Novidades

13 MAI

Guia de Usados: Fiat Toro é fenômeno também nas lojas de seminovos

Versão Volcano é a top de linha e traz motor diesel e tração 4×4 (Divulgação Fiat/Quatro Rodas)

Intermediária entre as picapes leves e médias, a Fiat Toro é um fenômeno. Apesar do preço, continua entre os 15 veículos mais vendidos desde o seu lançamento, em 2016, mantendo a mesma aceitação entre os usados.

A versão mais comum é a Freedom 4×2 com motor E.torQ 1.8 16V Flex de 130/132 cv (gasolina/etanol).

Seu desempenho é só satisfatório, em função dos 1.619 kg e do câmbio automático de seis marchas, mas agrada pelo assistente de saída em rampa, computador de bordo, piloto automático, ESP, direção elétrica, Isofix e sensor de ré.

Não abra mão da segurança: um dos opcionais mais desejados é o conjunto de airbags (laterais, de cortina e para joelhos do motorista). Além dele há couro, central multimídia, capota marítima, faróis de neblina, sensor de faróis e de chuva, rodas de liga leve e teto solar.

Entre as Freedom, vale procurar a série Opening Edition, que se destaca pelo ar bizona, central com câmera de ré, espelhos com acionamento e rebatimento elétricos e volante multifuncional revestido de couro e com borboletas para troca de marchas.

Na vice-liderança está a top, Volcano, com um 2.0 turbodiesel de 170 cv, câmbio automático de nove marchas e 4×4. Mais ágil, seu 0 a 100 km/h cai de 16,1 para 12,4 s e traz ar bizona, central com GPS e câmera de ré, DRL e rodas aro 17.

Entre os opcionais, estão chave presencial e banco do motorista com regulagem elétrica.

Capacidade de carga é de 650 kg na versão 1.8 flex e 1.000 kg na 2.0 turbodiesel (Divulgação Fiat/Quatro Rodas)

O equilíbrio entre os dois motores veio na linha 2017: a Freedom ganhou opção do 2.4 Tigershark Flex (174/186 cv) com câmbio de nove marchas.

Já a 2018 trouxe três novidades.

A versão Blackjack 2.4 eliminou quase todos os cromados da carroceria e do interior. A Freedom 1.8 recebeu o E.TorQ EVO do Jeep Renegade (bicos injetores aquecidos e start-stop) e a Freedom 2.0 diesel ganhou o câmbio de nove marchas.

Aqui está o pulo do gato: quem quiser economizar deve optar pela Freedom 2.0 com câmbio manual de seis marchas, encalhada nos pátios.

A mais rápida das Toro (0 a 100 km/h em 11,6 s na versão 4×2) está longe de ser ruim, mas seu público faz questão do câmbio automático. Por isso, o manual sumiu na linha 2019.

Em comum, todas as Toro têm estabilidade excepcional para uma picape e dirigibilidade próxima a de um automóvel, mérito da estrutura monobloco e da suspensão traseira multilink.

Dois detalhes importantes que facilitam a vida dos donos: muitas unidades têm garantia estendida em até cinco anos (contra três da normal) e há constante fornecimento de informativos de manutenção entre a Fiat e as oficinas independentes.

Estas ainda contam com grande oferta de peças originais ou paralelas.

Painel – Fiat Toro 2016 (Divulgação Fiat/Quatro Rodas)

Motor

Não feche negócio sem verificar se os sensores do filtro de material particulado (DPF) funcionam: muitos donos isolam esse item e modificam o chip de gerenciamento para aumentar torque e potência. Dor de cabeça garantida.

Suspensão 

Seu acerto e o elevado peso não suspenso de rodas e pneus abreviam a vida útil de peças como batentes e pivôs. A falta de estabilidade direcional dianteira pode ter origem em amortecedores sem ação ou bieletas rompidas.

Câmbio automático  

A ZF 9HP, de nove marchas, pode apresentar trocas abruptas ou retenção de marchas. Costuma ser resolvido com atualização do software.

Embreagem 

Não se esqueça de checar a embreagem da Freedom 2.0 manual: o kit completo (disco, platô e atuador) custa em torno de R$ 5.000 tanto nas autorizadas quanto no paralelo. Por exigir muitas horas de serviço, a mão de obra também é cara.

Capota marítima 

É notória pela infiltração de água, problema já relatado na seção Autodefesa. Ela se agrava com o tempo e só é amenizada com a sua substituição, que pode custar mais de R$ 1.000.

Recalls 

Envolvem trava do suporte do estepe (2.0 4×4 2016), reconfiguração da central do motor (2.0 4×4 2017), troca da central (2.4 2018) e inspeção do sistema DPF (2.0 4×4 e 2.0 4×2 2016 a 2018).

Nome: José A. Furlan
Idade: 68 anos
Profissão: empresário
Cidade: Cosmópolis (SP)

O que eu adoro

“É a picape mais confortável que existe: encara estradas ruins como utilitário e asfalto como carro de passeio. O bom casamento do motor com o câmbio automático garante bom desempenho, mesmo carregada.”

O que eu odeio

“O consumo urbano é muito alto, mesmo considerando o bom desempenho. E a tela da central multimídia é minúscula: compromete a funcionalidade e destoa da beleza do interior.”

Edição de fevereiro de 2016 (Reprodução Revista/Quatro Rodas)

Fevereiro de 2016: “A posição de dirigir alta é algo que se encontra tanto em picape quanto em SUV, assim como o espaço que leva cinco pessoas com conforto. Passa longe do comportamento de uma picape. Sua direção é leve e direta como a de automóvel, por isso é fácil de manobrar. E a suspensão tem bom compromisso entre conforto e estabilidade.”

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

14 FEV

Novo Mercedes Classe C estreia sem data para chegar ao Brasil

A parte de baixo do para-choque frontal e os elementos internos dos faróis são novos (Divulgação/Mercedes-Benz)   Para relembrar: esse é o Classe C atual (Divulgação/Quatro Rodas) Algumas reestilizações dão um ótimo material para livros de sete erros. Tomemos como exemplo o novo Mercedes-Benz Classe C 2019. Nele mudaram para-choques, faróis, lanternas e até o painel de instrumentos. Mas, em um primeiro olhar, nem parece. Na dianteira as... Leia mais
14 FEV
Sete aplicativos que prometem resolver os problemas (do carro)

Sete aplicativos que prometem resolver os problemas (do carro)

O app promete identificar qualquer problema mecânico ou elétrico (Engie/Divulgação) Aplicativos como Uber e 99 facilitaram a vida das pessoas que não possuem – ou não querem usar – o próprio carro. Mas alguns serviços digitais também prometem melhorar a vida e otimizar o tempo de quem não abre mão de dirigir. Um deles é o Engie, que ajuda a encontrar uma oficina confiável e que pratique preços justos. Criado por Uri Levine, cofundador do... Leia mais
14 FEV

Guia de usados: Ford Ranger

Este visual se manteve entre os modelos 2013 e 2016 (Marco de Bari/Quatro Rodas) A Ranger sempre se destacou pela dirigibilidade semelhante à de um sedã. Não seria diferente com a segunda geração, de 2012, cheia de potência, conforto e equipamentos. O destaque foi o motor Duratorq de cinco cilindros e turbina de geometria variável, então o mais potente da categoria (200 cv e 48 mkgf), formando ótimo conjunto com o câmbio automático (pela primeira... Leia mais
13 FEV
Cullinan: esse é o nome do SUV que a Rolls-Royce está fazendo

Cullinan: esse é o nome do SUV que a Rolls-Royce está fazendo

O nome é em homenagem ao diamante Cullinan, considerado o mais puro do mundo (Divulgação/Quatro Rodas) O visual do novo diamante da Rolls-Royce ainda não foi revelado. Mas a marca britânica finalmente confirma o que já tinha sido especulado a meses: seu nome. O que era para ser utilizado apenas como o título do projeto de forma temporária acabou virando definitivo. E Cullinan virou nome oficial do novo “veículo de alto nível”,... Leia mais
13 FEV
Autodefesa: VW Saveiro e Fox com problemas em consumo

Autodefesa: VW Saveiro e Fox com problemas em consumo

Renato: troca de motor aos 8.000 km (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) Já imaginou descobrir que o nível do óleo do seu automóvel baixa constantemente depois de rodar 2.000 km ou menos? Esse é o drama vivido por proprietários de modelos da Volkswagem com o motor MSI 1.6 16V, lançado em agosto de 2015 e que equipa Gol, Fox, Saveiro e o novo Polo. Entre os motores “beberrões” está o Fox Highline 2016 do empresário Thiago Resende,... Leia mais
12 FEV
Motor 1.8 E.torQ usado por Fiat e Jeep será aposentado até 2020

Motor 1.8 E.torQ usado por Fiat e Jeep será aposentado até 2020

Motor 1.8 E.torQ entrega até 139 cv com etanol, mas será aposentado até 2020 (Christian Castanho/Quatro Rodas) O ano de 2020 será de mudanças dentro da FCA. Será o ano do lançamento da terceira geração o Uno, que por sua vez também será responsável por estrear uma nova linha de motores turbo. Mais eficientes, eles terão a – não tão difícil – missão de aposentar os motores E.torQ. Os motores Firefly, lançados no final de 2016, serão o ponto de... Leia mais