Novidades

26 SET

Mitsubishi Eclipse Cross: primeiras impressões

O que você acharia se daqui algum tempo a Ford resolvesse relançar o Mustang como um SUV? Ou se o Chevrolet Camaro virasse um modelo encorpado como o Equinox?

Isso pode parecer algo distante de virar realidade, mas é exatamente o que a Mitsubishi fez com o novo Eclipse Cross ao resgatar o nome do esportivo que fez fama no passado.

Veja os preços do Eclipse Cross:

  • Eclipse Cross HPE-S S-AWC (4x4) - R$ 155.990
  • Eclipse Cross HPE-S (4x2) - R$ 149.990

Entre os anos 80 e 2000, o modelo fez sucesso e chegou a aparecer no filme “Velozes e Furiosos”, com sua 2ª geração, até sair de linha em 2011, depois de 4 gerações.

Ganhando o sobrenome Cross no início de 2017, o Eclipse se tornou um carro totalmente diferente, para embarcar no segmento dos SUVs.

A pré-venda já teve início em site criado pela empresa, mas as primeiras unidades chegam às lojas do Brasil em novembro.

Posicionado entre o ASX, que acabou de ser renovado, e o Outlander, ele chega para, segundo a montadora, ser um rival para o Jeep Compass, atual líder do segmento. Outros possíveis concorrentes, pelo porte, são Hyundai Tucson e Kia Sportage.

O preço inicial do modelo, que é importado do Japão, é o mais caro, mas o SUV também traz um dos pacotes mais completos do segmento.

Motor turbo

Se algo restou do antigo carro no Eclipse Cross, podemos encontrar isso no motor turbo.

Bem longe do V6 3.0 de 210 cavalos das 2ª e 3ª gerações do coupé, o SUV utiliza o turbo de uma outra maneira. A ideia agora é aproveitar sua força extra para poder reduzir o motor, que, no Cross, é um 1.5 de 4 cilindros que desenvolve 165 cavalos e 25,5 kgfm de torque. E só "bebe" gasolina.

Ele trabalha em conjunto com o câmbio CVT automático, o que pode ser considerado um sacrilégio aos puristas fãs de esportivos.

Mas, na prática, tanto a transmissão quanto o motor foram escolhas bem racionais, para deixar o modelo mais econômico.

Com uma ampla faixa de torque, que apresenta sua força máxima entre 1.800 e 4.500 rotações por minuto, o Eclipse Cross tem uma dose de esportividade no motor.

As acelerações também podem ficar mais divertidas com uso das borboletas atrás do volante para trocas manuais de marcha. O sistema simula 8 marchas e não compromete.

Utilizando sistema McPherson na dianteira e multilink na traseira, as suspensões são firmes, porém, sem ser duras demais, o que torna o Eclipse Cross estável nas curvas. A carroceria também não tende a ter muita rolagem lateral, o que aumenta a sensação de estabilidade.

Versão 4x2 ou 4x4?

Não existe muito o que escolher na hora de comprar o Eclipse Cross. São apenas duas versões: HPE-S e HPE-S S-AWC. A única diferença está no sistema de tração 4x4, presente na opção topo de linha, HPE-S SAWC, que foi a avaliada pelo G1.

O sistema de tração integral, uma das principais bandeiras da Mitsubishi, funciona o tempo todo, calculando a quantidade de força transmitida para as rodas.

Além de ajudar a manter a estabilidade em uma pista escorregadia, a tração 4x4 mostrou sua eficiência no trecho de terra durante a avaliação, garantindo a passagem tranquila por lama e também pista inclinada.

É possível escolher entre 3 modos de condução: Auto, Snow e Gravel. A primeira é a para uso cotidiano, em condições normais de pista, enquanto a Snow, pode ser uma opção para asfalto escorregadio. Para completar, Gravel tem foco em deslocamentos off-road.

Pela diferença de preços entre o Eclipse Cross com tração integral e o modelo sem, para um veículo na faixa dos R$ 150 mil, a opção com 4x4 acaba sendo a mais sensata.

Equipamentos

Além do S-AWC, o Eclipse Cross tem uma verdadeira “sopa de letrinhas” entre os dispositivos eletrônicos de segurança e comodidade. Além de partida por botão, controle de tração e de estabilidade, e assistente de partida em rampa, o SUV conta com piloto automático de velocidade adaptativo (ACC).

Ele é opcional nas versões mais caras do Compass, elevando em R$ 11 mil o valor da Limited, por exemplo, que passa a ter quase o mesmo preço inicial do Eclipse: R$ 150.990.

O sistema permite fazer um “pareamento” com o carro da frente, permitindo ao Eclipse frear sozinho, até mesmo parar, e acelerar novamente quando o outro veículo andar.

A sensação de deixar o carro andar e parar sozinho é um pouco estranha no começo, mas mostra muita praticidade, principalmente no para e anda do trânsito.

Sensores também avisam a presença de outro carro em ponto cego (BSW), saída da faixa de rolagem (LDW) e sobre a necessidade de uma frenagem de emergência (FCM).

Isso aconteceu no percurso quando o trânsito parou na rodovia, devido a obras, e o carro indicou uma aproximação perigosa a um carro à frente, dando avisos luminosos e sonoros.

Caso o motorista não realize a frenagem, o próprio carro tem a capacidade de frear sozinho em um momento de risco.

Para visualizar as informações do carro também é possível utilizar o Head Up Display, visor extra na parte de cima do painel que mostra informações na altura de visão do motorista.

Não dá para reclamar do tratamento recebido no interior do Eclipse. É possível notar que todo o acabamento é bem feito, mas nada é extravagante.

Os bancos são de couro de série e com ajuste elétrico para o motorista. O ar-condicionado é digital em duas zonas e há 7 airbags no total.

Na questão de espaço, por outro lado, o porta-malas dele só é maior que do Compass, considerando os principais rivais.

Visual chocante

De cara, o visual da traseira certamente é o que mais chama a atenção no carro. Lembrando um pouco o Volvo XC60 ou até mesmo o Citröen C4 VTR, ela tem o vidro repartido, com a lanterna avançando e recortando o seu centro.

A ideia pode agradar a alguns e a outros nem tanto. Mas o resultado dá certa "leveza" e esportividade ao carro, dando a impressão de o carro ser um pouco menor do que é.

Do lado de dentro, olhar pelo retrovisor central dá, em um primeiro momento, a sensação de estranheza pelo recorte no vidro, apesar de a área de visualização ser ampla.

Conclusão

A expectativa da Mitsubishi é vender cerca de 300 unidades por mês, bem longe das 5 mil unidades vendidas por mês pelo líder Compass. Quem sabe se a produção do Eclipse Cross se tornar nacional, algo que a montadora estuda, esse número possa aumentar.

Apesar de o modelo se destacar com um dos pacotes mais completos da categoria, enquanto for trazido do Japão, o preço pode ser um empecilho para enfrentar os rivais.

Fonte: G1

Mais Novidades

19 JUL

Longa Duração: linha de pipa com cerol faz estrago no Citroën C4 Cactus

Plástico e até a lataria ficaram com cicatrizes (Gabriel Aguiar/Quatro Rodas)Muito se fala nos riscos das linhas de pipa para os motociclistas. Mas quem anda de carro também precisa ficar esperto com esse perigo que, para piorar, é quase invisível – e inevitável.Quem primeiro viu o dano no C4 Cactus foi o editor Péricles Malheiros.“De início estranhei o fato de só conseguir ver no lado esquerdo do capô o que achava ser um vinco. Foi aí que cheguei perto, lembrei que o capô do... Leia mais
19 JUL

Comparativo: a economia do Fiat Argo 1.3 GSR ou o desempenho do 1.8 AT?

Argo Drive 1.3 gsr R$ 61.790 e Argo Precision 1.8 AT R$ 63.590 (Fernando Pires/ Foto/Quatro Rodas)Você até pode procurar diferenças entre os dois Fiat Argo acima, mas não vai encontrar mais do que cinco visíveis: rodas, pneus, faróis, pintura e a plaqueta de identificação.O da esquerda, branco Banchisa (sólido), é um Drive 1.3 com câmbio automatizado GSR de cinco marchas. O da direita, branco Alaska (perolizado), é um Precision 1.8 com câmbio automático de seis marchas.Os preços... Leia mais
19 JUL
Ford vai demitir 750 trabalhadores até o final de julho em SP, diz sindicato

Ford vai demitir 750 trabalhadores até o final de julho em SP, diz sindicato

A Ford vai demitir cerca de 750 trabalhadores até o fim do mês em sua fábrica de São Bernardo do Campo, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Em fevereiro passado, a montadora anunciou o fechamento da unidade paulista e sua saída do mercado de caminhões da América do Sul. Aliança Volkswagen-Ford: o que se sabe até agora O sindicato também afirma que a produção de caminhões no local deve seguir até outubro. Cerca de 3 mil pessoas de diversos setores... Leia mais
18 JUL

Segredo: Nissan March nacional não terá adaptação; Kicks híbrido será flex

Micra, versão europeia do March, é totalmente diferente do nosso (Divulgação/Nissan)O novo Nissan March não será uma adaptação do modelo europeu. Segundo QUATRO RODAS apurou, a possibilidade chegou a ser cogitada, mas o projeto mudou no meio do caminho.O novo rumo ainda não foi detalhado, mas uma coisa é fato: a nova geração não chegará às lojas antes de 2021. Até lá, a atual geração do hatch continuará à venda e pode até ser novamente reestilizada.Nova geração do Versa... Leia mais
18 JUL
Honda revela scooter 'aventureiro' de baixa cilindrada

Honda revela scooter 'aventureiro' de baixa cilindrada

A Honda revelou na Indonésia o inédito ADV 150, seu primeiro scooter aventureiro de baixa cilindrada. O modelo tem características similares ao X-ADV, que tem motor de 748 cc, mas foi desenvolvido para atuar no segmento de entrada. Motos 2019: veja 25 modelos esperados O objetivo foi criar um modelo urbano com capacidade para enfrentar terrenos em pior estado. Seria uma boa opção para o Brasil, como uma variante mais robusta e de suspensões mais altas do PCX 150 para encarar... Leia mais
18 JUL

Jeep Renegade é o carro com versão para PcD mais vendida em 2019

Jeep Renegade (Acervo Quatro Rodas/Quatro Rodas)QUATRO RODAS já mostrou uma lista com 32 modelos com versões elegíveis possível comprar com a isenção.Agora, com dados da consultoria Jato Dynamics, preparamos um ranking apontando os carros que tiveram suas versões exclusivas para PcD mais vendidas no primeiro semestre de 2019.Quem ocupa o primeiro lugar no pódio é também o SUV campeão de vendas em 2019, Jeep Renegade. Com motor 1.8 e câmbio automático de seis marchas, o modelo é o... Leia mais