Novidades

03 MAI

Grandes brasileiros: o repaginado Dodge Gran Coupe

Já sem o nome Dart, a Gran Coupe era a versão mais luxuosa da Dodge (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A adequação dos trajes é uma das principais normas de etiqueta da alta sociedade.

Seu descumprimento é considerado uma grave quebra de protocolo. A mesma tradição valia para o mundo dos automóveis.

Em 1970, quando o Dodge Dart cupê foi apresentado oficialmente no Santapaula Iate Clube, tradicional refúgio da elite paulistana, muitos notaram que o primeiro hardtop (sem coluna central) nacional exibia um visual um tanto despojado.

Com acabamento apenas satisfatório, o Dart De Luxo acabou sendo maliciosamente apelidado de Dart Sem Luxo.

Mais esportiva, a frente com grade que cobrimos faróis surgiu na linha 1975 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Para esses consumidores, seu motor V8 de 5,2 litros e 198 cv era apenas uma brutalidade vulgar sem classe alguma.

Nem mesmo o conforto da direção hidráulica, câmbio automático e ar-condicionado (opcionais) bastaram: muitos migraram para o agressivo Charger R/T, que além dos bancos de couro podia ser adquirido em cores mais discretas que os tons de verde e amarelo.

Como se quisesse apagar o vexame da estreia, o Gran Coupe foi apresentado na linha 1973 – nem o nome Dart ele usava.

Era caracterizado pela nova identidade dos Dodges, com grade de plástico e lanternas traseiras de lente única.

Câmbio automático, direção hidráulica, ar e painel que imita madeira: um luxo só (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Um luxo sóbrio e refinado, com teto de vinil delimitado por frisos, calotas integrais e um painel na parte inferior da tampa do porta-malas.

Os emblemas eram de uma versão homônima do Plymouth Fury americano.

O acabamento interno combinava estofamento em jersey, apliques no painel imitando cerejeira e laterais de porta com detalhes em baixo-relevo.

Pneus com faixa branca levam requinte ao carro (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O resto era opcional: freio dianteiro a disco, direção hidráulica, ar-condicionado, câmbio automático, cintos de três pontos, pisca-alerta e luzes de cortesia adicionais (porta-malas, motor, porta-luvas e cinzeiro). 

A pintura metálica também era opcional, mas qualquer cor era obrigatoriamente sóbria, como tons de branco, marrom, vermelho e azul. Um Gran Coupe preto só era vendido sob encomenda.

Outro detalhe interessante era a alavanca do câmbio automático, com posições traduzidas para o português: E-R-N-D-2-1.

E (estacionar) no fica no lugar de P (parking) (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Os maiores rivais eram o Chevrolet Opala Gran Luxo e o recém-lançado Ford Maverick Super Luxo V8.

Com motores de grande cilindrada, todos foram afetados pela alta da gasolina –  consequência da crise energética provocada pelos conflitos bélicos que eclodiram no Oriente Médio no final de 1973.

Mas o modelo 1974 trouxe o Fuel Pacer System, dispositivo que acendia o pisca no para-lama dianteiro esquerdo sempre que o motorista pisasse demais no acelerador. Funcionava como um vacuômetro, induzindo uma condução suave capaz de reduzir o consumo rodoviário em 16,3% e o urbano em 25,6%.

O V8 era o do Dart (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A mudança mais radical do Gran Coupe ocorreu na linha 1975, que adotou a dianteira fechada do Charger. Os faróis ocultos deram um visual sinistro ao cupê de luxo da Dodge, que também recebeu a ignição eletrônica.

É o caso deste exemplar que pertence ao colecionador paulistano Alexandre Badolato. “Apenas 282 unidades foram produzidas em 1975, seu último ano. Esta é ainda mais rara por ser completa, já que a maioria não tinha câmbio automático ou ar-condicionado. Nunca foi restaurado e mesmo após mais de 40 anos continua sendo um automóvel confiável e confortável para quem deseja usá-lo no dia a dia.”

Luxo nos detalhes: o brasão na porta mostra requinte e sofisticação (Christian Castanho/Quatro Rodas)

No total, 2.283 Gran Coupe saíram da fábrica no km 23 da Via Anchieta, em São Paulo. A grande queda na procura pelos V8 forçou a Chrysler a enxugar a oferta de modelos em 1976, quando o Charger R/T voltou a ocupar a posição de cupê mais luxuoso da família, sendo substituído pelo cupê Magnum na linha 1979.

Opcional, o teto de vinil tinha um desenho exclusivo no Gran Coupe (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

08 OUT
Peugeot Citroën investe R$ 220 milhões em fábrica no Brasil para lançar novos modelos

Peugeot Citroën investe R$ 220 milhões em fábrica no Brasil para lançar novos modelos

A PSA, dona das marcas Peugeot e Citroën anunciou nesta terça-feira (8) um investimento de R$ 220 milhões na fábrica de Porto Real (RJ). O montante será usado para adaptar a unidade para receber a nova plataforma CMP. De acordo com a PSA, a nova plataforma pode ser usada em modelos compactos e médios, dos segmentos B e C. Atualmente, a CMP é utilizada nas novas gerações dos Peugeot 208 e 2008, que serão lançados no Brasil nos próximos anos. Nova geração do Peugeot 208... Leia mais
08 OUT
Nissan Versa antigo muda de nome para abrir espaço à nova geração

Nissan Versa antigo muda de nome para abrir espaço à nova geração

Nova linha do Nissan Versa eleva preço do sedã que pode perder reinado no México (Divulgação/Nissan)Será que tem carro novo da Nissan vindo aí? No México já há duas novidades. A primeira surgiu na última semana, quando a marca japonesa apresentou a nova geração do Versa.O sedã compacto mudou radicalmente o visual e ganhou melhorias em equipamentos de segurança, mas viu seu preço subir de menos de 200.000 para 239.900 pesos mexicanos (cerca de R$ 50.000).Com medo de perder... Leia mais
08 OUT
Peugeot-Citroën traz plataforma global para fazer novos carros no Brasil

Peugeot-Citroën traz plataforma global para fazer novos carros no Brasil

Novo Citroën Aircross está registrado no Brasil, mas a nova família Smart Car deverá ser inédita (Reprodução/INPI/Internet)O grupo PSA – dona de Peugeot e Citröen – anunciou um investimento de R$ 220 milhões para modernizar a fábrica de Porto Real (RJ) e produzir novos modelos.Como já dissemos no início de 2019, a empresa prepara uma família de compactos inédita para o Brasil. Ela ficará abaixo das novas gerações de Peugeot 208 e 2008, que se tornarão argentinos.Novo... Leia mais
08 OUT
Governo gasta R$ 3 milhões para funcionários públicos andarem de elétrico

Governo gasta R$ 3 milhões para funcionários públicos andarem de elétrico

Modelos elétricos serão utilizados por funcionários públicos (Divulgação/Renault)Servidores públicos do Governo Distrital Federal passam a contar com dezesseis unidades do Renault Twizy para se deslocarem a serviço. Com investimentos da ordem de R$ 3,1 milhões, os carros elétricos fazem parte de um projeto piloto de compartilhamento para frotas públicas. Além dos carros elétricos, o aporte ainda contempla a instalação de 35 eletropostos no Distrito Federal.Chamado VEM DF, o... Leia mais
08 OUT
Honda CBF 190R tem patente registrada no Brasil

Honda CBF 190R tem patente registrada no Brasil

A Honda CBF 190R teve seu desenho registrado no Brasil nesta terça-feira (8). O modelo de origem chinesa foi publicado na relação de patentes pelo Instituto Nacional da Propriedade (Inpi). As patentes são feitas no país por motivos de segurança da propriedade intelectual, ou seja, não significa necessariamente que as motos registradas vão ser vendidas no Brasil. Recentemente, a montadora também publicou a patente da CB 150S e outra moto de baixa cilindrada "misteriosa",... Leia mais
08 OUT
General Motors afasta 415 funcionários no México

General Motors afasta 415 funcionários no México

A General Motors anunciou o afastamento temporário de mais 415 funcionários no México. Paralelamente, nos Estados Unidos, uma greve envolvendo 48 mil metalúrgicos da empresa entra na quarta semana. A paralisação parcial foi feita na fábrica de motores de Ramos Arizpe e que as linhas de motores V8 e de transmissões CVT não estão operando. Outros 6 mil funcionários já haviam sido afastados na fábrica de Silao, também no México. Greve nos EUA No domingo, a central... Leia mais