Novidades

13 JUL

Mais potente, VW Golf GTI chama o Honda Civic Si para a revanche

Vermelho ou azul: qual você escolhe? (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O ano é 2007. Interlagos recebe o primeiro encontro de Golf GTI e Civic Si. O Volks é o carro nacional mais potente, com motor 1.8 turbo de 193 cv (quando com gasolina premium), e confronta seus tempos com o Honda fabricado em Sumaré (SP) com motor 2.0 aspirado de 192 cv.

Quis o destino que o novato oriental, mesmo com pouco torque em baixa rotação, andasse mais rápido que o hatch de origem alemã, que sofria constantemente com a terceira marcha longa, que não explorava o turbo. 

A rivalidade é tamanha, que eles já se chamam pelo sobrenome (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Em 2014, houve o reencontro na pista de testes de Limeira (SP). O Civic Si, agora um cupê importado do Canadá com motor 2.4 de 206 cv, conhecia o perfeccionista Golf GTI de sétima geração, alemão com motor 2.0 TSI de 220 cv e câmbio DSG. Foi a primeira revanche do Golf – com folga considerável, diga-se. 

O desempate vem agora. A nova geração do Honda Civic Si também é canadense, mas pela primeira vez na história tem motor turbo com injeção direta. Já o VW Golf GTI, feito no Brasil como há 11 anos, chega tardiamente à linha 2018 (não, ainda não é 2019) com mais potência e visual novo.

Tanto o GTI quanto o SI têm motor turbo (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Não parece, mas os faróis integrados com a nova grade são novos (e podem, opcionalmente, ser de leds), assim como o para-choque dianteiro com tomadas de ar mais marcadas na frente e o traseiro com linhas mais horizontais.

Por fim, as lanternas de led passam a seguir o padrão do Passat: nas frenagens, as luzes acendem na vertical. 

Os novos faróis opcionais em leds têm friso vermelho que se integra com a grade (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Gostou das rodas de 18 polegadas? Está no pacote Sport, de R$ 5.900, junto dos bancos de couro (o padrão é o clássico tecido xadrez) e a regulagem elétrica para o banco do motorista.

Dá para ir além com o pacote Premium, de R$ 9.200, que contempla lanternas com setas sequenciais, controlador de velocidade adaptativo, sistema de estacionamento automático, faróis em LEDs com facho alto automático e monitor de fadiga do motorista.

Rodas aro 18 são opcionais no GTI, assim como o teto panorâmico (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Só fica faltando o teto solar panorâmico, de R$ 4.800. No fim, o Golf GTI de R$ 143.790 salta para R$ 163.690. Pelo menos o quadro de instrumentos digital, destaque do interior nesta nova fase, é de série.

O motor 2.0 TSI recebeu um talento da engenharia da Volks. Novo mapa de injeção rendeu 230 cv, 10 cv a mais que antes. O detalhe é que a potência máxima está num platô entre 4.700 e 6.200 rpm, contra o pico a 4.500 rpm de antes.

Os 35,7 mkgf de torque ainda são entregues na faixa entre 1.500 rpm e 4.600 rpm e o rápido câmbio DSG de seis marchas permanece.

O Golf GTI ainda tem motor maior e mais forte (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Se o Golf Gran Turismo Injektion ficou mais girador, o Civic Sport Injection trocou a potência máxima em altas rotações pelo torque disponível cedo. O 1.5 turbo i-VTEC é semelhante ao do Civic Touring, mas com turbo maior, fluxos de gases otimizados e comandos mais bravos.

Essa receita fez alcançar 208 cv a 5.700 rpm e 26,5 mkgf de 2.100 a 5.000 rpm – 35 cv e 4,1 mkgf a mais que o sedã. 

As saídas de escape estão mais aparentes (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O Honda se rendeu ao turbo, mas ainda é especial: tem carroceria cupê com duas portas e câmbio manual, duas características comuns aos bons esportivos de outros tempos, mas que estão desaparecendo no Brasil.

O Si é o único Civic com duas portas no Brasil (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A frente com enorme tomada de ar e grade preta (igual à do Civic Sport de 155 cv) não chama tanta atenção quanto o enorme aerofólio e a traseira inclinada, com lanternas unidas por prolongamento.

A saída de escape central achatada é um caso à parte: melhora a vazão dos gases, mas viralizou nas redes sociais por ser parecida com uma porta HDMI de TV.

O preço da brincadeira é R$ 159.900, pouco menos que o GTI mais completo. Mas o Civic Si tem pacote fechado, já com faróis full-led, teto solar, câmera de visão lateral direita para evitar pontos cegos, assistente de permanência em faixa, rodas aro 18, bancos esportivos revestidos de tecido e freio de estacionamento eletrônico (hoje o Golf usa alavanca).

As rodas diamantadas aro 18 são de série, assim como os faróis e lanternas de led e o teto solar (Christian Castanho/Quatro Rodas)

 Seu maior trunfo é o modo Sport, que melhora as respostas do acelerador, aumenta o peso da direção elétrica e a pressão do turbo, e muda até o comportamento da suspensão: seus amortecedores são adaptativos! Na prática, a suspensão fica ainda mais firme do que já é.

Se por um lado o Civic passa a compartilhar boa parte das imperfeições do piso com os passageiros, por outro entrega maior controle nas curvas e diminui a tendência a sair de dianteira.

Este é, de longe, o maior aerofólio da história dos Si (Christian Castanho/Quatro Rodas)

É como se apertar o botão Sport ativasse o modo de aderência infinita. E convenhamos: ter que trocar as marchas na hora da adrenalina dá prazer extra. 

O perfeccionismo de 2014 ainda continua presente no Golf GTI (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A nacionalização e seguinte reestilização não tiraram do Golf GTI aquele perfeccionismo de 2014. Ele ainda guarda para si o que o asfalto diz escrito em braile, sem que isso deixe a tocada menos empolgante.

O volante com miolo redondo e base achatada e as pedaleiras de alumínio também são exclusívos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O que separa o Civic Si dos demais são as costuras vermelhas, a faixa de aço escovado no painel, os puxadores de porta avançados e os bancos concha com ótimo apoio (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O Volks parece ter movimentos friamente calculados, mesmo quando seus sistemas não conseguem evitar uma leve cantada de pneu em uma inevitável saída mais forte. Inclina um pouco mais que o Civic em curvas, é verdade, mas a suspensão mais baixa e a direção com peso menos artificial, mesmo em modo Sport, mexem com o subconsciente.

O estampido abafado que ecoa do escape nas trocas de marcha, por sua vez, tira um sorriso até do anjo sobre seu ombro direito que tentava lhe convencer a pegar mais leve quando o pneu cantou.

Entre os Golf, apenas o GTI tem o quadro de instrumentos digital (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Quadro de instrumentos do SI é o mesmo do Civic Touring (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Me desculpe por contar a mágica: há um modulador eletrônico no escape só para isso. Pelo menos é possível configurá-lo para ter esse ronco a todo momento usando o modo Individual.

No Honda, a diversão é acelerar para ver as luzes que sinalizam o momento para a troca de marcha. Acendem gradativamente em um degradê que vai do amarelo a um vermelho vivo.

A diferença é que a última luz vermelha acende pouco acima dos 6.000 rpm e não beirando os 8.000 rpm, como há 11 anos. 

Tela de 12,5 polegadas é exclusivo do golf GTI (Christian Castanho/Quatro Rodas)

 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Mas existe um vínculo com o passado e ficou evidente nos testes de pista. Mesmo com turbo, injeção direta e 171 kg a menos, o novo Si chegou aos 100 km/h em 8 segundos, ou 0,1 s a menos que o modelo 2007.

O Golf GTI cumpriu o mesmo teste em 6,7 segundos, mesmo tempo registrado pela versão anterior, com 220 cv. Ainda assim, tempo melhor que os 7 segundos declarados pela Volks. 

GTI tem câmbio automatizado DSG de 6 marchas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Honda SI tem câmbio manual de 6 marchas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Pelo menos desta vez o Honda Civic Si está tão eficiente quanto o Golf: o consumo dos dois foi de 10,5 km/l em ciclo urbano. No rodoviário, o GTI fez 14,6 km/l e o Si fez 14 km/l. Mas o Volks não superou nenhum dos números de frenagem do Honda.

O Civic Si bem que tentou, mas o Golf GTI conseguiu desempatar o placar a seu favor. Se o Volks consegue cumprir a missão de ser um esportivo e também um carro para o dia a dia, o Honda ainda é um brinquedo altamente recomendado para os mais puristas. É melhor perder de 2 a 1 do que perder de 7 a 1.

O Volkswagen Golf leva pela segunda vez seguida. O design é menos chamativo, mas equilibra bem em preço, equipamentos e diversão

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

05 DEZ

Nova geração do Jeep Wrangler fracassa teste de colisão

A nova geração do Jeep Wrangler recebeu apenas uma estrela no teste de colisões do EuroNCAP. A falta de sistemas de assistência ao motorista como frenagem automática de emergência e assistente de faixa contribuíram para a nota baixa do modelo.O SUV teve notas medianas em termos de segurança para adultos, crianças e pedestres. Também foi motivo de desaprovação a dificuldade de instalação de cadeirinhas infantis no veículo.Novo Wrangler recebeu avaliação negativa principalmente... Leia mais
05 DEZ

Honda Elite 125 é lançado no Brasil por R$ 8.250 para ser o scooter mais barato da marca

A Honda revelou nesta quarta-feira (5) o preço de seu novo scooter no Brasil, o Elite 125, que custa R$ 8.250, em versão única, com freios combinados (CBS) de série. VÍDEO: saiba como anda a nova Yamaha Lander 250 Principal lançamento da Honda no ano, o Elite 125 chega às concessionárias da empresa agora em dezembro para ficar posicionado abaixo do PCX 150, atual scooter mais vendido no país. O Elite faz parte de 9 lançamentos anunciados pela montadora japonesa para o... Leia mais
05 DEZ

Teste de produto: friso para evitar arranhões nas rodas

Antes de instalar, você deve limpar a área. Depois aplique o friso autocolante e finalize cortando a ponta para encaixar as duas partes (Paulo Bau/Quatro Rodas)Por mais cuidado que se tenha ao estacionar o carro, às vezes deixamos o pneu encostar na calçada e acabamos riscando a roda. Para não ter esse tipo de aperto no coração, é aí que entra na jogada o Alloy Wheel Rim Protectors (protetores de aros de liga leve) da Rimblades.De patente britânica, o produto tanto protege como cobre... Leia mais
05 DEZ

Empresa do Google começa serviço de táxi 'sem motorista' nos Estados Unidos

A Waymo, empresa que faz parte do grupo Alphabet do Google, começou nesta quarta-feira (5), em Phoenix, nos Estados Unidos, a oferecer um serviço pago de táxis autônomos. Com pouco alarde, a empresa começou a cobrar dos passageiros o uso de seus veículos sem motorista em uma área de aproximadamente 160 quilômetros em quatro bairros na região de Phoenix - Chandler, Tempe, Mesa e Gilbert -, onde testa sua tecnologia desde 2016. Produzir receita é um marco estratégico,... Leia mais
05 DEZ

Nova picape compacta da Fiat é flagrada em teste

Picape foi flagrada no interior de São Paulo (Marcelo Rappa/Quatro Rodas)O leitor Marcelo Rappa flagrou a nova picape compacta da Fiat rodando em testes no interior de São Paulo, mais precisamente na região de Louveira, cidade a cerca de 70 km de distância da capital do estado.Apesar de coberta por placas de plástico preto, emendadas com fita adesiva, é possível afirmar que a picape está quase pronta.A unidade fotografada já seria um protótipo, ou seja: uma das primeiras unidades... Leia mais
05 DEZ

Volkswagen pode usar fábricas da Ford nos EUA para produzir carros

O presidente-executivo da Volkswagen disse na terça-feira (4), após uma reunião na Casa Branca, que a montadora alemã está desenvolvendo a aliança com a Ford e poderia usar as fábricas da montadora americana para construir carros. Volkswagen e Ford podem formar nova aliança na América Latina O CEO da VW, Herbert Diess, disse que a empresa também está "considerando construir uma segunda fábrica de automóveis" nos Estados Unidos, acrescentando: "Estamos em negociações... Leia mais