Motor 2.0 TSI é o mesmo do Golf GTI, mas com 90 cv a mais (Volkswagen/Divulgação) Dirigir um Golf GTI é um poderoso antídoto contra a abstinência de diversão. Mas existe uma receita ainda mais eficiente para eliminar o tédio ao volante. Procure por Golf R e você não se arrependerá. A versão mais potente da história do hatch roda na Europa desde 2009 e trouxe uma importante novidade com a reestilização realizada na linha Golf (cujo lançamento no Brasil está previsto para 2018): um aumento de 10 cv em relação ao seu antecessor. Agora são 310 cv extraídos do mesmo motor 2.0 TSI aplicado no GTI. O Golf R roda na Europa desde 2009 e está em sua segunda geração (Volkswagen/Divulgação) Não é difícil identificar um Golf R. Só ele tem para-choques com tomadas de ar maiores e quatro saídas de escapamento na traseira. Mesmo assim, o visual é mais discreto do que o GTI, principalmente por dentro. O famoso revestimento xadrez dos bancos foi trocado por um acabamento em couro preto com um discreto logotipo R bordado no encosto. Pequenos detalhes o diferenciam dos outros Golf, como a plaqueta colada na base do volante e as costuras brancas na coifa do câmbio. Posição de dirigir é impecável, como em todo Golf (Volkswagen/Divulgação) Até na hora de despertar, o hatch não faz questão de chamar atenção. Apenas um ronco grave ecoa após pressionar o botão de partida, bem diferente do som espalhafatoso dos modelos da AMG. Dos cinco modos de condução (Normal, Eco, Comfort, Race e Individual), seleciono o primeiro deles e parto para a estrada. Bancos esportivos têm abas laterais que apoiam bem o corpo nas curvas (Volkswagen/Divulgação) Diferentemente de outros esportivos, o Golf R não te incita a andar rápido. Ele tolera uma condução tranquila, mas jamais negará fogo quando solicitado. Foi o que percebi quando provoquei o hatch, cutucando o acelerador. Prontamente fui surpreendido por uma arrancada vigorosa, fazendo-o atingir rapidamente o limite de 130 km/h da estrada que liga Paris a Le Mans, trecho no qual avaliamos o R. Quem gosta de chamar atenção não vai gostar do Golf R: discrição é seu ponto forte (Volkswagen/Divulgação) Bem escalonado, o câmbio manual de seis marchas tem engates curtos e precisos, do jeito que todo bom esportivo precisa ter – o mesmo ocorre com a caixa de dupla embreagem DSG, que faz as trocas com agilidade de causar inveja aos melhores pilotos. E nem é preciso fazer reduções para o Golf ganhar velocidade: é só acelerar para o hatch sair rapidamente dos 110 km/h para os 200 km/h, mesmo em sexta marcha. Apesar das quatro saídas de escape, o Golf R não é espalhafatoso como outros rivais (Volkswagen/Divulgação) Fazer curvas também não é problema para o esportivo. Seja qual for o modo de condução, a suspensão tem uma calibragem próxima do ideal, sem sacrificar o conforto dos ocupantes em pisos irregulares e nem prejudicar a dirigibilidade. Cliente pode optar entre cinco tipos de roda de 19 polegadas (Volkswagen/Divulgação) A tração integral permanente também assegura uma condução sem sustos mesmo no modo Race, quando a direção torna-se mais pesada, a suspensão enrijece e a resposta do acelerador fica ainda mais arisca. Tudo embalado por um ronco grave invadindo a cabine o tempo todo – pena que se trata de um som eletrônico, saído dos alto-falantes do veículo. Aproveito a parada de descanso para observar as novidades do Golf. A principal delas é o painel 100% digital. Bem parecido com o Virtual Cockpit da Audi, ele exibe as principais funções do computador de bordo e dos recursos de assistência ao motorista, incluindo estações de rádio e dados do GPS. Painel digital é uma das novidades do Golf reestilizado – que chegará ao Brasil em 2018 (Volkswagen/Divulgação) Falta só uma função para reduzir os mostradores e destacar a tela multimídia. A central Discover Pro ficou mais bonita sem botões físicos, mas o novo design dificultou sua operação com o carro em movimento, inclusive em tarefas simples como regular o volume do som. Felizmente, este e outros comandos estão bem agrupados ao redor do volante multifuncional. Central multimídia tem reconhecimento por gestos e melhor usabilidade (Volkswagen/Divulgação) Partindo de 40.675 euros com caixa manual, o Golf R custa exatamente o mesmo que um Ford Focus RS – o câmbio DSG acrescenta 2.000 euros ao valor final. Trata-se de um valor salgado mesmo para os padrões da Alemanha, onde um abismo de 10.700 euros o separa do GTI. Indicado para uso em pista, o modo Race deixa a direção mais pesada e a suspensão mais dura (Volkswagen/Divulgação) Recheado de opcionais (como alerta de pontos cegos, assistente de permanência em faixas, teto solar elétrico, sistema de som Dynaudio, partida do motor por botão e sistema de escapamento de titânio), a conta salta para quase 60.000 euros. Novos faróis são uma das poucas novidades visuais do Golf (Volkswagen/Divulgação) Com 310 cv, a versão R é a mais potente de toda a história da linha Golf (Volkswagen/Divulgação) Se fosse importado para o Brasil, o Golf R não sairia por menos de R$ 230.000 – atualmente um Golf GTI custa R$ 132.250 sem opcionais. Seria caro demais para um Golf, mas algumas coisas não têm preço. Ser dono de um Golf de 310 cv é uma delas.
Fonte:
Quatro Rodas
FIM DOS BOTÕES
VW Golf R, o esportivo de 310 cv que não temos no Brasil
Mais Novidades
09 ABR
Mulher de Ghosn deixa Japão com ajuda da França e denuncia ameaças
A mulher do ex-CEO da Renault, Carlos Ghosn, Carole Ghosn, decidiu ir embora do país depois da detenção do marido na quinta-feira (4), dizendo se sentir “em perigo”. A Justiça japonesa queria interrogá-la “na base do voluntariado”, segundo a imprensa local. Ela contou com a ajuda do embaixador da França para deixar a capital japonesa. De acordo com a agência Kyodo, parte do dinheiro que teria sido desviado por Carlos Ghosn, segundo as acusações da promotoria japonesa,...
Leia mais
09 ABR
Ducati Panigale V4 R, de 221 cv, é lançada por R$ 250 mil
A Ducati anunciou o início das vendas da Panigale V4 R no Brasil, sua moto mais poderosa da atualidade. Desenvolvida com base no modelo utilizada nas pistas da MotoGP, a esportiva tem motor que pode chegar a 234 cavalos, com kit para pistas, e até "asas" para a aerodinâmica. O modelo é a versão mais radical da Panigale V4, lançada em 2017 para substituir a 1299 Panigale. Para comprar a moto, o interessado deve fazer a encomenda em uma das concessionárias da empresa e pagar 20%...
Leia mais
09 ABR
Governo pretende aumentar para 40 pontos limite para suspensão da CNH, diz ministro
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse nesta terça-feira (9) que o governo pretende aumentar para 40 pontos o limite para o motorista ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa. Hoje, o motorista tem a carteira suspensa ao completar 20 pontos de infrações no período de um ano. A mudança na legislação será proposta pelo governo em um projeto que deve ser enviado ao Congresso nesta semana. No mesmo projeto, o governo vai propor ainda a...
Leia mais
09 ABR
FCA apela à Tesla para escapar de multas por emissões na Europa
Modelos da Tesla compensarão emissões de Fiat, Jeep, Alfa Romeo e Maserati (Tesla/Divulgação)Passar os pontos de uma multa para outra pessoa a fim de evitar a perda da CNH é ilegal. Mas contabilizar as vendas de outra marca para evitar multas ambientais é permitido na Europa.É isso que a FCA fará. A fabricante ítalo-americana concordou em pagar milhões de euros à Tesla para que seus carros elétricos sejam contabilizados por ela nas metas de emissões do continente.Pelas regras...
Leia mais
09 ABR
Em vídeo, Carlos Ghosn afirma que é inocente e acusa diretores da Nissan de traição
Carlos Ghosn, ex-presidente da aliança Renault-Nissan, repetiu que é inocente em um vídeo de 7 minutos divulgado nesta terça-feira (9) e gravado antes de sua nova detenção, que aconteceu na última quinta-feira (4), ao mesmo tempo que acusou os diretores da Nissan de "traição". O principal advogado do executivo, Junichiro Hironaka, anunciou que apresentará na quarta-feira (10) um recurso à Suprema Corte para solicitar a libertação de seu cliente. "Não é uma história...
Leia mais
09 ABR
Segredo: quais carros de Fiat e Jeep vão usar motores 1.0 e 1.3 turbo
Toro, Renegade, Compass e Argo terão motores Firefly turbo (Arte/Quatro Rodas)O grupo FCA segue firme no desenvolvimento dos motores 1.0 e 1.3 turbo flex da família Firefly, que equiparão praticamente toda a gama de produtos das marcas Fiat e Jeep vendidos (e produzidos) no Brasil a partir de 2020.QUATRO RODAS já apontou que será a picape compacta-média Toro a responsável por fazer a estreia da família bicombustível turcomprimida no país.Diferentemente dos propulsores Firefly...
Leia mais