Novidades

29 ABR

Fiat 500X: primeiras impressões

O Jeep Renegade, tão conhecido dos brasileiros, possui um "primo" distante, todo cheio de estilo: o Fiat 500X. Eles foram criados juntos, mas tomaram caminhos diferentes.

Enquanto o Jeep resolveu conhecer o Brasil e fez fama por aqui, o Fiat ficou entre Europa e Estados Unidos. Suas únicas aparições neste país tropical foram no ano passado, no Salão do Automóvel, em novembro passado, e logo depois, camuflado, em testes, nas cercanias da fábrica de Betim (MG).

Apesar as recentes visitas, a Fiat diz que não pretende tirar o visto de permanência e fabricar o SUV compacto em nenhuma de suas fábricas em solo nacional. Se quiser ganhar a garagem dos brasileiros, terá que ser importado da Itália.

O maior entrave é o câmbio desfavorável. A faixa ideal é o dólar na casa dos R$ 3,30, como definiu o presidente da FCA para a América Latina, Antonio Filosa.

O G1 avaliou o 500X, na Espanha, por cerca de 800 km em um percurso de ida e volta entre as cidades de Valência e Barcelona, no leste do país.

Logo de cara, é possível afirmar que o modelo seria uma excelente forma de a Fiat entrar no segmento mais disputado do mercado, dos SUVs compactos. Os italianos não possuem nenhum representante na categoria.

Apelo popular e da rede

O "coro" pedindo pelo 500X no Brasil vem de várias vozes. A rede de concessionárias da Fiat pressiona a fabricante para importar o modelo e suprir uma lacuna na linha da empresa.

A exibição no Salão de São Paulo também gerou impacto positivo junto ao público.

E ainda há outros facilitadores. O 500X compartilha a plataforma com o Renegade. Por isso, o processo de adaptação e homologação seria mais simples.

Ainda que haja certa “canibalização” do Renegade, provavelmente a soma das vendas traria vantagens para a Fiat.

Modelo de nicho

Só que os italianos parecem ter outros planos para o 500X, quando (e se) ele chegar. Ele deve ser um modelo de nicho, cheio de equipamentos, e com preço acima dos R$ 100 mil.

Para reforçar esta imagem, caberia ao SUV compacto estrear o moderno motor 1.3 Firefly turbinado, que rende 150 cavalos. Ele acabou de ser lançado na Europa, e ainda não estava disponível para teste.

A unidade avaliada pelo G1 na Espanha trazia motor 1.6 diesel de 120 cv e 32,6 kgfm, câmbio manual de 6 marchas e tração dianteira. A combinação está descartada para o país.

Se o motor não serve como parâmetro para o público brasileiro, o pacote de equipamentos dá uma noção da fartura de itens que o 500X pode oferecer.

O exemplar testado trazia ar-condicionado digital com 2 zonas de temperatura, alerta de mudança de faixa com correção no volante, central multimídia com conexões Android Auto e Apple CarPlay, freio de estacionamento eletrônico, luzes diurnas de LED, 6 airbags, controles de tração e estabilidade, rodas de 16 polegadas, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, câmera de ré, acesso e partida por chave presencial, sensores de luz e chuva e retrovisor interno eletrocrômico.

Com todos estes itens, mais a pintura metálica, o 500X é vendido por 27.150 euros, ou R$ 118,9 mil na conversão simples. Vale lembrar que motorizações a diesel são mais caras do que as equivalentes a gasolina.

Diesel é elástico

Mesmo descartado para o país, é interessante observar o comportamento do conjunto mecânico. Embora a potência de 120 cv pareça pouca para os 1.320 kg do SUV, o dado mais importante da ficha técnica em motores diesel é o torque, de abundantes 32,2 kgfm.

Rodando por estradas de asfalto liso, o motor 1.6 se mostra bastante elástico. Seu torque máximo está disponível já em 1.750 rotações por minuto, enquanto a potência total chega em 3.750 rpm.

Nesta faixa, a maior parte das retomadas pode ser feita sem precisar reduzir marchas.

A suavidade é outro ponto que merece destaque. A 120 km/h, em sexta marcha, o conta-giros registra pouco mais de 2.000 rpm. Na cidade, o motor diesel é um pouco mais “vibrante” do que similares movidos a gasolina, mas isso é uma característica comum deste tipo de propulsor.

Familiar aos brasileiros

Quem já andou em qualquer carro da Fiat sabe que o acerto de suspensão é quase sempre voltado para o conforto. Essa marca também está presente no 500X. Mas o SUV compacto não chega a ser “molenga” em demasia, e tem bom comportamento em curvas.

Ao volante, esta é a grande diferença do 500X para o Renegade, que tem um acerto um pouco mais firme. A posição de dirigir também é um pouco mais alta no utilitário da Fiat.

Nas ruas espanholas, os poucos buracos foram filtrados sem maiores dificuldades. A direção macia facilita as manobras e balizas em vagas apertadas - fato corriqueiro na Europa.

Como compartilha plataforma com o Renegade, seu espaço interno não é muito diferente do “primo”.

A principal diferença entre eles é a altura – 1,60 m no 500X e 1,66 m no Renegade. Fora isso, comprimento, largura e entre-eixos são bem parecidos.

Os centímetros a menos na altura se traduzem em menor sensação de amplitude da cabine – a coluna A do Renegade é mais vertical, além de o Jeep ter área envidraçada maior.

Mas não se preocupe, o 500X está longe de aterrorizar quem sofre de claustrofobia.

Falando em compartimentos apertados, o porta-malas de 350 litros é um dos pontos fracos. Ainda que seja 30 litros maior do que o Jeep, ele fica abaixo de Honda HR-V, Hyundai Creta e Nissan Kicks, por exemplo – todos com volume próximo de 430 litros.

Te conheço?

O parentesco de Jeep e Fiat fica evidente olhando atentamente o interior dos dois modelos. Eles compartilham uma série de peças de acabamento, como chave de seta, comandos dos vidros, computador de bordo e teclas do volante.

E o que não é compartilhado tem um estilo bastante característico. É o caso das maçanetas "descoladas" e da parte central do painel, que recebe material plástico na cor da carroceria.

Aliás, a ousadia estilística é coisa cada vez mais rara neste segmento, onde os tons sóbrios de cinza e preto e o plástico duro predominam.

Não que o 500X exiba um acabamento de Mercedes Classe S, mas o material é superior ao dos SUVs compactos mais vendidos do Brasil.

Conclusão

A fama da Fiat entre veículos de maior valor agregado não é das melhores. Produtos e estratégias equivocadas nas últimas décadas acabaram arranhando a imagem dos italianos entre consumidores mais abonados.

Para reverter este quadro, nada melhor do que um produto bem acertado. É aí que entra o 500X.

O SUV compacto é o carro certo para atrair um público crescente e ávido por carros este tipo. Ele parece mais refinado do que os modelos mais consagrados do país.

A principal questão é saber se o tempo certo não seria alguns anos atrás, com produção nacional, em vez de ensaiar uma chegada importada em 2019.

Fonte: G1

Mais Novidades

20 SET
Salão Duas Rodas começa venda de terceiro lote de ingressos; veja preços

Salão Duas Rodas começa venda de terceiro lote de ingressos; veja preços

O Salão Duas Rodas, maior evento para o setor de motos, começou as vendas do terceiro lote de ingressos. A feira acontece entre 19 e 24 de novembro, no São Paulo Expo, à beira da Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo. Veja os preços dos ingressos: Terça-feira (19/11): R$ 50 (inteira)/ R$ 25 (meia);Quinta e sexta (21 e 22/11): R$ 60 (inteira)/ R$ 30 (meia);Quarta (20/11, feriado), sábado (23/11) e domingo (24/11): R$ 75 (inteira)/ R$ 37,50 (meia);Kit Fã: R$ 120 (inclui... Leia mais
20 SET
Bugatti elétrico para crianças é mais caro que um Ford Mustang

Bugatti elétrico para crianças é mais caro que um Ford Mustang

Essa é a segunda vez que a Bugatti faz uma réplica de um de seus veículos destinado à crianças (Divulgação/Bugatti)No início deste mês mais um Bugatti bateu o recorde de velocidade máxima alcançada por veículo de produção. A edição especial Chiron Sport 300+ ultrapassou os 490 km/h.O preço para ter na garagem uma das 30 unidades que serão produzidas não é nada convidativo: US$ 3,9 milhões (cerca de R$ 16 milhões na cotação do dia).A boa notícia é que a Bugatti... Leia mais
20 SET
Top Ten: carros que não combinam em nada com as marcas que ostentam

Top Ten: carros que não combinam em nada com as marcas que ostentam

– (Acervo/Quatro Rodas)Onde já se viu fazer um Porsche com um monte de peças de Volkswagen? Foi em 1969, quando a Porsche precisava substituir o 912 e a Volks, o Karmann-Ghia. Então veio o modelo híbrido 914, nas versões 1.7 (quatro-cilindros) e 2.0 (seis-cilindros). Porém, o excesso de itens VW não justificava os US$ 6.100 do 914/6, o que abreviou sua vida.– (Acervo/Quatro Rodas)Quando a Lamborghini só fazia esportivos ousados (assim como suas rivais), a marca lançou em 1986 o... Leia mais
20 SET
Exclusivo: Hyundai prepara versões elétricas para Creta e Elantra

Exclusivo: Hyundai prepara versões elétricas para Creta e Elantra

O novo Elantra ainda não começou a ser vendido no Brasil (Divulgação/Hyundai)A eletrificação dos modelos da Hyundai vai continuar crescendo nos próximos anos, e dois modelos conhecidos pelos brasileiros estão entre os que vão ganhar novas formas de propulsão.Fontes ao qual QUATRO RODAS teve acesso revelam que Elantra e Creta vão estrear motores elétricos em suas novas gerações.A versão reestilizada do sedã médio, que foi mostrada no último Salão do Automóvel de São Paulo,... Leia mais
19 SET
Impressões: novo Hyundai HB20 de R$ 80.000 é impactante não só no visual

Impressões: novo Hyundai HB20 de R$ 80.000 é impactante não só no visual

Segunda geração do Hyundai HB20 (Fernando Pires/Quatro Rodas)Segunda geração do Hyundai HB20 (Fernando Pires/Quatro Rodas)“Tentamos criar algo memorável”, afirmou Simon Loasby, vice-presidente global do centro de estilo da Hyundai na Coreia do Sul e responsável pelo design do novo HB20.Foi apenas uma das muitas e reforçadas frases de efeito da longa apresentação que a marca preparou a fim de explicar o visual escolhido para a profunda reestilização do compacto, apresentada pela... Leia mais
19 SET
VW Gol GTI: 22 coisas que você talvez não sabia sobre o icônico esportivo

VW Gol GTI: 22 coisas que você talvez não sabia sobre o icônico esportivo

O Gol GTi representou um marco para a indústria automotiva brasileira (Marco de Bari/Quatro Rodas)1 – No primeiro GTI, de 1989, o emblema com o símbolo Volkswagen na tampa do porta-malas era maior do que nos outros modelos da marca.2 – A cor do filete do para-choque cinza e dos apliques laterais do GTI 89 não é azul Mônaco como da carroceria, mas sim Azul Cobalto.3 – Além da injeção eletrônica o GTI foi o primeiro carro nacional a utilizar antena no teto rosqueável, que logo se... Leia mais