Apenas 2.500 unidades do Pajero Evo foram feitas no Japão (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) A Mitsubishi já era referência em veículos 4×4, mas ainda não havia se consolidado como grande força do rali Dakar no começo dos anos 90. Foi por isso que os japoneses resolveram fazer um novo carro de corrida baseado no Pajero para competir na categoria T2 da prova mais desafiadora do mundo. Só havia um empecilho: a obrigatoriedade de produzir carros de passeio para concluir o processo de homologação. Nascia assim o Pajero Evolution. Apenas 2.500 unidades foram produzidas no Japão. O projeto original foi feito sobre o Pajero duas portas (apelidado no Brasil de ˜Pajerinho˜) e sofreu várias mudanças, incluindo a adoção de uma nova suspensão do tipo duplo A na frente e independente do tipo multilink atrás – o projeto original tinha suspensão independente com barras de torção na frente e multibraços atrás . Para-choques ganharam ângulos de entrada e saída maiores (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) O motor 3.5 V6 de 24 válvulas saltou dos 208 cv originais para 280 cv e ganhou um ronco inimaginável para um Pajero. O torque máximo foi dos 30,6 mkgf do Pajero convencional para respeitosos 35,5 mkgf. Para-lamas foram alargados para acomodar os pneus maiores (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) A transmissão automática sequencial foi retrabalhada, ganhando engates mais curtos – rumores indicam que a Mitsubishi até cogitou adotar a caixa manual, mas teria desistido por receio de sofrer com novos problemas de durabilidade – como já havia ocorrido no Lancer Evolution. Já o sistema de tração Super Select permitia configurar o veículo apenas como tração traseira e tinha opção de bloqueio de diferencial. Painel foi uma das poucas partes do carro que não foram profundamente modificadas (Mitsubishi/Divulgação) Outros detalhes mereceram atenção especial dos engenheiros japoneses: a carroceria foi bastante alargada, a traseira ganhou apêndices aerodinâmicos espalhafatosos com cara de Batmóvel e os bancos fabricados pela Recaro são específicos para competição. Mas nenhum acessório era tão brega (e charmoso) quanto os para-barros. Bancos Recaro eram revestidos em tecido (Mitsubishi/Divulgação) De todos os exemplares fabricados no Japão, apenas 10 teriam vindo para o Brasil, segundo estimativa da própria Mitsubishi. A maioria dos veículos foi convertida para participar de competições, e há registro de apenas um exemplar em estado praticamente original (só o revestimento dos bancos em couro em vez de tecido foge das especificações de fábrica) guardado na coleção dentro do autódromo Velo-Città, no interior de São Paulo. Motor V6 de 3,5 litros rende 280 cv – e tem um ronco espetacular (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) As mudanças surtiram efeito e o Pajero Evolution dominou a prova de 1998, conquistando os três primeiros lugares no resultado geral – superando até os carros mais rápidos da categoria T3. A superioridade do PajEvo (carinhoso apelido dado pelos entusiastas do modelo) fica ainda mais evidente ao lembrarmos que o quarto colocado teria cruzado a linha de chegada cinco horas após o terceiro Mitsubishi. Das 10 unidades que teriam vindo para o Brasil, apenas esta não teria sido modificada (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas) Embora tenha saído de cena discretamente apenas dois anos após seu lançamento, o Pajero Evolution escreveu seu nome na história do Dakar, conquistando dois dos 12 títulos da Mitsubishi em 37 edições do rali mais difícil do planeta. Pajero Evolution venceu dois títulos do Dakar entre 1997 e 1999 (Mitsubishi/Divulgação)
Fonte:
Quatro Rodas
Mitsubishi Pajero Evolution: o SUV de rali feito para as ruas
Mais Novidades
21 FEV
Ford e governo de SP tentam vender fábrica da montadora em São Bernardo do Campo
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quinta-feira (21) que o governo e a Ford tentam vender a unidade fabril da montadora em São Bernardo do Campo. Nesta manhã, o tucano se reuniu com representantes da empresa e o prefeito da cidade do ABC, Orlando Morando (PSDB). Na terça, a montadora anunciou o fechamento da fábrica na cidade em comunicado global. Morando disse ao G1 que o município vai perder R$ 18,5 milhões em arrecadação, sendo R$ 14,5 milhões em...
Leia mais
21 FEV
Hyundai Creta ganha pulseira de R$ 1 mil para abrir portas e ligar o motor
“Hyundai Key Brand” também conta passos e notifica quando há chamadas de voz no celular (Divulgação/Hyundai)Diga adeus às chaves do Hyundai Creta, pelo menos na versão de topo Prestige e se você topar pagar R$ 1 mil pelo acessório “Hyundai Key Brand”.Trata-se de uma chave com sensor presencial em forma de pulseira, que permite destravar as portas, o porta-malas e dar partida no motor sem usar a chave. Ou seja: ela desempenha as principais funções de uma chave inteligente...
Leia mais
21 FEV
Lançamento do VW T-Cross sela o fim da perua Golf Variant no Brasil
Últimas Golf Variant Highline partem dos R$ 113.490 (Divulgação/Volkswagen)Não é apenas o consumidor quem está trocando peruas por SUVs. Com o lançamento do T-Cross, a Volkswagen deixa de importar a perua Golf Variant do México.A versão esticada do Golf era a última perua da marca no Brasil. O SpaceFox já teve sua produção encerrada na Argentina para ceder sua linha de produção ao Tarek, SUV que chega até 2020 para ocupar o espaço entre o T-Cross e o Tiguan.Perua Variant é...
Leia mais
21 FEV
Ford Fiesta dá adeus: em 24 anos, hatch foi espanhol, chorão e gatinho
– (Montagem/Marco de Bari/Divulgação/Ford)O fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo vitimou, de uma só vez, toda a sua linha de caminhões — a única em todo o mundo — e o Fiesta hatch, que era produzido somente naquela unidade.A saída do Fiesta é reflexo de suas vendas tímidas nos últimos anos: foram vendidas 14.505 unidades ano passado, enquanto o Ka emplacou 103.286. Vale lembrar que o sedã, que vinha importado do México, já havia sido descontinuado em...
Leia mais
21 FEV
Por lucros maiores, Volkswagen diz abrir mão de buscar liderança do mercado
Em um momento em que a General Motors ameaçou sair do país e a Ford anuncia o fechamento de uma fábrica e a saída do mercado de caminhões, a Volkswagen afirmou que abre mão de liderança em detrimento a uma maior rentabilidade da operação brasileira. A declaração foi o presidente da marca no Brasil, Pablo Di Si. “Se o mercado tiver 60% de vendas diretas [menos rentáveis], posso ser 2º, 3º, 4º, até 5º colocado. Queremos a liderança com carros que as pessoas desejam e...
Leia mais
21 FEV
Prefeito de São Bernardo estima queda de R$ 18,5 milhões em arrecadação com fechamento da Ford
O fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, anunciado pela empresa na terça-feira (19), vai reduzir em R$ 18,5 milhões por ano a arrecadação municipal, segundo estimativa do prefeito Orlando Morando (PSDB). Ao G1, Morando afirmou que o município vai perder R$ 14,5 milhões em ICMS (1,7% do total arrecadado com o imposto) e R$ 4 milhões de ISS (0,8% do total). Segundo o prefeito de São Bernardo, o maior impacto não é fiscal, mas na mão de obra. De acordo...
Leia mais