Novidades

09 JAN

Clássicos: Dodge Dart ficou menor a cada geração e conquistou americanos

O Dart 1975 era compacto nos EUA, mas gigante no Brasil (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Novidade para 1960, o Dodge Dart (dardo em inglês) era um modelo ligeiramente menor e mais barato que os grandalhões Matador e Polara. Baseado na linha Plymouth (divisão mais acessível da Chrysler Corporation), tinha 5,34 metros e estrutura monobloco, avanço notável sobre os rivais Ford e Chevrolet.

A versão básica, Seneca, trazia as carrocerias sedã (de 2 e 4 portas) e a perua (4 portas). A intermediária, Pioneer, agregava o cupê hardtop (sem coluna central) e ambas traziam o seis cilindros de 3,7 litros e 147 cv e o opcional V8 de 5,2 litros e 233 cv. O V8 era de série na topo de linha, Phoenix, com o conversível e o sedã hardtop.

Toques de classe: pneus faixa branca e calotas na cor da carroceria (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Introduzida em 1962, a segunda geração do Dart foi redesenhada às pressas. Em um encontro com um executivo da GM, o presidente da Chrysler soube que a Chevrolet pretendia diminuir drasticamente seus automóveis, mas não imaginava que o colega falava do compacto Chevy II.

Agora intermediário, o Dart 1962 era 19 cm mais curto e tinha 5,5 cm a menos entre os eixos. O estilo sem harmonia teve impacto negativo, pois os consumidores perceberam que era só uma versão maior do compacto Lancer. Também viram que pelo preço do Dart levava-se o Ford Galaxie ou o Chevrolet Biscayne: as vendas caíram 20%.

Mas nem tudo estava acabado: ele havia perdido cerca de 160 kg e ganhado um V8 de 6,8 litros e 420 cv. Tornou-se o rei das arrancadas: ia de 0 a 96 km/h em 5,8 s e fazia o quarto de milha em 14,4 s.

O acabamento interno impressiona pela qualidade. Piloto automático era opcional raro (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O modelo 1963 marcou o ponto mais baixo de sua carreira. Rebaixado à categoria dos compactos, o Dart de terceira geração era só uma variação do Plymouth Valiant. Contava apenas com dois motores de seis cilindros: 2,8 litros com 102 cv e 3,7 litros com 147 cavalos. O V8 retornaria apenas em 1964, com 4,5 litros e 182 cv.

Ornamento do SE era o mesmo do Charger (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A terceira geração veio em 1967 e teve como destaque o cupê hardtop, caracterizado pelo vidro traseiro côncavo. Ele e o sedã de quatro portas foram produzidos pela Chrysler do Brasil entre 1969 e 1981. O sedã de duas portas e o conversível ficaram restritos ao mercado americano.

A maior novidade ficou para 1968, quando o V8 de 5,2 litros e 230 cv substituiu o V8 de 4,5 litros como motor de entrada. Além do esportivo GT havia o GTS com V8 de bloco pequeno (5,6 litros/279 cv) e V8 de bloco grande (6,3 litros/304 cv). A escalada de performance voltaria ao nível de 1962.

Velocímetro só vai a 100 milhas/hora (160 km/h) (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Limitada a 80 unidades, o Hemi Dart desenvolvido pela Hurst Performance era destinado às pistas de arrancada. Não havia garantia para o motor Hemi de 7 litros e 425 cv e o peso caiu para cerca de 1.350 kg com peças da carroceria de fibra de vidro: fazia o quarto de milha abaixo de 10 s.

Considerado como o rei das ruas, o V8 de 7,2 litros e 380 cv foi oferecido em 1969. Reestilizado em 1970, o Dart perdeu as versões mais potentes para não brigar com o Challenger, o caçula dos Dodge. O Dart mais potente em 1971 foi o Demon, um semi-fastback com V8 de 5,6 litros e 279 cv.

Ao ser reclinado, o encosto do sexto passageiro vira apoio de braço para o motorista (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A gasolina cara reforçou o interesse do público em 1973, quando vieram os enormes para-choques resistentes a pequenos impactos. Reestilizado em 1974, o Dart recebeu bancos de veludo e interior acarpetado na versão Special Edition, como este sedã 1975 aos cuidados da De Gennaro Classics.

Temporizador é acessório de época (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Ao todo, mais de 2,73 milhões de Dart foram fabricados em Windsor (Canadá), Los Angeles, Hamtramck, Newark, Belvidere e St. Louis (EUA). Também foi produzido na Argentina, Colômbia e Espanha e teve seu nome reeditado entre 2013 e 2016 no Fiat Viaggio produzido nos EUA.

Motor: V8 de 5,2 litros; 142 cv a 4.000 rpm; 34,5 mkgf a 1.600 rpm;
Câmbio: automático de 3 marchas
Carroceria: fechada, 4 portas, 6 lugares;
Dimensões: comprimento, 516 cm; largura, 177 cm; altura, 137 cm; entre-eixos, 282 cm; peso, 1.591 kg;
Desempenho: 0 a 100 km/h em 12,6 segundos; velocidade máxima de 177 km/h.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

23 OUT
Novo Nissan Versa chegará ao Brasil no 2º trimestre de 2020; antigo vira V-Drive

Novo Nissan Versa chegará ao Brasil no 2º trimestre de 2020; antigo vira V-Drive

O novo Nissan Versa chegará ao Brasil no 2º trimestre do ano que vem. E vai conviver com o Versa antigo, que passa a se chamar V-Drive e continuará sendo fabricado no Brasil, confirmou o presidente da montadora no Brasil, Marco Silva, no Salão de Tóquio, nesta quarta-feira (23). Carros e motos: ACOMPANHE o Salão de Tóquio em tempo realHonda Fit é revelado em Tóquio A nova geração do sedã foi apresentada em abril passado, no Salão de Nova York. Mais sofisticada, ela... Leia mais
23 OUT
Novo Toyota Mirai terá visual de carro comum para vender mais

Novo Toyota Mirai terá visual de carro comum para vender mais

Toyota Mirai Concept (Leonardo Felix/Quatro Rodas)Esqueça o estilo “Jaspion”. Se a primeira geração do Toyota Mirai continha um visual futurista para lá de controverso – visto quase que unanimemente como feio -, a segunda apostará em traços mais contidos e certeiros.Tudo para vender mais. Na prévia com jornalistas para o Salão de Tóquio 2019, executivos da fabricante não se esquivaram de dizer que a ideia foi deixar o modelo mais harmonioso e com cara de carro comum.Assim ficou... Leia mais
23 OUT
Novo Nissan Versa confirmado no 2º trimestre de 2020; antigo vira V-Drive

Novo Nissan Versa confirmado no 2º trimestre de 2020; antigo vira V-Drive

Novo Versa virá do México (Divulgação/Nissan)Já se sabia que o novo Nissan Versa viria ao Brasil em 2020, importado do México. Mas não exatamente quando.O mistério agora acabou: no Salão de Tóquio 2019 o presidente da marca no Brasil, Marcos Silva, confirmou que a chegada ocorrerá no  segundo trimestre do ano que vem.Traseira lembra o Sentra (Divulgação/Nissan)Ao que tudo indica, não há chance de a nova geração, que será focada muito mais em tecnologia e harmonia visual do... Leia mais
23 OUT
Os Eleitos 2019: marcas de carro, pneu, óleo, som, combustível e seguro

Os Eleitos 2019: marcas de carro, pneu, óleo, som, combustível e seguro

Saiba qual marca é a preferida dos proprietários na área de serviços (Indio San e Estevan Silveira/Quatro Rodas)É a primeira vez que a Toyota enfileira três vitórias consecutivas na assistência técnica. Com isso, ela quase se iguala à Honda, que foi tetra em duas temporadas (2004-2008 e 2010-2014).O segredo foi ter ido bem em todos os oito quesitos que formam a nota final (veja lista ao lado), mas em três deles a Toyota foi a melhor do grupo: pontualidade, disponibilidade de peças... Leia mais
23 OUT
Novo Honda Fit: abrimos as portas para mostrar como quarta geração ficou

Novo Honda Fit: abrimos as portas para mostrar como quarta geração ficou

Quarta geração do Fit (Leonardo Felix/Quatro Rodas)Ainda é um monovolume, só que com traços muito mais arredondados e delgados. Assim pode ser definida a quarta geração do Honda Fit, revelada no Salão de Tóquio 2019.Os traços lúdicos parecem ter sido pensados especificamente para o mercado japonês, mas certamente causarão controvérsia entre consumidores como o brasileiro, que enxerga com mais simpatia um carro que faz cara de mau.Fit estreia nova plataforma e poderá ser turbo e... Leia mais
22 OUT
Com 407 cavalos, Volvo S60 chega aos 100 km/h em 4,4 segundos

Com 407 cavalos, Volvo S60 chega aos 100 km/h em 4,4 segundos

Ao lançar o S60, um sedan premium, a Volvo reforça para o mercado a sua estratégia na eletrificação. E com muito destaque. A versão híbrida, o T8 R-Design, é capaz de combinar a tecnologia de um carro elétrico com a força de um motor a combustão. O resultado é uma aceleração surpreendente: de 0 a 100km/h em apenas 4,4 segundos. O S60 T8 R-Design carrega um motor Drive-E Turbo Supercharger de dois litros e quatro cilindros (responsável por 320 cavalos) e um motor... Leia mais