Novidades

12 NOV

Clássicos: Land Rover Série 1, fruto da terra

Land Rover 1956: inspirado no Jeep americano (Marco de Bari/Quatro Rodas)

É um desafio tentar lembrar outro clássico que há tanto tempo tenha o mesmo projeto básico. Faz seis décadas que a Land Rover atualiza a receita do seu utilitário chamado hoje de Defender. Nascido em 1948 no Salão de Amsterdã, o Land Rover deu origem à divisão off-road homônima da inglesa Rover – que durou mais que a própria marca-mãe.

Foi Maurice Wilks, designer-chefe da Rover, quem teve a idéia de criar um utilitário nos moldes do Jeep americano da Segunda Guerra que ele usava em sua fazenda.

O modelo tinha tração nas quatro rodas permanente com roda-livre no eixo dianteiro. Nos primeiros, portas e teto de lona eram opcionais. Como o aço estava racionado na Europa, o Land Rover era de alumínio de aviação. O motor Rover de 1,6 litro produzia 50 cv e 11 mkgf. Eixos rígidos com molas semielípticas seguravam os trancos no jipe. Sob o capô vinha o estepe, e a grade cobria os faróis. Como no Jeep, o pára-brisa era rebatível para a frente.

Tração nas quatro rodas, eixos rígidos e roda-livre (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Em 1949 veio a versão fechada e, em 1951, os faróis perdiam a grade para facilitar a limpeza. No ano seguinte a grade frontal ganhava forma de T invertido e o motor, agora com 2 litros, produzia 2 cv a mais e 13,9 mkgf. A tração já podia acionar só o eixo traseiro e não havia mais roda-livre.

Sua simplicidade rústica condiz com sua proposta e época, caso do Land Rover 1956 das fotos. Se os bancos não são reguláveis, pelo menos há espaço de sobra para três pessoas na frente. Para ligar os faróis, com botão no centro do painel, o alongamento causa desconforto. Projetado para ser dirigido do lado direito, o espaço para os pedais à esquerda é prejudicado.

“Chama atenção a tomada de força de 12 volts no lado do painel, que não é usual para a época”, diz o colecionador e dono do carro, que prefere se manter anônimo. “Pode-se também desligar a iluminação do painel.” Se a bateria pifar no meio do mato, basta dar partida usando uma manivela. Sem assistência, a direção de aro fino exige esforço.

Com altura em relação ao solo adequada para terrenos inóspitos, o eixo rígido dianteiro traduz em solavancos os desníveis no caminho. “As marchas mais altas entram com precisão, mas as duas primeiras, não sincronizadas, podem arranhar se não se respeitar seu tempo”, diz o dono.

Instrumentos no centro facilitam o uso do volante nos dois lados (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Para 1957, a Land Rover ofereceu o primeiro motor a diesel, um 2.0 de 51 cv e 12 mkgf. A Série II 1958 (que fez os anteriores serem conhecidos como Série I) trouxe opção de motor 2,3 litros a gasolina e estilo mais robusto. Para se adequar à legislação de outros mercados, os faróis foram parar nos páralamas em 1968. A Série III surgiria em 1971 com câmbio todo sincronizado e estilo atualizado.

Robert Hirth, empresário carioca apaixonado pelos Série I e dono de três (1948, 1951 e 1955), conta que os Land Rover eram feitos para durar, motivo de admiração dos fãs. “Acredita-se que cerca de 80% de todos Land Rover fabricados continuem rodando.” Só em 1990, quando a marca já tinha uma linha mais completa, ele passou a se chamar Defender. Depois de passar pelas mãos da BMW e da Ford, esse ícone inglês agora pertence à indiana Tata Motors. Os donos vêm e vão, mas quem vence mesmo os altos e baixos do caminho é o Land Rover.

PÉ NO CHÃO

Ao pé da letra, Land Rover quer dizer “andarilho da terra”. Ele passou pela nossa terra quando foi montado em São Bernardo do Campo (SP) de 1998 a 2006. Após encerrada a produção local do nosso Defender (que tinha 68% de nacionalização), o modelo continuou a ser importado.

 

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

28 DEZ

Falha em carregador de veículos elétricos controlado por aplicativo pode prejudicar rede elétrica, alerta pesquisa

Especialistas da fabricante de antivírus Kaspersky Lab estudaram o funcionamento de um carregador de veículos elétricos e descobriram que a interface de controle remoto do dispositivo, que permite controlar a velocidade da carga por aplicativo, tinha vulnerabilidades que permitiam a um hacker assumir o controle do dispositivo e enviar comandos que poderiam até desestabilizar a rede elétrica da vítima. O estudo conduzido por Dmitry Sklyar se concentrou no ChargePoint Home, um... Leia mais
28 DEZ

Na Estrada com Volvo: veja na websérie a estabilidade do XC60 híbrido

Tá na chuva? É para surfar! Pois foi esse o pensamento de Letícia e Fabiano, quando deram a partida em Paraty para seguir viagem a bordo do Volvo XC60 híbrido. No terceiro episódio da websérie Na Estrada com Volvo, o casal caiu na água e passou por diferentes estradas. Quem também mostrou que não tem tempo ruim é o Volvo XC60 Plug-in Hybrid. Como o veículo tem diferentes modos de direção, estabilidade é o que não falta. Eles ajudam o motorista a passar por pisos... Leia mais
28 DEZ

Documento digital para veículos é adiado para junho de 2019

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) anunciou nesta sexta-feira (28) o adiamento para a emissão do CRLVe, que é o documento para veículos em sua versão digital. A previsão era que os estados e Distrito Federal começassem a expedir do CRLVe até 31 de dezembro de 2018, porém, agora têm até 30 de junho de 2019. Assim como a CNH digital, a emissão do documento digital de veículos é facultativa para os motoristas. Em ambos os casos, ainda será exigido que o condutor... Leia mais
28 DEZ

Placa do Mercosul é adiada novamente, agora para junho de 2019

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) anunciou nesta sexta-feira (28) um novo adiamento para a implantação das placas do Mercosul. Com o novo prazo, os estados e o Distrito Federal têm até 30 de junho de 2019 para se adequar ao novo padrão. CNH com chip é adiada para o final de 2022 Com constantes idas e vindas, as placas do Mercosul deveriam começar a ser utilizadas em todo o Brasil até o final de dezembro de 2018, com prazos diferentes para cada estado. Alguns... Leia mais
28 DEZ

Quando verificar balanceamento, alinhamento e cambagem?

Deve-se checar a o alinhamento a cada 10.000 km (Divulgação/Honda)Você chega ao autocenter e vê uma faixa com a promoção para alinhamento de direção, balanceamento de pneus e ajuste de cambagem. Se ficou a impressão de que tudo deve ser feito junto, muita calma nessa hora.A grande maioria dos fabricantes de automóveis recomenda a verificação do balanceamento e do alinhamento a cada revisão de 10.000 km. Mas todos ressaltam: a execução de um serviço não implica na realização... Leia mais
28 DEZ

Os carros mais rápidos testados por QUATRO RODAS em 2018

O ano de 2018 passou voando. Dos cerca de 170 carros que testamos – sem contar os que experimentamos para fazer impressões ao dirigir, os carros do teste de Longa Duração e as picapes e os caminhões -, alguns modelos voaram baixo em nossa pista.Aqui separamos os 10 mais rápidos, que aceleraram de 0 a 100 km/h em, no máximo, 5 segundos, fazendo nossos olhos brilharem, nossos corpos grudarem nos bancos e nossos corações baterem mais forte.Atenção: como é uma retrospectiva referente a... Leia mais