 do Renegade, de todas as versões, por problemas no acionamento dos airbags e dos pré-tensionadores dos cintos de segurança. Os agendamentos começam na próxima segunda-feira (3). De acordo com a marca, uma desconfiguração nos parâmetros do software da central do airbag pode comprometer o acionamento das bolsas e do pré-tensionador dos cintos de segurança em acidentes. Os proprietários... Leia mais
30 MAI

Empresas de patinetes estão operando 'à margem da lei', diz secretário de Mobilidade de SP

O secretário municipal de Mobilidade e Transporte de São Paulo, Edson Caram, disse ao G1 na manhã desta quinta-feira (30) que as empresas responsáveis pelos patinetes elétricos compartilhados na cidade estão operando “de certa forma, à margem da lei”. Segundo ele, "tecnicamente, a operação de patinetes em São Paulo está suspensa". Isso porque, segundo o secretário, nenhuma empresa de patinetes realizou o credenciamento necessário na Prefeitura. No dia 14 de maio, um... Leia mais
30 MAI

Quais carros Fiat e Renault deveriam manter à venda no Brasil?

– (Acervo/Quatro Rodas)Como você já deve saber, a FCA – ou seja, Fiat e Chrysler – entregou à Renault uma proposta de fusão para se tornarem o terceiro maior fabricante de automóveis do mundo.Mas, o que isso significaria para o Brasil? Além de saltarem à segunda posição entre os líderes de mercado (considerando só Fiat e Renault), muita sobreposição de produtos.Sendo assim, decidimos relembrar alguns embates que a própria QUATRO RODAS já adiantou para descobrir quais... Leia mais