Novidades

27 MAR

Meu carro está em passando por recall? Este guia te ensina a descobrir

Discos e pastilhas trocados em recall (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)

Motor que desliga sozinho, falha nos faróis, mau funcionamento dos freios e por aí vai.

Problemas como estes nem sempre são resultados do uso diário: muitas vezes, o defeito vem de fábrica e é por isso que as fabricantes convocam estes carros para conserto. Este procedimento é o chamado recall.

O recall é um serviço previsto pelo Código de Defesa do Consumidor. Ele acontece quando a empresa notifica um defeito em algum de seus veículos e convoca os clientes para realizar o reparo, sem custo e sem limite de data.

Além disso, as concessionárias autorizadas não podem exigir que as revisões estejam em dia para realizar o recall. Tanto que o procedimento vale mesmo para modelos seminovos e/ou que já estão fora da garantia.

Embora o índice de clientes que respondem às convocações costume ser decepcionante – menos de 50% -, realizar o conserto é fundamental para evitar problemas enquanto você é proprietário do veículo, ou mesmo quando vai vendê-lo.

Mas, afinal, como saber se o meu carro faz parte de um recall? Onde achar as informações? São estas perguntas que vamos responder aqui!

Em 2017, de 223 mil proprietários convocados para recall, apenas 6.464 apareceram (Eduardo Campilongo/Quatro Rodas)

Desde 2002, no Brasil, já foram realizadas mais de 1.100 recalls, e muito mais da metade dos donos convocados simplesmente não arrumaram seu carros, segundo órgãos de defesa do consumidor como Procon-SP e Proteste (Associação de Consumidores).

Um exemplo bastante claro: de acordo com a Proteste, em 2017 a Toyota fez um recall para 223 mil carros, devido aos famosos airbags fatais. Desses, apenas 6.464 proprietários se apresentaram para o reparo, o equivalente a menos de 3%.

Enquanto o número de consertos realizados diminui, o de problemas só aumenta. Só no ano passado, segundo o Procon-SP, foram 2.168.123 veículos convocados para reparos entre janeiro e dezembro, contra 1.973.053 em 2017.

Isso pode ser um dado preocupante, afinal o procedimento deveria existir justamente para prevenir acidentes, manter o bom funcionamento do automóvel e evitar inclusive a desvalorização do veículo.

Assim que o defeito é detectado, a fabricante faz uma comunicação imediata em seu site oficial, além de divulgar em meios de comunicação e órgãos de defesa do consumidor, como Procon e Ministério da Justiça.

Caso haja dúvidas se o seu carro faz parte ou não dos veículos convocados, é possível fazer a consulta pela área de recall no site oficial da fabricante do veículo, no site do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) ou no da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor).

Para verificar no Denatran, basta informar os números de Renavam e CPF do proprietário. Já no Senacon, é preciso pesquisar pelos alertas de recall. Após isso, o proprietário deve agendar atendimento nos canais oferecidos pela fabricante e, obviamente, levar o carro à concessionária.

Aplicativo auxilia cliente a localizar recalls (Reprodução/Internet)

Formas mais práticas e usuais foram criadas para nos auxiliar nesta questão. Recentemente lançado, o aplicativo “Papa Recall” ajuda a localizar e descobrir os possíveis recalls que o seu carro está passando.

Ele é bem intuitivo: após efetuar o login, você seleciona o seu carro, o ano e, logo, informações sobre todos os recalls existentes do veículo já aparecerão no seu feed.

Lá, é possível encontrar o motivo, os riscos, a solução e as concessionárias mais próximas para realizar o reparo.

Além disso, há também sites que facilitam o acompanhamento de recalls. Pelos sites www.checkauto.com.br e www.carcheck.com.br, basta efetuar um login gratuito e digitar a placa do veículo para buscar os reparos necessários.

Em relação ao recall, a responsabilidade do conserto fica inteiramente para a fabricante, conforme diz o Código de Defesa do Consumidor (CDC), na lei número 8078/90, artigo 10:

“O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários.”

Outra questão importante, e que deve ser observada pelos consumidores, refere-se a exigência do comprovante de que o serviço foi efetuado, documento que deverá ser conservado e repassado adiante, em caso de venda.

Caso tenha sido comercializado mais de uma vez, o atual proprietário terá o mesmo direito ao reparo gratuito.

Por fim, os consumidores que já passaram por algum acidente causado pelo defeito apontado poderão solicitar, por meio do Judiciário, reparação por danos morais e patrimoniais, eventualmente sofridos.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

13 FEV

Advogado de Carlos Ghosn pede demissão

O principal advogado de Carlos Ghosn, detido em 19 de novembro e que está em uma prisão de Tóquio desde então por supostas fraudes financeiras, anunciou nesta quarta-feira (13) que pediu demissão. Carlos Ghosn preso: o que se sabe até agora Motonari Otsuru, um ex-promotor que defendia o executivo que criou a aliança de montadoras Renault-Nissan-Mitsubishi Motors, "enviou uma carta de demissão ao tribunal", assim como seu colega Masato Oshikubo, informa um comunicado... Leia mais
12 FEV

Com excedente de operários, acordo libera PDV e congela salários na Ford em Taubaté

Trabalhadores da Ford de Taubaté (SP), fabricante de motores e transmissões, aprovaram em assembleia nesta terça (12) um acordo que libera a abertura de um Plano de Demissão Voluntária (PDV) aos horistas para reduzir o efetivo de 160 trabalhadores considerados excedentes na unidade. O acordo também autoriza o congelamento dos salários neste ano e a redução de jornada com desconto proporcional. O acordo, votado às 16h na porta da fábrica e aprovado por 90% dos operários,... Leia mais
12 FEV

Ford vai testar óculos de realidade aumentada para ajudar no conserto de carros

A Ford apresentou nesta terça-feira (12) na abertura da Campus Party Brasil um programa-piloto para uso de óculos de realidade aumentada nas oficinas de concessionárias. Acompanhe a Campus Party Brasil A tecnologia começará a ser testar ainda neste primeiro semestre, em 10 oficinas. A expansão para o restante da rede está prevista para o ano que vem. Segundo a Ford, o Brasil é o primeiro país a testar este tipo de auxílio. Por meio de óculos com câmera e microfone,... Leia mais
12 FEV

Mitsubishi ASX: quase imortal, SUV herda visual de L200 e Eclipse Cross

Dianteira ganhou visual inspirado no Eclipse Cross (Divulgação/Mitsubishi)O Mitsubishi ASX já pode concorrer ao Troféu Imortal: lançado no Brasil em 2010, o SUV não tem previsão para deixar as lojas. Pelo contrário, ele acaba de ganhar novo visual na Europa.Como você já pode imaginar, a inspiração para a dianteira veio dos primos mais novos L200 – que aparecerá no Brasil no fim de 2020, conforme revelado em primeira mão por QUATRO RODAS – e Pajero Sport, além do... Leia mais
12 FEV

Peugeot 308 e 408 se despedem do Brasil, e quase ninguém sentirá falta

Peugeot 308 deixa de ser importado da Argentina (Marco de Bari/Quatro Rodas)Mais uma dupla de carros dá adeus ao mercado brasileiro: a Peugeot confirmou que o hatch médio 308 e o sedã médio 408 não serão mais oferecidos no país.No site da marca, os dois nem aparecem mais na página inicial, já que a ideia da empresa é focar nos SUVs – tendência mundial, aliás – 2008, 3008 e 5008, no compacto 208 e em sua linha de veículos comerciais.Os carros aparecem apenas na parte em que a... Leia mais
12 FEV

Impressões: BMW Série 8 retorna ao mercado em todo seu esplendor

Segunda geração do Série 8 reúne beleza e potência (Divulgação/BMW)Produzido entre 1989 e 1996, o BMW Série 8 foi um grande cupê de quatro lugares que mexeu com o coração dos fãs da marca na época, com seu design empolgante, faróis escamoteáveis e um motor V12 de até 380 cv.Bebendo da mesma fonte, a segunda geração está de volta, com um carro igualmente belo, só que bem mais potente e moderno.Pelo porte, ele briga com o Mercedes-AMG E 55... Leia mais