Novidades

28 JUN

Impressões: novo Subaru Forester é o SUV antibarbeiragem que promete?

Não andamos com o novo Forester na rua, mas pelo menos deixamos uma de suas rodas no ar (Divulgação/Subaru)

A quinta geração do Subaru Forester enfim chegou ao Brasil. As vendas começaram este mês nas concessionárias da marca japonesa no país, pelo preço sugerido de R$ 159.990.

Ou R$ 169.990, se o comprador optar por incluir um pacote chamado Eye Sight, que inclui duas câmeras com visão estereoscópica tridimensional à frente do veículo, que permitem a ativação de algumas das assistências do SUV.

Falaremos mais sobre este sistema adiante.

SUV chega ao Brasil a partir de R$ 159.990 (Divulgação/Subaru)

QUATRO RODAS participou de um rápido test-drive com o novo Forester em ambiente fechado. Não houve rodagem em vias públicas, portanto pouco será possível afirmar a respeito do desempenho e da dinâmica do veículo.

O que podemos dizer é que seu motor quatro-cilindros 2.0 a gasolina, um naturalmente aspirado com injeção direta e 16 válvulas, possui dados de potência e torque um tanto tépidos para um SUV de suas dimensões.

Motor boxer teve 80% dos componentes trocados (Divulgação/Subaru)

São 156 cv, mesmo patamar de utilitários compactos como Volkswagen T-Cross e Chevrolet Tracker, e 20 mkgf, menos do que o oferecido por um VW Polo 200 TSI. A tração é integral, com vetorização eletrônica entre as rodas.

A boa notícia é que, de acordo com a Subaru, o propulsor teve 80% de seus componentes trocados ou modificados, ficando 12 kg mais leve. Já a caixa CVT com simulação de sete marchas “emagreceu” 7,8 kg, totalizando quase 20 kg de alívio no trem de força.

Conforto e espaço a bordo não faltam (Divulgação/Subaru)

Ao mesmo tempo, o novo Forester está 3 cm maior em comprimento (4,62 metros) e entre-eixos (2,67 m), além de 2 cm mais largo (1,81 m) e 0,5 cm mais baixo (1,73 m). O porta-malas ganhou 15 litros de volume, indo a 520 litros.

Espaço para pernas é o que não falta na fileira traseira (Divulgação/Subaru)

O visual possui mudanças discretas para uma troca de geração, especialmente na parte dianteira. Faróis e grade possuem formato parecido aos da carroceria anterior, porém com acréscimo de leds no conjunto óptico.

Na parte de trás, as lanternas passaram a ser bipartidas e em forma de gancho, talvez a única atualização estética que confira um ar realmente mais moderno ao modelo.

Lanternas bipartidas em forma de gancho são uma das novidades visuais mais marcantes do modelo (Divulgação/Subaru)

Mas vamos ao que mais interessa aqui: toda a nossa avaliação foi focada nas assistências eletrônicas que, segundo a fabricante, praticamente mitigam as possíveis “barbeiragens” cometidas pelo motorista ao volante.

Uma boa parte das babás vem com o supracitado sistema Eye Sight.

Ele inclui: frenagem e gerenciamento de aceleração pré-colisão; aviso de mudança de faixa; controle de cruzeiro adaptativo; alertas de zigue-zague na pista e partida do veículo à frente; frenagem automática traseira.

Supla de câmeras do Eye Sight ficam no para-brisa (Divulgação/Subaru)

As frenagens automáticas nossa reportagem experimentou em dois testes: o primeiro, frontal, simulava a aproximação contra uma barreira frontal a 35 km/h.

O funcionamento do auxílio foi perfeito, proporcionando um tranco brusco a poucos metros da barreira. Haja cinto de segurança para segurar o corpo de motorista e passageiros.

A brusca frenagem automática anticolisão funcionou perfeitamente (Divulgação/Subaru)

Já o segundo permitia experimentar de uma vez o alerta de tráfego cruzado e a frenagem em ré (monitorada por sensores no para-choque traseiro, já que as câmeras do Eye Sight são apenas frontais).

Se o alerta funcionou perfeitamente, a frenagem automática falhou três vezes ao se deparar com uma placa de madeira que simulava uma mulher e uma criança atravessando a rua. Pobre família: teria sido atropelada.

Frenagem autônoma de ré falhou em dois de nossos três testes (Divulgação/Subaru)

Segundo os técnicos da Caoa, importadora da Subaru no Brasil, os sensores se embananaram com a incidência de luz do sol e de sombra ao mesmo tempo em diferentes partes da carroceria.

Isso mostra o quanto as assistência semiautônomas ainda não são plenamente confiáveis a depender da condição enfrentada.

Comandos do ACC ficam no raio direito do volante e são fáceis de entender (Divulgação/Subaru)

O ACC, por sua vez, funcionou muito bem.

Um detalhe interessante é que o Forester possibilita que se volte da imobilidade para o movimento, dentro da velocidade programada e com controle de distância para o carro à frente, apenas com um toque no botão de ativação do controle, sem precisar recorrer ao acelerador.

Já o aviso de faixa não empolga, simplesmente porque sua única função é alertar, e não corrigir a trajetória. É menos do que um Jeep Compass ou um Chevrolet Cruze são capazes, e fruto da ausência de radares do Eye Sight.

Forester possui só o alerta de mudança de faixa, mas não muda a trajetória sozinho (Divulgação/Subaru)

No retrovisor externo direito, uma câmera auxiliar ajuda a dirimir a área de ponto cego e também a enxergar se as rodas daquele lado vão esbarrar em algum obstáculo como uma guia, por exemplo.

Câmera auxiliar no retrovisor direito é bem-vinda para evitar aquela raspada na guia (Divulgação/Subaru)

Durante o teste, também passamos por dois pequenos obstáculos off-road, com pedras, terra e troncos de árvore, e por um teste de pêndulo.

Ali foi possível constatar, embora em doses homeopáticas, o bom nível de rigidez torsional da carroceria, os bons ângulos de ataque (20,2 graus), ventral (21,5 graus) e de saída (25,8 graus), e também o incrível silêncio do conjunto de suspensões.

Rigidez da carroceria e câmera lateral auxiliar passaram com louvor no teste do pêndulo (Divulgação/Subaru)

Para completar, passamos por trechos com diferentes níveis de aderência para confirmar o nível de estabilidade oferecida pelo ESP e pela vetorização de torque. Os resultados foram bem satisfatórios.

Sentando a bota em terrenos com níveis diferentes de aderência, testamos o ESP e a vetorização de torque (Divulgação/Subaru)

Sentado nas fileiras dianteira e traseira, também ficou perceptível o conforto gerado pelos bancos. Na fileira traseira há revisteiros, porta-tablet e celular, entradas USB e saídas de ar, além de ótimo vão para as pernas.

Novo Forester tem ótima posição de dirigir, mas as três telas digitais poderiam ser facilmente duas (Divulgação/Subaru)

Ficou faltando experimentar os faróis direcionais em curvas, o som Harman Kardon, o controle de velocidade em descida e o sistema X-Mode, com modos de condução voltados ao uso fora de estrada. Fica para uma próxima.

Sistema X-Mode, de auxílio ao off-road, é controlado por este seletor no console central (Divulgação/Subaru)

O Forester é um SUV tecnológico e com preço bastante competitivo. Por R$ 170 mil, cobra o preço de SUVs médios de marcas generalistas e oferece boa dose de tecnologias de segurança a bordo.

Só que algumas de suas assistências não são as mais modernas disponíveis, ou seja: ele até ajuda a impedir um acidente, mas o principal responsável pelo controle do carro e por possíveis barbeiragens ainda será o condutor.

No fim, a compra vale mesmo pelo nível de espaço e conforto a bordo, e pela confiabilidade de ser um Subaru.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

15 JUL

Fábrica de carros de luxo falsificados é descoberta em SC

Uma fábrica de carros falsificados das marcas Ferrari e Lamborghini foi descoberta em Itajaí, no Vale, informou a Polícia Civil. Nesta segunda-feira (15), foram apreendidas oito réplicas que estavam sendo montadas. Os donos do local, pai e filho, serão indiciados. Na ação desta segunda, a polícia encontrou chassis, moldes, ferramentas e fibras usadas na fabricação. A produção clandestina era feita no bairro Itaipava. Os carros eram montados por encomenda e tinham... Leia mais
15 JUL

Ford sabia de falhas do câmbio Powershift antes de lançar Fiesta e Focus

Ford Fiesta (Divulgação/Ford)O jornal Free Press, sediado em Detroit (Estados Unidos), publicou na última semana uma reportagem que mostra, a partir de documentos obtidos pela publicação, que a Ford tinha ciência dos problemas relacionados do câmbio Powershift mesmo antes de colocar à venda as penúltimas gerações do compacto Fiesta e do médio Focus.A empresa lançou os modelos ao mercado em 2010 e 2011, respectivamente, nos EUA. Desde então se tornaram comuns reclamações a... Leia mais
15 JUL

Ministro anuncia acordo com o MPF para instalar 1 mil radares de velocidade em rodovias federais

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, anunciou nesta segunda-feira (15), em uma entrevista coletiva concedida em Brasília, que o governo federal e o Ministério Público Federal (MPF) fecharam acordo que prevê a instalação de 1 mil radares de controle de velocidade em 2,2 mil faixas rodoviárias monitoradas pela União. Freitas não deu detalhes sobre o teor do acordo, mas informou que o acerto firmado com o MPF – que reduziu de 8 mil para 1 mil o número de pardais a... Leia mais
15 JUL

Ministro não vê 'problema nenhum' em rejeição a propostas de mudanças na lei de trânsito

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou nesta segunda-feira (15) que não vê "problema nenhum" no resultado da pesquisa Datafolha que mostrou que a maioria dos entrevistados reprova a proposta de aumentar o limite de pontos para suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e de retirar a multa para quem transportar crianças de até 7 anos sem cadeirinha. "E não tem problema nenhum. Se for essa a percepção de momento, a percepção histórica, ótimo,... Leia mais
15 JUL

56% são contra e 41%, a favor de aumento do limite da pontuação da CNH proposto por Bolsonaro, diz Datafolha

A proposta do presidente Jair Bolsonaro de aumentar a pontuação máxima da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é reprovada por 56% da população, segundo pesquisa do Datafolha divulgada pela "Folha de S.Paulo". Outras medidas sugeridas também tiveram oposição. A pesquisa ouviu 2.006 pessoas com 18 anos ou mais, em 130 municípios brasileiros, entre os dias 4 e 5 de julho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de... Leia mais
15 JUL

Trabalho “sobre pressão”: os segredos de eficiência de um turbo moderno

Popularizado nas pistas, o turbo agora é sinônimo de eficiência (Total 911/Divulgação)Carcaça, dois rotores e um eixo (árvore).De forma bem simplificada, essas são as peças que compõe o turbocompressor, componente que foi de motivo de orgulho a peça essencial para as fabricantes atenderem às legislações de emissões sem penalizar no desempenho dos motores.Só que, por trás dessa aparente simplicidade há uma miríade de pequenos componentes e, sobretudo, engenharia, que... Leia mais