Trânsito pesado: clássico caso de uso severo (Carlos Hauck/Quatro Rodas) Muito se fala em uso severo do carro. No manual do proprietário, ele até é usado para definir o intervalo de revisão, que nessas condições costumam ser feitas na metade da quilometragem-padrão. Porém, não há unanimidade sobre o tema, já que cada fabricante tem seus parâmetros de projeto dos veículos. Mas há conceitos que a indústria e especialistas consideram como básicos para definir esse uso severo. Na prática, são condições adversas que impõem maior desgaste ao veículo e seus componentes. Abaixo descrevemos algumas situações de uso severo. Sabe aquelas pessoas quem pegam o carro todo dia só para ir e voltar da padaria a cinco quarteirões de casa? Isso, para o coração do automóvel, equivale ao nosso colesterol. “Podemos considerar uso severo quando a maioria dos percursos não excede 6 km”, explica Adalberto Casalecchi, gerente de serviços da Chevrolet. Nessas condições, o motor não tem tempo suficiente para atingir a temperatura ideal de trabalho, o que inviabiliza a correta queima de combustível e lubrificação. O ideal é ligar o carro e esperar pelo menos uns 40 segundos antes de arrancar – tempo suficiente para afivelar o cinto e checar os espelhos. Além disso, não acelere forte nos primeiros quilômetros para poupar mais o motor. Estrada de terra para ir ao sítio ou via não asfaltada com muita areia na beira da praia entram nessa categoria. Sim, seu lazer de fim de semana, se for constante, desgasta mais o automóvel. Excesso de poeira acelera a saturação do filtro de ar, cuja função é reter as partículas em suspensão no ar aspirado pelo motor. Por isso, aconselha-se que veículos que trafegam regularmente em estradas de terra, areia e próximas a pedreiras que troquem o filtro a cada 5.000 km. Ou seja, metade do habitual. Excesso de sujeira pode desgastar seu carro (Ulisses Calvacante/Quatro Rodas) Também é considerado uso severo quando a maioria dos percursos exige marcha lenta por longos períodos ou funcionamento contínuo em rotação baixa, como no anda e para do tráfego urbano mais congestionado. Trafegar muito tempo em primeira e segunda marchas pode acelerar o desgaste de correias do motor, além de borrachas e mangueiras. Outro problema é que o motor trabalha sem acrescentar números ao hodômetro: isso engana o usuário quanto ao período de revisões, estabelecido por quilometragem. Horas de uso também precisam ser levadas em consideração. Esticar demais a primeira marcha sobrecarrega correias, mangueiras e o próprio motor, como no tópico anterior. Mas pior que isso é andar com uma marcha muito acima do necessário. Como rodar em quarta ou quinta, quando se deveria trafegar em segunda. A prática resulta em solavancos, o que afeta o sistema de transmissão e de acomodação do câmbio no chassi. São aqueles “clanc clanc clanc” que podem ser ouvidos na cabine. Nem o consumo de combustível essa prática favorece. “Tem gente que acha que anda em baixa rotação e economiza. Na verdade, está fazendo com que folgas se proliferem. Com o tempo, o carro começa a ficar barulhento na parte de construção”, diz Francisco Satkunas, conselheiro da SAE Brasil. Não ultrapasse a carga útil do seu veículo, que consta no manual do proprietário. O excesso de peso no automóvel sobrecarrega não só os itens da suspensão como também pneus e embreagem e, principalmente, o sistema de freios.
Fonte:
Quatro Rodas
Trajetos curtos
Fora do asfalto
Tráfego parado
Marcha errada
Carga pesada
Uso severo, o inimigo oculto que maltrata seu carro
Mais Novidades
Fiat Argo e Mobi deixam de oferecer versões com câmbio automatizado GSR
Argo 1.3 GSR não está mais no catálogo da Fiat (Christian Castanho/Quatro Rodas)A Fiat resolveu mexer em algumas versões do Argo e do Mobi em 2020. A primeira mudança, e mais relevante delas, está no câmbio que vai junto ao motor 1.3 Firefly.O cliente que procurar pelo Argo Drive 1.3 GSR, equipado com a caixa automatizada monoembreagem de mesmo nome, não encontrará mais a versão disponível no catálogo da marca.Versão topo de linha HGT vem com câmbio automático e custa R$...
Leia mais
Carro de rua mais rápido do mundo, Bugatti Chiron morrerá até 2021
Bugatti Chiron custa 3 milhões de euros e faltam menos de 100 unidades para serem produzidas (Dominique Fraser/Quatro Rodas)A Bugatti começou a produzir seu superesportivo Chiron em 2016. A promessa era que seriam fabricadas 500 unidades do modelo.Agora, em 2020, já foram produzidas pouco mais de 400 unidades e, pelas contas da fabricante, a marca de 500 carros deverá ser atingida até o final de 2021, levando então ao encerramento da produção do substituto do Bugatti Veyron.A versão...
Leia mais
VW Polo GTS: 50 fotos exclusivas revelam detalhes do hatch esportivo
Alterações visuais, como na grade e no para-choque frontal, foram inspiradas no Polo GTI vendido na Europa (Fernando Pires/Quatro Rodas)Com preço inicial de R$ 99.470 e motor 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 mkgf de torque, o Polo GTS quebra dois paradigmas dentro da Volkswagen: o de um Polo custar mais de R$ 100.000 (basta adicionar pintura metálica) e o de ser o mais rápido entre os VW fabricados no Brasil.Ele resgata a sigla lançada no Brasil pelo Passat GTS, mas que não era usada há quase...
Leia mais
VW Polo GTS: testamos na pista o hatch esportivo de R$ 99.470
Friso vermelho que entra nos faróis full-led é detalhe marcante do GTS (Fernando Pires/Quatro Rodas)Acho que eu sei o que você está pensando. Realmente, com suspensão levemente mais baixa e rodas maiores, como no conceito que estava no Salão do Automóvel de 2018, o Polo GTS ficaria mais atraente.Poderia ter ido além, com teto solar. O hatch esportivo parece conservador na versão de produção, mas não foge à proposta dos antepassados.As lanternas de led vêm da Europa: são as...
Leia mais
Teste do especialista: qual suporte para celular funciona melhor?
– (Chrstian Castanho/Quatro Rodas)Mais que um acessório, os suportes magnéticos contribuem para a segurança do motorista ao garantir que o celular vai ficar bem preso. Para ver se eles são eficientes no dia a dia, separamos três dos mais procurados (Luxcar, Multilaser e KinGo) e levamos para um teste com nosso especialista. “Esses acessórios são imprescindíveis para garantir conforto e proteção ao dirigir. Mas ao rosquear os suportes para dar maior firmeza, como no caso do...
Leia mais
Segredo: Fiat Argo terá base do Peugeot 208 que nem chegou ao Brasil
Peugeot 208 e Fiat Argo (Arte/Quatro Rodas)A fusão entre FCA e PSA exigiu uma arrumação geral na casa e agora os executivos da nova empresa – ainda sem nome conhecido – estabelecem um novo plano de voo.Uma fonte ligada à PSA na França contou, sob condição de sigilo de sua identidade, como a companhia deverá atuar daqui para frente.“Oficialmente, ambos os lados terão força equivalente, mas se espera que a PSA terá maior relevância, especialmente a Peugeot”, diz nossa...
Leia mais