Novidades

14 JUN

Toyota Yaris já chegou atrasado; visual pode ter vida curta

Toyota Yaris da primeira geração (XP10) (Divulgação/Toyota)

A Toyota estreou o nome Yaris em 1998, durante o Salão de Genebra, na Suíça. Esta primeira geração (batizada internamente de XP10) foi um sucesso imediato.

Não por menos, foi eleito como o Carro do Ano na Europa, em 2000.

Toyota Yaris da segunda geração (XP90) (Divulgação/Toyota)

A segunda geração, XP90, foi vendida na Europa e na Ásia entre 2005 e 2011.

Ela trocava a plataforma NBC pela plataforma B da Toyota, que havia acabado de ser lançada pelo sedã Belta/Vios vendido nos EUA, Canadá e Ásia.

Toyota Belta/Vios estreou a plataforma B em 2005 (Divulgação/Toyota)

Na terceira geração, porém, houve uma cisão. Europa, Austrália e Japão permaneceram com um hatch mais compacto e com equipamentos mais sofisticados, mais adequado com a proposta local.

Toyota Yaris de terceira geração para a Europa (XP130) (Divulgação/Toyota)

É o modelo com nome-código XP130, lançado em 2011 e que hoje é produzido na França e no Japão com sua própria variação da plataforma B apenas na versão hatch.

Ele já sofreu duas reestilizações, em 2014 e em 2017.

Toyota Yaris XP130 modelo 2017 (Divulgação/Toyota)

O Toyota Yaris vendido no Brasil, porém, tem suas raízes na terceira geração dedicada a mercados como China, Tailândia, Indonésia, Taiwan e Vietnã, onde o espaço interno se sobrepõe aos equipamentos mais luxuosos. 

Toyota Yaris reestilizado recebeu sobrenome Ativ na Tailândia (Divulgação/Toyota)

Para efeito de comparação, o Yaris hatch desta base é 23 cm mais curto e tem entreeixos 4 cm menor que o franco-japonês. Também há uma diferença considerável no design dos dois.

África do Sul tem Yaris S, com pegada esportiva (Divulgação/Toyota)

É a proposta que o Toyota Vios já adotava em 2005, quando estreou a plataforma B.

Este modelo, lançado em 2013, tem nome-código XP150 e representa, na prática, a segunda geração do Vios.

A primeira fase do XP150 pode ser encontrada em países latino-americanos como Chile e Paraguai, mas só chegou à Argentina em 2016 importado da Tailândia.

Toyota Yaris de terceira geração (XP150) no Salão de Buenos Aires de 2015 (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Na América Latina, era um teste de aceitação do modelo em um mercado onde o Toyota Etios chegou a ser o terceiro carro mais vendido.

Com esse contexto, voltamos para o Brasil. O carro que você viu por aqui como lançamento é, na verdade, uma reestilização de uma geração que está à venda na Ásia há cinco anos.

Lá, o facelift que você viu estreou por lá no ano passado.

Por que a vida do Yaris pode ser curta?

As gerações passadas do Toyta Yaris duraram entre seis e dez anos, dependendo do mercado. O modelo já estreia no Brasil em sua reestilização de meia vida.

Yaris tem versões sedã e hatch no Brasil (Divulgação/Toyota)

Aí entra outra questão: por estratégia comercial, os Toyota vendidos no Brasil costumam estar alinhados com o resto do mundo.

O Corolla, por exemplo, historicamente costuma ter defasagem de apenas alguns meses em relação ao oferecido em outros mercados.

Em poucas palavras, considerando os dez anos que cada geração costuma permanecer à venda, nossa novidade poderá se aposentar até 2023.

Derivado de uma plataforma ainda mais simples – projeto EFC, sigla em inglês para “Família de Carro de Entrada” –, o Etios chegou ao Brasil em 2012.

Também criado para mercados emergentes, o compacto recebeu algumas soluções para baratear custos, como é o caso do limpador de para-brisas único.

Etios X-Plus passa a ser a mais completa do modelo (Divulgação/Toyota)

Lançado na Índia em 2010, o modelo já soma sete anos de mercado, o que também indica uma mudança profunda para os próximos anos.

Aliás, a própria chegada do Yaris pode se tornar um risco, considerando que o veterano até perdeu versões para se reposicionar no mercado.

Desconsiderando a versão hatch X 1.3, de R$ 48.400 – e que não traz sequer sistema de som –, o Etios parte de R$ 54.920 na opção 1.5 X Plus manual.

Etios Sedã Platinum, de R$ 71.150, deixa de existir (Divulgação/Toyota)

Agora, a configuração mais cara é a sedã 1.5 X-Plus automática, de R$ 62.890, mas o modelo já chegou a custar R$ 71.150 na extinta Platinum.

Por sua vez, o novato Yaris custa R$ 59.590 na opção hatch XL e chega aos R$ 68.690 no sedã. Ou seja: pouca diferença, considerando as melhorias.

Algumas semelhanças entre Etios e Yaris não são difíceis de perceber, como é o caso da direção desmultiplicada, que exige 3,4 voltas no volante – herdado do Corolla – de batente a batente.

Yaris brasileiro tem o mesmo volante do Corolla (divulgação/Toyota)

Não se engane pela diferença nos números de desempenho: Etios e Yaris compartilham os motores flex 1.3 16V e 1.5 15V.

O lançamento (no Brasil) recebeu mudanças de calibração para apresentar acréscimos nos números.

Se o veterano tem 98 cv e 13,1 mkgf na opção de entrada e 107 cv e 14,7 mkgf nas demais, o novato tem 101 cv e 12,9 mkgf e 110 cv e 14,9 mkgf, respectivamente.

Entretanto, enquanto o Etios automático utiliza o câmbio de quatro marchas do Corolla de geração anterior, o Yaris tem o mesmo CVT da atual geração do sedã médio.

Também há outras vantagens no novato, como a opção de teto solar, o ar-condicionado digital e os sete airbags. No Etios, só há os dois obrigatórios.

De vantagem, o veterano possui quadro de instrumentos digital, só que o Yaris rebate com uma central multimídia (um pouco) mais avançada.

Para a maioria dos usuários, o fato de o quadro de instrumentos estar atrás do volante também é vantagem.

Até mesmo o tamanho, grande trunfo do Etios, foi colocado em risco: o entre-eixos com 2,55 m no sedã – são 2,46 m no hatch – é igual ao novato.

Por fim, no porta-malas a vantagem ainda é do modelo de entrada, com capacidade para 562 litros no sedã, contra 473 l do Yaris de três volumes.

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

07 FEV

Volkswagen Jetta ganha versão esportiva GLI nos Estados Unidos

A Volkswagen lançou nesta quinta-feira (7) no Salão de Chicago a versão esportiva do sedã Jetta, batizada de GLI. Ela traz de volta o motor 2.0 turbo, já conhecido dos brasileiros, mas ajustado para entregar 230 cavalos e 35,7 kgfm. É o mesmo motor do Golf GTI e o Tiguan Allspace. Nos Estados Unidos, o câmbio pode ser manual de 6 marchas ou de dupla embreagem, de 7 marchas. Veja como anda o Jetta 'brasileiro' com motor 1.4 Ainda não há informação da chegada do Jetta... Leia mais
07 FEV

Por investimento, operários da GM em São José aprovam pacote que congela salário e reduz PLR

Trabalhadores da General Motors, dona da Chevrolet, aprovaram em assembleia na tarde desta quinta-feira (7) o acordo selado entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos como contrapartida para atração de novos investimentos para a planta em São José dos Campos. A promessa é que uma nova linha, de uma caminhonete, seja instalada no interior de São Paulo. A aprovação do pacote de exigências da empresa ocorreu um dia depois da montadora divulgar que registrou lucro de US$... Leia mais
07 FEV

Audi vende viagem para pilotar no gelo pelo mesmo preço de um carro usado da marca

O mês de março costuma ter altas temperaturas em praticamente todo o Brasil. No entanto, se quiser fugir do verão brasileiro, e, de quebra, dirigir um esportivo de 450 cavalos, a Audi está vendendo uma espécie de “pacote” de viagem para a Suécia. O roteiro de 4 dias tem como maior atração participar do chamado Audi Ice Experience, um curso de condução pelas pistas congeladas da região da Lapônia, 860 km distantes da capital, Estocolmo. De moto no Himalaia: como é... Leia mais
07 FEV

Honda Bros 160 perde versão básica e ganha CBS de série

Além da CG 125, a Honda deixou de produzir a versão básica da Bros 160. Como desde de o início de 2019 todas motos novas no Brasil precisam ter ABS ou CBS, a montadora continua apenas com a Bros ESDD, que tem freios a disco e combinados. Com freios a tambor, a antiga Bros de entrada era vendida por R$ 10.241. Agora, o modelo passa a ter CBS de série por preço de R$ 12.250. Sua rival, a Yamaha Crosser 150, acaba de ganhar freios ABS, que é uma alternativa para se enquadrar a... Leia mais
07 FEV

Carlos Ghosn teve benefícios pessoais em troca de patrocínio da Renault ao Palácio de Versalhes

A Renault comunicou nesta quinta-feira (7) que fará sua primeira denúncia envolvendo Carlos Ghosn, o ex-presidente da marca preso em novembro e que renunciou ao cargo em janeiro. Um patrocínio da marca para reformas do Palácio de Versalhes teria rendido benefícios particulares para o casamento do executivo, em 2016. De acordo com a fabricante, foi encontrada uma contribuição a Ghosn de 50 mil euros (aproximadamente R$ 210 mil) envolvendo o acordo. Prisão de Carlos Ghosn: o... Leia mais
07 FEV

Impressões: novo Audi R8 pode ser o último com motor a combustão

Rigidez é garantida pela estrutura que usa 79% de alumínio e 13% de fibra de carbono (Divulgação/Audi)Olhe bem para o Audi aí em cima: pode ser o derradeiro R8 com motor a combustão. E que motor! Ele é um dos últimos V10 aspirados do mundo automotivo. Comenta-se nos bastidores da marca alemã que a próxima geração do superesportivo pode ser 100% elétrica, estratégia que estaria alinhada à tendência mundial, ao protótipo PB18 e-tron mostrado em agosto e aos grandes investimentos... Leia mais