Volkswagen, Renault e Peugeot anunciaram na última quarta-feira (4) que investirão no ramo do compartilhamento de carros, o chamado "car-sharing'. O serviço é visto como uma forma de as montadoras atingirem também o consumidor que não quer ter um veículo próprio.
Além delas, já atuam no ramo a General Motors, a BMW e Mercedes-Benz - as duas últimas deverão operar juntas futuramente.
A Volkswagen diz que lançará o programa de compartilhamento no ano que vem, na Alemanha, onde tem sede, e que os carros ofertados serão elétricos, com zero emissão de poluentes.
A montadora disse ainda que o serviço será expandido para grandes cidades da Europa, América do Norte e Ásia em 2020. A América Latina não foi citada.
Paris
O foco das francesas Renault e Peugeot é Paris. As empresas deverão lançar em setembro próximo um programa para substituir o Autolib, o serviço pioneiro de compartilhamento de carros elétricos comandado pelo grupo Vincent Chollore, que foi recentemente abandonado pelas autoridades locais.
Lançado em 2011, o Autolib tem 150 mil usuários ativos e seus pequenos carros prateados tornaram-se uma visão familiar nas ruas de Paris.
Mas problemas com limpeza, estacionamento, disponibilidade e a concorrência de outros meios de transporte, como o Uber, empurraram o serviço para o vermelho, com prejuízos de 293 milhões de euros esperados até 2023, segundo a agência Reuters.
A Renault já oferece um serviço de compartilhamento de carros na França chamado "Renault Mobility". A montadora espera ter mais de 2 mil veículos disponíveis para o novo programa em Paris.