Novidades

06 SET

Tudo o que você pode fazer para abastecer menos seu carro

Com essas dicas você verá essa cena com menos frequência (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)

Os carros brasileiros estão mais econômicos. Mesmo os modelos mais baratos hoje tem pneus ecológicos, de baixa resistência à rolagem, indicador de troca de marcha, econômetro e até start-stop, que desliga o motor em paradas para economizar combustível.

Mas o consumo de um carro não depende apenas do carro. A forma como você dirige e os cuidados que tem com seu carro também influenciam bastante no rendimento do tanque.

Aqui vão alguns exemplos de atitudes simples que podem ajudar a aumentar o intervalo de abastecimento.

Hoje o acelerador não tem conexão mecânica com o motor. A ligação acontece por fios. (Divulgação/Hyundai)

Arrancar rápido e depois manter velocidade constante não é mais eficiente. Ao pisar fundo, mais ar é admitido pelo motor, exigindo mais combustível para que a queima ocorra. As emissões de poluentes também aumentam nessa situação.

Fazer o motor chegar a giros elevados é ainda pior. A partir de uma certa rotação é injetado mais gasolina nas câmaras de combustão só para arrefecer o motor.

O momento que isso ocorre varia de acordo com o carro e motor. No Renault Kwid acontece a 4.300 rpm e só com gasolina, mas é comum ocorrer também com álcool em outros carros.

O melhor a ser feito é ganhar velocidade lentamente, sem acelerações bruscas, seguindo o indicador de troca de marchas e/ou o econômetro, se houver. Eles interpretam a forma como você dirige, a inclinação da via, o combustível e a posição do pedal e estabelecem a forma mais eficiente de conduzir o veículo.

No plano, sinta-se à vontade para pular da primeira para a terceira marcha, mantendo o motor sempre dentro da faixa ideal de rotação.

Em veículos com câmbio automático, evite o “kick-down” que é a redução de uma marcha provocada ao apertar o pedal do acelerador até o final do seu curso.

Se tiver modo de condução, use o mais econômico. Ele mudará o mapa do pedal do acelerador, passando a sensação de que o carro perdeu força. Na verdade, o motor passa a entregar seu torque da forma mais equilibrada entre força e eficiência.

O consumo aumenta de acordo com a velocidade, mas esta relação varia de carro para carro (Isaac Hernandez/)

Teste recente com os carros do Longa Duração mostrou como a velocidade aumenta o consumo de um carro. Com o Fiat Argo, a 120 km/h o consumo foi 30,2% maior do que a 80 km/h. Com o Renault Kwid, porém, a diferença foi de 40,3%.

Na prática, em uma viagem de 500 km com o compacto da Renault seria gasto R$ 161,62 com gasolina a 120 km/h. A 80 km/h, o custo seria de R$ 96,50.

É um exemplo um pouco extremo, mas mostra que é possível reduzir bastante os gastos com um pequeno aumento na duração da viagem. O impacto no tempo de percursos do dia a dia seria pequeno, mas teria impacto nos gastos no final do mês.

A diferença entre o pneu calibrado e o descalibrado é visível e sensível, tanto no comportamento dinâmico como no consumo (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Pneus de baixa resistência à rolagem podem reduzir o consumo até 8%, com emissão de CO2 reduzida em até 5%. O segredo está na maior quantidade de sílica na composição da borracha, em substituição ao negro de fumo. Isso reduz a resistência ao rolamento em até 40% e também aumenta a durabilidade dos pneus.

Mas de nada adianta os pneus especiais se não forem mantidos com a pressão correta estabelecida pelo fabricante.

De acordo com Marcio Maia, engenheiro de motores da Renault, em um carro cuja a pressão ideal dos pneus é 32 psi, rodar com 22 psi aumenta o consumo em 20% – bem mais do que a redução prometida pelos pneus. Os pneus se deformarão mais, também, o que diminuirá sua durabilidade a médio e longo prazo.

Alguns carros têm indicação de pressão maior para economia de combustível. O lado contra é o conforto de rodagem será prejudicado.

Outra questão que afeta diretamente os pneus e o consumo é o alinhamento da direção. Se estiver fora do padrão estipulado pelo fabricante o motor fará esforço muito maior, resultando em maior gasto de borracha e combustível (até 10%). 

No trânsito lento, evite ao máximo as paradas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Mantenha a velocidade do veículo o mais uniforme possível, evitando situações de trânsito intenso e o anda e para. Nada gasta mais combustível do que colocar o carro em movimento.

Para isso, mantenha distância do carro da frente e preste atenção em dois ou três carros que estão à frente dele. Assim, você poderá tomar decisões com antecedência, como calcular se uma mudança de faixa evitará parar o carro ou se bastará tirar o pé do acelerador em vez de usar o freio.

Isso funciona e provamos em uma reportagem. Três motoristas fizeram o mesmo percurso duas vezes: a primeira usando seu próprio estilo e a segunda com as técnicas de antecipação e trocas de marcha no tempo certo: a redução no consumo foi de até 44%.

Ao reduzir uma marcha o motor ajuda a diminuir a velocidade (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Este está intrinsecamente ligado a uma condução suave. Se há um semáforo vermelho a 200 m, primeiro tire o pé do acelerador e depois reduza as marchas progressivamente antes de recorrer aos freios. Você não perde tempo perdendo isso, mas evita desgaste do carro e economiza combustível.

Ao reduzir marcha sem acelerar, a injeção de combustível no motor é interrompida: por mais que a rotação aumente, nenhum mililitro de combustível é queimado.

Sistema de ar-condicionado modernos são mais eficientes (Divulgação/Honda)

A direção elétrica, tão comum hoje, não rouba força do motor como a hidráulica. Mas ainda são raríssimos os carros com ar-condicionado que não depende do motor do carro e usam um motor elétrico próprio para isso.

O ar-condicionado ligado pode aumentar o consumo em mais de 5%. Como o Brasil é um país quente, talvez não valha à pena o desconforto para ter essa economia. Mas vale ponderar o uso em dias de temperatura amena.

Em alguns carros, como o Toyota Corolla e o Ford EcoSport, o compressor do ar-condicionado tem volume variável (entre 5% e 100%), que permite um gerenciamento mais eficiente do sistema, captando menos energia do motor.

Para se beneficiar disso, basta evitar deixar a cabine mais fria do que o necessário.

Não descuide da manutenção. Carro desregulado gasta e polui mais. Filtros saturados comprometem a mistura de ar e combustível. Velas gastas prejudicam a ignição (Acervo/Quatro Rodas)

São as velas as responsáveis pela ignição do combustível dentro do motor. Se elas estão gastas, o consumo pode aumentar em até 25%. Filtro de ar saturado ou os de óleo e combustível entupidos podem, cada um, fazer o motor gastar 20% mais combustível.

É o pior dos mundos. O carro estará gastando mais combustível e terá desempenho péssimo. Resolver tudo isso dificilmente custará mais de R$ 200.

Também deve-se trocar o óleo do motor nos prazos certos. Um óleo de má qualidade ou vencido aumenta o atrito interno do motor. Assim, parte da energia que iria para as rodas é perdida com maior aquecimento do motor. 

Leve no porta-malas apenas o que realmente é necessário (Ford/Divulgação)

Você é daqueles que não enchem o tanque do carro para que ele não fique pesado? Sua estratégia tem lógica, mas o impacto disso é pequeno.

50 kg a mais no carro aumenta o consumo em 1%. Considerando que um litro de álcool ou gasolina pesa, em média, 720 g, o tanque do carro deveria ter 70 l de capacidade para impactar o consumo em 1%. Mas os tanques de hoje raramente superam os 50 l.

Mas é possível alcançar uma redução de peso significativa se você retirar algumas tralhas do carro. São a caixa de ferramentas, o guarda-sol e as peças de roupas esquecidas no porta-malas, por exemplo.

Bicicleta do lado de fora prejudica a aerodinâmica e piora o consumo (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Quanto mais aerodinâmico seu carro for, menor a resistência de ar e maior a economia de combustível. Tudo bem que essa questão depende bastante do design e do projeto do carro, mas você pode fazer sua parte.

Retirar o bagageiro ou o suporte de bicicletas do teto quando não estão em uso são algumas estratégias. Outra é fechar as janelas acima dos 80 km/h.

Ladeiras exigem mais do motor (Ivan Carneiro/Quatro Rodas)

Seu carro será mais eficiente em estradas ou vias expressas, onde é possível manter velocidade constante, do que em vias urbanas, onde você está sujeito a semáforos.

Vale ficar atento às subidas, onde o carro gastará mais combustível. Por outro lado, é possível aproveitar a gravidade ao descer uma ladeira. Basta seguir o princípio do freio-motor: tire o pé do acelerador, mas mantenha o carro engrenado.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

15 JAN

Autodefesa: pneus do Mitsubishi Lancer não duram mais de 30.000 km

Santo Vicentino com seu Lancer, que sofreu rápido desgaste dos pneus (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)Os pneus são itens cuja durabilidade é aumentada quando o dono sabe cuidar deles, fazendo sempre a calibragem e mantendo o alinhamento e o balanceamento em dia. Bem cuidados, podem passar facilmente dos 60.000 km, como comprova a maioria dos carros da frota de Longa Duração da QUATRO RODAS.Por isso a surpresa quando proprietários de Mitsubishi Lancer reclamam que os pneus duram menos... Leia mais
15 JAN

Volkswagen Polo e Virtus têm aumentos de quase R$ 3.000

Compacto ficou especialmente mais caro nas versões 1.0 TSI (Christian Castanho/Quatro Rodas)Ano novo, preço novo. A família de compactos premium da Volkswagen aumento de preços que variam entre R$ 1.870 e R$ 2.880 para janeiro.O Polo 1.0 MPI, com motor de 84 cv e 10,4 mkgf, ficou R$ 1.870 mais caro: passou de R$ 50.670 para R$ 52.360. Para as versões 1.6 MSI, de 117 cv e 16,5 mkgf, seja com câmbio manual ou automático, o reajuste foi de R$ 2.160, passando a R$ 59.150 e R$ 64.850,... Leia mais
15 JAN

Suzuki Burgman i sai de linha no Brasil

O Suzuki Burgman i deixou de ser vendido no Brasil e se junta a Yamaha Ténéré 250 entre as despedidas mais recentes do segmento. Motos 2019: veja 25 lançamentos esperados Concorrente do Yamaha Neo 125 e do recém-lançado Honda Elite 125, o Burgman não está mais presente no site da montadora. Questionada pelo G1, a Suzuki afirmou que "ainda não há previsão para alguma substituta". Lançado em 2011 com novo visual e injeção eletrônica, o Burgman i foi o sucessor... Leia mais
15 JAN

Novo Toyota Corolla brasileiro terá visual europeu e motor híbrido japonês

Sim, este é um Corolla perua, não sedã. Mas é assim (ou quase) que será a dianteira da próxima geração do nosso três volumes (Divulgação/Toyota)Quem lê QUATRO RODAS já sabe que a nova geração do Toyota Corolla começará a ser produzida no Brasil, mais precisamente em Indaiatuba (SP), no final deste ano.O que ainda segue um mistério é qual será o visual do modelo, já que a fabricante japonesa apresentou diversas variantes de faróis e grade dianteira.Estilo do Corolla... Leia mais
15 JAN

Tribunal de Tóquio nega pedido de liberdade de Carlos Ghosn

O Tribunal Distrital de Tóquio negou nesta terça-feira (15) o pedido de liberdade sob fiança para o ex-presidente da Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn. Ele está preso desde novembro, acusado de violação das leis financeiras e de uso indevido de bens da fabricante de veículos. Na semana passada, a Promotoria japonesa apresentou novas acusações contra o ex-executivo e prorrogou a prisão de Ghosn. A previsão é que ele continue preso até o julgamento, que deve ocorrer em 6... Leia mais
15 JAN

IPVA 2019 em SP: pagamento com desconto para veículos com placa final 5 vence nesta terça

Proprietários de veículos com placa final 5 têm até esta terça-feira (15) para pagar a cota única com desconto ou a primeira parcela do IPVA 2019 em São Paulo. Depois de pagar o IPVA é possível também fazer o licenciamento antecipado junto ao Detran. A consulta pode ser realizada nos terminais de autoatendimento, pela internet ou diretamente nas agências. Para isso é preciso fornecer o número do Renavam do veículo. Também é possível verificar diretamente no portal da... Leia mais