Caixa CVT já é adotada no Captur – e equipará Sandero e Logan (Rodolfo Buhrer/Divulgação) Não foi só a Nissan que se beneficiou com o lançamento do Kicks. A Renault viu uma boa oportunidade de equipar alguns modelos com a transmissão CVT. Após o Captur, chegou a vez do Duster aposentar o pedal da embreagem nas versões de entrada. A mudança veio em boa hora para o modelo lançado em 2011. Até este ano, quem procurava um Duster automático precisava se contentar com o velho câmbio de quatro marchas. Para piorar, a caixa só equipa as versões com motor 2.0 – todas as opções 1.6 tinham câmbio manual. Futuramente, Sandero e Logan também ganharão a transmissão CVT, juntamente com a atualização visual prevista para 2018. Porte de SUV médio: o Duster tem 4,33 m de comprimento e 2,67 m de entre-eixos (Rodolfo Buhrer/Divulgação) Duas versões de acabamento podem ser combinadas à transmissão CVT. O Duster Expression custa R$ 75.490 e traz controles de estabilidade e tração, banco do motorista com regulagem de altura, vidros elétricos nas quatro portas, coluna de direção com regulagem de altura e travas elétricas. A versão Dynamique (R$ 81.490) acrescenta piloto automático, câmera de ré, volante revestido em couro, retrovisores elétricos, computador de bordo, central multimídia com tela de 7 polegadas, GPS e comandos de som atrás do volante. Foi esta a versão avaliada por QUATRO RODAS. Faróis ganharam luzes de led na atualização visual de dois anos atrás (Rodolfo Buhrer/Divulgação) O motor é o 1.6 16V SCe (120/118 cv) do Captur 1.6 CVT. Diferente da versão com caixa manual, o Duster perde fôlego em baixas rotações e precisa de algum tempo para embalar nas retomadas. A saída é recorrer às trocas sequenciais, realizadas por toques na alavanca para frente e para trás. Uma ausência sentida é o sistema start-stop presente em Logan e Sandero. Há opção de modo Eco, mas não o ligue se não for preciso poupar combustível: o Duster fica bem mais lento nas retomadas. Cabine tem acabamento de qualidade apenas regular (Rodolfo Buhrer/Divulgação) Em contrapartida, o Duster tem um baixo nível de ruído nas acelerações para um veículo com câmbio CVT, mesmo sem um isolamento acústico satisfatório. As versões manual e CVT travam um duelo bem equilibrado na pista de testes. O Duster manual leva menos tempo para ir de 0 a 100 km/h e freia melhor, mas o câmbio CVT faz o SUV ter retomadas mais rápidas. Painel de instrumentos tem visual simples (Rodolfo Buhrer/Divulgação) As médias de consumo também superam o Duster 1.6 manual, com 10,5 km/l na cidade e 12,8 km/l na estrada, contra 9,4 km/l e 11,7 km/l, respectivamente. Frente ao Captur, o Duster empata em praticamente todas as provas, com uma leve vantagem em desempenho e nível de ruído para o SUV derivado do Sandero. Nada surpreendente lembrando que ambos pesam quase a mesma coisa – 1.286 kg do Captur e 1240 kg do Duster. Visual é o mesmo desde a reestilização de 2015 (Rodolfo Buhrer/Divulgação) O design não nega a idade do Duster. O estilo quadradão do SUV já está datado, mas ainda tem admiradores. A cabine poderia ser mais bem acabada e alguns comandos ficam mal localizados. Os botões do piloto automático e do modo Eco ficam em posição muito baixa, à frente do porta-copos, dificultando a visualização dos comandos. A falta de iluminação no gabarito das marchas na manopla do câmbio é uma ausência muito sentida em locais pouco iluminados. Sua principal virtude é o espaço interno. Nenhum concorrente acomoda cinco passageiros com o conforto do Duster – o maior SUV compacto da categoria, com 4,33 metros de comprimento e distância entre-eixos de 2,67 metros. Bagagens também viajam folgadas no porta-malas de 475 litros – mais amplo do que todos os rivais. Posição de dirigir é elevada, como gostam os donos de SUVs (Rodolfo Buhrer/Divulgação) Três adultos viajam com relativo conforto no banco de trás (Rodolfo Buhrer) Duster CVT tem números de retomada melhores do que o modelo 1.6 manual (Rodolfo Buhrer/Divulgação) Apostando na relação custo/benefício, o Duster ainda se sustenta entre os modelos mais vendidos do segmento. Até porque faltam carros nesta faixa de preço com o mesmo conteúdo e transmissão automática ou CVT – apenas o JAC T5 CVT (R$ 72.990) é mais barato do que o Renault. O Lifan X60 CVT custa R$ 77.990. Entre os modelos mais vendidos, a opção mais próxima é o recém-reestilizado Ford EcoSport SE 1.5 AT (R$ 83.990), que sai de fábrica com controles de estabilidade e tração, assistência de partida em rampas, central multimídia SYNC 3 e sete airbags, contra apenas dois do Duster. Se você gosta de um design mais rústico, não liga para um acabamento mais simples e precisa de espaço interno, o Duster surge como uma interessante opção de SUV compacto na faixa dos R$ 80.000.
Fonte:
Quatro Rodas
Mais conforto, menos agilidade
Linhas envelhecidas e espaço de sobra
Bom negócio?
Teste de pista (com gasolina) – Renault Duster Dynamique CVT
Ficha técnica
Teste: Renault Duster 1.6 CVT é boa opção entre SUVs compactos
Mais Novidades
VelociRaptor 6×6 é um incrível Ford F-150 Raptor com seis rodas
Superpicape 6×6 foi baseada na F-150 Raptor (Henessey Performance/Divulgação)
A Ford F-150 Raptor é linda e monstruosa por natureza, mas para alguns, ainda não é o bastante.
No SEMA, salão de preparação que acontece esta semana em Las Vegas, os texanos da Hennessey apresentaram a nova versão da VelociRaptor 6×6, uma superpicape de seis rodas e mais de 600 cv.
Para-choque na versão 6×6 ficou mais robusto (Henessey...
Leia mais
1 em cada 3 brasileiros pode ter isenção de IPVA
30% da população pode ter isenção de IPVA– (Marco de Bari/Quatro Rodas)
No Brasil existem 45,6 milhões de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, segundo o IBGE. Esse número representa cerca de 25% da população.
Todas elas têm direito, por meio da Lei Nº 8.989/95, à isenção de IPVA e outros impostos, como ICMS e IPI na compra de carros zero-km.
No entanto, o texto da lei dá margem para dúvidas e abre brechas, pois...
Leia mais
Impressões: Volkswagen I.D. Buzz, a Kombi do futuro
O estilo pão de fôrma está garantindo na Kombi de 2022 (Divulgação/Volkswagen)
A meta da Volkswagen é vender mais de 1 milhão de carros elétricos por ano a partir de 2025. Um dos modelos desse gigantesco bolo é justamente a I.D. Buzz, que você conhece agora.
Mas, antes das apresentações formais, para quebrar o gelo, pode chamar esse protótipo apenas de nova Kombi.
A I.D. Buzz está carregada de tecnologia, o que nunca foi o forte...
Leia mais
Teste: Peugeot 2008 Griffe com câmbio de seis marchas
Por fora, nada novo: o 2008 Griffe mantém a cara de 2015 (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Como para um estudante de humanas, números nunca foram o ponto forte do 2008. Além de ficar longe de seus rivais em vendas, ele mantinha um antiquado (e criticado) câmbio automático de quatro marchas.
Porém, chegou a hora de a Peugeot alterar essa equação: agora, finalmente equipado com uma transmissão de seis velocidades, ele quer mudar o...
Leia mais
Longa Duração: Creta teve dois pneus furados em uma viagem
Hyundai em visita a Campos do Jordão – SP (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)
Rodar com os pneus com a calibragem correta é importantíssimo, pois somente com a pressão adequada o carro oferece o máximo em performance, economia e, principalmente, segurança.
No caso do Creta, o indicador de pressão dos pneus é um grande aliado. “Estranhei o fato de o painel mostrar apenas 24 libras nos traseiros, quando o correto são 33 libras....
Leia mais
Dodge vai vender V8 de 707 cv do Hellcat pelo preço de uma Spin
Motor é vendido prontinho para ser instalado em qualquer carro, desde que haja espaço (Divulgação/Dodge)
Mais do que o design e os ajustes de chassi, o elemento mais importante do Dodge Challenger Hellcat é seu motor V8 6.2, com compressor que gera uma estupidez de 717 cv e 89,8 mkgf.
Pois a Dodge anunciou no SEMA, salão de preparação que acontece esta semana em Las Vegas, que venderá este motor a parte para que você possa instalar...
Leia mais