Além do Argo, o câmbio GSR já é aplicado em Uno e Mobi (Fiat/Divulgação) O Argo Drive 1.3 é a versão mais atraente do hatchback da Fiat. Mais refinada do que o Argo Drive 1.0 e não tão cara quanto a configuração Precision 1.8, ele combina bom desempenho com baixo consumo de combustível. Diante desses fatos, eu estava otimista para dirigir o Argo Drive GSR – principalmente quando soube que a Fiat fez algumas melhorias no veterano câmbio automatizado Dualogic. Fiat fez alterações na calibração do câmbio automatizado para minimizar os trancos nas trocas de marcha (Fiat/Divulgação) Uma das principais mudanças foi a calibração da reserva de torque nas trocas de marcha, elevando a rotação antes da próxima marcha ser engatada. Essa alteração minimizaria os trancos que tanto incomodam os motoristas em carros automatizados. Mas na prática não é bem assim. O câmbio GSR continua indeciso para realizar as trocas, pegando o motorista de surpresa ao reduzir marchas em situações desnecessárias. Não há logotipos identificando a presença da caixa GSR no Argo (Fiat/Divulgação) O Argo perde embalo e sobe o giro repentinamente, aumentando o barulho dentro da cabine. Passei pelo menos duas vezes por esta situação – ambas enquanto o veículo estava no meio de subidas íngremes. Apenas quando o veículo já está na quarta ou quinta marchas é que seu funcionamento fica mais suave – ou seja, longe da situação vivenciada no trânsito. Se serve de alento, pelo menos dá para controlar o funcionamento da caixa GSR pelas aletas atrás do volante. É só tirar o pé do acelerador enquanto a marcha é engatada para eliminar as ocorrências de trancos. Aletas para realizar trocas sequenciais diminuem os trancos nas trocas de marcha (Fiat/Divulgação) Do Uno (que também trocou o nome Dualogic por GSR) veio a caixa com botões em vez da alavanca convencional. É uma solução bonita de ver, mas não muito prática para realizar manobras rápidas – como quando se está dentro de um estacionamento lotado. Botões substituem a alavanca de câmbio convencional (Fiat/Divulgação) Desconsiderando o comportamento letárgico do câmbio automatizado, o Argo Drive 1.3 é um carro bastante atraente em seu segmento. O belo design desenvolvido no Brasil evoca tanto o Tipo europeu quanto modelos da Alfa Romeo, como a Giulietta. Mesmo assim, de alguns ângulos o Argo lembra um pouco o Volkswagen Gol e até o Hyundai HB20. Com tela “flutuante” e saídas de ar redondas, a cabine do Argo lembra o Classe A (Fiat/Divulgação) Já o interior parece ter sido inspirado nos compactos da Mercedes-Benz, especialmente o Classe A. Além das três saídas redondas de ar-condicionado, o Argo traz uma tela de 7 polegadas bem no centro da cabine. É nela que são exibidos os recursos da central multimídia UConnect, que suporta os sistemas operacionais Android Auto e Apple CarPlay. Central multimídia tem interface bonita e é fácil de operar (Fiat/Divulgação) O painel de instrumentos oferece fácil visualização e uma tela de 3,5 polegadas entre os mostradores analógicos, que exibe as informações do computador de bordo – nem tão completa quanto a tela de TFT de 7 polegadas da versão HGT. Tela de 3,5 polegadas exibe informações do computdor de bordo (Fiat/Divulgação) A variedade de texturas aplicadas na cabine disfarça o excesso de plástico no acabamento, especialmente na área superior do painel. Falta um pouco de precisão nos encaixes das peças, seguindo o padrão de montagem de seus rivais. A posição de dirigir é boa, nem tão alta quanto no Chevrolet Onix e nem excessivamente baixa como no Hyundai HB20. O banco do motorista tem um assento mais longo que apoia bem as pernas, diferente do que ocorria nos antigos Fiat. Cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes do banco de trás (Fiat/Divulgação) A calibragem da suspensão, aliás, também foge ao padrão da marca. Mais firme, ela não deixa a carroceria inclinar tanto nas curvas, algo que já estávamos acostumados com Palio e Punto. O espaço interno é bom para quem viaja atrás e o porta-malas leva 300 litros – dentro da média do segmento. Motor 1.3 Firefly também é utilizado no Uno (Fiat/Divulgação) O motor Firefly 1.3 de quatro cilindros em linha entrega 109/101 cv e torque máximo de 14,2/13,7 mkgf a 3.500 rpm. Em nossa pista de testes, o hatch precisou de 13,9 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h – o Argo 1.3 manual cumpriu a mesma tarefa em 12,4 segundos. A versão GSR dá o troco nas retomadas de 60 a 100 km/h (7,8 contra 12,5 segundos) e de 80 a 120 km/h (10,4 ante 21 segundos). Mesmo com câmbio automatizado, o Argo obteve bons números de consumo, com média de 14,7 km/l na cidade e 16,5 km/l na estrada – praticamente empatando com os 14,6 km/l e 16,8 km/l da versão manual. Revestimento peca pelo uso excessivo de plástico, mas texturas e cores disfarçam a qualidade do acabamento (Fiat/Divulgação) O Argo Drive 1.3 GSR custa R$ 58.900 sem opcionais, ou R$ 5.000 a mais do que a mesma versão equipada com câmbio manual. Uma importante diferença a favor da versão GSR é a oferta do controle de estabilidade de série, indisponível na opção com câmbio manual. Outros itens vindos de fábrica são assistente de partida em rampas, piloto automático, coluna de direção com regulagem de altura, segunda porta USB para o banco de trás, Isofix, ar-condicionado analógico, banco do motorista com regulagem de altura, central multimídia UConnect de 7 polegadas, chave canivete, direção elétrica, volante multifunção, repetidores de setas nos retrovisores, sistema de monitoramento de pressão dos pneus e sistema start-stop no motor. Estilo é mais discreto do que a versão esportiva HGT (Fiat/Divulgação) Apenas dois pacotes formam a lista de opcionais. O Kit Parking traz sensor de estacionamento traseiro e câmera de ré por R$ 1.400, e o Kit Stile oferece faróis de neblina, rodas de liga leve de 15 polegadas e pneus 185/65 R15 a R$ 1.900. Completo, o Argo GSR sai por R$ 62.200. Mesmo com todos os opcionais, o Argo Drive 1.3 GSR é mais barato do que os rivais: R$ 62.200 (Fiat/Divulgação) Bem equipado e moderno, o Argo Drive 1.3 GSR só padece de um câmbio verdadeiramente automático para bater seus rivais. Até porque preço mais baixo ele já tem: o Hyundai HB20 Comfort Plus sai por R$ 59.430 e o Chevrolet Onix LTZ 1.4 custa R$ 62.190. Aceleração de 0 a 100 km/h: 13,9 s
Fonte:
Quatro Rodas
Teste (com gasolina)
Aceleração de 0 a 1.000 m: 35,3 s – 149,8 km/h
Velocidade máxima: n/d
Retomada de 40 a 80 km/h: 6,1 s (em D)
Retomada de 60 a 100 km/h: 7,8 s (em D)
Retomada de 80 a 120 km/h: 10,4 s (em D)
Frenagens de 60/80/120 km/h a 0: 16,7/28/66,4 m
Consumo urbano: 14,7 km/l
Consumo rodoviário: 16,5 km/lFicha técnica – Fiat Argo Drive 1.3 GSR
Teste: Fiat Argo 1.3 GSR, o problema está no câmbio
Mais Novidades
08 FEV
Bugatti Chiron fica todo azul para lembrar que é um carro francês
A carroceria em tom de azul fosco é exclusivo da série especial (Divulgação/Bugatti)Se você gosta do Bugatti Chiron, mas tem preconceito com carros franceses, é bom rever seus conceitos.O fabricante do hiperesportivo foi fundado em 1909 na cidade de Molshein, na Alsácia, que naquele momento pertencia à Alemanha. Mas a Alsácia passou a ser parte da França após a Primeira Guerra Mundial.Sim, a Bugatti é francesa, mesmo que tenha sido fundada pelo italiano Ettore Bugatti e controlada...
Leia mais
08 FEV
Impressões: novo Porsche 911 Carrera S apela a tecnologias até do Up! TSI
Esportivo combina design clássico com tecnologias inéditas (Divulgação/Porsche)O cérebro humano é extremamente talentoso para encontrar semelhanças. São estímulos aleatórios combinados com experiências anteriores que fazem com que vejamos rostos na superfície de Marte, nuvens com formato de hambúrguer e o Baby Sauro no painel do Nissan March.Este fenômeno psicológico chamado pareidolia é um sinal da nossa evolução: era assim que nossos antepassados aprendiam a identificar...
Leia mais
08 FEV
Caoa Chery Tiggo 5X: mudança para governo Bolsonaro atrasa entrega do SUV
Caoa Chery Tiggo 5X deveria estar nas ruas desde o fim de dezembro (Divulgação/Chery)Você já viu um Caoa Chery Tiggo 5X na rua? Provavelmente não, porque todas as unidades comercializadas desde o fim do ano passado, quando o SUV foi lançado, estavam retidas na fábrica de Anápolis (GO) ou nas concessionárias.Faltava a elas, até o fim da semana passada, o CAT (Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito), uma espécie de autorização final para que um modelo possa ser...
Leia mais
08 FEV
Leite participa de reunião na sede da GM em Gravataí e se diz confiante em 'bons anúncios no futuro'
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), participou de reunião na manhã desta sexta-feira (8) na fábrica da General Motors em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Após o encontro, ele disse estar confiante em um ajuste na empresa e em anúncios futuros. "A própria manutenção das atividades da GM no Brasil importará novos investimentos bilionários, inclusive no estado do Rio Grande do Sul", afirmou. Em janeiro, a GM, que é dona da...
Leia mais
08 FEV
Fiat confirma 1º SUV nacional da marca para 2021
A Fiat confirmou nesta sexta-feira (8) que seu 1º SUV nacional será lançado em 2021. Além do modelo, o grupo Fiat Chrysler (FCA) também anunciou a chegada da RAM 1500 no mercado brasileiro ainda em 2019. As informações foram reveladas pelo o italiano Antonio Filosa, presidente da montadora para a América Latina. Carros 2019: veja 70 lançamentos esperados Seguindo no sucesso obtido pelos SUVs da Jeep, a montadora também apostará em um modelo para a marca Fiat. Detalhes do...
Leia mais
08 FEV
GM: trabalhadores aceitam ganhar menos em troca de R$ 5 bi para nova S10
Dianteira da atual Chevrolet S10: acordo deve garantir chegada da próxima geração (Divulgação/Chevrolet)A General Motors deu mais um passo em seu plano de reestruturação no Brasil. Nesta semana os funcionários da fábrica de São José dos Campos (SP) aprovaram em assembleia um plano de 10 concessões ou reduções de benefícios.A proposta ficou mais enxuta do que os 28 tópicos sugeridos pela empresa originalmente. Em troca, segundo apurado por QUATRO RODAS, o fabricante promete...
Leia mais