Novidades

22 FEV

Clássicos: Ford Maverick LDO foi uma das versões mais refinadas do cupê

Com o LDO em 1977, o Maverick chegou ao ápice do requinte (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Chamada Luxury Decor Option, a versão LDO do Ford Maverick americano chegou em 1972 aos EUA com bancos reclináveis, madeira sintética no painel e teto revestido de vinil.

Cinco anos depois, a versão estreou no Brasil: a Luxuosa Decoração Opcional foi uma das tentativas da Ford para salvar a carreira do cupê.

Vitorioso nas pistas, o Maverick nacional não repetia o mesmo sucesso nas lojas.

Compacto nos EUA, aqui ele teve a árdua missão de concorrer com o Chevrolet Opala. Baseado no Opel Rekord alemão, o cupê da GM trazia soluções de engenharia muito mais adequadas à realidade brasileira.

Meio teto de vinil: uma tendência dos anos 70 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Entre os problemas mais graves do Maverick, estavam o baixo desempenho e alto consumo do motor de seis cilindros, ainda com válvulas de escape no bloco.

Outra falha era o claustrofóbico espaço no banco traseiro, agravado pela ausência das janelas laterais basculantes (presentes no Opala e até mesmo no humilde Ford Corcel).

Melhorias viriam só na linha 1975, que recebeu bancos dianteiros mais finos para aumentar o espaço atrás. Sob o capô, estava um moderno quatro-cilindros de 2,3 litros e 99 cv, com comando de válvulas no cabeçote de fluxo cruzado.

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O Maverick estava mais ágil e econômico que o Opala, mas em tempos de gasolina cara a fama de beberrão comprometeu sua vida no mercado: de 1973 a 1976 o Chevrolet vendeu mais que o dobro.

Disposta a reverter o quadro, a Ford apresentou o Maverick 1977 no Salão do Automóvel de 1976.

A nova versão LDO integrou a segunda fase do modelo: relação do diferencial mais longa, freios com duplo circuito hidráulico e tambores traseiros redimensionados, suspensão própria para pneus radiais, molas e amortecedores recalibrados e eixo traseiro mais largo.

Câmbio automático e ar-condicionado eram itens opcionais (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A bitola maior atrás favoreceu o espaço: caixas de roda menores resultaram em um banco traseiro mais largo e a nova forração do teto garantiu alguns milímetros de folga para passageiros mais altos.

Os bancos dianteiros receberam um encosto 10 cm maior e o acabamento interno do LDO era marcado pelas várias tonalidades de marrom e pelo alto padrão dos materiais e arremates.

O volante com quatro raios foi adotado em 1978 nos modelos da Ford mais caros (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A decoração externa era igualmente requintada: um friso percorria as laterais, que recebiam um exclusivo refletor vermelho no balanço traseiro. Redesenhada, a grade vinha com detalhes retangulares verticais e contornos prateados.

As janelas receberam frisos cromados, o teto ganhou revestimento de vinil e as rodas eram cobertas com calotas de aço escovado. Um friso de alumínio fazia o contorno entre as novas lanternas traseiras.

O motor V8 de 5 litros era um opcional raro no Maverick LDO (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Além do quatro-cilindros também havia a opção pelo lendário V8 Windsor, com mais que o dobro da cilindrada.

O tempo no 0 a 100 km/h caía de 18 para cerca de 12 s, mas o consumo também: média de 5,2 km/l, bem inferior aos 8,04 km/l do motor menor.

O LDO desta matéria, que pertence ao colecionador paulistano Armando, é um dos raros equipados com V8 e câmbio automático.

Mas o destino do Ford já estava selado: para cada Maverick vendido em 1977 havia cinco Opala. Moderno em estilo e muito econômico, o Corcel II o enterrou de vez em 1978.

O último Maverick deixou a linha em abril de 1979: foram pouco mais de 108.000 unidades em seis anos. A baixa produção colaborou para sua alta cotação no atual mercado de antigos.

Motor: longitudinal, V8, 4.950 cm3, comando de válvulas no bloco, carburador de corpo duplo 197 cv (SAE) a 4.600 rpm; 39,5 mkgf a 2.400 rpm

Câmbio: automático de 3 marchas, tração traseira

Dimensões: comprimento, 458 cm; largura, 179 cm; altura, 136 cm; entre-eixos, 261 cm; peso, 1.372 kg

Pneus: radiais 185 SR 14

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

13 MAR

Citroën Berlingo tem nova geração registrada no Brasil

O Grupo PSA parece ter gostado da investida nos utilitários comerciais após a renovação de seus furgões Peugeot e Citroën no Brasil e poderá investir em mais um por aqui: a nova geração do Berlingo. O modelo foi registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), mas ainda não tem sua chegada confirmada. De uma só vez, a Citroën garantiu o registro das configurações para carga e passageiro do Berlingo, que têm desenhos diferentes. Enquanto o furgão segue... Leia mais
13 MAR

Impressões: Caoa Chery Tiggo 7 não deve (quase) nada aos SUVs coreanos

Produzido em Anápolis (GO), Tiggo 7 estreou em fevereiro (Caoa Chery/Divulgação)Os carros de marcas chinesas ainda não estão no mesmo patamar de qualidade geral dos produtos de marcas consagradas. Mas, a julgar pelo Tiggo 7, SUV que a Caoa Chery começou a vender em fevereiro, o jogo pode estar prestes a mudar.Com 4,51 m de comprimento, 1,84 m de largura e 1,67 m de altura, o Tiggo 7 tem porte de Jeep Compass (respectivamente, 4,42 m, 1,82 m e 1,64 m). O conteúdo também é de gente... Leia mais
13 MAR
Novas tecnologias: faróis do futuro conversarão com motoristas e pedestres

Novas tecnologias: faróis do futuro conversarão com motoristas e pedestres

Algumas funções dos faróis: luz alta, luz baixa, indicadores de direção, luz de posição e luz diurna  (Divulgação/Volkswagen)Luzes ganharão um papel de maior importância na segurança viária (Divulgação/Volkswagen)Os faróis terão importância estratégica para a mobilidade do futuro. Além de apenas iluminar, para que os motoristas possam ver e ser vistos, esses componentes estão ganhando novas funções, tornando-se dispositivos ativos para aumentar a segurança dos... Leia mais
13 MAR

Especial Óleo Lubrificante: saiba tudo sobre troca, tipos e especificações

O óleo não só lubrifica o motor; ele também atua na prevenção do desgaste, da oxidação e da corrosão das peças (Reprodução/Quatro Rodas)Quando o assunto é óleo, a preocupação é certa. Afinal, além de ser o responsável pela lubrificação, o óleo atua na prevenção do desgaste, da oxidação e da corrosão das peças do motor.Mas, se por ventura houver algum deslize e a lubrificação for realizada incorretamente, isto poderá ocasionar a redução da performance do... Leia mais
12 MAR

Toyota e agência espacial japonesa vão desenvolver veículo para rodar na Lua

A Toyota e a agência espacial do Japão disseram nesta terça-feira (12) que concordaram em cooperar no desenvolvimento de um veículo lunar elétrico tripulado, que funciona com tecnologia de células de combustível de hidrogênio. Embora o Japão não tenha planos de fabricar um foguete capaz de levar as pessoas ao espaço, o veículo de exploração lunar poderá ser uma grande contribuição para um programa internacional de sondas espaciais no futuro, informou a Agência de... Leia mais
12 MAR

Ford confirma: três interessados disputam fábrica de São Bernardo do Campo

Fábrica da Ford começou a ser erguida pela Willys-Overland em 1952 (Acervo/Quatro Rodas)A Ford bateu o martelo para o fim de suas atividades na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), mas ainda há esperança para os cerca de 3.000 funcionários que trabalham no local.O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC afirma que, em reunião com executivos do fabricante em Dearborn, nos EUA, a marca descartou qualquer possibilidade de rever a decisão do encerramento da linha de montagem.“Aqui estão... Leia mais