Novidades

14 MAI

Clima da Fórmula E é de tensão – literalmente

As largadas da Fórmula E costumam ser bem agitadas (FIA/Divulgação)

Olhando de fora, o Fórmula E lembra um conceito futurista da Fórmula 1, com rodas parcialmente cobertas, rodas maiores e, claro um som de aceleração que parece ter sido inspirado em jogos de videogame.

Os monopostos, no entanto, guardam poucas similaridades com a categoria máxima do automobilismo mundial.

Basicamente, os principais pontos em comum estão a estrutura do tipo monocoque de plástico reforçado com fibra de carbono (CFRP, na sigla em inglês) e a organização da FIA – Federação Internacional do Automóvel.

Para entender todas as nuances de uma das corridas que mais crescem no mundo, QUATRO RODAS acompanhou de perto o CBMM Rome e-Prix da Fórmula E, sétima etapa da temporada 17/18 da categoria.

Carros correndo com cartões postais no fundo: cena corriqueira na Fórmula E (FIA/Divulgação)

Essa, aliás, é uma das diferenças da competição em relação a outros campeonatos de automobilismo.

A Fórmula E foi a primeira categoria da FIA em que uma temporada começa em um ano e termina em outro – como já ocorre em outros esportes, como a UEFA Champions League e o campeonato de futebol norteamericano.

Assim, o campeonato atual começou em dezembro do ano passado, e irá terminar em julho deste ano.

E a próxima temporada, a 18/19, está prevista para abrir o calendário novamente em dezembro, com a maior novidade na curta história da Fórmula E.

A corrida para trocar de carros nos boxes já provocou acidentes na temporada atual (FIA/Divulgação)

Enquanto na Fórmula 1 todas as equipes treinam rigorosos pit-stops, onde o carro tem seus quatro pneus trocados em até dois segundos, na F-E mecânicos entram e saem correndo do monoposto.

A ideia é verificar se está tudo certo para o piloto conseguir trocar de carro com segurança e velocidade durante a competição.

Como a bateria do F-E não tem autonomia para uma corrida completa e mesmo a recarga mais rápida ainda seria lenta para os padrões da competição, a solução foi fazer com que os pilotos trocassem de carro no meio da corrida.

Isso exige que os boxes tenham caminho livre para o carro – afinal, o piloto entra na garagem com uma velocidade razoável – e mecânicos prontos para apertar o cinto de seis pontos tão logo o competidor entre no segundo carro.

O problema é que, inexplicavelmente, a FIA retirou o tempo mínimo obrigatório do tempo de parada na derradeira temporada com troca de carros.

Mecânicos a postos no segundo carro ajudam o piloto a afivelar rapidamente os cintos (FIA/Divulgação)

A regra tinha como objetivo permitir que os pilotos trocassem de veículo com segurança, minimizando riscos como atropelamentos.

Outras categorias que têm trocas de piloto, como a brasileira Mercedes-Benz Challenge, também têm restrição similar.

A mudança do regulamento abriu caminho para que as trocas fossem mais rápidas, mas também mais perigosas. André Lotterer, da Techeetah, chegou a acertar um mecânico de sua equipe na etapa do México. Felizmente o funcionário não se feriu gravemente.

As – agora perigosas – trocas, contudo, vão acabar junto com esta temporada. A próxima geração do carro da F-E terá uma bateria capaz de aguentar uma corrida completa.

A nova geração do Fórmula E tem visual futurista e baterias com maior autonomia (FIA/Divulgação)

As equipes estão em fase final do desenvolvimento do próximo F-E, que ficará mais rápido e seguro, mas algumas características desafiadoras devem continuar.

Um dos fatores dificultadores para os pilotos é o complicado sistema de freios. Além do circuito hidráulico, como ocorre em outros carros, o F-E também usa o próprio motor elétrico para reduzir sua velocidade – e transformar parte da energia cinética em elétrica nesse ínterim.

Atual campeão da categoria, o brasileiro Lucas Di Grassi é um dos mais experientes do grid (FIA/Divulgação)

Só que, por conta disso, a demanda dos discos de carbono no eixo traseiro (onde fica o motor) é menor, fazendo com que os freios esfriem.

“Temos que ter o cuidado para que o freio traseiro não perca tanta temperatura, pois isso faz com que ele perca a eficácia”, explicou à QUATRO RODAS Lucas Di Grassi, piloto da Audi ABT e atual campeão da categoria.

O motivo do carro ficar pior quando o freio está frio é por conta da composição do disco.

Discos de carbono, usados em carros de corrida, aviões e trens, só atingem seu melhor desempenho em altíssimas temperaturas – justamente o contrário do que ocorre com carros de passeio.

As luvas de borracha são essenciais para resgates na F-E e estão prontas para o uso dentro dos carros de apoio (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)

Bombeiros e a equipe de resgate também precisam de um treinamento específico na F-E.

Mesmo com uma série de mecanismos de proteção, existe a possibilidade do monoposto dar choque em casos extremos.

Por isso os veículos de resgaste contam com luvas de borracha, que complementam o traje isolante usado pelos funcionários autorizados a atuarem em caso de acidentes.

Uma placa sobre os carros avisa quando é seguro tocá-los (Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas)

Dentro dos boxes os veículos só podem ser tocados quando uma luz verde junto ao santantônio está acesa. E, para reforçar a informação, uma enorme placa escrito “Luz verde”, em inglês, indica que é seguro por a mão no bólido.

Tamanho cuidado tem motivo: a bateria de um F-E tem tensão de até 1.000 V, e pode se incendiar caso haja contato entre suas células internas.

As baterias atuais, produzidas pela Williams, podem chegar aos 1.000 V de tensão (FIA/Divulgação)

A precaução aparentemente excessiva rendeu frutos. Mesmo após acidentes espetaculares, nunca houve um incidente envolvendo eletricidade com carros e pilotos da F-E.

Choque, aqui, só se for entre os carros, na corrida.

*Viagem a convite da CBMM

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

07 MAI

Ford F-150 Raptor 2019 está ainda melhor. Só falta ser vendida no Brasil

Como versão mais extravagante, Raptor é uma espécie de embaixadora da picape Ford F-150 (Divulgação/Ford)A Ford continua negando que trará a picape F-150 para o Brasil mas, ao mesmo tempo, não para de dar motivos para acreditarmos no contrário: que sim, a F-150 vem.Vejamos: ano passado, a Ford expôs um F-150 Raptor no Salão do Automóvel de São Paulo e promoveu um test-drive dessa picape (outra unidade) em seu campo de provas em Tatuí (SP).Segundo a fábrica, a Raptor acelera de 0... Leia mais
07 MAI

Porsche é multada em 535 milhões de euros por fraude em emissões

A Porsche, marca de luxo do grupo Volkswagen, foi multada em 535 milhões de euros (o equivalente a R$ 2,38 bilhões) por sua participação no escândalo de manipulação de emissões de motores a diesel, o chamado "dieselgate". A promotoria de Stuttgart, no sul da Alemanha, afirmou que a multa foi aplicada devido a "violações negligentes de tarefas de supervisão" no centro de desenvolvimento da montadora, a partir de 2009. A Porsche afirmou que não vai recorrer da decisão.... Leia mais
07 MAI

Porsche convoca recall de 777 unidades de 5 modelos diferentes

A Porsche anunciou quatro campanhas de recall para 5 modelos diferentes: 718 Boxster, 718 Cayman, 911, Panamera e Cayenne. Ao todo, são 777 unidades. De acordo com a marca, os proprietários dos carros envolvidos serão contatados individualmente por e-mail ou telefone para agendamento dos reparos. Contudo, os clientes também podem entrar em contato diretamente com uma concessionária Porsche para agendar os serviços. 718 Boxster e 718 Cayman A parte longitudinal e barra... Leia mais
07 MAI

Honda registra patente de nova moto de baixa cilindrada no Brasil

A Honda registrou nesta terça-feira (7) uma nova moto de baixa cilindrada no Brasil. O desenho do modelo "misterioso" foi publicado pelo Instituto Nacional da Propriedade (Inpi). Motos 2019: veja 25 lançamentos esperadosVÍDEO: como anda a nova geração do PCX 150 2019 Como aconteceu recentemente com a CB 500F e CB 650R, as patentes são feitas no país por motivos de segurança da propriedade intelectual, mas isso quer dizer que os modelos serão vendidos no mercado brasileiro. ... Leia mais
07 MAI

BMW vai produzir o X5 no Brasil, e modelo será o carro nacional mais caro

A BMW anunciou na última segunda-feira (6) que irá produzir o X5 no Brasil a partir do mês que vem. Serão duas versões, as intermediárias xDrive30d M Sport e xDrive30d M Sport xOffroad. Elas serão vendidas por, R$ 479.950 e R$ 499.950, respectivamente. Com isso, o X5 passa a ter o posto de carro nacional mais caro. Ele sai de fábrica com motor 3.0 de seis cilindros em linha movido a diesel. São 265 cavalos e mais de 61 kgfm de torque. O câmbio é automático de 8 marchas. ... Leia mais
07 MAI

Produção de veículos cresce 0,5% em abril, diz Anfavea

A produção brasileira de veículos ficou praticamente estável em abril e subiu 0,5% na comparação com igual mês de 2018, divulgou nesta terça-feira (7) a associação das montadoras, a Anfavea. A indústria fabricou 267.546 carros, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e ônibus. Há 1 ano, haviam sido produzidos 266.140 veículos. No acumulado do ano, foram produzidos 965.393 veículos, contra 965.894 nos quatro primeiros meses de 2018, queda de 0,1%. ... Leia mais