Novidades

20 DEZ
Monster Jam traz carros gigantes com 1.600 cv ao Brasil

Monster Jam traz carros gigantes com 1.600 cv ao Brasil

Carros esmagados e cenas espetaculares: o Monster Jam teve lotação esgotada em SP (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Americanos sabem fazer espetáculo. Da lista de músicas selecionadas para animar o público às atrações para todas as idades, tudo é feito para entreter espectadores de todas as idades.

Com o Monster Jam não é diferente. O torneio de monster trucks (picapes com rodas enormes que esmagam carros e qualquer coisa à frente) veio pela primeira vez ao Brasil, empolgando as mais de 30 mil pessoas que lotaram a Arena Corinthians, na zona leste de São Paulo.

Evento foi criado há 25 anos nos Estados Unidos (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Oito veículos participaram da etapa. Neste ano, o Monster Jam já esteve na Espanha, França, Porto Rico, Finlândia, Suécia, Japão, China e Austrália.

Na América Latina, os caminhões passaram por México, Chile e Argentina antes de fechar o ano no Brasil.

Nascimento e profissionalização

O Bigfoot foi o primeiro monster truck da história (reprodução/Internet)

Os monster trucks atuais são projetados especificamente para participar do Monster Jam. Mas nem sempre foi assim: os primeiros veículos nasceram nos anos 70 e eram adaptações duvidosas feitas sobre picapes de rua.

Um dos carros mais famosos foi o Bigfoot, construído em 1975 e revelado ao público quatro anos depois.

Foi a bordo dele que, em abril de 1981, Bob Chandler esmagou dois carros apenas para fazer propaganda de sua oficina de veículos 4×4. A primeira apresentação ao público ocorreu no ano seguinte, quando Bob decidiu calçar sua picape com pneus de 1,67 metro de altura.

A partir daí, os shows de monster trucks deixaram o papel de coadjuvantes em competições de picapes para se tornarem protagonistas.

A profissionalização veio nos anos 80 com a criação da Monster Truck Racing Association em 1988. A USHRA (United States Hot Rod Association, ou Associação dos Hot Rods dos Estados Unidos) começou a organizar os eventos de monster trucks nos anos 90, década na qual nasceu o Monster Jam.

O circuito

Alguns obstáculos da pista foram montados apenas para facilitar manobras como esta (Fernando Pires/Quatro Rodas)

As etapas do Monster Jam costumam ser realizadas dentro de arenas esportivas, como estádios de futebol. A pista é toda feita de terra batida e a organização monta várias rampas de tamanhos diversos para facilitar as manobras.

Alguns carros sucateados são espalhados pelo percurso para serem esmagados nas apresentações individuais. Existe até uma espécie de “meia rampa” apoiada em uma caçamba de lixo cheia de terra, na qual os veículos usam como plataforma para fazer loopings.

Os monster trucks

Suspensão reforçada tem quatro amortecedores a gás em cada roda (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Todos os veículos são iguais. Debaixo da carroceria de fibra de vidro fica um chassi tubular semelhante ao de carros de competição. Cada carro tem 3,2 metros de altura, 3,6 metros de largura e 5,4 metros de comprimento.

O motor é um 5.7 V8 com compressor, entregando 1.600 cv – e comumente utilizado em dragsters. Os freios ficam nos diferenciais e a transmissão automática tem duas marchas à frente e ré.

Os dois eixos são direcionais. Cada pneu tem 1,67 metro de altura por 1,09 metro de largura e pesa de 360 a 410 quilos. A fabricante é a BKT, especializada em pneus de trator.

Repare como o eixo traseiro esterça tanto quanto as rodas da frente (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Há quatro amortecedores a gás com nitrogênio em cada roda, permitindo que eles pulem mais alto e mais longe sem danificar o conjunto nas aterrissagens.

Várias peças são protegidas para evitar acidentes caso elas se desprendam dos monster trucks. Os pneus são fixados por um cabo de aço e os eixos são protegidos por uma estrutura metálica.

As regras do jogo

Belos saltos não são o único critério de avaliação (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Cada etapa submete os monster trucks a duas competições: corrida (racing) e estilo livre (freestyle). O evento não dura mais do que duas horas, com um intervalo entre cada atividade.

Nas apresentações menores, o Monster Jam organiza atividade mais rápidas, como concursos de zerinhos (donuts), na qual o piloto gira seu caminhão em 360 graus até ficar tonto, o veículo parar ou quando o competidor acha que obteve uma pontuação alta o suficiente para vencer a prova.

A corrida reúne os monster trucks em confrontos eliminatórios. Ambos fazem o mesmo traçado e quem completar um determinado número de voltas primeiro avança para a fase seguinte, até que se eleja o vencedor.

Cada monster truck teve dois minutos para fazer sua demonstração de estilo livre (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Já a competição de estilo livre é individual, dando a cada piloto dois minutos para realizar qualquer tipo de manobra. Seis juízes avaliam o participante em notas de 1 a 10, sendo que a plateia também faz o mesmo acessando o site da competição.

Na etapa brasileira, o Monster Jam avaliou também a habilidade dos pilotos em duas rodas. Valia andar apoiado nas rodas da frente ou nas de trás e dirigir apenas com as rodas do lado esquerdo tocando o solo.

Andar em duas rodas conta pontos valiosos na avaliação final (Fernando Pires/Quatro Rodas)

São descartadas a nota mais alta e a mais baixa, e o placar máximo é de 40 pontos. Até a capacidade de recuperação após uma capotagem (ou seja, se o veículo consegue usar o torque nas rodas para voltar à posição correta) é julgada pela comissão.

Se o mesmo piloto conquistar duas competições ele leva o grande troféu da etapa. Antes do encerramento de cada temporada, os monster trucks se reúnem em Las Vegas para disputar a grande final.

Como foi o Monster Jam Brasil

O Grave Digger é um dos monster trucks mais conhecidos do evento (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Oito veículos disputaram a etapa brasileira, que teve disputas de corrida, estilo livre e demonstrações de habilidade em duas rodas.

O mais famoso deles era o Grave Digger (coveiro, em português), criado em 1982 por Dennis Anderson. Atualmente, ele comanda uma frota de nove monster trucks idênticos, que participam de vários eventos do gênero pelo mundo.

Duas mulheres participaram do Monster Jam Brasil. Brianna Mahon dirigiu o Scooby Doo, carismático monster truck baseado no personagem homônimo dos estúdios Hanna-Barbera.

Brianna Mahon levou o Scooby Doo à vitória no Brasil (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Já o MM Dalmatian (que, como o nome diz, parece um cachorro da raça dálmata) foi conduzido pela canadense Cynthia Gauthier.

Pilotado por Cynthia Gauthier, o MM Dalmatian fez sucesso entre as mulheres (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Ambas tiveram bons resultados em Itaquera: enquanto o Dalmatian venceu a prova de habilidade em duas rodas, o Scooby Doo esteve entre os líderes em todas as disputas e venceu a etapa brasileira no desempate contra o Grave Digger. O MM Dalmatian foi o quarto colocado.

Outros cinco monster trucks estiveram no Brasil.

Pilotado por Colt Stephens, o Max-D teve problemas mecânicos, mas voltou a tempo de participar da prova final e ficar com o terceiro lugar na classificação geral.

Colt Stephens teve problemas com o Max-D, mas voltou antes do fim do evento (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O El Toro Loco representou a comunidade hispânica com o costarriquenho Mark List, e foi segundo colocado na prova de habilidade em duas rodas, mas amargou a última posição no estilo livre. No fim das contas, quinta posição.

Note que fumaça sai das “narinas” do El Toro Loco nas decolagens (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Sexto colocado, o Alien Invasion teve um desempenho discreto até demais, caindo na primeira fase da disputa entre duplas e registrando o segundo pior desempenho na competição de estilo livre.

A chamativa pintura era o destaque do Alien Invasion (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O New Earth Authority (ou simplesmente N.E.A) levantou o público ao capotar na apresentação de estilo livre, terminando a prova com a carroceria completamente destruída. Como destruição não conta pontos para os juízes, o monster truck foi apenas o sétimo melhor do dia.

O N.E.A Police não teve um resultado tão bom na etapa brasileira (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Com apenas oito pontos, o Zombie foi eliminado na primeira rodada da corrida e não teve bons resultados nas outras duas provas. Resultado: ficou na lanterna.

Visual do Zombie foi elogiado, mas seu desempenho nem tanto (Fernando Pires/Quatro Rodas)

 

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

21 AGO
Teste: novo Toyota RAV4 vira híbrido para encarar Compass, Tiguan e cia

Teste: novo Toyota RAV4 vira híbrido para encarar Compass, Tiguan e cia

Grade avantajada e frente alta e reta conferem o aspecto parrudo da dianteira (Christian Castanho/Quatro Rodas)A trajetória de vendas do Toyota RAV4 no Brasil revela um SUV de porte médio que vendeu muito bem. Mas que também vendeu muito mal. E, em alguns momentos, desapareceu das concessionárias. Ou seja, um utilitário de uma marca fortíssima, mas com performance local que passa longe do sucesso obtido ao redor do planeta – é até difícil para um brasileiro acreditar, mas o RAV4 é... Leia mais
21 AGO
SUVs líderes perdem mais valor que franceses e chineses, diz consultoria

SUVs líderes perdem mais valor que franceses e chineses, diz consultoria

Líderes de vendas entre SUVs também estão na ponta da tabela da desvalorização (Arte/Quatro Rodas)Os SUVs ganham cada dia mais mercado no Brasil. São veículos que dão maior status e mais visibilidade na direção e, com isso, vêm se destacando cada vez mais nos rankings de vendas de veículos novos.Isso é comprovado pela tabela de emplacamentos da Fenabrave (associação nacional dos concessionários), que aponta que cinco dos 20 veículos mais vendidos em território nacional,... Leia mais
21 AGO
Autodefesa: Jeep Compass apresenta apagão no motor, mesmo após recall

Autodefesa: Jeep Compass apresenta apagão no motor, mesmo após recall

Andressa (à esq.) atendeu ao recall, mas o carro apresentou a falha e agora voltou à oficina (Alexandre Battiblugi/Quatro Rodas)Em junho de 2018, a Jeep chamou 92.081 unidades de Renegade e Compass para reparar uma falha nos relês dos sistemas de ignição e injeção de combustível, que pode levar ao desligamento inesperado do motor. Apesar do procedimento, recebemos relatos de proprietários de Compass reclamando que seus veículos passaram a conviver com o apagão no motor mesmo após... Leia mais
21 AGO
Clássicos brasileiros da Volkswagen vão participar de rali na Alemanha

Clássicos brasileiros da Volkswagen vão participar de rali na Alemanha

Um Volkswagen SP2, um Karmann-Ghia TC e uma Brasília, clássicos brasileiros dos anos 1970 e 1980, vão participar de um rali na Alemanha no final desta semana. O trio, que pertence ao acervo de carros clássicos da própria Volkswagen, vai percorrer os 580 km entre as cidades de Dresden e Liepzig no Sachsen Classic. O percurso terá duração de 3 dias e, é importante lembrar, não se trata de um rali de velocidade. Veja mais notícias de carros clássicosVolkswagen encerra... Leia mais
20 AGO
Audi lança a nova RS 6 com 600 cavalos e sistema híbrido leve

Audi lança a nova RS 6 com 600 cavalos e sistema híbrido leve

A Audi resolveu não esperar até o Salão de Frankfurt, no início de setembro, e revelou nesta terça-feira (20) a nova geração da perua esportiva RS 6, um dos modelos mais desejados da marca. Na nova geração, a perua traz motor V8 biturbo de 4 litros com 600 cavalos e 81,6 kgfm de torque. Com esse conjunto, a RS 6 acelera de 0 a 100 km/h em apenas 3,6 segundos – quase o mesmo tempo de uma Ferrari Portofino. A máxima é limitada eletronicamente em 250 km/h. Um câmbio... Leia mais
20 AGO
Segredo: com A3 Sedan e Q3 importados, Audi encerrará produção no Brasil

Segredo: com A3 Sedan e Q3 importados, Audi encerrará produção no Brasil

Geração atual do A3 Sedan será substituída até o final do ano, na Europa (Divulgação/Audi)Como diz o dito popular que antecipa notícias ruins, o gato pode ter subido no telhado para a fabricação das novas gerações de Audi Q3 e A3 Sedan no Brasil.Segundo uma fonte de QUATRO RODAS, esses dois modelos continuarão a ser comercializados no país, mas somente importados.O encerramento da produção local em São José dos Pinhais (PR) ocorre em razão dos elevados investimentos... Leia mais