Novidades

25 ABR

Chevrolet do Brasil aposta em veículos desenvolvidos na China para cortar custos

A General Motors, dona da Chevrolet, está planejando ter lucratividade de longo prazo na América do Sul, baseada em um programa de cortes de custos realizado durante a recessão brasileira e em veículos de baixo custo desenvolvidos para consumidores na China, que devem chegar às concessionárias em 2019.

"Estamos renovando nossa família de veículos (na América do Sul), ampliando participação de mercado e controlando custos, tudo em preparação para uma família de veículos", disse o presidente da GM, Dan Ammann, em entrevista recente à Reuters.

Esta futura família de veículos, cujos detalhes ainda não foram divulgados, vai ser responsável por uma produção esperada de 2 milhões de unidades por ano na América do Sul e China. Isso vai ajudar na redução de custos de produção da montadora norte-americana. "Isso é uma escala sem precedentes", disse Ammann.

A GM está apostando na América do Sul, onde já é líder de vendas, graças em grande parte aos modelos Chevrolet Onix e Prisma, que devem ser substituídos por esta nova família.

A montadora espera margens melhores com a elevação das vendas e os novos modelos de custo de produção mais baixo, que incluem SUVs e crossovers que estão ganhando a preferência de consumidores.

Na China, modelos como o Buick Encore fazem sucesso neste segmento.

Novo plano

O plano da montadora, que não tinha sido divulgado anteriormente pela GM, faz parte da estratégia mais ampla focada na lucratividade em vez de tentar competir em todos os mercados.

A GM saiu de operações não lucrativas na Europa e em países como a Índia.

Mas a GM ainda aposta no Brasil, principalmente em um momento em que o mercado interno cresce a um ritmo de dois dígitos, iniciando uma reversão de quatro anos consecutivos de queda nas vendas de veículos.

Carlos Zarlenga, presidente da GM Mercosul, lembra que durante a crise, os executivos faziam análise sobre cada pedido de compras acima de 10 mil dólares.

A GM cortou sua força de trabalho no Brasil em 35%, convenceu sindicatos a aceitarem contratos de vários anos com reajustes vinculados à inflação e retrabalhou sua cadeia de suprimentos.

"O objetivo era ter certeza de maximizarmos cada ponto de desembolso", disse Zarlenga em recente entrevista à Reuters.

Ammann afirmou que os cortes de custos reduziram o ponto de equilíbrio financeiro da GM no Brasil em 40%.

Depois de atingir um recorde de vendas de 3,8 milhões de unidades em 2012, os licenciamentos no Brasil, oitavo maior mercado automotivo do mundo, despencaram 46%, para 2,05 milhões em 2016.

A economia começou a se recuperar gradualmente em 2017, e as operações da GM na América do Sul tiveram um lucro de 100 milhões de dólares em 2017, o primeiro desde 2013.

"A América do Sul pode se tornar uma grande colaboradora" para os lucros globais da GM, disse Ammann.

A montadora norte-americana, inclusive, superou a Fiat Chrysler Automobiles em 2016 e se tornou pela primeira vez desde 2004 a maior vendedora de veículos no Brasil, segundo dados da associação de montadoras, Anfavea.

Nesta semana, Zarlenga afirmou durante evento do setor que as vendas da indústria automotiva brasileira chegarão a 2,7 milhões de unidades em 2018, 2,9 milhões em 2019 e 4 milhões até 2027.

'Fundação diferente'

No ano passado, a GM interrompeu vendas de veículos na Índia, onde tinha uma participação de mercado de menos de 1%, e saiu de regiões da África para focar em operações lucrativas.

Em 2017, a montadora vendeu a Opel, seu braço europeu, para a francesa Peugeot.

Em relatório a clientes em 20 de abril, o analista Adam Jonas, do Morgan Stanley, afirmou que a GM poderia "seguir caminho semelhante" na América do Sul.

"O precedente da GM sair de uma região com pouca ou nenhuma chance de dar retorno positivo para acionistas foi definido", escreveu Jonas.

Mas sair de outros mercados liberou capital para a GM. Em agosto, a empresa disse que planeja investir 1,4 bilhão de dólares em três fábricas no Brasil.

A GM estava em uma posição inicial melhor na América do Sul do que em mercados como a Índia, disse Ammann.

"Esta é uma fundação que é diferente de outros mercados no mundo, onde decidimos que não vemos um caminho de sucesso no longo prazo", disse Ammann.

Ele afirmou que consumidores da América do Sul tendem a gostar de modelos similares aos vendidos na China, onde a montadora está desenvolvendo uma nova família de veículos mais baratos com a SAIC Motor Corp.

Alguns desses veículos serão lançados pela GM na América do Sul em 2019. "Podemos ter um nível de escala que não podíamos ter na Europa", disse Ammann.

Menores custos de produção significam que a GM poderá adicionar recursos de segurança, entretenimento e conectividade aos veículos que normalmente são padrão em modelos mais caros, disse Ammann.

Guido Vildozo, analista da consultoria IHS Markit para as Américas, alertou que os consumidores sul-americanos têm décadas a mais de experiência em veículos que os chineses e por isso têm expectativas mais altas.

"Sempre é um risco em se desenvolver um veículo para a China, em que a dinâmica de condução pelo motorista não é uma alta prioridade, e vendê-lo em um mercado onde isso é uma prioridade", disse Vildozo. "Muito vai depender de como esses veículos vão evoluir."

Fonte: G1

Mais Novidades

11 JUL

Justiça Federal leiloa carro de luxo e iate de Eike Batista

A Justiça Federal no Rio de Janeiro vendeu em leilão a Lamborghini Aventador e o iate Intermarine 680 Spirit of Brazil do empresário Eike Batista nesta terça-feira (9). O carro de luxo foi arrematado por R$ 1,4 milhão à vista. Já o iate saiu por R$ 1,9 milhão e será pago em prestações. Os valores ficaram abaixo do que foi pedido no leilão da semana passada quando a Lamborghini e o iate foram oferecidos respectivamente por R$ 1,7 milhão, e R$ 2,8 milhões. O leilão... Leia mais
11 JUL

Mini Cooper estreia primeira configuração totalmente elétrica

A Mini apresentou a primeira configuração totalmente elétrica do Cooper. Batizada de SE, a versão promete bom desempenho, agilidade e autonomia de até 270 km. O modelo substitui a motorização a combustão por um motor elétrico de 32,6 kWh, com bateria de íons de lítio subdividida em 12 módulos. São 187 cavalos de potência e torque instantâneo de 27,5 kgfm. Somados aos 1.365 kg do modelo (145 kg a mais em relação ao Cooper S), os números do SE resultam em uma... Leia mais
10 JUL

Volkswagen encerra produção mundial do Fusca; veja como foi a despedida

A Volkswagen encerrou oficialmente a produção mundial do Fusca (agora chamado apenas de Beetle) nesta quarta-feira (10), em sua fábrica em Puebla, no México. A marca divulgou por volta das 14h20 (horário de Brasília) a imagem da última unidade, com uma decoração com a frase "Obrigada, Fusca". A montadora também divulgou um vídeo no Twitter: Así se despide uno de los grandes. Gracias, Beetle. Esto es solo el comienzo. ???????????? #ByeByeBeetle... Leia mais
09 JUL

Vendas de veículos seminovos caem 12,5% no 1º semestre

As vendas de veículos seminovos, que têm até 3 anos de uso, fecharam o 1º semestre com queda de 12,5% em relação ao mesmo período de 2018, de acordo com a federação dos revendedores de usados, a Fenauto. O volume total de vendas de veículos usados, excluindo motos, se manteve praticamente estável, com leve alta de 0,39%, também na comparação com o ano anterior. Ao todo, a venda de veículos usados, tirando o segmento de motos, somou 5,42 milhões de unidades. Os... Leia mais
09 JUL

Witzel veta projetos sobre patinete elétrico no RJ que obrigavam prova no Detran e uso de capacete

O governador Wilson Witzel (PSC) vetou dois projetos de lei que regulamentariam o uso de patinetes elétricos no Estado do Rio de Janeiro e que tinham sido aprovados pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Um deles obrigava o usuário a passar por uma prova no Detran caso não tivesse carteira de motorista, além de pagar um cheque caução de R$ 1.700,00 se não tivesse seguro pessoal. A outra proposta aprovada pelos deputados determinava que os usuários deveriam... Leia mais
09 JUL

Volkswagen tem queda na receita no 1º semestre, mas vendas no Brasil crescem mais de 20%

O Brasil foi o mercado de maior crescimento das vendas da Volkswagen no primeiro semestre de 2019, avançando 20,9% na comparação com igual período de 2018. Para o mês de junho, o crescimento das vendas no país, de 13%, só perde para o aumento de 14,2% registrado na China. Em todo o mundo, as vendas da montadora alemã cresceram 1,6% em junho quando comparado com o igual mês de 2018, para 542,3 mil unidades. Se em junho as vendas no Brasil compensaram o recuo em outras... Leia mais