O Gol popular tinha piscas sempre na cor âmbar (Christian Castanho/Quatro Rodas) O VW Gol era o carro mais querido do Brasil no final dos anos 80. A liderança absoluta do mercado a partir de 1987 coincidiu com a apresentação da versão esportiva GTS, seguida do desejado GTi, em 1988. Mesmo as versões comuns CL e GL eram muito apreciadas pela dirigibilidade agradável e pela fama de inquebrável. Mas uma nova ameaça surgiu em agosto de 1990: o Fiat Uno Mille. Seu pequeno motor de 994 cm3 o enquadrava na categoria popular, reduzindo o IPI de 37% para 20%. A resposta da VW viria apenas dois anos depois, igualmente limitada em conforto e desempenho: o Gol 1000. Quadrado por fora e por dentro: apenas o volante escapa (Christian Castanho/Quatro Rodas) A Autolatina (união entre Ford e VW) adotou a mesma solução da Fiat: reduzir a cilindrada do motor AE 1.6, no Gol CL desde 1989. Derivado de um projeto Renault utilizado pela Ford desde 1968, ele teve o diâmetro dos cilindros reduzido de 77 para 70,3 cm e o curso do virabrequim de 83,5 para 64,2 mm – a potência ficou em 50 cv. Mesmo mais potente que o Mille, o Gol não mascarava um projeto dos anos 70, com motor longitudinal e aerodinâmica deficiente. Levava 21,55 s para chegar a 100 km/h e não passava de 133,7 km/h de máxima. O consumo escancarava a inadequação do motor: média de 11,83 km/l, abaixo dos 13,53 do Gol CL com motor AE de 1,6 litro e 73 cv. Motor Renault aperfeiçoado pela Ford (Christian Castanho/Quatro Rodas) Outra desvantagem era o espaço interno. Inspirado no esportivo alemão Scirocco, o Gol tinha um banco traseiro restrito a adultos de pequena estatura. Para piorar, o posicionamento vertical do estepe limitava o espaço no porta-malas a 145 litros e o volante era deslocado para a direita. Obra de Giorgetto Giugiaro, o Mille era um tratado de racionalidade e ergonomia. As portas tinham um mínimo de forração, o volante era de plástico duro e o painel trazia apenas velocímetro e marcador de combustível. Quebra-ventos fixos, ventilação forçada e câmbio de cinco marchas eram itens de série. Havia poucos opcionais: retrovisor direito, ar quente, desembaçador, acendedor de cigarros e limpador do vidro traseiro. Rádio: nem como opcional (Christian Castanho/Quatro Rodas) Apesar das limitações, sua dirigibilidade era agradável. As suspensões adotavam o sistema McPherson à frente e eixo de torção atrás, bem acertadas com os finos pneus 145 em rodas aro 13. O câmbio de engates precisos e suaves era bem superior ao do Mille, e a direção tinha o melhor compromisso entre precisão e leveza. A simplicidade franciscana baixou o preço em 17% em relação ao Gol CL, até então o VW mais acessível. A maioria acabou descaracterizada com acessórios das versões esportivas GTS e GTI, como volantes, rodas de liga leve, faróis auxiliares e aerofólios. Banco traseiro só para crianças ou baixinhos (Christian Castanho/Quatro Rodas) Não é o caso deste exemplar produzido em 1992, que pertence ao colecionador Adriano Krempel. “Achei este Gol 1000 em São Paulo. A dona era uma senhora com mais de 90 anos que já não o usava havia anos, motivo pelo qual se encontrava todo empoeirado numa garagem. Bastou conectar uma bateria carregada e jogar um pouco de gasolina no carburador para ele vir rodando.”
Fonte:
Quatro Rodas





05 MAR
Clássicos: o popular VW Gol 1000
Mais Novidades
27 MAR
Hatch, sedã, SUV: quais são os oito carros com base do novo Chevrolet Onix
Novos Onix e Prisma inauguram nova leva de compactos da GM para mercados emergentes (Divulgação/Chevrolet)A GM já revelou na China a nova geração do Chevrolet Prisma – que, por lá, ficará conhecido como Onix, já que o nosso Onix hatch não será oferecido naquele mercado.O sedã é só o primeiro de uma lista de oito produtos que a fabricante lançará a partir da plataforma modular global GEM, desenvolvida em parceria com a chinesa Saic e que foi criada para abastecer mercados...
Leia mais
27 MAR
Novo Chevrolet Tracker aparece disfarçado no interior de SP
Aos poucos, os próximos passos da Chevrolet no Brasil são ficando mais claros. Além da nova geração da dupla Onix e Prisma, que já rodam em testes pelo país, a fabricante também deve lançar em 2019 um Tracker totalmente remodelado. Viu carro não lançado? Mande foto ou vídeo para o VC no G1 ou pelo Whatsapp/Viber, no telefone (11) 94200-4444, usando a hashtag #g1carros Uma unidade com disfarces foi flagrada pelo internauta Matheus Valério de Mendonça rodando pela...
Leia mais
27 MAR
Meu carro está em passando por recall? Este guia te ensina a descobrir
Discos e pastilhas trocados em recall (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)Motor que desliga sozinho, falha nos faróis, mau funcionamento dos freios e por aí vai.Problemas como estes nem sempre são resultados do uso diário: muitas vezes, o defeito vem de fábrica e é por isso que as fabricantes convocam estes carros para conserto. Este procedimento é o chamado recall.O recall é um serviço previsto pelo Código de Defesa do Consumidor. Ele acontece quando a empresa notifica um defeito em...
Leia mais
26 MAR
Ford registra visual da nova Ranger no Brasil – e não é o americano
Desenho industrial sinaliza futura atualização (Reprodução/INPI/Internet)A Ford Ranger ainda receberá um facelift antes de ganhar uma nova geração, que também dará origem à próxima Volkswagen Amarok.Se depender do registro de patente feito pela filial brasileira da Ford no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), a picape seguirá o design da linha 2019 que abastece o mercado asiático via Tailândia, e não o da versão fabricada nos Estados...
Leia mais
26 MAR
Clássicos: Gurgel X-15, o jipão militar com alma de Kombi e sem tração 4×4
Ângulo de ataque é de 50 graus, melhor que o de muitos 4×4 (Christian Castanho/Quatro Rodas)A década de 70 foi um dos períodos mais felizes para o engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel. Além do jipinho Xavante X-12, o industrial diversificou sua linha com o X-20 em 1977, uma picape de dimensões consideravelmente maiores. Um ano depois, a empresa sediada em Rio Claro (SP) apresentou um novo conceito de utilitário: o jipão X-15.Originalmente desenvolvido para uso militar,...
Leia mais
26 MAR
Uber compra Careem, rival do Oriente Médio, por US$3,1 bilhões
A Uber vai pagar US$ 3,1 bilhões para adquirir a Careem, rival da empresa no Oriente Médio. Com a compra, a Uber assume uma posição dominante em uma região competitiva antes da aguardada oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A transação encerra mais de nove meses de negociações entre as duas empresas e dá à Uber a tão necessária vitória após uma série de desinvestimentos no exterior. Pelo acordo, a empresa terá propriedade total da Careem. ...
Leia mais