Novidades

09 AGO

Clássicos: o status do Chevrolet Diplomata

Roda com calota superaquecia o freio: os aros de liga leve vieram em 1986 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Os anos 1980 foram empolgantes para os entusiastas da Chevrolet. Em 1984, o Monza assumiu a liderança do mercado, aliando um conceito moderno a itens de conforto como direção hidráulica, ar-condicionado e câmbio automático.

A nova estrela da fábrica de São Caetano do Sul estava pronta para suceder o decano Opala, um projeto dos anos 1960 que sobrevivia graças a uma clientela fiel e à popularidade das provas de Stock Car.

Reestilizado em 1980, o Opala era o único remanescente da escola americana de alta cilindrada. Com um rodar macio e o tradicional motor de seis cilindros, a versão Diplomata era o maior e mais sofisticado dos automóveis nacionais, conquistando os órfãos do Dodge Dart e do Ford Galaxie.

Ele foi o último hardtop feito no Brasil (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Nada disso deteve o avanço do Monza, que, mesmo sem uma configuração luxuosa, seduzia compradores com seu relógio digital no painel e o acionamento elétrico dos vidros e travas. 

Foi nessa situação que a General Motors decidiu resgatar o prestígio hierárquico do Diplomata. O modelo 1985 recebeu diversas modificações comuns a toda a linha Opala, como espelhos retrovisores maiores, maçanetas embutidas nas portas (como no Alfa Romeo 2300), lanternas com piscas de cor âmbar e para-choques com ponteiras de plástico.

Apenas o Diplomata recebia uma larga faixa lateral de plástico, recurso estético para criar a ilusão de uma carroceria maior e mais baixa.

Outros detalhes exclusivos eram os faróis auxiliares de longo alcance integrados aos faróis principais e a pintura metálica em dois tons, popularmente conhecida como “saia e blusa”. As belas rodas raiadas de liga leve deram lugar a rodas de aço com calotas integrais de plástico.

Diplomata trazia sempre faróis auxiliares (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O interior tinha novo volante, painel com instrumentos redesenhados e relógio digital integrado ao rádio/toca-fitas Bosch Rio de Janeiro.

Trazia duas tonalidades para o acabamento interno e três para o tecido dos bancos, que ganharam apoios de cabeça ajustáveis.

Acabamento interno era referência para a época (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Havia acionamento elétrico para travas, vidros e espelhos retrovisores, e o banco traseiro contava com um descanso de braço central que o transformava em duas confortáveis poltronas.

A melhor novidade estava debaixo do capô: pela primeira vez o temido motor 250 de seis cilindros e 4,1 litros passou a ser alimentado com etanol, rendendo 134 cv líquidos.

Motor amarelo indicava álcool como combustível (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Era cerca de 13% mais potente que o similar movido a gasolina, apresentando um rendimento semelhante ao dos motores V8 Ford de 5 litros e Chrysler de 5,2 litros. Foi imediatamente aclamado pela imprensa especializada como o automóvel mais rápido do mercado brasileiro.

Nem mesmo o câmbio automático de três marchas prejudicou seu desempenho. Testado por QUATRO RODAS em outubro de 1984, o Diplomata acelerou seus 1.354 kg de 0 a 100 km/h em 11,71 segundos, chegando aos 172,66 km/h. “Ele é um stock car de rua, com 30,1 mkgf a 2.000 rpm.

A suspensão macia demais complica a partir dos 170 km/h, mas ele tem motor para chegar aos 200 km/h”, conta Dercílio Loiola, proprietário deste cupê 1985.

O consumo era proporcional à pisada: o teste registrou 4,42 km/l na cidade e 6,75 km/l na estrada, mas nada que fosse capaz de assustar seu público-alvo.

O sucesso do novo Di-plomata foi tão grande que ele chegou a responder por 32% do mercado do Opala, fazendo com que a versão fosse estendida à perua Caravan em 1986.

Além da pintura metálica em dois tons, havia também um prático bagageiro sobre o teto e uma cobertura para esconder a bagagem no porta-malas.

Cupê respondia por 50% da venda dos Opalas mais luxuosos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Mas a idade chega para todos: o Monza ganhou a igualmente requintada versão Classic em 1986 e a força do motor 2.0 em 1987.

Não restou outra alternativa ao bom e velho Di-plomata senão resistir bravamente por mais duas fases: a penúltima de 1988 a 1990 e a última de 1991 a 1992, quase sempre como modelo insubstituível de órgãos do governo e entusiastas que não abriam mão do silêncio quase absoluto e da maliciosa tração traseira.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

25 SET

Grupo religioso pede na Justiça que freiras possam usar véu na foto da CNH

O grupo religioso Congregação das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada entrou com ação pública pedindo que freiras possam usar o hábito, conhecido como véu, na hora de tirar a fotografia para a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A ação, apresentada em janeiro de 2019 não foi aceita pela justiça de primeiro grau, que entendeu que o pedido era de interesse individual das religiosas e não fazia parte das finalidades da associação religiosa. Com a... Leia mais
25 SET

Citroën faz recall de C4 Lounge, DS3, DS4 e DS5 por 'airbags mortais'

A Citroën convocou nesta sexta-feira (25) os veículos C4 Lounge, DS3, DS4 e DS5 para reparo por apresentam problema no airbag. De acordo com a montadora, o defeito pode trazer "risco de morte" para o motorista e ocupantes. Veja os chassis envolvidos no recall C4 Lounge data de fabricação: 04/04/2013 até 12/04/2017 chassis de EG500080 até JG500699DS3 data de fabricação: 22/11/2011 até 07/09/2016 chassis de CW501041 até HW500613DS4 data de fabricação: 18/06/2012 até... Leia mais
25 SET

Audi lança programa de carro por assinatura com modelo elétrico e mensalidades a partir de R$ 9.590

A Audi anunciou nesta quinta-feira (24) o lançamento de um programa de aluguel de carros por assinatura. Buscando um público com renda bastante elevada, a empresa escolheu alguns de seus modelos mais caros, como A6, A7, Q8 e e-tron. Por isso, as mensalidades não são baratas, e começam em R$ 9.590. Audi ameaça fechar fábrica no Brasil se não receber de volta impostos pagosLocadoras 'turbinam' vendas, viram rivais de concessionárias e mudam jeito de ter carro Segundo a... Leia mais
25 SET

Ferrari revela modelo feito sob encomenda para cliente europeu

A Ferrari revelou nesta sexta-feira (25) o superesportivo Omologata, feito exclusivamente para um cliente europeu da marca. Assim como a identidade do comprador, o valor pago para ter o modelo sob encomenda não foi revelado. Ferrari faz seu primeiro lançamento online e mostra a nova Portofino M Produzida a partir da 812 Superfast, com carroceria de alumínio, a Omologata levou mais de dois anos para ser finalizada desde a apresentação dos primeiros esboços. A equipe de design... Leia mais
24 SET

Audi ameaça encerrar produção de veículos no Brasil se não receber de volta impostos pagos

Após investir R$ 500 milhões para reativar a fábrica de veículos no Brasil, a Audi pode novamente encerrar a produção em São José dos Pinhais (PR), onde a empresa divide linhas de produção com a Volkswagen. A montadora espera receber de volta do governo parte do valor aplicado no local, como previa o regime automotivo brasileiro na época da construção da fábrica, inaugurada em 2015. “Assinamos um compromisso de pagar para receber de volta. E, até agora, não temos... Leia mais
24 SET

Ex-presidente da Volkswagen será julgado por manipulação de preços no caso 'dieselgate'

Martin Winterkorn, o ex-presidente da Volkswagen acusado pela justiça no caso 'dieselgate', terá que responder a uma nova acusação de manipulação de mercado, anunciou nesta quinta-feira (24) o tribunal de Brunswick. O tribunal manteve inicialmente a acusação de fraude contra Winterkorn, mas ele também será julgado por manipulação do mercado de ações, anunciou o tribunal. Volks faz acordo com MPF para reparar violações dos direitos humanos durante a ditadura ... Leia mais