Novidades

23 JUL
Honda HR-V Touring, Volkswagen T-Cross Highline e Jeep Compass Limited: comparativo

Honda HR-V Touring, Volkswagen T-Cross Highline e Jeep Compass Limited: comparativo

Demorou, mas finalmente a Honda lançou o HR-V com motor turbo. A estreia do 1.5 de 173 cavalos e 22,4 kgfm no SUV compacto é na versão mais completa, Touring, que volta ao catálogo após ficar de fora na linha 2019.

Junto com o motor turbo, vindo do Civic, o HR-V topo de linha também ganhou acesso sem chave e partida por botão, faróis full-LED, câmera no retrovisor direito e teto solar. Só que esses avanços vieram acompanhados de uma tabela de preços nada amigável. Ele custa R$ 139.900.

Este valor é bem mais alto do que os demais SUVs compactos, em suas versões mais equipadas. Ao mesmo tempo, também já é possível pensar em modelos de um segmento superior– caso de Jeep Compass e Kia Sportage, por exemplo.

Para colocar à prova esta tática arriscada, o G1 comparou o HR-V Touring com um representante de cada “time”.

Entre os compactos, vem o também recém-lançado Volkswagen T-Cross, em sua configuração mais completa, Highline, de R$ 109.990.

Dos médios, o Compass carrega o “título” de utilitário esportivo mais vendido do país no ano passado, e chega na versão Limited, a mais completa possível com motor flex. Ela sai por R$ 146.990.

Confira abaixo o resultado:

3º lugar – Jeep Compass

O maior dos veículos deste comparativo amargando a última colocação? A explicação é simples.

Em resumo, o Compass não é tão maior do que seus rivais, mas carrega um ônus de ser bem mais pesado.

Apesar de ter carroceria consideravelmente maior, com 4,42 metros de comprimento, o Jeep não "sobra" em espaço interno. Seus 2,64 m de distância entre-eixos são só 3 cm mais fartos do que os 2,61 m do HR-V.

O T-Cross, que tem a menor carroceria, surpreende, com seus 2,65 m de entre-eixos, ou 1 centímetro a mais do que o Compass.

A grande vantagem do Jeep está na altura. Com 1,65 m, a carroceria oferece espaço suficiente para que os ocupantes fiquem com a cabeça longe do teto. O porta-malas também é o maior dos três. Mas a vantagem é pequena: 410 litros, contra 393 do HR-V e 373 do T-Cross.

Outro fator decisivo (para a derrota do Compass) é o desempenho. A carroceria maior significa mais peso. São 1.556 kg, 264 kg a mais do que o T-Cross e 176 kg extras em relação ao HR-V.

Além de tudo, o Jeep ainda sofre com um motor que passa longe de estar entre os mais modernos. O 2.0 aspirado de 166 cv é o de menor torque deste comparativo – 20,5 kgfm – 5 kgfm a menos do que no Volkswagen, por exemplo.

Isso faz do Compass uma tartaruga diante dos rivais. Em uma hipotética arrancada de 0 a 100 km/h, ele chegaria 2 segundos depois do T-Cross. A Honda não divulga números de desempenho de seus carros. Mas ele certamente fica próximo ao do Volkswagen.

O Compass até esboça uma reação ao considerar os itens de série. Na configuração Limited, só ele traz ar-condicionado digital com duas zonas, quadro de instrumentos parcialmente digital, rodas de 19 polegadas (contra 17 do HR-V) e central multimídia com tela maior.

Por outro lado, ele também é o mais caro dos três veículos, partindo de R$ 146.990. No entanto, há itens opcionais, divididos em pacotes.

Um deles, de R$ 7,7 mil, adiciona controle de cruzeiro adaptativo, assistência de permanência na faixa, banco do motorista com ajustes elétricos, som da grife Beats e abertura elétrica da tampa do porta-malas – todos itens exclusivos do Compass.

Se o cliente ainda quiser teto solar elétrico, a conta aumenta mais R$ 7,7 mil – chegando a R$ 163 mil – valor que já ultrapassa o aceitável neste comparativo, e ajuda a explicar a última colocação do Jeep.

2º lugar – Honda HR-V

Em maio de 2017, o G1 comparou o HR-V Touring com a versão de entrada do Compass. Na época, os dois modelos tinham preços equivalentes, na casa dos R$ 105 mil.

Muita coisa mudou de lá pra cá – principalmente para o modelo japonês. O Honda recebeu uma atualização visual, o motor 1.5 turbo e vários equipamentos. Ao passo que o preço ficou consideravelmente mais salgado.

Tanto que os R$ 140 mil pedidos pela fabricante fazem a comparação ser com o Compass Limited.

Ainda assim, o Honda acabou superando o Jeep. Principalmente por conta de seu eficiente motor 1.5 turbo. Ele deu ao HR-V o fôlego de que o 1.8 aspirado carecia.

O propulsor, que bebe apenas gasolina, foi herdado do Civic. Ele entrega ótimos 173 cv, colocando o HR-V no ranking dos SUVs compactos mais potentes e ágeis do país.

O prazer ao dirigir o HR-V também aumentou porque a Honda promoveu pequenos ajustes na suspensão, trazendo novas molas e amortecedores. A barra estabilizadora dianteira teve o diâmetro aumentado. O resultado é um carro mais "durinho" e estável.

Já o câmbio CVT, apesar de também ter recebido melhorias, ainda fica devendo um desempenho melhor.

Além do motor turbo, o HR-V Touring estreia alguns equipamentos inéditos para o modelo. É o caso do teto solar panorâmico e do acesso e partida sem a necessidade de chave. Esta versão ainda possui faróis full-LED, sensores de luz e chuva, retrovisor eletrocrômico e câmera no retrovisor.

É evidente que o motor turbo e os itens adicionais da versão Touring tenham um custo.

No entanto, a Honda está cobrando o preço de um SUV médio por um modelo compacto que não tem mais equipamentos do que seus grandes rivais.

O T-Cross é prova disso. Outro modelo – o Citroën C4 Cactus – traz pacote equivalente e motor turbo com os mesmos 173 cv. Só que custa R$ 40 mil a menos.

E o HR-V também não justifica seu preço com mais equipamentos. O quadro de instrumentos é tão simples quanto o de um carro que custa R$ 50 mil. E os rivais já começam a oferecer itens mais sofisticados, como frenagem automática de emergência e estacionamento autônomo.

Quando confrontado com modelos maiores, por conta do preço, o HR-V Touring pode até superar (por pouco) um SUV médio como o Compass. Mas, se o tamanho importar, outros modelos parecem mais vantajosos.

É o caso de Volkswagen Tiguan Allspace 250 TSI (R$ 129.990), Kia Sportage H.264 (R$ 146.990), Chevrolet Equinox (R$ 149.890) e Mitsubishi Eclipse Cross HPE-S (R$ 149.990).

1º lugar – Volkswagen T-Cross

O T-Cross não é perfeito. Seu acabamento é pobre para um veículo deste preço, enquanto o porta-malas é o menor da turma. Mesmo assim, as virtudes superam esses percalços.

A partir do momento que sai da concessionária, o Volkswagen é o mais barato para se manter, considerando seguro e as revisões.

Segundo levantamento da Minuto Seguros, sua apólice sai por R$ 4.118, 42% mais baixa do que para o HR-V Touring, que custa R$ 5.846. O Compass fica no meio do caminho, com seguro custando R$ 4.344.

Como possui as 3 primeiras revisões inclusas, a manutenção acaba sendo mais em conta. Até os 50 mil km, o dono irá desembolsar R$ 1.510, menos do que os R$ 2.290 cobrados pela Honda e que os R$ 4.463 exigidos pela Jeep.

Vale lembrar que o Compass tem revisões a cada 12 mil km. Ou seja, as cinco primeiras garantem manutenção em dia até os 60 mil km. Para chegar aos 50 mil km, o usuário terá que fazer apenas 4 visitas à concessionária, resultando num gasto de R$ 2.907 – ainda assim o mais alto do trio.

Além dos custos de pós-venda mais em conta, o T-Cross também tem o preço de compra mais baixo do comparativo. A versão Highline é vendida por R$ 109.990. Mas este valor não inclui os equipamentos mais atrativos – eles são vendidos à parte em pacotes.

Mesmo com todos os opcionais, seu preço não passa de R$ 124.840. Com essa quantia, o T-Cross oferece teto solar panorâmico e faróis full-LED disponíveis no HR-V e o sistema de estacionamento autônomo disponível no Compass. E vai além, com um quadro de instrumentos totalmente digital e 4 modos diferentes de condução.

Ao volante, o SUV alemão também mostra ser o mais equilibrado dos três modelos, superando o HR-V turbo.

O Volkswagen compensa os 23 cv a menos com um torque melhor – 25,5 kgfm contra 22,4 kgfm do Honda. Além disso, ele pesa quase 100 kg a menos. É como se o HR-V estivesse rodando todo o tempo com uma pessoa a mais e algumas malas no compartimento de bagagens.

A sensação de que o T-Cross é superior ainda é reforçada por um câmbio mais esperto e um acerto de direção e suspensão mais refinados – os dois modelos são "durinhos", mas o HR-V está um degrau abaixo, por não oferecer uma transferência tão genuína para o motorista do que acontece no solo.

No critério consumo de combustível, os dois se equivalem. O HR-V vai um pouco melhor na cidade, enquanto o T-Cross bebe um tanto menos na estrada. E os dois são muito superiores ao Compass, com seu 2.0 aspirado. E vale lembrar que o 1.5 turbo da Honda só pode ser abastecido com gasolina.

No fim, o equilíbrio é a chave da vitória do T-Cross. O triunfo é justificado pelo preço de compra mais baixo, custos de seguro e manutenção mais amigáveis, baixo consumo de combustível, bom espaço interno e oferta generosa de equipamentos.

Se o HR-V custasse uns R$ 20 mil a menos, e tivesse seguro mais em conta, a situação talvez pudesse ser outra. Mas a Honda acabou colocando os valores do HR-V em um patamar acima do que deveria.

Fonte: G1

Mais Novidades

30 OUT
Mercedes-Benz Classe G militar aguenta tiro de fuzil e explosão de mina

Mercedes-Benz Classe G militar aguenta tiro de fuzil e explosão de mina

Dianteira ganhou novas lanternas protegidas por gradil (Armoured Cars System/Divulgação) (Armoured Cars System/Divulgação)O Mercedes-Benz G500 4×4², por si só, já é um SUV que impõe respeito. Conta com um jogo de rodas de 22 polegadas, carroceria em fibra de carbono, motor V8 com 422 cv de potência e todo luxo de um Classe G no interior.Entretanto, a empresa alemã Gruma, em conjunto com a Armored Car Systems, resolveu apimentar ainda mais o jipão.Versão militar foi batizada de... Leia mais
30 OUT
Novo Renault Duster tem quatro estrelas no Latin NCAP antes de ser lançado

Novo Renault Duster tem quatro estrelas no Latin NCAP antes de ser lançado

 (Latin Ncap/Reprodução)Nova fase de testes do Latin NCAP avaliou a segurança do novo Renault Duster, que ainda não é produzido nem está à venda na América do Sul. Por isso, as unidades testadas foram feitas na Romênia.De acordo com o órgão independente, novos testes serão feitos futuramente com unidades do SUV fabricadas no Brasil (onde seu lançamento acontece em março) e na Colômbia. O detalhe é que o próximo certamente já seguirá o novo protocolo da Latin NCAP.Novo Duster... Leia mais
30 OUT
Novo Renault Duster recebe 4 estrelas em testes de colisão do Latin NCap

Novo Renault Duster recebe 4 estrelas em testes de colisão do Latin NCap

A nova geração do Renault Duster recebeu 4 estrelas nos testes do Latin Ncap divulgados nesta quarta-feira (30). A chegada do modelo ao mercado brasileiro está prevista para 2020. A avaliação foi realizada com uma unidade importada da Romênia e equipada com airbag duplo, controle eletrônico de estabilidade e Isofix. De acordo com a entidade, novos testes serão realizados com as versões fabricadas na América Latina, assim que elas estiverem disponíveis. Com o modelo... Leia mais
30 OUT
PSA e FCA podem se juntar para formar empresa maior que a General Motors

PSA e FCA podem se juntar para formar empresa maior que a General Motors

Fusão entre as duas empresas formaria o quarto maior grupo automotivo do mundo (Reprodução/Internet)O Groupe PSA o Grupo FCA se manifestaram a respeito de rumores iniciados meses atrás, e aquecidos nos últimos dias, sobre a fusão dos dois grupos automotivos.Em notas divulgadas à imprensa, as duas empresas confirmaram que há negociações em curso com o objetivo de criar um novo grupo automotivo líder mundial. A FCA completou dizendo que não mais o que acrescentar no momento.O Groupe... Leia mais
30 OUT
Fiat Chrysler e PSA confirmam negociações para fusão

Fiat Chrysler e PSA confirmam negociações para fusão

A Fiat Chrysler (FCA) confirmou nesta quarta-feira (30) que está em negociações com a Peugeot Citroën (PSA) para uma fusão entre as duas empresas com o objetivo de "criar um grupo que figure entre os líderes da mobilidade". Após notícias divulgadas pela imprensa na terça-feira (29), os dois grupos confirmaram as negociações em curso para criar uma empresa que seria avaliada em US$ 50 bilhões e se tornaria a quarta maior do setor automobilístico mundial. "Com relação... Leia mais
30 OUT
Ford encerra produção de fábrica no ABC após 65 anos e demite 600

Ford encerra produção de fábrica no ABC após 65 anos e demite 600

Fábrica de São Bernardo produziu clássicos da história da Ford no país (Acervo/Quatro Rodas)Esta quarta-feira (30) representa o último dia de atividades produtivas na fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP). Desde o fim da linha do Fiesta, em junho, apenas caminhões vinham sendo fabricados no local.Agora, os cerca de 600 funcionários remanescentes na linha de montagem serão demitidos. Outros 1.000 que atuam na parte operacional seguem empregados, inicialmente, até março do... Leia mais