Novidades

27 SET

Volvo XC40: primeiras impressões

Desde a “morte” do C30, em 2013, a Volvo não tinha um modelo com design “descolado”. Aliás, o adjetivo nunca combinou muito com a marca sueca, muito mais conhecida pela sobriedade e pelo nível elevado de segurança.

A Volvo acertou em cheio na atual identidade visual, inaugurada com o XC90, mas as linhas tomam o caminho da sofisticação. É aí que entra o XC40. O menor SUV da marca pretende atender ao desejo de um público mais jovem, que não quer mais um hatch, mas resiste em comprar um sedã ou uma perua.

A responsabilidade do novo modelo é tão grande que os suecos esperam que o XC40 represente um terço das vendas da Volvo no país. Isso significa 2 mil das 6 mil unidades projetadas para 2018. Caso o objetivo seja alcançado, será o melhor resultado em emplacamentos da história da filial brasileira.

Irmão diferente

Dá para notar que o XC40 é da mesma família de XC60 e XC90. Mas o irmão menor traz personalidade própria. A frente ainda traz o farol fino com a luz diurna de LED formando o “martelo de Thor”, mas o perfil e a traseira são bastante diferentes.

As portas traseiras, por exemplo, são possuem grandes e angulosos recortes, criando uma falsa vigia. O desenho ajuda a reforçar a generosa largura da coluna C.

Olhando a traseira, as lanternas mantêm o arranjo vertical, mas invadem a carroceria lateralmente. A placa acabou posicionada no para-choque, deixando a tampa do porta-malas com visual mais limpo.

A cabine segue na mesma “pegada”, semelhante, mas diferente. Igual pelo quadro de instrumentos digital, pela grande central multimídia e nas saídas de ar dispostas verticalmente. Mas diferente nas texturas usadas nos painéis e na versatilidade dos diversos porta-objetos.

Não nega as origens

O XC40 cumpre seu objetivo, oferecendo carroceria e interior descolados. Mas ele é bastante parecido com os outros carros da marca no conteúdo recheado e no conjunto mecânico.

O G1 avaliou, por uma semana, a versão mais completa, R-Design, de R$ 214.950. Ela traz, de série, os mesmos recursos de condução semiautônoma dos outros Volvo. O pacote é chamado de Pilot Assist.

O XC40 é capaz de seguir o veículo que vai à frente em velocidades de até 130 km/h, incluindo em curvas.

Também há detecção e alerta de mudança de faixa, alerta de colisão frontal, frenagem automática de emergência, câmera de ré, leitura das placas de trânsito.

Entre os itens de conforto, há ar-condicionado com duas zonas de temperaturas, carregador de celular por indução, som com 13 alto-falantes, bancos de couro e assentos dianteiros com regulagens elétricas e do motorista com memória, teto solar, 6 airbags, acesso e partida com chave presencial, sensores de luz, chuva e estacionamento dianteiro e traseiro, rodas de 20 polegadas e abertura elétrica do porta-malas.

Menor e mais ágil

Além de ser a configuração mais completa, a R-Design também é a opção mais potente do XC40. Ela traz o mesmo motor 2.0 turbo de 254 cavalos e 35,7 kgfm do XC60. A transmissão automática de 8 marchas também é compartilhada entre os dois modelos.

Desta forma, como o SUV menor é 164 kg mais leve, o desempenho também é melhor do que no "irmão" maior. De acordo com a Volvo, o XC40 acelera de 0 a 100 km/h em 6,4 segundos, 0,4 segundo mais rápido do que o XC60.

Ainda que o câmbio da Volvo não seja tão rápido quanto o de 9 marchas da Mercedes-Benz, ou o de dupla embreagem e 7 marchas da Audi, o XC40 agrada bastante em acelerações e retomadas.

Consumo alto

A suspensão do XC40 é bastante rígida, mas não chega a ser desconfortável. Seu arranjo é independente nas quatro rodas. As rodas de 20 polegadas, calçadas por pneus de perfil baixo, reforçam a esportividade.

Caso o motorista deseje, é possível deixar o conjunto ainda mais firme, alternando o modo de condução para Dynamic, o mais “apimentado”. Nele, o pedal do acelerador fica mais sensível, a direção mais direta, as trocas de marchas acontecem em rotações mais altas, e a suspensão se enrijece ainda mais.

Para tentar aliviar a sede do XC40, ainda há o modo Eco, que deixa as respostas mais mansas. É uma forma de melhorar o consumo.

Aliás, a conta do bom desempenho vem na hora de abastecer, lembrando que o XC40 só bebe gasolina.

Na semana em que o G1 avaliou o modelo, o computador de bordo dificilmente registrou marcas melhores que 7,5 km/l, sendo que o uso foi praticamente todo urbano, quase sempre no modo Comfort.

Vem, supermercado

Na questão de espaço, outra falha é o túnel central alto, que acaba roubando uma parte da área de quem ocupa a posição do meio.

Fora isso, todos os outros ocupantes viajam com conforto. O entre-eixos de 2,70 metros garante a comodidade até dos mais altos.

No porta-malas, vão 460 litros, deixando o Volvo na média do segmento.

A tampa pode ser aberta com o movimento de passar os pés sob o para-choque. Dentro do compartimento, uma boa sacada. Ao rebater a tampa do fundo falso, o motorista ganha 3 alças para pendurar sacolas de supermercado, que não ficam soltas pelo bagageiro, espalhando latas e embalagens por todos os lados.

Maior vantagem

Ainda que a Volvo consiga vender as 2 mil unidades do XC40 previstas, ele deve perder a briga para seus grandes rivais, o trio alemão formado por Audi Q3, BMW X1 e Mercedes-Benz GLA.

Um dos motivos é que a Volvo tem uma rede de concessionárias bem menor. O desconhecimento da marca é outro fator que joga contra.

No quesito produto, pelo menos, o XC40 tem ampla vantagem sobre seus concorrentes. Mérito de ter um projeto mais moderno. Isso faz com que ele seja ofereça mais espaço e mais equipamentos. Nenhum dos rivais traz os recursos de condução semiautônoma, por exemplo.

De quebra, o Volvo ainda é o mais potente do grupo. Seus 254 cv superam os 231 cv do X1 xDrive25i, os 220 cv do Q3 2.0 Ambition e os 211 cv do GLA 250 Sport.

Se o XC40 é mais completo, mais espaçoso e mais potente do que os rivais alemães, o preço tende a ser maior, certo? Na verdade, a situação é oposta.

A Volvo marcou um “golaço” ao elaborar a tabela de preços de seu produto mais importante, na comparação com os concorrentes. A versão R-Design custa R$ 214.950 contra R$ 224.990 do Audi Q3, R$ 232.950 do BMW X1 e absurdos R$ 246.900 do Mercedes-Benz GLA, sempre considerando a opção topo de linha dos modelos.

Conclusão

É difícil encontrar modelos com vantagens tão amplas em relação aos rivais como acontece com o Volvo XC40. Mesmo que tenha defeitos pontuais, o sueco é bem superior aos seus concorrentes.

A briga só deve ficar mais parelha com a nova geração do Audi Q3, lançada há pouco na Europa. Mas, se ele já é mais caro hoje, imagine quando chegar totalmente renovado.

Fonte: G1

Mais Novidades

04 JUN

Renault confirma interesse em fusão com Fiat Chrysler, mas adia decisão

A direção da Renault confirmou nesta terça-feira (4) o interesse em uma fusão com o grupo ítalo-americano Fiat Chrysler. No entanto, a fusão ainda não foi confirmada. "O conselho administrativo decidiu continuar estudando com interesse a oportunidade de aproximação e prolongar as discussões sobre o tema." A Renault ainda disse que realizará uma nova reunião na próxima quarta-feira para continuar discutindo a proposta, anunciou em um comunicado. A proposta da FCA... Leia mais
04 JUN

Skoda ensaia picape maior que a VW Tarok com projeto feito por estudantes

Picape foi criada por estudantes da Skoda (Divulgação/Skoda)Um Skoda Kodiaq nada mais é do que um Volkswagen Tiguan simplificado pela fabricante tcheca.Derivada do Kodiaq, a picape conceitual Mountiaq teria tudo para ser maior do que a VW Tarok, picape derivada do SUV Tarek que deverá estrear no Brasil em 2020.Isso, se a Skoda realmente estivesse interessada em ter uma picape derivada da plataforma MQB.Protótipo tem apenas duas portas, que foram encurtadas (Divulgação/Skoda)O Mountiaq... Leia mais
04 JUN

Impressões: como o Hyundai HB20 mudou quase tudo sem mudar o principal

Protótipo de nova geração do Hyundai HB20 já está com camuflagem mais leve (Divulgação/Hyundai)Afinal, é uma troca de geração ou não é?A Hyundai está apresentando na Coreia do Sul o que diz ser a geração dois da família HB20. Jornalistas brasileiros puderam ver o modelo desnudo, mas não fotografá-lo, e dirigir um protótipo ainda camuflado.QUATRO RODAS está no grupo e já contou que a dupla de compactos será profundamente renovada entre outubro e novembro deste ano,... Leia mais
04 JUN

Dnit não cumpriu prazo para apresentar estudo no caso dos radares

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não cumpriu o prazo para apresentar estudo sobre locais prioritários para a instalação de radares. O período determinado pela Justiça venceu na última sexta-feira (31). Em março, o presidente Jair Bolsonaro deu ordem para suspender a instalação de radares nas rodovias federais não-concedidas à iniciativa privada, que são administradas pelo Dnit. Em abril, a juíza Diana Wanderlei, da 5ª Vara Federal em... Leia mais
04 JUN

Justiça proíbe venda de cópia chinesa do Mini que saiu de linha há 5 anos

É quase um Mini Cooper. Depois do apocalipse. (Divulgação/Lifan)Provavelmente você, seus colegas e até a BMW já haviam esquecido do inusitado Lifan 320, hatch chinês copiado inspirado no Mini Cooper que foi vendido no Brasil.Só quem não esqueceu foi a Justiça brasileira, que condenou a marca oriental a não vender mais o carro por aqui. Parece uma decisão firme, só que tem um detalhe: o modelo saiu de linha há cinco anos.A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.O processo,... Leia mais
04 JUN

Mercado: dois terços da frota brasileira é branca, prata, cinza ou preta

Honda HR-V cinza: um clichê nas ruas (Divulgação/Honda)Poderia ser a cena de um filme de Charles Chaplin nos anos 1930, mas é a realidade de nossas ruas: branco, preto e prata são as cores preferidas do brasileiro na hora de comprar seu automóvel.De acordo com o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), 19,6% dos 100.746.250 veículos registrados no Brasil são brancos, 19% são pretos, 17,3% são prateados e 9,9% são cinzas. Isso perfaz um total de 65,8%, ou dois terços da... Leia mais