Novidades

23 OUT
BMW Série 5 híbrido deve vir para o Brasil em 2018

BMW Série 5 híbrido deve vir para o Brasil em 2018

(Ulisses Cavalcante/Quatro Rodas)

A BMW planeja trazer sua linha híbrida para o Brasil na primeira metade de 2018, apesar de não confirmar esse plano. E o modelo que irá puxar a fila deve ser o sedã Série 5.

Para batizar a versão dotada de dois motores (um a combustão e outro elétrico), a marca criou um nome pomposo: 530e iPerformance. A letra E colada ao numeral refere-se à família eletrificada; i faz alusão à ideia de “inovação”, segundo a definição da empresa.

(Ulisses Cavalcante/Quatro Rodas)

Fomos a Munique (onde fica a sede da BMW) para avaliar o modelo, tanto em trânsito urbano quanto nas estradas alemãs (aquelas que não têm limite de velocidade). Em uma linha, dá para afirmar que essa é a versão mais bacana da Série 5 – isso, claro, sem contar a série “M”.

Mas vamos estender o papo para outros parágrafos. E isso exige que voltemos ao nome desse três-volumes. A BMW evitou a sigla PHEV em seu híbrido para não causar pânico nos puristas.

Interior conta com tela digital no quadro de instrumentos e display touch no painel (Ulisses Cavalcante/Quatro Rodas)

No lugar do ingrato acrônimo para Plug-in Hybrid Electric Vehicle (PHEV), que quer dizer “veículo híbrido plug in”, o iPerformance leva o olhar para outro viés – a pegada esportiva. E esportividade, claro, vende mais BMW do que a ideia de redução de poluentes ou economia de combustível, os principais argumentos dos PHEV.

Porém, o 530e iPerformance faz jus ao nome. De acordo com dados da fábrica, vai de 0 a 100 km/h em 6,2 segundos, com velocidade máxima de 235 km/h (na gasolina) ou 140 km/h só com o motor elétrico.

Se você ainda dúvida que os carros eletrificados não têm graça, dá uma lida na avaliação do Porsche 918 Spyder híbrido. Ele é o recordista na prova de aceleração 0 a 100 km/h) de QUATRO RODAS.

A versão híbrida do Série 5 esconde bem seus 1.770 kg, um sobrepeso ocasionado pelas baterias de lítio sob o assento traseiro. Como o motor elétrico atua principalmente em baixas velocidades, a entrega de torque (25,48 mkgf) é quase instantânea.

(Ulisses Cavalcante/Quatro Rodas)

Para abrigar a bateria sob os bancos, o tanque de combustível mudou-se para a área do eixo traseiro, mas teve de diminuir. O reservatório original de 68 litros só carrega 46 l – menos que o Novo Polo (52 litros).

O motor a gasolina é um 2.0 turbo de quatro cilindros capaz de desenvolver 186 cv a 6.500 rpm. Trabalha em conjunto com a caixa automática Steptronic de 8 velocidades e com um motor elétrico de 114 cv. A tração é traseira nos dois casos, já que ambos os motores estão ligados a transmissão.

Ao volante, o motorista conta com disponibilidade de força abundante em arrancadas, retomadas e até em aclives. No tráfego urbano, a troca da gasolina pela eletricidade trouxe agilidade ao sedã, sem contar um nível de conforto ainda maior, em comparação com o Série 5 tradicional.

Sem o ruído e vibrações característicos da combustão, os passageiros podem curtir sons que passam despercebidos, como a rodagem do pneu no asfalto ou o barulho do vento.

Aproveitei a autobahn para me aproximar dos 200 km/h (havia muito tráfego no dia da avaliação) e mesmo assim pude manter uma conversa sem subir o tom com meu carona.

Para isolar a cabine dos decibéis do mundo exterior, a BMW caprichou no acabamento. Painel, portas e console central são forrados de material acolchoado, mesclando couro e apliques que imitam madeira, com o toque final de costuras brancas. Plástico só se vê em áreas que não têm contato com os ocupantes, pelo menos não na parte superior.

 

 

(Ulisses Cavalcante/Quatro Rodas)

No painel, a BMW reduziu a quantidade de botões físicos por botões touch em superfícies 3D retro-iluminadas. Essa tecnologia ainda não se propagou em categorias de andares inferiores. Os controles do sistema de ventilação e do som têm marcação em baixo relevo, o que facilita sua localização pelo motorista, que não precisa tirar os olhos da pista para alcança-los.

Além disso, o display do sistema multimídia ConnectedDrive já aceita comandos diretos na tela – algo que até então só era possível por meio de um botão giratório.

O quadro de instrumentos também utiliza uma tela de alta definição (de TFT) e pode ser configurada pelo motorista. No entanto, a BMW optou por mesclar o mundo dos pixels com o passado: todos os mostradores têm o velho e bom ponteiro em escala analógica – mais um sinal de que os carros têm de ser feitos para agradar a quem compra.

Na lateral, um aplique cromado junto ao símbolo “i” forma a letra para destacar a ideia de inovação (Ulisses Cavalcante/Quatro Rodas)

A agulha do conta-giros se alterna entre a exibição da rotação do motor e o nível de recarregamento da bateria. E isso nos leva ao acelerador. Soltar o pedal provoca um efeito incomum nos carros da fábrica de Munique: o veículo começa a desacelerar.

Toda vez que o motorista alivia a pressão do pé direito, o sistema de regeneração de energia entra em ação, aproveitando o movimento das rodas para recarregar as baterias.

Não chega a ser incômodo. Mas também não é um comportamento tão intenso como ocorre no i3, no qual a BMW transformou um efeito colateral em qualidade, batizando o conceito de “one pedal driving”. No compacto, o condutor praticamente não utiliza o freio, já que o KERS atua de forma tão intensa a ponto de parar o carro – é tão forte que até as luzes de freio são acionadas.

(Ulisses Cavalcante/Quatro Rodas)

Combinando a autonomia da gasolina e eletricidade, o Série 5 híbrido pode rodar 650 km. E até 50 km contando apenas com eletricidade. Para ajudar, os tempos de recarga são menores que o da concorrência. Uma carga completa precisa de 2,9 horas em tomada de 220 V.

Ainda não há preços definidos, mas, quando chegar ao Brasil, a versão 530e deverá ser posicionada numa faixa de valores próximos da 540i M Sport, que hoje parte de R$ 399.950. A versão mais em conta (530i M Sport) custa R$ 316.950 e tem 252 cv.

Ficha Técnica

Motor: (combustão) dianteiro, 4 cilindros em linha, gasolina, turbo, comando variável, 1.998 cm3, 186 cv entre 5.000 e 6.500 rpm, 29,56 mkgf entre 1.350 e 4.250 rpm; (elétrico) eDrive integrado à transmissão Steptronic, 114 cv a 3.170 rpm, 25,48 mkgf entre 0 e 3.170 rpm

Bateria: lítio, 351V, 9,2 kWh

Transmissão: Automática Steptronic de 8 velocidades

Suspensão: Braços duplos (dianteira) e Five-link (traseira)

Direção: elétrica variável

Medidas: comprimento, 493,6 cm; largura, 186,8 cm; altura, 148,3 cm; entre-eixos, 297,5 cm; peso: 1.770 kg; porta-malas, 410 litros

Fonte: Quatro Rodas

Mais Novidades

06 ABR
Correio técnico: o que determina se um carro é ou não um SUV?

Correio técnico: o que determina se um carro é ou não um SUV?

Definição de SUV mudou muito nos últimos anos (Divulgação/Porsche)O que significa a expressão “SUV”? – José Artur Silveira de Araujo, Salvador (BA)São as iniciais de Sport Utility Vehicle, ou veículo utilitário esportivo, em inglês. O mais difícil, porém, é explicar o que é um SUV nos dias de hoje, já que sua definição é polêmica e cheia de variações.Originalmente, tratava-se de um utilitário de carroceria fechada derivado de uma picape, com chassi de longarinas e,... Leia mais
03 ABR
Como o fracasso do Fusca 4-portas deu origem ao VW Golf (e ao nosso Gol)

Como o fracasso do Fusca 4-portas deu origem ao VW Golf (e ao nosso Gol)

Fusca de quatro portas foi uma das propostas para a VW ter um carro barato e confortável (Divulgação/Volkswagen)O Volkswagen Fusca foi o carro mais vendido do Brasil desde o início de sua produção local, em 1959, até 1982.Se aqui o pequeno Sedan não sofria grandes ameças dos concorrentes, lá fora os pequenos compactos japoneses começavam a preocupar a fabricante alemã.Eles também eram pequenos, eficientes, confiáveis, baratos e mais espaçosos para passageiros e bagagens. Além,... Leia mais
03 ABR
Segredo: novo Nissan Versa terá lançamento adiado para agosto

Segredo: novo Nissan Versa terá lançamento adiado para agosto

Lançamento da nova geração do Versa ficará para o segundo semestre (Divulgação/Nissan)A segunda geração do Nissan Versa tem gerado burburinho no Brasil, especialmente por causa do visual muito mais harmonioso que o do sedã vendido atualmente (e que continuará a existir, chamando-se V-Drive).Mas se você esperava vê-lo desfilando por nossas ruas em junho, conforme inicialmente prometido, pode ir se confirmando: o lançamento deve atrasar em aproximadamente dois meses?A culpa,... Leia mais
03 ABR
Maradona já ganhou uma Ferrari de presente (e não gostou)

Maradona já ganhou uma Ferrari de presente (e não gostou)

Ferrari Testarossa preta não agradou Maradona (Reprodução/Internet)Em 1987, Diego Armando Maradona estava no auge. O meia argentino acabara de ser bicampeão mundial com sua seleção e era o grande maestro do Napoli, clube italiano de maior sucesso no fim da década de 1980.Com status de popstar, era normal ver o craque desfilando pelas ruas do sul da Itália com carros cada vez mais exclusivos. Mas, um, entre os vários modelos do craque, tem uma história um tanto quanto... Leia mais
03 ABR
S10, Hilux, Ranger e mais: as diferenças de motor e dimensões das picapes

S10, Hilux, Ranger e mais: as diferenças de motor e dimensões das picapes

Com quase 20 mil unidades vendidas, Toyota Hilux foi a líder do segmento em 2019 (Christian Castanho/Quatro Rodas)As picapes médias vêm ganhando cada vez mais em potência e conforto, tornando-se carros convenientes tanto para o trabalho no campo quanto para o dia a dia na cidade.Mas qual delas entrega mais? Para ajudar a responder essa pergunta, QUATRO RODAS destrinchou as medidas, motorizações e capacidades de carga das principais picapes médias cabine dupla vendidas do Brasil.A Amarok... Leia mais
03 ABR
Clássicos: Mercedes-Benz R107, o carro mais longevo da história da marca

Clássicos: Mercedes-Benz R107, o carro mais longevo da história da marca

– (Christian Castanho/Quatro Rodas)Popularizado pelos fabricantes de Detroit, os motores V8 tornaram-se obrigatórios para satisfazer o mercado norte-americano, ávido por carros velozes.O desempenho foi uma diretriz importantíssima no desenvolvimento da terceira geração do Mercedes-Benz SL, também conhecida pela nomenclatura R107.Denominado W113, o pacato SL “Pagoda” de segunda geração atravessou os anos 60 encantando seu público com o elegante desenho de Paul Bracq, tão... Leia mais