Novidades

07 JUL

Conheça principais pontos do programa de incentivo às montadoras, o Rota 2030

Veja os principais pontos do Rota 2030, programa com regras e incentivos para fabricantes de carros divulgado pelo governo nesta sexta-feira (6). Ele deverá vigorar pelos próximos 15 anos.

O texto completo ainda será publicado em um decreto, em 30 dias, mas as principais ações já foram anunciadas nessa Medida Provisória que ainda precisa ser aprovada no Congresso.

O que muda

Todas as montadoras precisam seguir as regras básicas de melhoria de consumo de combustível (eficiência energética) e segurança.

Além disso, elas poderão optar por superar metas e investir em pesquisa e desenvolvimento no país para ganhar descontos em impostos.

De acordo com o governo e as fabricantes, o objetivo do Rota 2030 é oferecer carros mais seguros e mais eficientes ao consumidor brasileiro e tornar a indústria automotiva nacional mais competitiva.

Veja abaixo perguntas e respostas sobre o regime:

  1. Vai reduzir os preços dos carros?
  2. Carro elétrico e híbrido ficará mais barato?
  3. Na prática, que outros efeitos as medidas terão para o consumidor? Quando?
  4. O que muda para carros importados? Eles vão ficar mais baratos do que antes?

1. Vai reduzir os preços dos carros?

"Este não é o objetivo, porque nenhuma redução de imposto será na comercialização", disse o presidente da associação das montadoras (Anfavea), Antonio Megale. A exceção são os carros elétricos ou híbridos, que terão imposto menor (veja abaixo).

"O foco do programa não é isso. É assegurar que investimentos em pesquisa e desenvolvimento sejam feitos no Brasil. De outra forma, eles poderiam sair do Brasil, poderiam ser feitos em outros países", afirmou o executivo.

Segundo Megale, esses investimentos deverão tornar a indústria brasileira mais competitiva e poderão, no longo prazo, baratear o custo dos carros. "Isso não tem uma data (para o preço baixar), é um processo contínuo."

2. Carro elétrico e híbrido ficará mais barato?

Sim, segundo a Anfavea. A alíquota do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) dos carros elétricos e híbridos (com um motor elétrico e outro a combustão) vai baixar a partir de novembro.

Ela sairá dos 25% atuais para uma faixa de 7% a 20% - o percentual vai depender do peso do veículo e da eficiência energética (consumo mais baixo de combustível e menor emissão de poluentes).

Os híbridos que aceitarem etanol (flex) terão ainda um desconto "extra" de 2 pontos percentuais no IPI. Nenhum carro desse tipo é vendido ainda, mas há montadoras testando essa combinação.

3. O que muda para carros importados? Eles vão ficar mais baratos do que antes?

Desde o começo do ano, os carros importados pagam a mesma alíquota de Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) que os nacionais. E continuará assim com o Rota 2030.

O regime automotivo anterior, Inovar Auto, que durou de 2012 a 2017, impunha o chamado "Super IPI" para os importados. As empresas pagavam 30 pontos percentuais a mais em cada carro trazido de fora do Mercosul e do México que ultrapassasse uma cota determinada para cada marca.

Para não pagar o "Super IPI", as importadoras passaram a trazer menos carros nesse período. Ou seja, os importados que chegavam ao Brasil estavam dentro das cotas, sem IPI maior. Por isso, o preço deles não deve mudar com o fim da sobretaxa e da limitação, mas as empresas pretendem aumentar o volume de importações.

O "Super IPI" acabou levando o Brasil a ser condenado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) no ano passado.

4. Que outros efeitos práticos as medidas terão para o consumidor?

O objetivo do Rota 2030, segundo o governo e as montadoras, é produzir veículos mais eficientes e mais seguros no Brasil ao longo dos 15 anos do programa.

A eficiência energética está ligada ao consumo de combustível e à emissão de poluentes, e deverá ser melhorada em 11% até 2022 em relação ao nível atual. As metas ainda não foram detalhadas.

E, até 2027, os carros deverão incorporar tecnologias que auxiliam o motorista na condução. Ainda não foi divulgado quais serão esses recursos.

Também está previsto que os carros passem a contar com mais itens de segurança, mas o governo também não informou por ora o cronograma e a lista de itens.

5. Qual a diferença do Rota 2030 para o antigo regime, Inovar Auto? E que pontos foram mantidos?

Semelhanças:

  • Benefício fiscal. No Rota 2030, R$ 1,5 bilhão ao ano em tributos poderão ser abatidos pela indústria como um todo, montante semelhante ao do Inovar Auto.
  • Consumo de combustível. Os dois exigem maior eficiência energética nos carros. O Rota prevê melhoria de 11% em relação ao que foi atingido com o Inovar. Nos dois programas, quem superar metas tem direito a desconto em imposto. No Rota, o benefício será calculado por veículo, e não pela linha completa de modelos, como no Inovar.
  • Pesquisa e desenvolvimento. O Inovar já previa benefícios para quem investisse em tecnologia no país. O Rota especifica um valor mínimo a ser empregado pela indústria (R$ 5 bilhões anuais) e permite que empresas de autopeças participem dessa parte do programa.

Entre as principais diferenças estão:

  • Duração. O Inovar Auto vigorou por 5 anos, de 2012 a 2017. O Rota 2030 é previsto para durar pelos próximos 15 anos. As montadoras elogiaram a iniciativa, afirmando que isso dá mais previsibilidade para a indústria.
  • Regras para todos. As metas básicas de eficiência energética e segurança veicular do Rota 2030 deverão ser cumpridas por todas as empresas que produzem ou importam carros no Brasil. Quem não seguir será multado. Quem superar terá benefícios.
  • Segurança. O Rota incluirá a obrigatoridade de mais itens de segurança nos carros e adoção de sistemas que ajudam na condução, o que não existia no Inovar.
  • Fim do "Super IPI" dos importados. Diferente do Inovar, o novo programa não impõe os 30 pontos percentuais a mais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os carros vindos de fora do Mercosul e do México.
  • Incentivo para carro elétrico. Junto com o Rota 2030, o governo baixou as alíquotas para os carros elétricos e híbridos. A medida começa a valer em novembro.

Fonte: G1

Mais Novidades

20 JAN
Carros da Tesla teriam gerado 110 acidentes por aceleração involuntária

Carros da Tesla teriam gerado 110 acidentes por aceleração involuntária

 (Reprodução/Internet)– (Reprodução/Internet)Um grupo de donos de carros da marca Tesla decidiu se unir nos EUA.Os motoristas querem que o NHTSA, órgão americano de administração de trânsito, investigue e promova um recall de 500.000 modelos da marca especializada em elétricos devido a uma suposta aceleração involuntária.Segundo a petição, o defeito teria causado pelo menos 110 batidas e deixado 53 feridos. Os relatos vão desde destruições de portões de garagem até... Leia mais
20 JAN
Onix, Ka, HB20, Polo e mais: diferenças de motor, dimensões e porta-malas

Onix, Ka, HB20, Polo e mais: diferenças de motor, dimensões e porta-malas

– (Arte/Quatro Rodas)O segmento dos hatches compactos vem dominando o mercado automotivo brasileiro há muitos e longos anos.Em 2019, por exemplo, cinco dos dez carros mais vendidos do país eram representantes desse segmento, considerado a “porta de entrada” para se comprar um automóvel zero-quilômetro no país.Espaço para os passageiros é menor no Ford Ka (Acervo Quatro Rodas/Quatro Rodas)Sabendo que uma das principais preocupações do motorista quanto ao segmento está na... Leia mais
20 JAN
Dez carros cujo visual chocou o mundo tanto quanto a Tesla Cybertruck

Dez carros cujo visual chocou o mundo tanto quanto a Tesla Cybertruck

Cybertruck é a primeira picape elétrica da Tesla (Divulgação/Tesla)Para uns (muitos) soou como piada. Para outros (poucos), foi revolucionário. A apresentação da primeira picape elétrica da Tesla, a Cybertruck, virou assunto no mundo todo, indo além do universo dos fãs de carro. O design exótico transformou-a em alvo de memes pela internet afora e chocou o mercado americano, onde as três líderes de venda são picapes, Ford F-Series (809.530 unidades de janeiro a novembro de 2019),... Leia mais
20 JAN
O primeiro e mais completo teste com o VW Fusca – QUATRO RODAS 60 Anos

O primeiro e mais completo teste com o VW Fusca – QUATRO RODAS 60 Anos

– (Acervo/Quatro Rodas)Publicado originalmente em setembro de 1961.Todos ainda se lembram quando ele surgiu entre nós, há dez anos, tímido e exótico. Foi recebido com reservas e desconfiança, como tudo o que é novo.Embora fosse vendido a preço módico, ninguém o queria porque ele apresentava estranhezas de construção até então nunca vistas pelo público brasileiro nos carros que aqui vinham ter.Mas o carrinho teve também sua oportunidades e dela se aproveitou bem para demonstrar... Leia mais
20 JAN
Longa Duração: será que o VW Virtus repete números no teste de saideira?

Longa Duração: será que o VW Virtus repete números no teste de saideira?

– (Christian Castanho/Quatro Rodas)Para quem ainda não sabe, vale a explicação: no decorrer de sua estada entre nós, todo carro de Longa Duração é submetido por duas vezes a uma bateria completa de testes, aos 1.000 km e aos 60.000 km.“A comparação da ficha de resultados obtidos nas duas passagens pelo nosso campo de provas, em Limeira (SP), não é conclusiva, mas geralmente funciona como um bom exame prévio ao desmonte”, diz o editor da seção, Péricles Malheiros. Nosso... Leia mais
17 JAN
Land Rover Discovery Sport renova visual, mas perde versões e encarece

Land Rover Discovery Sport renova visual, mas perde versões e encarece

Novo Discovery Sport já está disponível no Brasil (Divulgação/Land Rover)O Land Rover Discovery Sport foi atualizado para o Salão de Frankfurt, na Alemanha, em setembro do ano passado. E como dissemos no evento, o SUV já está disponível nas concessionárias brasileiras com versões a partir de R$ 232.500.O SUV seguirá montado em Itatiaia (RJ), a exemplo do modelo anterior. Só que, agora, já não há nenhuma opção com motor 2.0 turbodiesel de 240 cv, mais potente até então, que... Leia mais