Novidades

20 JUN

Volkswagen Amarok V6: primeiras impressões

É provável que você nunca tenha ouvido falar no gnu. Ele é um parente distante dos búfalos, e pode pesar até 250 kg. No entanto, para fugir dos predadores, desenvolveu a capacidade de alcançar os 80 km/h, número que o coloca na lista dos animais mais rápidos do mundo.

Ainda que esteja longe de aparecer na lista dos carros mais velozes, a Volkswagen Amarok V6, assim como o gnu, faz bonito no quesito agilidade. E olha que a picape está longe de ser peso pena, com seus 2.185 kg – a capacidade de carga é de 1.105 kg.

Isso sem falar nas medidas externas. A Amarok tem 5,25 metros de comprimento e 3,10 metros de entre-eixos.

Herança nobre

A Amarok V6 foi lançada em fevereiro, com a intenção de alavancar as vendas da picape - apenas a 4ª mais vendida do segmento no ano passado.

Como não poderia ser diferente, a Volks caprichou no clichê na hora do lançamento: “a mais potente da categoria”.

Com seu motor 3.0 de 225 cavalos, ela supera Ranger e S10, que têm 25 cv a menos. O torque de 56,1 kgfm também é o maior do segmento. Vale dizer que a picape herdou esse motor V6 do “primo rico”, Audi Q7.

Os números ainda vão a 245 cv e 60 kgfm com a função overboost, em ação durante 10 segundos ao pressionar forte o pedal do acelerador. Ela acelera de 0 a 100 km/h em 8 segundos, com máxima de 190 km/h.

Na aparência, quase não há "ostentação" do motor V6. Duas pequenas placas, uma na grade, e outra na tampa da caçamba, identificam o modelo.

Com quem concorre?

A Amarok V6 é a mais recente investida da Volkswagen para brigar em melhores condições em um segmento historicamente dominado por Toyota Hilux e Chevrolet S10. Nas vendas, ela também vai pior do que a Ford Ranger.

A motorização V6 é exclusiva da versão topo de linha, Highline, que custa R$ 184.990.

A Amarok traz algumas peculiaridades entre as picapes. Ao contrário das concorrentes, ela não possui um seletor de tração, para alternar entre 4x2, 4x4 ou 4x4 com reduzida.

Seu 4x4 é permanente, e, caso necessário, a primeira marcha é utilizada como reduzida. O câmbio de 8 marchas também é o único da categoria, bem como os freios a disco na traseira.

A maior parte das rivais utiliza uma caixa automática de 6 velocidades e tambor nos freios traseiros.

Outra particularidade da picape da Volkswagen é o rodar parecido com o de um carro. Ainda que sua direção hidráulica seja um pouco mais pesada do que a de um automóvel, a Amarok é fácil de manobrar – tendo como referência um veículo de 5,25 metros de comprimento.

Anda, mas não bebe

Há um pequeno atraso entre a ação do motorista de pisar no acelerador e a resposta do motor. Mas, quando ela chega, a Amarok dispara com vigor, tendo como “maestro” o excelente câmbio de 8 marchas, que faz trocas rápidas e imperceptíveis.

O conhecido ruído dos veículos a diesel está lá, mas fica longe de incomodar quando a picape está em marcha lenta. O mesmo vale para a vibração na cabine.

O melhor é que a conta do bom desempenho não é cobrada no consumo. De acordo com o Inmetro, ela faz 8,4 km/l na cidade e 8,8 km/l na estrada – médias melhores do que a versão equipada com o motor 2.0 de 4 cilindros.

Cabine de carro

A cabine reforça a sensação de estar em um carro. Além do volante de diâmetro reduzido (para uma picape) e do visual interno semelhante ao de um SUV, a Amarok oferece um bom nível de conforto aos ocupantes dos bancos dianteiros.

Ela não está livre de oscilações na carroceria, mas o "pula pula" é menor do que em outras picapes. Fruto do bom trabalho da suspensão e dos amortecedores. A arquitetura é semelhante à das suas rivais: eixo rígido com feixe de molas.

O mesmo conforto não é percebido no banco traseiro. Quem viaja lá sofre com o espaço acanhado e o banco com encosto praticamente vertical.

Telinha

Se o desempenho e o conforto são os pontos fortes, há algumas falhas de equipamentos. Apesar de haver itens interessantes, como os bancos dianteiros de couro com ajustes elétricos, ar-condicionado com regulagens separadas para motorista e passageiro, sensores de luz, chuva e estacionamento e câmera de ré, faltam outros equipamentos igualmente legais e esperados em um veículo que passa de R$ 180 mil.

É o caso do acesso e partida por chave presencial. Na Amarok, o motorista precisa acionar o alarme para destrancar o carro e dar a partida com a chave no painel. Assim como em um Gol.

A central multimídia tem uma “telinha” para o tamanho da Amarok. São apenas 6,3 polegadas, enquanto o Polo, hatch compacto, pode receber uma tela de 8 polegadas.

A Amarok também fica devendo itens considerados modernos, como alerta de mudança de faixa (presentes na S10 e na Ranger) ou controle de velocidade adaptativo (que a Ranger possui).

E o mercado?

Por outro lado, ela é mais barata do que suas principais concorrentes nas versões topo de linha.

A Hilux SRX, além de menos potente e equipada, custa R$ 194.240. A S10 High Country, com alguns itens de série a mais, só que motor menos potente, chega a R$ 185.990. Por fim, a Ranger Limited, em situação semelhante à da S10, sai por R$ 193.490.

Conclusão

Enquanto a Mercedes não lançar a Classe X V6 em 2019, com seus quase 260 cv, a Amarok continuará “reinando” como a picape mais potente à venda no Brasil.

Mais do que ser veloz, a Amarok se destaca por manter a praticamente a mesma dirigibilidade de um automóvel. Ela ainda vai bem na tabela de preços, e oferece a melhor relação preço x potência.

Só que a picape da Volkswagen começa a ficar para trás em um quesito que antes dominava, os equipamentos. As rivais têm se armado de itens de conforto e segurança, que ainda não estão disponíveis na Amarok. Ainda assim, é uma das melhores compras da categoria.

Fonte: G1

Mais Novidades

03 JUN

Nissan diz que vai rever aliança com a Renault em caso de fusão com a Fiat

A Nissan disse nesta segunda-feira (3) que a possível fusão entre Fiat Chrysler (FCA) e Renault pode afetar a sua atual aliança com a marca francesa. "Acredito que o potencial acréscimo da FCA como um novo membro da Aliança poderia expandir o campo de atuação para colaboração e criar novas oportunidades para novas sinergias", disse Hiroto Saikawa, CEO da Nissan, em comunicado. Aliança Volkswagen-Ford: o que se sabe até agora No final de maio, a ítalo-americana FCA... Leia mais
03 JUN

Fiat Doblò 2020 perde versão Adventure e parte de R$ 92.390

O Fiat Doblò chegou à linha 2020 com uma novidade: o modelo passa a ser vendido apenas na configuração Essence de 7 lugares, que parte de R$ 92.390. A versão Adventure (que permanece na Weekend 2020) deixou de ser oferecida. De acordo com a marca, as configurações Essence de 5 lugares e a Adventure estão disponíveis somente para frotistas. De série, é equipado com ar-condicionado, direção hidráulica, banco traseiro bipartido, airbag duplo, freios ABS, vidros... Leia mais
03 JUN

Nissan Frontier S fica menos pé de boi com rodas de liga leve acessórias

Nissan Frontier S com rodas de liga leve (Divulgação/Nissan)A Nissan Frontier S, versão mais barata da picape média a contar com motor turbodiesel, tração 4×4 e cabine dupla, pode finalmente chegar à garagem de seus proprietários com um aspecto visual menos simplório.Para isso, porém, o comprador terá de desembolsar R$ 4.796 além dos R$ 137.550 cobrados inicialmente pela versão, se quiser incluir um jogo de rodas de liga leve aro 16. O item passou a ser oferecido como acessório... Leia mais
03 JUN

A trágica história do Ford Flivver, avião “popular” menor que um Corolla

Ford Monoplano, de 1909, seguia o projeto de um avião francês (Reprodução/Internet)Henry Ford conseguiu fazer o primeiro carro popular e global.Entre 1908 e 1927, mais de 15,4 milhões de Ford T foram produzidos em 14 fábricas em todo o mundo – uma delas no Brasil. Tinha a fama de seguro, simples e barato, que Ford quis levar para os ares. Em 1909 o magnata mostrou o Ford-Van Aucken Monoplane, baseado no avião francês Blériot XI – o primeiro a cruzar o Canal da Mancha.Uma das... Leia mais
01 JUN

Harley-Davidson Touring 2019: primeiras impressões

A Harley-Davidson já definiu como deverá ser parte de seu futuro: com motores elétricos e modelos mais leves. Mas antes que isso se torne uma realidade, sua primeira moto elétrica chega ao mercado ainda esse ano, a montadora resolveu modernizar sua linha mais tradicional. Harley vai lançar moto de baixa cilindrada e modelo aventureiro Com motos pesadonas e destinadas a longas viagens, a linha Touring carrega que há de mais clássico nos modelos da marca e, antes da chegada da... Leia mais
31 MAI

Porsche Cayenne Coupé começa a desfilar no Brasil no fim de 2019

Porsche Cayenne Coupé, de frente e de traseira (Divulgação/Porsche)A Porsche está realizando esta semana na região de Graz, Áustria, a apresentação mundial do Cayenne Coupé, derivação acupezada de seu já conhecido SUV grande de luxo.Mas, se o SUV-cupê começa a ganhar as ruas europeias já no fim deste mês, o Brasil só deve recebê-lo no último trimestre de 2019. Questões de homologação.O utilitário tende a aportar em outubro, importado da Eslováquia, onde toda a família... Leia mais