Novidades

25 OUT

Nissan Frontier Attack: primeiras impressões

A Nissan Frontier vive tempos sombrios no Brasil, mesmo depois da chegada da nova geração, no ano passado. É a última colocada no segmento de picapes médias, com 4.614 unidades emplacadas no ano, contra 27.343 da líder Toyota Hilux, segundo a federação dos concessionários, a Fenabrave. Agora, que passa a ser feita na Argentina, ela quer mudar esse cenário.

Para isso, ganha novas versões (veja abaixo), aumentando sua faixa de preços. Uma delas é a intermediária Attack, avaliada pelo G1.

Gama ampliada

Entre as novidades, a picape ganha duas configurações e a substitui outra.

A versão de entrada passa a ser a S, voltada ao trabalho e que só dispõe de câmbio manual.

Acima dela está de volta a Attack, que tem opções 4x2 e 4x4.

Depois, vem a XE (antes chamada SE, que era a versão de entrada até então). E, por fim, foi mantida a topo de linha LE.

Até o fechamento desta reportagem, a Nissan ainda não havia definido os valores oficiais da linha 2019, mas adiantou a faixa de preços de cada uma. Para a S, a marca deverá cobrar entre R$ 135 mil e R$ 140 mil.

A Attack custará cerca de R$ 145 mil com tração 4x2 e R$ 155 mil com 4x4. A XE partirá de aproximados R$ 173 mil, enquanto a topo de linha, SE, não deverá sair por menos de R$ 193 mil.

Ao ataque

Versão mais marcante da picape nipo-argentina, a Attack é a principal atração da linha 2019 e não é difícil diferenciá-la das demais: faixas laterais e central no capô, adesivos laterais, rodas pintadas de cinza, faróis com máscara negra e diversos detalhes em preto dão o tom mais agressivo ao modelo.

No tom de vermelho da unidade cedida para testes, os adereços ficam ainda mais evidentes e beiram o exagero. Outros diferenciais que ajudam a reforçar a imagem lameira são a barra instalada abaixo do para-choque dianteiro, o rack de teto, o santantônio e os pneus "all-terrain" (todo terreno).

Já as rodas, aro 16, parecem antiquadas - e são: elas foram resgatadas da Frontier Attack de 2012.

Por dentro, o acabamento é o padrão da nova geração e está na média da concorrência. O desenho sóbrio é típico de um modelo japonês. Não há materiais emborrachados e/ou de toque macio. Cromados só nas maçanetas, na alavanca de câmbio e nas saídas de ar centrais.

O suporte para garrafas e latas posicionado logo abaixo das saídas de ar laterais ajudam (e muito!) nos dias quentes. Mas o formato redondo e genérico das saídas empobrece o visual.

O volante é revestido em couro, tem boa empunhadura, mas evidencia a falta de alguns comandos (assunto para daqui a pouco), enquanto os bancos de tecido são confortáveis, mas nada indicados para quem pretende enfrentar terra e lama.

Deslizes

Tudo bem que a Frontier Attack deverá ser uma das mais baratas do segmento em sua faixa de preço. Porém, alguns equipamentos fazem falta tanto em relação às rivais, quanto aos cerca de R$ 155 mil que deverão ser cobrados por ela.

São de série, tem ar-condicionado, central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay e câmera de ré, computador de bordo com tela TFT, faróis de neblina, assistente de partida em rampas, controle automático de descida, retrovisores e vidros elétricos e volante com comandos de áudio.

Ficam de lado itens como ar-condicionado digital, luzes de condução diurna (DRL), faróis automáticos, piloto automático e protetor de caçamba, todos presentes na Hilux SR, a versão equivalente da rival, de R$ 160.490.

Na Ford Ranger XLS, de R$ 153.490, direção elétrica, sensores de estacionamento e piloto automático também são de série e não estão na Frontier - bem como os 7 airbags, contra somente os 2 obrigatórios na Nissan.

A Chevrolet S10 LT, de R$ 163.590, também tem piloto automático e direção elétrica, além de capota marítima e sensores de estacionamento traseiros.

Só a picape da Nissan, porém, é equipada com um sistema de limpeza automática do filtro de partículas, que sofre com o acúmulo de fragmentos provenientes do diesel - problema comum em modelos abastecidos com o óleo.

Na prática, quando houver a necessidade, uma luz espia se acende no painel e basta pressionar um botão localizado próximo ao volante.

Dirigibilidade é o ponto alto

"Dirigibilidade" não é uma palavra fácil de se dizer ou escrever, mas é a que melhor define o foco dado à Frontier.

O destaque vai para a suspensão traseira mais sofisticada, do tipo multilink, que minimiza a rolagem natural da carroceria e transmite maior segurança em curvas fechadas e velocidades mais altas. Porém, ela não consegue excluir totalmente o pula-pula da picape em terrenos acidentados.

Em conjunto, a direção hidráulica tem acerto firme e com peso necessário para um modelo de mais de 2 toneladas, mas poderia ser elétrica para ajudar nas manobras.

A transmissão automática de 7 marchas tem bom escalonamento e prioriza a economia de combustível com trocas rápidas, mantendo baixa a rotação do motor. De acordo com a marca, o consumo urbano alcança a média de 9,2 km/l, contra 10,5 km/l no rodoviário, nada muito diferente das rivais.

Por falar nele, o motor 2.3 biturbo diesel entrega 190 cavalos de potência e 45,9 kgfm de torque, com acionamento por corrente e bomba de óleo com acionamento elétrico. Os números garantem boas acelerações e segurança em ultrapassagens.

Já a tração 4x4 pode ser a salvação para muitas situações - como a das imagens que você vê nesta matéria.

Durante a sessão de fotos, em uma das passagens para marcar a subida na trilha, a picape acabou com o pneu afundado em um trecho de lama. Sair dali não exigiu nenhum esforço do sistema de tração.

Vale a pena?

Uma das opções mais baratas no segmento, a Frontier deve, sim, na lista de equipamentos. Mas o conjunto mecânico bem acertado e a dirigibilidade exemplar da picape podem compensar a falta de mimos.

Fonte: G1

Mais Novidades

09 JAN

Porsche revela 911 Cabriolet; modelo chega ao Brasil no segundo semestre

A nova geração do Porsche 911 foi apresentada há pouco mais de um mês no Salão de Los Angeles e já ganhou mais um integrante: a versão Cabriolet. O modelo já está à venda na Alemanha e chega ao Brasil no segundo semestre deste ano. Em relação à configuração cupê, o conversível substitui o teto rígido pelo retrátil de tecido com vidro integrado sem deixar de lado as linhas clássicas do 911. De acordo com a marca, o novo sistema hidráulico permite que a capota... Leia mais
09 JAN

CG, R 1200 GS e MT-03: as motos mais vendidas por categoria em 2018

Depois de 7 anos sem crescer, a venda de motos voltou a subir em 2018, encerrando uma série negativa que vinha desde 2012. Carros mais vendidos por categoria em 2018Motos 2019: veja 25 lançamentos esperados Apesar da retomada no setor, não houveram grandes supresas entre as primeiras colocadas de cada segmento. Líder no geral e também entre as motos urbanas, a Honda CG 160 continua sem dar chances para as rivais e alcançou 253.244 unidades vendidas em 2018. Entre os... Leia mais
09 JAN

Há cinco anos um carro não vendia mais de 200 mil unidades no Brasil

Onix teve mais de 210.000 unidades vendidas em 2018 (Christian Castanho/Quatro Rodas)O ano de 2018 terminou sinalizando alguma recuperação do mercado automotivo brasileiro. Foram emplacados 2.470.654 automóveis e comerciais leves, uma alta de 13,74% frente a 2017.Outros fatos também mostram que o ano que passou foi acima da média. O Chevrolet Onix teve 21.763 unidades emplacadas em agosto de 2018, interrompendo assim um jejum de 44 meses: desde dezembro de 2014 um automóvel não tinha... Leia mais
09 JAN

Conheça os SUVs mais vendidos em cada estado brasileiro

Líder do mercado de SUVs, Compass é o preferido em 13 estados e no DF (Christian Castanho/Quatro Rodas)Sabe por que as fabricantes andam investindo tanto em utilitários esportivos? Os SUVs compactos, o segmento mais disputado da atualidade, responderam por 24,3% dos 1.338.365 automóveis emplacados no Brasil até agosto deste ano.Só perdem em participação para os hatches compactos. Que eles são o desejo de muita gente, já sabemos. Mas qual é o SUV preferido de cada estado brasileiro?A... Leia mais
09 JAN

Clássicos: Dodge Dart ficou menor a cada geração e conquistou americanos

O Dart 1975 era compacto nos EUA, mas gigante no Brasil (Christian Castanho/Quatro Rodas)Novidade para 1960, o Dodge Dart (dardo em inglês) era um modelo ligeiramente menor e mais barato que os grandalhões Matador e Polara. Baseado na linha Plymouth (divisão mais acessível da Chrysler Corporation), tinha 5,34 metros e estrutura monobloco, avanço notável sobre os rivais Ford e Chevrolet.A versão básica, Seneca, trazia as carrocerias sedã (de 2 e 4 portas) e a perua (4 portas). A... Leia mais
09 JAN

Tribunal de Tóquio rejeita pedido para libertar Ghosn

O Tribunal Distrital de Tóquio rejeitou nesta quarta-feira (9) um pedido da defesa de Carlos Ghosn pela soltura do ex-presidente do conselho da Nissan, que está preso desde 19 de novembro acusado de irregularidades financeiras, segundo a imprensa local. Na véspera, o brasileiro apareceu em público pela primeira vez desde a prisão e afirmou ser inocente, em audiência judicial. A atual ordem de prisão contra o executivo expira na sexta-feira. Na última segunda, o tribunal de... Leia mais