Novidades

05 JUL

Impressões ao dirigir: Urus, o primeiro SUV da Lamborghini

Superesportivo tamanho família: Urus é o primeiro SUV da Lamborghini (Divulgação/Lamborghini)

Azar no jogo, sorte nos negócios. Fora da Copa do Mundo, os italianos têm motivo de sobra para esquecer 2017, o ano em que sua seleção de futebol não se classificou para o mundial.

Por outro lado, os que trabalham na Lamborghini estão rindo à toa. Em 2017, a marca registrou seu décimo ano consecutivo de crescimento, além de fechar o período com o maior volume de vendas da sua história: 3.815 carros.

Lanterna horizontais remetem às do Lamborghini cupês (Divulgação/Lamborghini)

O ano também marcou a conclusão da ampliação da fábrica de Sant’Agata Bolognese, cuja área dobrou de 80.000 m2 para 160.000 m2.

O plano é dobrar também a capacidade produtiva, já que a marca planeja vender mais de 7.000 carros por ano.

Painel repleto de elementos hexagonais (Divulgação/Lamborghini)

É justamente aqui que entra o Urus, o colossal SUV cujo test drive a Lamborghini liberou em primeira mão e com exclusividade para QUATRO RODAS, a única publicação brasileira oficialmente convidada a participar do evento de lançamento.

Apesar dos 5,11 metros de comprimento, 3 metros de entre-eixos e 2.275 kg de peso, o Urus é um puro- -sangue. Duvida? A prova de 0 a 100 km/h é feita em 3,6 s.

Continue de pé embaixo e, apenas 12,8 s após a largada, estará a 200 km/h. Um pouco depois, se a pista permitir, o Urus atingirá os 305 km/h, a sua velocidade máxima, segundo a Lamborghini.

O novo Lamborghini Urus é um puro-sangue. Faz de 0 a 100 km/h em 3,6 s (Divulgação/Lamborghini)

Para a base do Urus, os italianos selecionaram a plataforma MLB Evo, arquitetura aplicada no Audi Q7, Bentley Bentayga, Porsche Cayenne e Volkswagen Touareg – marcas que, assim como a Lamborghini, compõem o Grupo Volkswagen.

O design, no entanto, em nada lembra os seus primos. As colunas B foram suprimidas, enquanto as C, apesar de ocupar boa parte do perfil traseiro por acompanhar a queda radical do vidro traseiro, acentuam o estilo cupê.

Coluna B suprimida, enquanto a C é bastante ampla (Divulgação/Lamborghini)

O Urus não tem o V12 do Aven-tador nem o V10 do Huracán e, para protesto dos puristas, pela primeira vez um Lamborghini terá motor com sobrealimentação por turbo.

Será o mesmo V8 4.0 biturbo utilizado pela Audi e Bentley, mas com uma preparação que lhe permite produzir 650 cv e descomunais 86,7 mkgf de torque.

Motor V8 turbo tem 650 cv e 86,7 mkgf de toque (Divulgação/Lamborghini)

Um SUV de grande porte necessita de capacidade de resposta pronta a baixas rotações, principalmente em uso off-road.

Como a sonoridade também alimenta a emoção, a acústica foi cuidadosamente apurada de forma a cumprir os requisitos da Lamborghini, mesmo tratando-se de um V8 biturbo e não de um V12 aspirado.

O trabalho considerou o fato de o Urus poder ser dirigido no dia a dia, ao contrário de Aventador e Huracán.

Além disso, o SUV tem aplicação familiar, ou seja, constantemente rodará com convidados a bordo.

Nesse ponto, uma curiosidade: o Urus será oferecido com configurações de quatro e cinco lugares.

Interior tem configuração de quatro e cinco lugares (Divulgação/Lamborghini)

Apesar de não ser uma referência em rapidez nas trocas, o câmbio automático de oito marchas com borboletas no volante casa bem com o V8 biturbo.

A sétima e oitava marchas são bem longas, numa tentativa de deixar o consumo mais moderado.

Na tração integral o diferencial central Torsen foi otimizado para favorecer a agilidade e o máximo controle do SUV, independentemente da forma como se dirige ou mesmo o tipo de piso.

O mecanismo, em condições normais, direciona 60% do torque às rodas traseiras.

Mas, de acordo com a demanda (forma de aceleração e grau de tração das rodas), até 70% da força pode ser deslocada para a frente e 87% para trás.

Painel: DNA Audi com layout Lambo (Divulgação/Lamborghini)

Ainda com foco na ampliação da performance de condução, existe vetorização de torque de série, para controle individual das rodas da frente, autoajustável para entregar maior precisão e velocidade em curva.

Tecnologia oriunda do Aventador, as quatro rodas direcionais estão disponíveis no Urus. Em função da velocidade e do programa de condução selecionado, as rodas traseiras giram até 3 graus em seu eixo imaginário vertical.

Urus, primeiro SUV e primeiro turbo da Lamborghini (Divulgação/Lamborghini)

De acordo com os engenheiros da marca, em baixa velocidade, esse giro ocorre no sentido oposto à direção de esterçamento das rodas dianteiras, com diminuição do diâmetro de giro.

Acima de 60 km/h, porém, as rodas traseiras giram no mesmo sentido das dianteiras, ampliando a capacidade de contorno de curva do SUV.

A suspensão também tem seus truques. Para começar, ela é do tipo pneumática e adaptativa. A seleção dos modos de operação é feita por meio de um seletor no console.

No Urus, o aumento da capacidade da rede elétrica não é mais uma tendência, é realidade. E há demanda para o seu sistema de 48 Volts.

Um deles é o de barras estabilizadoras ativas, que reduzem os movimentos da carroceria nas curvas e torna instantânea a resposta do SUV aos movimentos aplicados no volante.

Chave aeronáutica, com proteção de acesso, abriga o botão de partida (Divulgação/Lamborghini)

Compatíveis com a alta performance, os freios foram feitos sob medida. Os discos são de composto carbocerâmico com 400 mm de diâmetro na dianteira e 370 mm atrás.

Quanto às rodas, a marca italiana oferecerá três opções de tamanho, com 21, 22 ou 23 polegadas.

Na cabine, materiais e montagem de alto nível. No entanto, há claros indícios de que a marca faz parte de um conglomerado, no caso, o Grupo Volkswagen.

É o caso dos comandos dos vidros elétricos, do volante multifuncional e das telas do painel e do console.

Tudo herdado da Audi. No entanto, a apresentação gráfica digital é exclusiva dos italianos, com uma apresentação que muda em função das preferências individuais e do modo de condução (batizado como Anima).

Painel repleto de elementos hexagonais (Divulgação/Lamborghini)

No Anima, existem três programas para estrada e circuito (Strada, Sport e Corsa, este último capaz de rebaixar o Urus em 15 mm), dois para uso off-road (Terra e Sabbia, areia, que elevam em 40 mm a altura livre do solo) e um para rodar sobre neve.

Na pista, o Urus reage de forma instantânea ao acelerador. Os freios são igualmente poderosos e empolgantes – de acordo com a Lamborghini, são necessários apenas 33,7 m para reduzir de 100 km/h à imobilidade total. E fazem isso de maneira incrivelmente equilibrada, apesar do corpo avantajado.

Em função do funcionamento preciso das barras estabilizadoras ativas e da inteligente tração integral, o SUV parece rodar sobre trilhos.

Como convém a um esportivo, a reação ao trabalho dos sistemas de auxílio de condução são rápidas. Nas curvas, por exemplo, dá para sentir a atuação do sistema de vetorização de torque. Na estrada, o Urus surpreende pelo conforto, muito acima do que se costuma ter em superesportivos Lamborghini.

Suave, a suspensão absorve as irregularidades, evitando que o sobe e desce das rodas se traduza em saculejo da cabine.

No Brasil, os planos já estão definidos. De acordo com a Via Itallia, importadora da Lamborghini, ele chega entre outubro e novembro.

Será vendido por cerca de R$ 2.200.000 e o cliente poderá personalizar o seu Urus no momento da encomenda.

A Lamborghini passa hoje por algo parecido com o que a Porsche viveu em 2002 ao lançar o Cayenne. A estreia da marca alemã, porém, foi mais atrevida: era a primeira marca de esportivos a entrar no mundo dos SUVs e nem momento em que eles não eram objeto de desejo.

Preço: R$ 2.200.000

Motor: gas., inj. direta, diant., longit., V8, 3.996 cm3, 32V, biturbo, 650 cv a 6.000 rpm, 86,7 mkgf de 1.750  a 2.250 rpm

Câmbio: aut., 8 marchas, tração integral

Suspensão: pneumática, multilink (diant. e tras.)

Freios: discos vent. nas quatro rodas

Direção: eletro-hidráulica, diâmetro de giro, 11,8 m

Pneus: 285/45 R21 (diant.) e 315/40 R21 (tras.)

Dimensões:  compr., 511,2 cm; largura, 201,6 cm; alt., 163,8 cm; entre-eixos, 300,3 cm; peso, 2.275 kg; tanque, 85 l; porta-malas, 540 l

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

25 JUL

Jeep Renegade 2020 aposenta câmbio manual, mas ganha leds nas lanternas

Jeep Renegade 2020 (FCA Press/Quatro Rodas)O Jeep Renegade acabou de passar por uma leve reestilização em outubro do ano passado, mas já traz novidades na virada do ano/modelo 2019 para o 2020.SUV compacto mais vendido no primeiro semestre deste ano, o modelo traz como grande novidade na virada de linha a descontinuação da versão Sport 1.8 flex manual.Ou seja: a partir de agora o motor e.Torq de 1,8 litro e 139 cv virá sempre acoplado a câmbio automático de seis marchas.A partir da... Leia mais
25 JUL

BMW 320i volta ao Brasil dando vale-compra de R$ 2.000 em pré-venda

Visual da 320 é similar ao da topo de gama 330i (Divulgação/BMW)A BMW iniciou a pré-venda da versão de entrada do Série 3 no Brasil — o modelo já era vendido por aqui nas opções topo de linha 330i.O 320i volta ao mercado com três opções de acabamento, sempre com o mesmo motor 2.0 turbo de 184 cv (a gasolina) e câmbio automático de oito marchas.Versão inicial inclui sensores de estacionamento, controlador de velocidade e rodas de 18? (Divulgação/BMW)Durante o período de... Leia mais
25 JUL

Ford confirmará o Territory como SUV rival do Compass no Brasil em agosto

Ford Territory será produzido na Argentina e vendido no Brasil (Marcello Oliveira/Quatro Rodas)A Ford enfim bateu o martelo e definiu qual será o SUV médio com o qual tentará brigar com o Jeep Compass na América do Sul (e, claro, no Brasil). E, ao que tudo indica, será mesmo o Territory, exibido no Salão de São Paulo do ano passado.O anúncio será feito no dia 7 de agosto, com presença de executivos globais e regionais da fabricante. O modelo, derivado do projeto chinês JMC Yusheng... Leia mais
25 JUL
Jeep Renegade 2020 perde câmbio manual e parte de R$ 89.990

Jeep Renegade 2020 perde câmbio manual e parte de R$ 89.990

A Jeep apresentou nesta quinta-feira (25) a linha 2020 do Renegade. O SUV mais vendido do Brasil ganhou mais equipamentos, mas não oferece mais opções com câmbio manual. Os preços subiram, e agora partem de R$ 89.990. Veja todos os valores: Sport 1.8 – R$ 89.990 (era R$ 85.990)Longitude 1.8 – R$ 104.990 (era R$ 99.990)Limited 1.8 – R$ 109.990 (era R$ 105.990)Longitude 2.0 diesel – R$ 134.990 (era R$ 127.990)Trailhawk 2.0 diesel – R$ 145.990 (era R$ 139.990) Ausentes... Leia mais
25 JUL
Adesivos identificam cidade em carros com placa do Mercosul em Liberato Salzano

Adesivos identificam cidade em carros com placa do Mercosul em Liberato Salzano

Em Liberato Salzano, município de aproximadamente 5 mil habitantes, no Norte do Rio Grande do Sul, motoristas que usam a nova placa do Mercosul podem receber adesivos que identificam a cidade onde moram. A medida foi adotada pela prefeitura como forma de segurança. No Rio Grande do Sul, segundo o governo estadual, quase 500 mil veículos já circulam com o emplacamento que não mostra o nome das cidades, apenas o país. "O objetivo é dar uma identificação aos veículos do... Leia mais
25 JUL
MV Agusta vai produzir motos de baixa cilindrada na China

MV Agusta vai produzir motos de baixa cilindrada na China

MV Agusta e a chinesa Loncin anunciaram nesta quinta-feira (25) uma parceria para produzir motos de baixa cilindrada. Especializada em modelos de luxo, a montadora é considera por alguns a "Ferrari das motos" Com o acordo, as empresas vão desenvolver uma nova família de motos MV Agusta, com 4 integrantes, na faixa de 350 cc a 500 cc de cilindrada. "As motos, completamente desenvolvidas pela MV Agusta, vão ocupar um segmente premium que está em desenvolvimento neste mercado... Leia mais