Novidades

15 DEZ
Teste: Renault Duster 1.6 CVT é boa opção entre SUVs compactos

Teste: Renault Duster 1.6 CVT é boa opção entre SUVs compactos

Caixa CVT já é adotada no Captur – e equipará Sandero e Logan (Rodolfo Buhrer/Divulgação)

Não foi só a Nissan que se beneficiou com o lançamento do Kicks. A Renault viu uma boa oportunidade de equipar alguns modelos com a transmissão CVT. Após o Captur, chegou a vez do Duster aposentar o pedal da embreagem nas versões de entrada.

A mudança veio em boa hora para o modelo lançado em 2011. Até este ano, quem procurava um Duster automático precisava se contentar com o velho câmbio de quatro marchas. Para piorar, a caixa só equipa as versões com motor 2.0 – todas as opções 1.6 tinham câmbio manual.

Futuramente, Sandero e Logan também ganharão a transmissão CVT, juntamente com a atualização visual prevista para 2018.

Porte de SUV médio: o Duster tem 4,33 m de comprimento e 2,67 m de entre-eixos (Rodolfo Buhrer/Divulgação)

Duas versões de acabamento podem ser combinadas à transmissão CVT. O Duster Expression custa R$ 75.490 e traz controles de estabilidade e tração, banco do motorista com regulagem de altura, vidros elétricos nas quatro portas, coluna de direção com regulagem de altura e travas elétricas.

A versão Dynamique (R$ 81.490) acrescenta piloto automático, câmera de ré, volante revestido em couro, retrovisores elétricos, computador de bordo, central multimídia com tela de 7 polegadas, GPS e comandos de som atrás do volante. Foi esta a versão avaliada por QUATRO RODAS.

Mais conforto, menos agilidade

Faróis ganharam luzes de led na atualização visual de dois anos atrás (Rodolfo Buhrer/Divulgação)

O motor é o 1.6 16V SCe (120/118 cv) do Captur 1.6 CVT. Diferente da versão com caixa manual, o Duster perde fôlego em baixas rotações e precisa de algum tempo para embalar nas retomadas. A saída é recorrer às trocas sequenciais, realizadas por toques na alavanca para frente e para trás.

Uma ausência sentida é o sistema start-stop presente em Logan e Sandero. Há opção de modo Eco, mas não o ligue se não for preciso poupar combustível: o Duster fica bem mais lento nas retomadas.

Cabine tem acabamento de qualidade apenas regular (Rodolfo Buhrer/Divulgação)

Em contrapartida, o Duster tem um baixo nível de ruído nas acelerações para um veículo com câmbio CVT, mesmo sem um isolamento acústico satisfatório.

As versões manual e CVT travam um duelo bem equilibrado na pista de testes. O Duster manual leva menos tempo para ir de 0 a 100 km/h e freia melhor, mas o câmbio CVT faz o SUV ter retomadas mais rápidas.

Painel de instrumentos tem visual simples (Rodolfo Buhrer/Divulgação)

As médias de consumo também superam o Duster 1.6 manual, com 10,5 km/l na cidade e 12,8 km/l na estrada, contra 9,4 km/l e 11,7 km/l, respectivamente.

Frente ao Captur, o Duster empata em praticamente todas as provas, com uma leve vantagem em desempenho e nível de ruído para o SUV derivado do Sandero. Nada surpreendente lembrando que ambos pesam quase a mesma coisa – 1.286 kg do Captur e 1240 kg do Duster.

Linhas envelhecidas e espaço de sobra

Visual é o mesmo desde a reestilização de 2015 (Rodolfo Buhrer/Divulgação)

O design não nega a idade do Duster. O estilo quadradão do SUV já está datado, mas ainda tem admiradores. A cabine poderia ser mais bem acabada e alguns comandos ficam mal localizados.

Os botões do piloto automático e do modo Eco ficam em posição muito baixa, à frente do porta-copos, dificultando a visualização dos comandos.

A falta de iluminação no gabarito das marchas na manopla do câmbio é uma ausência muito sentida em locais pouco iluminados.

Sua principal virtude é o espaço interno. Nenhum concorrente acomoda cinco passageiros com o conforto do Duster – o maior SUV compacto da categoria, com 4,33 metros de comprimento e distância entre-eixos de 2,67 metros.

Bagagens também viajam folgadas no porta-malas de 475 litros – mais amplo do que todos os rivais.

Posição de dirigir é elevada, como gostam os donos de SUVs (Rodolfo Buhrer/Divulgação)

Três adultos viajam com relativo conforto no banco de trás (Rodolfo Buhrer)

Bom negócio?

Duster CVT tem números de retomada melhores do que o modelo 1.6 manual (Rodolfo Buhrer/Divulgação)

Apostando na relação custo/benefício, o Duster ainda se sustenta entre os modelos mais vendidos do segmento. Até porque faltam carros nesta faixa de preço com o mesmo conteúdo e transmissão automática ou CVT – apenas o JAC T5 CVT (R$ 72.990) é mais barato do que o Renault. O Lifan X60 CVT custa R$ 77.990.

Entre os modelos mais vendidos, a opção mais próxima é o recém-reestilizado Ford EcoSport SE 1.5 AT (R$ 83.990), que sai de fábrica com controles de estabilidade e tração, assistência de partida em rampas, central multimídia SYNC 3 e sete airbags, contra apenas dois do Duster.

Se você gosta de um design mais rústico, não liga para um acabamento mais simples e precisa de espaço interno, o Duster surge como uma interessante opção de SUV compacto na faixa dos R$ 80.000.

Teste de pista (com gasolina) – Renault Duster Dynamique CVT

  • Aceleração de 0 a 100 km/h:  14,1 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 35,8 s/144
  • Velocidade máxima: n/d
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 5,8 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 8 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 11 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 16 / 27,6 / 64,4 m
  • Consumo urbano: 10,5 km/l
  • Consumo rodoviário: 12,8 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 39,7/72,5 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 63,6/70,8 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 81.490
  • Motor: flex, diant., 4 cil., 16V, 1.597 cm3, 120/118 cv a 5.500 rpm, 16,2 mkgf a 4.000 rpm
  • Câmbio: automático CVT, 6 marchas, tração dianteira
  • Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.) e sólidos (tras.)
  • Direção: elétrica
  • Pneus: 215/65 R16
  • Dimensões: comprimento, 432,9 cm; altura, 168,3 cm; largura, 182,2 cm; entre-eixos, 267,4 cm; peso, 1.240 kg; porta-malas, 475 l; tanque, 50 litros; peso/potência, 10,3/10,5 kg/cv; peso/torque, 76,5 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 3 anos/1 ano

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

10 SET
Volvo lança versão de entrada do hatch V40 por R$ 100 mil

Volvo lança versão de entrada do hatch V40 por R$ 100 mil

A Volvo lançou nesta quinta-feira (10) a linha 2016 do hatch V40. Sem novidades estéticas, as novidades se resumem a oferta de versões e novos motores. Deixam de ser usados os nomes Comfort e Dynamic. Junto com a mudança de nomenclatura de algumas versões, o propulsor 2.0 de 5 cilindros de 180 cavalos, de concepção do começo dos anos 90 também foi aposentado. A partir de agora, a versão básica será a T3 Kinetic, com um motor inédito no Brasil, um quatro cilindros 1.5 turbo... Leia mais
10 SET
Toyota lança novo Prius; no Japão, vendas começam em dezembro

Toyota lança novo Prius; no Japão, vendas começam em dezembro

A Toyota revelou em Las Vegas (EUA) o novo Prius, o híbrido mais vendido até hoje. Em sua quarta geração, o modelo passou pela maior mudança até hoje. O visual, que sempre foi motivo de controvérsia, ficou ainda mais polêmico, com traços que lembram o Mirai, “primo” movido a hidrogênio. Segundo a Toyota, o design foi pensado para ser não apenas estético, mas também funcional. Os faróis, menores, foram criados para reduzir a área frontal, enquanto as lanternas traseiras... Leia mais
10 SET
Kia volta a vender o Picanto com câmbio manual

Kia volta a vender o Picanto com câmbio manual

A Kia voltará a vender o Picanto com câmbio manual no Brasil, por R$ 39.990. Até então, só a versão com câmbio automático era comercializada, por R$ 46.900. Ambas passaram por reestilização recentemente. O modelo é equipado com motor de 3 cilindros, 1.0 litro flex, com potência de 80 cavalos a 6.200 rpm e torque de 10,0kgm a 4.500 rpm se abastecido com etanol. O Picanto chegou a ser um dos modelos importados mais vendidos no Brasil considerando as marcas que não têm... Leia mais
10 SET
Solda na roda se rompeu e fez carro de Cristiano Araújo capotar, diz laudo

Solda na roda se rompeu e fez carro de Cristiano Araújo capotar, diz laudo

Laudo do Instituto de Criminalística de Goiás aponta que o carro de Cristiano Araújo capotou devido à ruptura de soldas da roda traseira situada do lado direito. Com o rompimento, elas cortaram o pneu, que saiu completamente da estrutura do automóvel. A perícia constatou que somente nessa peça, que não era original e tinha aro 22, havia dez pontos de soldagem feitas com material de má qualidade. O acidente provocou a morte do sertanejo e da namorada dele, Allana Moraes, de 19... Leia mais
10 SET
Trabalhadores da Ford entram em greve por demissões no ABC

Trabalhadores da Ford entram em greve por demissões no ABC

Cerca de 4,3 mil funcionários da Ford em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, entraram em greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira (10), por causa de demissões, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A entidade que representa os trabalhadores afirmou que cerca de 200 colaboradores receberam comunicados de dispensa na véspera, mas o número total ainda é incerto. Representantes da Ford não foram encontrados pelo G1. Desde maio, 160 trabalhadores do local estão de... Leia mais
09 SET

Toyota Hilux feita na Tailândia obtém 5 estrelas na proteção de adultos

O Programa de Avaliação de Veículos Novos para América Latina e o Caribe (Latin NCAP) avaliou pela primeira vez uma picape, a nova geração da Toyota Hilux, mas uma unidade feita na Tailândia. Segundo resultado divulgado nesta quarta-feira (9), o veículo obteve 5 estrelas (máximo possível) para proteção de adultos e 4 para a de crianças. Apesar de alguns países da América Latina receberem a Hilux tailandesa, as que são vendidas no Brasil vêm da Argentina; e a nova... Leia mais