Novidades

10 JUL

Clássicos: Willys Gordini, moderno e mais rápido

O Gordini conviveu com o Dauphine de 1962 a 1965 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Italiano naturalizado francês, Amédée Gordini iniciou a carreira pilotando carros da Fiat. Durante os anos 1930, o “Feiticeiro” assume o departamento de competições da Simca, onde ficou até fundar sua própria empresa.

Em meados da década de 50, inicia parceria com a Renault, ocasião em que cria a arisca versão Gordini do pequeno sedã Dauphine.

Apresentado em 1958, o Gordini agradou os franceses com um motor mais potente e câmbio de quatro marchas (contra três no Dauphine). Quatro anos depois, foi naturalizado brasileiro pelas mãos da Willys-Overland.

Assim como o VW Fusca, o motor era atrás (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Reformulado, o motor Ventoux de quatro cilindros e 845 cc recebeu alterações na taxa de compressão, cabeçote, comando de válvulas, carburador e nos coletores (admissão e escape).

As modificações fizeram a potência subir de 31 cv para 40 cv, um acréscimo de 29% (embora a potência chegasse em rotação mais alta: subiu de 4.000 rpm para 5.200 rpm).

Na frente, o porta-malas, com a bateria (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O câmbio de quatro marchas se fez necessário para manter a boa dirigibilidade através da redução do intervalo numérico entre as marchas: as relações de primeira e última permaneciam inalteradas.

De 0 a 100 km/h em 36,6 segundos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

 A aceleração era favorecida pelo baixo peso de 750 kg. O Gordini se mostrava bem mais rápido que o Dauphine: o tempo de 0 a 100 km/h baixou de 48 para 28,7 segundos.

A máxima subiu de 116,5 km/h para cerca de 130 km/h. Era econômico e consideravelmente mais veloz que seu concorrente VW Fusca. Também era mais moderno, confortável e prático que o rival.

Acabamento interno mais caprichado que o do Dauphine (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A carroceria três volumes empregava estrutura monobloco e além do bom espaço interno ainda oferecia a praticidade das quatro portas. O amplo porta-malas dianteiro não era prejudicado pelo estepe, acondicionado em um nicho abaixo do para-choque dianteiro.

Quatro portas: mais prático e confortável que o Fusca (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Outra vantagem era a caixa de direção por pinhão e cremalheira, que apesar de lenta tinha precisão incomum para a época.

O comportamento dinâmico era favorecido pela suspensão independente com molas helicoidais nas quatro rodas, dianteira por braços duplos assimétricos e traseira por semieixos oscilantes, a última com coxins pneumáticos denominados Aerostable.

Velocímetro era em escala horizontal (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Fez muito sucesso. Vários proprietários aumentavam a cilindrada para cerca de 1 litro, entre eles grandes nomes como Chico Landi, Emerson Fittipaldi, Wilson Fittipaldi Júnior, Francisco Lameirão, Luiz Pereira Bueno e José Carlos Pace.

Mesmo com tantas virtudes, o Gordini foi maculado por uma série de problemas. A baixa durabilidade dos componentes da suspensão e transmissão lhe rendeu o apelido de “Leite Glória”, maldosa analogia ao produto notório pela solubilidade.

Rádio era item de luxo (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O Gordini II, de 1966, trouxe uma nova suspensão traseira. No ano seguinte surgia o Gordini III, primeiro automóvel brasileiro a oferecer freio a disco dianteiro como opcional.

O jornalista Expedito Marazzi, porém, fazia um alerta: os espaços de frenagem eram bem maiores, pois o sistema mais eficiente acabava fazendo com que as rodas dianteiras travassem com facilidade.

As lanternas retangulares: novidade no Gordini III (Christian Castanho/Quatro Rodas)

É o caso deste Gordini III 1967, que se encontra aos cuidados da De Gennaro Classics. Foi sucedido pelo Gordini IV no ano seguinte, pouco antes do encerramento da produção.

Foram mais de 40.000 unidades comercializadas em seis anos, fazendo a alegria de entusiastas e pilotos que apreciaram toda a técnica e valentia de Amédée Gordini.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

10 FEV
Teste: novo Hyundai Santa Fe tem preço de SUV de luxo e detalhes de HB20

Teste: novo Hyundai Santa Fe tem preço de SUV de luxo e detalhes de HB20

Santa Fe cresceu e ganhou nova identidade visual, mais arrojada (Fernando Pires/Quatro Rodas)A chegada foi discreta. Não houve evento de lançamento e, até o fim de dezembro, ainda era a linha 2019 – ou melhor, a geração antiga – que aparecia no site oficial da Hyundai Caoa.Mas as concessionárias já exibem em suas vitrines há algum tempo a nova geração do Hyundai Santa Fe, acompanhada de uma etiqueta digna de causar surpresa (para não dizer perplexidade) a compradores de carros... Leia mais
10 FEV
Correio Técnico: por que carros 4×4 desligam o ESP ao acionar a reduzida?

Correio Técnico: por que carros 4×4 desligam o ESP ao acionar a reduzida?

Nos modelos da FCA, a reduzida desliga o ESP (Christian Castanho/Quatro Rodas)Por que modelos com tração 4×4 desligam o ESP quando a reduzida é acionada? – Larissa Camargo – Porto Alegre (RS)Porque nessas situações o controle de estabilidade (chamado de ESP ou ESC) pode mais atrapalhar do que ajudar. A reduzida multiplica a força de todas as marchas do carro (ou usa uma primeira marcha curtíssima, como no Renegade), e é acionada com o veículo parado. Nessas situações, é... Leia mais
10 FEV
Carro automático salta de 12% para 50% do mercado brasileiro em 10 anos

Carro automático salta de 12% para 50% do mercado brasileiro em 10 anos

Câmbio automático de seis marchas do VW Virtus (Christian Castanho/Quatro Rodas)A indústria automotiva brasileira amargou um prejuízo de R$ 100 bilhões na última década.Ainda assim, se viu pressionada por novas legislações, programas de melhoria de eficiência energética e demandas dos consumidores a aprimorar a tecnologia dos carros vendidos no país.Um estudo divulgado na semana passada pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) apontou como os... Leia mais
07 FEV
Salão do Automóvel terá venda de carros e “test-drive” de autônomos

Salão do Automóvel terá venda de carros e “test-drive” de autônomos

Confirmada no Salão, Jeep pode ser uma das fabricantes com pista off-road (Renato Pizzutto/Quatro Rodas)Apesar da debandada de fabricantes – 14 até o momento –, o Salão do Automóvel tem novidades que poderão ser aproveitadas pelas marcas que estarão presentes.A organizadora do evento, Reed Exhibitions, confirmou a criação de uma pista específica para a demonstração de carros autônomos, algo inédito no evento.Ela se juntará a outros espaços como pista para veículos... Leia mais
07 FEV
Minimoto com peças de Fusca agora pode ser comprada no Brasil: R$ 5.000

Minimoto com peças de Fusca agora pode ser comprada no Brasil: R$ 5.000

– (Garage 51/Reprodução)Lembra dela? A Lambrespa ganhou um espacinho no coração dos apaixonados pelo Volkswagen Fusca. Produzida com a base dos para-lamas do besouro, a minimotocicleta fez sucesso ao ponto começar a ser vendida no Brasil.Quando QUATRO RODAS falou com Rogério Jung – responsável pela criação do projeto no país – pela primeira vez, ele já mostrava entusiasmo pela sequência da produção, porém, não sabia que seria procurado por amantes do Fusquinha para... Leia mais
07 FEV
Coronavírus ameaça levar produção de carros ao colapso em todo mundo

Coronavírus ameaça levar produção de carros ao colapso em todo mundo

Fábricas de automóveis e de fornecedores de toda a cadeia produtiva estão paradas na China por conta do coronavírus. A falta de peças preocupa fabricantes do mundo todo (Reprodução/Internet)Não se iluda: apesar de o coronavírus ter origem na China, no outro lado do planeta, o efeito devastador do novo vírus é mundial. E a indústria automotiva é uma das que mais estão expostas à moléstia.Acontece que uma enorme parte dos automóveis e componentes produzidos no país sai de... Leia mais